PS: Eu Te Amo escrita por Marina Lupin, The Marauders
Notas iniciais do capítulo
Lily, 30 de maio de 1977, Sexto ano.
“Merda. Merda. Merda. Diário, você simplesmente não vai acreditar no que acabou de acontecer. Eu queria apenas ser uma mandrágora neste momento e enfiar minha cara em um buraco.
Bem, depois da “conversa” com James, as coisas ficaram um pouco estranhas. O que é melhor do que o antigo cenário, onde as coisas estavam bem ruins.
Você sabe, decidi tratar James como um colega normal. Apenas isso. E bem, não deu certo.
No começo, eu achei que as coisas estavam indo bem. Nós nos falavamos entre as aulas, às vezes alguma coisa engraçada acontecia e eu olhava para ele, porque eu sabia que ele estaria achando graça também. Mas então, hoje de manhã nos sentamos juntos para o café da manhã. Okay, normal, coisas assim acontecem entre colegas. Só que durante transfiguração, James sentou-se do meu lado. Foi uma aula bem divertida, confesso. Mas eu sinceramente não sabia o que fazer com aquilo. James é uma boa companhia, mas será que isso poderia significar outra coisa para ele? Em resumo, passamos o dia todo juntos, de certa forma. Nas aulas, no jantar, na biblioteca, e por fim, no salão comunal.
E eu sou uma idiota, porque cada hora ficava mais estranho, e eu pensava: que seja, não tem problema nenhum.
Até que James foi ao banheiro e Sirius sentou-se do meu lado.
— Lily… Sinto muito que eu tenha que dizer isso, mas eu acho que você deve se afastar um pouco do James — ele realmente parecia sentido e bem desconfortável, embora houvesse uma ferocidade na forma como ele apertava o encosto do sofá. Ele estava defendendo o amigo. Na poltrona da frente, Remus escondeu seu rosto em um livro e Peter fingiu que havia alguma coisa muito interessante do outro lado do salão. — Eu sei que ele provavelmente disse que está tudo bem… Mas isso está acabando com ele. Ele gosta… muito… de você. Não estou dizendo para você voltar a ignorá-lo ou coisa assim, mas essa amizade… Vocês passaram o dia todo juntos.
— Eu sei… Eu estava preocupada que isso pudesse significar… outra coisa para ele.
— Ele está tentando ser seu amigo, Lily… Mas eu odeio ver ele com tanta esperança para depois quebrar a cara.
— Você está certo, eu não quero ferir os sentimentos dele — já tinha feito isso vezes o suficiente. — Isso foi legal da sua parte, Sirius… Você é um bom amigo.
Sirius me olhou com cara de “o que diabos você está fazendo”.
— Não me faça gostar de você agora, Evans — resmungou, voltando para sua poltrona, mas havia um vestígio de sorriso.
Quando James voltou para o salão eu disse que tinha que ir embora e basicamente corri até as escadas. Obviamente James achou estranho e veio atrás de mim.
— O que aconteceu, Lily? — ele me perguntou, afastando o cabelo do meu rosto. Eu provavelmente corei neste momento, e subi mais um degrau.
— Escuta, James… Oh, droga. James, eu não acho que… — naquele momento, eu não conseguia achar as palavras, obviamente. — Eu respeito seus sentimentos e não gostaria de magoá-lo ainda mais.
James deu um grande suspiro e desarrumou todo o cabelo, com as duas mãos desta vez.
— Apenas… Pode me responder uma pergunta, então? — balancei a cabeça sem jeito. — Eu posso pelo menos continuar tentando? Você gostaria disso?
Eu abri e fechei minha boca um par de vezes, procurando uma resposta. Queria isso? Não queria? E se ele continuasse tentando? E se desse certo? Nós dois… Juntos? E se não desse? Ele pararia, eventualmente? Por quanto tempo ele esperaria?
— Isso pode levar algum tempo… Ou nunca acontecer.
Ele riu, olhando alguma coisa em seus sapatos.
— Eu sei, Lily. E eu aguento esperar — ainda com um sorriso no rosto, ele subiu alguns degraus, pegou minha mão e depositou um beijo. — Tenha uma boa noite.
E foi assim, diário, que acabei no meu dormitório, embaixo das minhas cobertas, querendo estar em qualquer outro lugar.
O que diabos eu vou fazer com isso agora?
Eu, sinceramente, não sei.
Lily.”
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