O Salão de festas de Odin estava lotado. Todos da cidade queriam ver o casamento. Os vingadores vinham juntos, com suas roupas de gala. Eles se perguntavam o motivo de Tony e Bernard estarem um a copia do outro. Os dois usavam uma camisa amarela por baixo do paletó. No bolso, so dois tinham lapelas floridas, essas também amarelas. Em vez de sapatos, usavam tênis de cor preta e branca. O cabelo de Bernard estava alinhado até demais, estando encharcado de gel, enquanto o de Tony estava desgrenhado, fixado com um expray de Pepper.

– Vocês podem explicar essa palhaçada? - pergunta Natasha.

Tony e Bernard se olham e caem na risada. Bernard responde.

– Eu apostei com o Tony que chegaria no topo tá Torre primeiro, mas ele não acreditou. Aí ele perdeu e como punição teve que se vestir assim.

– Mas você está igual. - Steve diz. Foi a vez de Tony chamar atenção, caçoando do loiro.

– Não poderia haver trapaças, e ele fez isso. Como punição teve que se vestir assim.

– Não foi trapaça coisa nenhuma, eu só fritei a sua armadura.

– Pera aí. Você deixou esse garoto controlar uma mark, Tony? - repreende Bruce.

– Er... eu... Olha o Loki, gente. - o humano aponta para o moreno que vinha em sua direção. Ele estava acompanhado de uma bela moça loira, Lunna. Do lado da loira, uma ainda mais bela estava, Laila.

– Estão atrasados. - diz ele, friamente.

– Oi, senhorita. - Bernard fala com Lunna, sendo fuzilado por Loki.

– Se afaste, fedelho. - puxa Lunna para o outro lado. Então Bernard vai até Laila, que até agora olhava para Steve.

– E você, gatinha? Vem sempre aqui? - Steve o olhou estupefato, enquanto todos caiam na gargalhada.

Então as buzinas que anunciaram a chegada da noiva tocam.

– O Casamento vai começar! - diz Odin, que passa por eles, cumprimentando-os.

– Tony, deveríamos ter vindo de vestido. Olha! - aponta a roupa do Rei.

– Como? - Odin se vira. O garoto e Tony passam a mão no cabelo, olhando para cima. - Humanos.

[...]

A festa já havia começado. Estava na hora de pôr o plano em prática. Os dois andavam lado a lado na festa, com as mãos nos bolsos.

– Eu à direita - diz Tony. - Você à esquerda!

Os dois circulam o salão, um de cada lado. Então, eles soltam pequenas bombinhas chinesas ali. Os asgardianos que dançavam ali, não acostumados a isso, começaram a gritar. Pai e filho correram dali em gargalhadas.

– GUARDAS! - Odin mandou que fossem atrás dos dois é assim se deu.

Mas ao passo que os cinco guardas tentavam capturar Bernard, ele se embrenhava no meio das pessoas, dando início à confusão. Mais cinco corriam atrás de Tony, que fazia o mesmo. Os dois se encontraram no meio do Salão, decidindo correr juntos. Foi nesse momento que, cansado de rir, Loki revirou os olhos e estalou os dedos. Correntes mágicas prenderam os guardas pelos pés, que caíram como sacos. Tony e Bernard, fizeram um "toca aqui" um com o outro e voltaram a correr. Loki conclui sua diversão com uma ilusão, fazendo aparecer o Destruidor ali. Tony dá um grito estérico e Bernard pula em seu colo, fazendo todos rirem. Então ambos saem correndo para trás de Thor, que junto de Jane, gargalhava aos bocados. Loki fez a ilusão sumir.

Ainda assustados, Tony e o filho ficam de frente para Thor, pedindo desculpas pelo ocorrido, quando de repente, sentem mãos. Bernard sentiu uma em seu ombro esquerdo e Tony o direito. Quando se viram, o Destruidor estava ali novamente.

Todos os convidados riram da reação de Bernard, que abraçou Tony pela cintura, enquanto fazia orações altas que aprendeu com uma amiga de sua mãe. Tony abraçou o menino de volta, enquanto fechava os olhos. Quando o salão ficou em silêncio, ele os abriu. Todos gargalhavam baixo, a ilusão havia sumido.

