Remember me escrita por J S Dumont


Capítulo 14
Capitulo 13 - Ser o que eramos


Notas iniciais do capítulo

olá gente!!!! Vim postar um capitulo mais rápido, ai é que tá numa fase tão legal a história, eu não aguentei kk Gente não perca os próximos capitulos, serão muito importante para história e tenho impressão que vocês vão gostar bastante... Talvez vocês fiquem confusos, com duvidas, mas quando ter a visão de Peeta as duvidas irão acabar... E ai vai o capitulo, espero que gostem dele:



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Ser o que éramos

Entre tanto mal e tanta história, de mentiras que se escondem, de sonhos que se rompem como o ar, entre ruinas de ilusões, entre o mar de solidão, com o coração tão cheio de tristeza, pois o amor nasceu de trás de seus olhos, e ficou empoeirado em um canto de tua alma, tua alma.

Acorrentada em um amor quase impossível, buscando uma saída, alguma luz, algum caminho, voando sem nada, sofrendo calada, tratando de sobreviver com tanta dor, mais uma vez lutando só por uma razão, seu amor...

Acorralada – Angel Arce

— Bem, ela me parece uma garota legal, é bonita, e logo vai se tornar popular, ele não vai precisar ficar com vergonha de assumi-la como namorada, quer saber? Se pelo menos ele ser feliz com ela, eu ficarei feliz por ele... – eu comentei para Annie, enquanto meus olhos mantinham-se fixos no teto do meu dormitório.

Eu não podia negar que estava com muita vontade de chorar, vontade da qual eu me segurava, tanto que as lágrimas que teimavam em cair faziam com que os meus olhos ardessem muito, entretanto eles não doíam tanto como estava doendo por dentro, eu sentia como se meu coração estivesse dilacerado, o meu estomago revirava e minha cabeça estava girando tanto que eu sentia-me tonta. Sinceramente eu não sabia que iria doer tanto vê-lo com outra garota.

 - O que? – Annie perguntou, fazendo eu olhá-la, percebi que ela olhava-me com a boca entreaberta, depois ela jogou uma blusa sua na cama, desistindo de tirar as roupas da mala.

Annie agora era a minha nova colega de quarto, finalmente esse semestre eu tinha me livrado de Mia, e claro para mim a companhia de Annie seria mil vezes melhor, ainda mais por ela ser minha melhor amiga, mas em compensação eu não posso negar que ter mais a presença dela me faria lembrar-me mais de Peeta, afinal, eu falaria mais desse assunto, como eu estava fazendo agora.

Sentei-me na cama e a olhei fixamente.

— É Annie, eu desisti do Peeta, uma hora isso teria que acontecer, não é? – eu disse, desviando o olhar para o chão, mais um pouco eu não aguentaria mais as lágrimas.

— Bom em desistir de Peeta eu concordo, isso já era para você ter feito há muito tempo, mas desejar a felicidade dele? Isso é um absurdo, você deveria desejar que ele levasse um tiro bem no meio da cara... – ela respondeu num tom de irritação. Eu bufei.

— Por quê? Por ele estar namorando outra garota? Isso não é razão para odiá-lo, afinal, ele não é obrigado a gostar de mim como eu gosto dele, ele nunca me prometeu amor eterno, na verdade ele nunca disse que me amava ou que fosse ficar comigo, ele nunca me iludiu Annie, eu me iludi sozinha... – respondi e depois joguei-me novamente na cama. Fechei os olhos e permiti finalmente que as lágrimas caíssem, mas tirei rapidamente elas da minha face com a mão. – A única coisa que ele me deu foi sua amizade!

Annie riu, notei que era uma risada sarcástica.

