Chaos escrita por Diane


Capítulo 2
Capítulo 1- Elétrica.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/660306/chapter/2

Perspectiva de Sam.

— Ah, meus deuses — Sam ouviu Mingau murmurando — Deu crise de Bela Adormecida em todo mundo.

Sam abriu os olhos lentamente e a primeira coisa que ele viu...foi peitos? Ele piscou duas vezes para ter certeza que era isso que ele estava vendo. Que palhaçada era essa?

Ele sentiu alguém puxando ele para trás e quando virou percebeu que era Ilithya o arrastando gentilmente pela gola da camiseta. E aqueles peitos, bom, quando ele desmaiou, ele caiu de cara nos peitos da mãe de Trivia.

E não, isso não é engraçado. Não tem a menor graça cair de cara nos peitos da mãe de uma psicopata.

— Praguinha tarada — Ilithya murmurou quando o soltou de cara no chão.

Como se fosse ideia dele desmaiar e cair exatamente ali.

— Sam? — Mary murmurou ao lado dele.

— Oi Mary — Sam disse depois de cuspir terra e grama — Uhm, você teve umas visões esquisitas?

Ela ficou em silêncio olhando para o céu.

O silêncio foi cortado quando Ilithya começou a sacudir Rowena, e depois que viu que ela não se movia com sacudidas, começou a berrar:

— Acorda! Abra seus olhos sua filha da puta!

Sam ficou quieto e pensou na teoria que essa dimensão estava mudando os hábitos de socialite de Ilithya. Ou ela esqueceu que tinha que se portar educadamente. E pelo visto, Ilithya não tinha nenhuma misericórdia de pessoas inconscientes.

Por que ela socou a cara da moça caída.

É, ela socou.

Tudo bem que não foi um soco certo, o dedão dela estava abaixo dos outros dedos e Ilithya soltou um grito. A feiticeira quase quebrou os dedos mas não acordou a outra.

— Essa coisa não acorda — Ilithya falou enquanto curava seu próprio dedo.

— Oh, eu não tinha notado isso — Sam debochou.

Aí ele levou um chute. Isso, a sua professora tinha batido nele.

Se existisse um conselho estudantil para descendentes de deuses, ele iria processa-la. Mas ele resolveu deixar para lá por que não queria ser chutado de novo.

Então ele se concentrou em Mingau que estava parado ao lado dele.

— E você, também desmaiou e teve visões loucas?

Mingau olhou para ele como se ele fosse o elfo mais idiota do mundo.

— Quando vocês chegaram perto dela — ele ergueu a patinha na direção de Rowena — Caíram desmaiados no chão. É lógico que eu não dei mais nenhum passo.

Pelo menos havia um ser inteligente ali. O gato.

Ilithya estava chutando Rowena quando ela parou e ficou olhando para o ar. Sam inclinou a cabeça para ver o que ela estava olhando.

Então ele viu. As árvores que estavam na frente deles, que eram pinheiros longos, desapareceram. Sim, sumiram como se fossem uma alucinação.

— Isso não é bom — Ilithya falou com aquele ar que todos professores tem — Acho que tinha um mecanismo ligado a Rowena. E quando cruzamos a barreira envolta dela e a movemos de lugar, isso ativou algum gatilho de destruição.

— Hã? — Mary parecia atordoada. Quem ali não estava atordoado? Bom, Tigre, mas ele não conta, por que ele não viu seu pior medo.

— Essa dimensão vai se destruir e tudo que estiver aqui — Ilithya falou — Temos que ir para os rochedos, onde o portal se abriu e abrir ele novamente.

Sam ficou parado por um segundo, deixando as palavras fazerem efeito. Destruição. Tudo que estiver aqui. É, ele concordava com a bruxa loira e má, isso não era bom.

Sam se levantou em pulo.

— O que vamos fazer?

— Corre, elfinho — Mingau falou.

Mingau virou um tigre gigante em uma velocidade surpreendente, Ilithya jogou Rowena nas costas dele e começou a correr ao mesmo tempo em que o felino gigante. Sam ficou parado encarando Mary.