– Feiticeiro idiota. - disse o moreno, vendo a reação vitoriosa e Loki, que estava numa mesa ao lado.

Irritado, Bernard solta Tony e vai até lá. O moreno se levantou logo que o menino se pôs à sua frente, intimidando-o.

– Por que fez isso, idiota?

– Quem prega peças aqui sou eu. - deixa as mãos atrás das costas.

Como reação ao desafio, Bernard da um chute na canela dele e sai correndo. Para não fazer mais um feitiço, agora assassino, Frigga tenta acalmar o filho.

– Fedelho! - Loki diz.

Tony passa vitorioso na frente de Loki e diz:

– O Harry Potter é melhor que você, Rena.

[...]

– Estamos proibidos de pisar em Asgard. Que honra! - o garoto estava na frente do espelho.

Uma semana já havia se passado, e Thor mandou o recado de Loki. Tony tinha creme de barbear por toda a extensão do maxilar, Bernard ainda estava passando. Os dois estavam de calça preta, e regata branca. Tony pegou um barbeador e Bernard um pente.

– Não é todo dia que isso acontece, né não? - disse o pai, lavando a espuma da lâmina; Bernard lavou o pente.

– Mas foi legal. - riram se lembrando do constrangimento que passaram.

Apesar de não serem tecnicamente pai e filho, os dois eram idênticos. A personalidade era igual, o orgulho nem se fala. Mas eles estavam aprendendo um com o outro.

– Pai?

Era uma expressão que aos poucos ganhava normalidade. Eles estavam se acostumando à sua maneira.

– Fala.

Os dois tiram a espuma do rosto e se olham pelo espelho.

– Já faz dois meses que moro com você... - Tony começa a andar, puxando o menino.

– Parece até que foi ontem, né não, filhão? - vão em direção ao quarto.

– Verdade. Você foi bem grosseiro no dia. Bem que podia pedir desculpas. - deitam um de cada lado da enorme cama.

– Tem razão. Mas não, você entende. - faz-se um breve e aconchegante silêncio. Até Tony dizer. - Sua mãe foi uma grande pessoa, garoto. Além de inteligente, ela me deu algo muito importante. Eu diria a coisa que mais zelo hoje.

– A Pepper? - ele brinca.

– Meu filho. Ela me deu você, pirralho. - dá um peteleco nele.

– Ela foi uma mãe maravilhosa, Tony. Eu sinto muita falta dela... - ele olhou para baixo, encostado na cabeceira da cama.

Quando percebeu, estava sendo abraçado de lado por Tony.

– Sei como é essa dor, Bernard. Minha mãe também morreu bem cedo, e meu pai não era muito presente.

– O meu também não...

– Eu não era, um pai presente. - o moreno ergue o dedo indicador. - Agora eu serei o melhor pai que você poderia ter.

Ambos ali sabiam que ele estava falando de Kilian, apenas não davam importância. Ele não foi o pai que Bernard precisava, ou merecia, e Tony agora preencheria essa lacuna.

– Você se lembra que disse que não era pai de ninguém? Está pisando em suas palavras, Tony. - cada um se deita de seu lado da cama.

– Não, Bernard. Porque você é filho biológico do Aldrich Kilian. Tem meu DNA, mas não veio de mim. É adotado.

– Babaca. - frustrado, diz o menino.

– Obrigado, filho. - Tony provoca.

– Você é doente, sabia?

– Sabia. Mas é esse doente aqui que é seu pai.

– Mas você acabou de dizer que não é pai de ninguém.

– Mas é claro que não sou. Tony Stark não tem filhos.

– Mas e eu?

– É meu filho.

– Mas você disse que não é pai de ninguém! - já irritado, Bernard grita.

– Mas eu lembro que você disse "prazer Bernard Hansen. Mas se preferir, ninguém, seu filho". Então eu não sou pai de ninguém. Porque Tony Stark não tem filhos!

Bernard de levanta, bate o travesseiro no rosto de Tony e se vira.

– Onde vai? - o pai pergunta.

– Vou dormir em meu quarto!

– Então boa noite, filhão!

Realmente, Tony Stark não tem jeito. E esses dois darão muito trabalho ao mundo.