— Katniss, dá para pelo menos uma vez na vida deixar de defender esse idiota? Até quando você vai ficar viajando assim? Até quando você vai continuar cega Katniss? Esse cara é um aproveitador, ele aproveitou do seu amor para pegar aulas com você, pois sabia que você era inteligente, ele fingiu de amiguinho seu só para conseguir entrar no time e ficar popular, será que você não percebe que ele sempre se aproveitou da sua inteligência Katniss? Ele pode nunca ter dito em palavras que queria ficar com você, mas as atitudes dele sempre te deram esperanças, afinal quem cala consente não é? Ai depois que ele consegue o que quer, ele te joga fora assim, como se fosse descartável, ele não foi homem nem para chegar em você e dizer que não te quer da forma que você o quer, ele preferiu esfregar a namorada dele na sua cara! Você deveria sim odiá-lo, repudiá-lo, nem olhar na cara dele!

— Ele não sabe que eu gosto dele, algum tempo atrás ele estava me perguntando se eu estava gostando do Finnick...

— Só se ele for muito burro, por que está estampado na sua cara que você o ama!  - ela respondeu, parecia que ela falava a coisa mais obvia do mundo. – Katniss, você precisa odiar ele, só assim você se libertará desse amor, que te aprisiona há tanto tempo...

Mais uma lágrima caiu dos meus olhos, meu coração apertou mais.

— Eu não vou conseguir Annie, eu nunca vou conseguir odiá-lo, o máximo que tentarei é me afastar, para que doa menos... – respondi.

Annie suspirou e discordou com a cabeça, parecia inconformada, mas não disse nada mais, apenas tratou de terminar de tirar as roupas da mala.

Virei para o lado, fechei os olhos e mais lágrimas caíram dos meus olhos, elas eram tão quentes que faltava queimar minha face, apertei o colchão e soltei um suspiro, estava doendo, a minha vontade era de nunca mais sair do meu dormitório.

###

Eu não queria vê-los juntos, eu sabia que iria doer mais, seria impossível esquecer que Peeta está namorando aquela garota se eu ficasse todo o momento vendo-os juntos, por isso eu tentava ficar em locais que dificilmente veria Peeta, e logo quando dei por mim eu comecei á passar mais tempo na biblioteca do que qualquer outro lugar.

Só que tinha aulas que eu era obrigada a frequentar com Peeta, e claro, sua namorada nova, eu tinha que me segurar para não ficar encarando-os, Gale pela primeira vez não ficou jogando na minha cara a minha decepção, acredito que ele tenha se comovido com o meu sofrimento, mais do que Annie que adorava a todo momento ficar criticando Peeta para mim, acreditando que assim eu conseguiria odiá-lo, o que não funcionava, pelo contrario só piorava a situação, já Gale não falou nenhuma vez de Peeta, ele agiu como um grande amigo, sempre ao meu lado apoiando-me e tentando me distrair, só que por mais que ele tentasse ele não conseguia, a culpa não era dele e sim de mim, do meu estupido amor pelo Peeta, que não saia de dentro de mim por mais que eu tentasse tirá-lo.

Sim eu queria... Pela primeira vez eu quis que o amor fosse algo que pudesse ser arrancado, por mim se fosse possível eu queria poder enfiar a mão dentro do meu coração e tirar toda a parte que é de Peeta, eu queria vê-lo apenas como amigo, rir dessas ocasiões que o amei loucamente, deixar apenas no passado e que isso que está acontecendo se tornasse apenas uma lembrança distante, que daqui uns anos fossem até esquecida. Mas não, as coisas não são como queremos, e quando eu me pegava olhando para Peeta, sentado ao lado daquela garota que até aquele momento eu ainda não sabia o nome, eu sentia novamente meu coração estraçalhar, como se fosse um vidro quebrando em milhares de pedaços, e doía tanto, mais tanto, que eu precisava procurar forças onde não tinha para não voltar a chorar feito uma idiota.  

E sim, pela primeira vez eu quis deixar de amar Peeta, mas eu sabia que as coisas não eram assim, o amor não é da forma que queremos, não escolhemos quem amamos e também não escolhemos o momento que deixamos de amá-los.