— Sabe, acho que é melhor correr — A ninfa disse.

Era uma excelente ideia.

Sam correu, correu e correu. Ele nunca tinha corrido tão rápido na sua vida, talvez por que ele nunca teve que correr para salvar ela. Nada melhor que uma boa motivação para fazer os músculos funcionarem. Ele sempre soube que descendentes de deuses eram mais rápidos e ágeis que humanos, mas nunca pode testar isso.

Sam tinha certeza que teria que comprar tênis novos. Aquele foi basicamente arruinado enquanto ele pulava sobre pedras e galhos no chão. Ele podia ver o tigre correndo na frente dele com uma velocidade incrível. Sam torceu para que Mingau não derrubasse a moça desmaiada no chão, por que não deveria ser agradável cair no chão naquela velocidade.

Ele só parou quando quase deu de cara com a pedra de onde o portal abriu. Mais dois centímetros e seu nariz não sobreviveria para contar a história.

— Chegamos — Ilithya falou arfando e colocou a mão sobre a pedra.

O portal se abriu. Sam nem registrou a cor dele, ele só sabia que aquela dimensão estava sendo destruída e ele não queria ficar por lá, então ele pulou no portal.

Aí ele caiu de cabeça no chão de cimento.

Ele estava novamente no túnel coberto por plantas, aquele onde passava algumas cenas do Harry Potter.

Sam nem se importou com a sua cara doendo. Ele não ia virar pó! Atrás dele, Mingau estava em sua forma de gato, a moça desmaiada continuava desmaiada — O que era surpreendente, por que qualquer um acordaria se estivesse nas costas de um tigre gigante correndo à sei lá quantos quilômetros por hora — Mary e Ilithya estavam de pé e paradas.

Por que só ele caia de cara quando atravessava um portal?

— Vamos para o Campo de Treinamento — Ilithya falou e abriu outro portal.

Sam rezou para que não caísse de cara outra vez.

Perspectiva de Christine.

— Idia, eu tive um sonho louco. Trivia estava mandando um exército, era um exército mesmo, tipo centenas de monstros, para o Campo de Treinamento. Depois teve uma névoa esquisita. Sei lá, mas o importante é que temos que tirar aquelas pessoas de lá. Vão ser massacrados.

Idia olhou bem para minha cara e falou:

— Vá dormir. Amanhã vemos o que vamos fazer.

Essa é Idia com sono: O mundo pode acabar e ela não está nem aí.

Levantei-me da cama e peguei o celular. Liguei para Raphael e ninguém atendeu. Tudo bem, ele podia estar dormindo, por que pessoas normais estão dormindo quando são três horas da manhã. Ou então o Campo de Treinamento foi invadido e todos estavam mortos.

Não dava para dormir mais, não assim. Ficar me perguntando se Trivia tinha conseguido o que queria ou se só estavam dormindo.

Decidi que seria melhor sair de Las Vegas e ir para o Campo de Treinamento ver o que estava acontecendo com os próprios olhos.

— Idia, levante esse traseiro felpudo da cama — Sacudi a gata — Vamos para o Campo de Treinamento.

— Você está louca — Ela afundou a cara no travesseiro.

— Minha mãe paga você para ser minha guarda-costas, então você tem que aguentar minhas loucuras.

[...]

— Olha, Christine, é bom que você tenha um bom motivo para ter me acordado às — Alec checou o relógio — três e meia da manhã e me arrastado para o estacionamento. Por que estou pensando em te estrangular.

Sorri para ele e tirei as mechas que estavam cobrindo meu pescoço.

— Pode tentar. E se estrangule também.

Ele grunhiu algo em italiano, o que tenho certeza que não foi um elogio.

Vanessa estava olhando fixamente para o seu sapato de salto e segurava um chihuahua maldito. Eu esperava sinceramente que ela pretendesse arremessar o sapato em mim, não o cachorro.

— Christine, sério, dê-me uma boa explicação para ter me tirado do meu sono de beleza — A ruiva falou.

— Nós vamos para o Campo de Treinamento. Agora.

— Por que, exatamente? — Damien falou venenosamente, e não pude afastar a impressão que ele queria me matar. Para falar a verdade, acho que todos ali queriam fazer isso.

Então eu contei o sonho louco. A névoa esquisita, o exército de Trivia, a Balança que virou pó.

— Desde quando você tem visões? — Damien me olhou feio. Era só isso que me faltava, a criatura ficando irritada por que ele não teve nenhuma visão e eu, a feiticeira que os poderes só falhavam, tinha tido uma.

Fechei os olhos e gesticulei com as mãos.

— Oh, estou tendo uma visão — Falei — Vejo que se você não entrar no meu carro agora, vou chutar sua bunda.

Ele me lançou um olhar assassino e entrou no carro. É, feiticeiros é uma raça louca, sempre achando que todos os feitos incríveis e visões devem vir só para eles.

Olhei para o banco do motorista. Bem ou mal, eu estava com sono, com muito sono.

—Alguém quer dirigir? — Ofertei.

Nem Idia quis. E ela sempre quer dirigir.

— Você teve a ideia maluca — Alec zombou do banco do passageiro — Você dirige.

Detesto quando ele tem razão. Detesto.

Verifiquei se todos estavam com cinto. Alec estava no banco do meu lado. Damien estava entre Rosie e Vanessa. Idia estava chiando para Presidente Au-au. Bom, todos estavam de cinto. Seria realmente trágico se o carro desse uma trombada e algum idiota voasse para frente.

Alec virou para trás.

— Damien esperto, com duas ruivas.

Não precisei nem olhar para saber que Damien estava tão vermelho quanto tomate.

— Uh, não, eu prefiro deuses — Vanessa disse isso e eu fiz um barulho de vomito.

Liguei o carro e comecei a dirigir. Tchau Las Vegas.

[...]

Algumas horas depois, chegamos ao Campo de Treinamento. E veja: eu não desmaiei enquanto dirigia, o que foi um milagre.

Eu estava certa. O Campo de Treinamento estava sendo invadido. Tinha vários monstros e guerreiros de armadura de ouro espalhados pelo terreno. Algumas torres tinham sido derrubadas por catapultas.

Viram? Não tinha sido um sonho idiota. Estava acontecendo.

— E Rosie? — Damien perguntou.

Droga. Foi tão automático quando saímos que esquecemos que podíamos estar levando uma mortal para uma guerra.

— Você fica protegendo ela. Sei lá. Se vire, a namoradinha é sua — Não foi gentil da minha parte, mas toda aquela cena na minha frente e a hipótese de arrancar a cara de Trivia tinha acabado com a minha gentileza.

Tirei minha adaga de dentro da bainha da bota. Não era uma arma boa para matar serpentes GG ou leões que cospem fogo, mas devia bastar por enquanto.

Nem reparei se eles saíram do carro. Corri para o meio do caos.

“Boa sorte, apressadinha”, ouvi Alec dizer mentalmente.

“Boa sorte para você também”.

Então senti o bloqueio mental fazer efeito.

Meu plano era o seguinte. Um: arranjar uma arma maior, por que adagas por mais úteis que sejam, não são boas com monstros grandes, como já mencionei. E dois: arrancar a cara de Trivia.

Parecia um bom plano.

Tinha aquele negocio da cura rápida dela, mas não fazia diferença, eu iria esmagar a cara dela quantas vezes fosse necessário.

Um grupo de soldados de armadura dourada cercou-me. Era melhor eles que um monstro gigante, por que adagas funcionam melhor em seres menores.

Não me importei se eles eram descendentes de deuses igual a mim, se eram pessoas. Não. Eles queriam me matar, e eu não devia me lamentar pelo que ia fazer com ele.

A adaga na minha mão começou a derreter. Que bom. Algum deles devia ser feiticeiro.

Joguei os restos da adaga no chão e chutei a cara de um. O capacete rachou no meio e vi uma aura vermelha sobre minha perna. Primeiro pensei que era algum ataque, mas percebi que a aura me rodeava inteira. Deixei para lá e peguei as duas espadas do cara caído.