E então a única coisa que eu pude fazer foi fugir, para não ver cenas que me machucassem ainda mais, não aguentaria ver mais contato físico entre eles, acho que enlouqueceria se acabasse vendo eles se beijando, e então continuei minha jornada enfurnada na biblioteca, diante de milhares de livros  e chocolates na tentativa de pelo menos por alguns minutos pudesse tirá-lo de minha mente.

Só saia de lá quando era para assistir aulas, ou para ir comer, ou dormir, apesar de que ultimamente eu estava comendo menos do que o normal.

— Daqui a pouco você vai enlouquecer de tanto ler... – escutei uma voz conhecida e ao mesmo tempo brincalhona falando ao meu lado. Olhei rapidamente para avistar Finnick, olhando-me com um leve sorriso no rosto.

Eu sorri para ele, mais acho que saiu forçado.

— Você por acaso percebeu? – perguntei, desviando o olhar para o livro novamente.

— Sim, eu vim algumas vezes aqui na biblioteca e vi você enfurnada nos livros, e comendo chocolate feito uma louca, e olha que não foi só uma vez, acho que você nem percebeu a minha presença, estava bastante distraída... – ele então sentou ao meu lado. – Está aconteceu algo?

— Não, eu estou bem... Afinal, por que não estaria né? – sorri forçadamente novamente.

— Seus olhos estão te acusando... – Finnick disse e depois suspirou. – É o Peeta, não é?

— Peeta... – eu repeti.

— Quando ele estava ajudando na manifestação, deu para perceber que vocês se gostam... – Finnick respondeu, engoli um seco e discordei com a cabeça.

— Peeta não gosta de mim, ele está namorando uma garota que nem sei o nome! – respondi, desviando o olhar para o chão.

— Mas isso não quer dizer que ele goste dela! – Finnick sorriu e depois levantou da mesa.

Sem saber o porque eu sorri de volta para ele, ele era a primeira pessoa que parecia que não via meu sentimento por Peeta tão absurdo assim.

— Finnick... Você acha o Peeta tão diferente de mim assim? – perguntei.

— Sim... Você é uma mulher e ele é um homem... – ele respondeu e eu não pude deixar de rir.

— Tirando esse fato, seu bobo! – respondi.

— Não, eu não vejo nada mais de diferente... – ele disse e depois ergueu a mão para mim, suspirei e então segurei a mão dele e ele me puxou, levantando-me.

— Vamos sair um pouco daqui, se não você vai acabar mofando aqui dentro... – Finnick disse e então trocamos sorrisos, ao desviar os olhos dele eu vi alguém parado na porta, meu coração automaticamente disparou fortemente. Era ele, Peeta, ele estava com as mãos no bolso da calça e olhava fixamente para mim, com um semblante sério.

Engoli um seco, olhei rapidamente para Finnick e depois virei-me, pegando o livro da qual eu lia e o resto do chocolate que sobrou, colocando-os no bolso.

— Vamos Finnick... – eu pedi, num tom nervoso. Olhei para ele e vi que ele olhava para Peeta, olhei novamente para Peeta e percebi que ele continuava parado no mesmo local, nos olhando.

— Quer ir mesmo? – Finnick perguntou, olhando para mim.

— Sim, é logico que quero! – eu disse, Finnick então concordou com a cabeça.

E então começamos a caminhar em direção a porta, Finnick passou primeiro, eu respirei fundo e então passei logo atrás dele, mas ao passar ao lado de Peeta escutei a sua voz, voz que fez novamente meu estomago despencar:

— Katniss... – ele me chamou, parei de andar no mesmo momento, como se meus pés tivessem grudados no chão, em seguida fechei os olhos por alguns segundos e quando abri vi que Finnick também parou e agora olhava para mim. Virei para Peeta e percebi que ele também me olhava. – Podemos conversar?