Senti que um dos soldados estava se aproximando para me atacar pelas costas. Não me pergunte sobre isso, eu apenas sabia. Girei uma das espadas e cortei a cabeça dele fora.

Os outros recuaram. Mas mesmo assim matei-os. Oh, que vergonha para eles, com medo de uma garotinha que nem de armadura estava. Isso não era difícil, eram meus reflexos que agiam, era quase instinto. Eu sabia quando os golpes estavam chegando e quando abria brechas na guarda deles.

Raphael não brincava quando dizia que eu virava uma máquina de matar às vezes.

Senti um ar quente vindo atrás de mim. Virei-me e tinha uma serpente gigante. Igual a uma que me atacou uma vez, quando eu nem sabia quem era e estava voltando da minha academia de karate, que por acaso tinha entrado em chamas.

Aquilo trouxa memórias antigas, que pareciam que eram de milhares de anos atrás, à tona.

As escamas da serpente eram duras, percebi isso quando tentei cravar a espada nela e foi como se eu arremessasse a espada em concreto.

Ela podia ter uma armadura natural. Mas os olhos dela não.

Peguei uma lança caída no chão e arremessei no olho esquerdo dela. A cobra nem estava esperando isso, e pensei em quantas pessoas ela já tinha matado graças à invulnerabilidade dela. Nem senti remorso quando a lança atravessou o olho do animal e ela morreu. E eu adorava estudar cobras nos livros de biologia.

Um ser estranho, como um chacal dourado voou para cima de mim. Se eu não tivesse reflexos rápidos, bom, provavelmente, estaria mortinha. Deslizei para o lado e bati o ombro na parede do Campo de Treinamento, nem doeu na hora graças o nível de adrenalina.

Ouvi um barulho esganiçado. Era o chacal, por que tinha uma onça gigante encima dele, com garras afiadas cravadas nas costas dele. O cachorro gigante do mal caiu no chão, morto.

Olhei para Idia.

Arigatô, gatinha fofa.

Ela sorriu, o que nessa forma era meio aterrorizante, com todos aquelas presas enormes. Eu posso jurar que ouvi alguns monstros choramingando. Pobrezinhos, a Idia toca o terror.

A felina pulou encima de outros monstros desavisados e sumiu de vista. Idia sempre foi o máximo.

Outra cobra gigante se aproximou de mim, rastejando lentamente. Ergui uma das espadas e estava a um passo de arremessa-la dentro de uma cavidade ocular do monstro, mas algo aconteceu antes.

A pele dela começou a desintegrar. Depois os músculos, a carne e por fim os ossos. Só restou um pó escurecido e algumas escamas no chão, o que antes fora uma cobra gigante.

Claro que eu não reclamei. Fico muito feliz quando monstros loucos viram pó. E o melhor de tudo é que isso aconteceu por causa de mim. Quem é que fez a arma biológica-destrói-monstros? Eu... Bom, foi Alec que colocou no sistema de água dos monstros, mas não importa, por que quem ficou no laboratório até de madrugada foi eu.

Os monstros de Trivia se desintegravam ao meu redor. Vejam, eles eram centenas, e estavam virando pó. A maior parte daquele exército era os monstros, a outra parte menor era descendente de deuses. Ah, Trivia devia estar ficando louca vendo seus bichinhos virarem pó.

Foi assim, centenas de monstros viraram pó, e nós estávamos com a vantagem. Pude ouvir alguns gritos de animação. As pessoas estavam felizes, afinal, alguns minutos atrás elas já estavam se considerando mortas e rezando para ir para os Campos Elíseos.

Dois soldados de armadura de ouro avançaram na minha direção. Sério, nunca foi entender por que Trivia faz armaduras de ouro para seu exercito. Acho que a menina não sabe o valor do ouro. Considerei a ideia de roubar as armaduras dos soldados depois que eles morressem. Oras, vai que minha mãe tira minha mesada? Se um dia ela fazer isso, pelo menos vou ter uma conta bancaria bem gorda.

Parei as duas espadas ao mesmo tempo. As duas espadas deles eram feitas de ouro. Ok, Trivia é fanática por ouro. O ouro não é o metal mais resistente nem mais leve, apesar de ser um bom condutor elétrico.

Condutor elétrico.

Se ao menos eu pudesse, tipo, dar uma boa descarga elétrica na cabeça desse povo.

Por favor, mamãe, pedi, uma ajuda aqui com meus poderes. Só faça eles funcionarem de vez em quando, por favor.

Senti minha mão crepitar. Quando olhei para elas, bom, tinha faíscas elétricas a percorrendo.

Mãe! É para eletrocutar eles, não eu.

Acho que levei um susto infernal, e por dois segundos acreditei que quem estava sendo eletrocutada era eu, mas a energia elétrica não estava fazendo danos. Bom, pelo menos aparentemente. Imaginei se meu cabelo estava espetado.

Virei minha mão na direção do soldado e energia elétrica disparou através dele. A armadura de ouro facilitou tudo e o cara ficou torrado. Literalmente, não é piada. E cheiro de gente torrada não é tão bom quanto torradas.

Fiz isso na direção do outro soldado e depois em outro e outro. Cara, eu estava me sentindo Thalia Grace.

Acho que depois dessa, Trivia não vai fazer seu exército usar armadura de ouro. Não mesmo.

— Você gosta de agulhas e de eletricidade, pelo visto.

Adivinhem quem era? Trivia? Não. O batman? Não. Uma cobra boazinha disposta a nos ajudar vencer Trivia? Claro que não.

Era a praga do meu irmão.

Quando eu era pequena, tipo uns seis anos, pedia irmãzinhas e irmãzinhos para minha mãe. Ei, naquela época eu era uma inocente criança e achava que ela podia produzir irmãozinhos sozinha. E também achava que era filha única.

Só que eu não sou filha única. Tenho algumas dezenas de irmãos, deuses e mortais que já morreram. Vai ver era por isso que minha mãe fazia aquela cara de riso quando eu falava para as pessoas que eu era filha única. Ela devia pensar: Oh, pobre criança iludida.

Virei para trás e olhei para Thanatos.

O cara nem se preocupava em usar armadura, de qualquer forma, ele não ia morrer e qualquer espada que voasse na sua cara iria virar cinzas. Sei disso por que já tentei arremessar uma espada nele.

Então, eu tenho um irmão detestável e psicopata.

— Eu gosto de eletricidade — respondi.

Thanatos não tinha tentado me matar ainda por que ele é do tipo de assassino que quer te humilhar antes de te matar. Aquela velha história de: Eu sou um deus. E você é uma feiticeira mortal que não sabe nem usar sua magia direito. Hahaha. Com ênfase em mortal. Ele adora dizer que somos todos mortais e ele não.

Me concentrei anágua que eu sabia que existia debaixo da escola. Li uma vez sobre ter lençóis freáticos lá embaixo e já joguei um gêiser de água na cara de uma cobra gigante.

Um jato de água eclodiu. E ele voou bem na cara de Thanatos. E a água não virou cinzas. Disparei eletricidade encima dele. Eu poderia simplesmente disparar energia elétrica na cara dele, mas acho que ele estava esperando isso e ia se desviar. Mas se ele esperava um gêiser? Claro que não.

Eu estava me sentindo o máximo por ter burlado as defesas dele. A água não virou pó, logicamente.

Mas a criatura estava intacta. Sério. A camiseta, calças, o cabelo. Nem estava chamuscado. Eu tinha a esperança que pelo menos isso iria torrar o cabelo dele ou fazer ele ficar só de cueca enquanto lutava ( Vanessa gostaria disso, mas acho que a maior parte dos seres vivos acharia isso cômico. E ele iria morrer de vergonha).

Talvez ele tivesse irritado.

Ou muito irritado.

— Meu amável irmãozinho, acho que seu cabelo está um pouco espetado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Christine... sempre arranjando modos científicos para acabar com a vida dos outros.