Engoli um seco e olhei novamente para Finnick, ele sorriu e concordou com a cabeça, enquanto aproximava-se mais de mim.

— Fala com ele... – ele disse num tom baixo, próximo ao meu ouvido e depois virou-se e foi embora, antes de qualquer reação minha.

Então voltei a olhar para Peeta, os olhos dele não desgrudavam dos meus, e isso era horrível, machucava-me, estava insuportável olhá-lo.

— Eu preciso ir para o meu dormitório... – eu disse, olhando para baixo, para não olhá-lo mais. – Eu preciso estudar... – inventei.

— Você não precisa, já é inteligente demais! – ele respondeu, notei que ele se aproximou um pouco mais, rapidamente voltei a olhá-lo. – Você está me evitando?

— N-Não... – gaguejei.

— Está sim, eu estou com essa impressão... – ele respondeu.

— Não, só que agora você é popular, tem outros amigos, uma namorada, e então você não tem muito tempo, bom... – eu me calei e olhei para baixo, sentindo-me uma idiota pelo que eu estava falando.

Respirei fundo e continuei olhando para o chão.

— Eu sinto sua falta... – ele disse de repente, num tom baixo mais o suficiente para eu escutar.

Eu o olhei com a boca entreaberta.

— Como? – perguntei, ele parecia estar meio nervoso, passou a mão no cabelo e aproximou-se um pouco mais.

— Eu não quero que deixemos de ser amigos, eu sei que nos afastamos um pouco, faz alguns dias que praticamente eu não te vejo, e mesmo que você ache que não, mas eu, eu sinto falta de você...

— Não, isso não é verdade... – respondi, discordando com a cabeça. – Eu que sempre procurei estar próxima de você, eu que sempre fiz questão de ser sua amiga...

— Se você não se lembra Katniss, da ultima vez eu que fui atrás de você... – ele relembrou-me, interrompendo-me.

— Porque você queria as aulas particulares... – respondi automaticamente, sem sequer perceber. – E agora, o que você quer? – eu franzi as sobrancelhas.

Ele riu ironicamente, depois discordou com a cabeça e voltou a passar a mão no cabelo, aparentando nervosismo.

— Não Katniss, não foi só por isso, e alias agora eu não quero nada, apenas que sejamos o que éramos... – ele respondeu, fazendo-me engolir um seco.

Enquanto o olhava fixamente, eu sentia minha cabeça girar, ele não podia estar fazendo isso comigo, não agora que eu já havia desistido, mas também eu não poderia dizer não, eu não queria que ele percebesse o quanto eu estava abalada com o namoro dele, eu não sabia como eu me sentiria se ele notasse, eu não saberia lidar com a vergonha, com o embaraço, eu sabia que se isso acontecesse, eu me sentiria pior.

— Está bem Peeta, eu também nunca deixei de ser sua amiga... – respondi, e notei um sorriso em seu rosto e para minha surpresa, dessa vez foi ele que me abraçou.

Eu coloquei meu braço em volta dele, enquanto sentia o meu corpo amolecendo em seus braços e o calor foi invadindo o meu corpo, eu senti como se meu coração fosse parar de bater, como eu adorava abraça-lo, como eu sentia como se nossos corpos pertencesse um ao outro, como eu o amava.

Meus olhos começaram a arder, eram as lágrimas, essas malditas lágrimas ainda iriam me entregar. Ele me soltou e olhou-me com um sorriso no rosto, parecia também levemente nervoso, e ele ficou me olhando, olhando-me por alguns segundos, olhar da qual correspondi sem entender o que na realidade estava acontecendo.

— Vem comigo, eu quero te mostrar uma coisa... – ele disse e então pegou a minha mão, e começou a me puxar, ainda confusa deixei-me ser guiada por ele.

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A: Iai gente? Ficaram confusos com a atitude de Peeta? Será que ele foi sincero e sente falta da Kat ou tem algo por trás? Não percam o próximo capitulo!!!