No dia seguinte após o almoço iria acontecer a gincana: fomos distribuidos em um grupo novamente, mas dessa vez fiquei no grupo do Nathan. Iria ter 5 jogos. O primeiro era o jogo da colher, que tinha que colocar um ovo na colher e quem deixasse cair se sujava todo pois o ovo era cru. A segunda atividade era corrida de saco. A terceira era do passa água: tinha que passar toda água de uma garrafa pet pra outra sem derrubar só com um copinho, quem tivesse mais água transferida ganhava. O quarto era mímica e por fim o jogo da bola que tinha que passar por todos do grupo em fila, uma vez a bola por cima e outra por baixo.
No jogo da colher um meninos chamado Alex começou, conseguimos passar para 6 pessoas mas infelizmente a London deixou cair.
Felizmente mais 4 grupos dos 10 já haviam deixado cair.
Pediram para o Nathan ir no da corrida de saco mas o que a gente descobriu foi que a corrida era em dupla.
— Vem comigo - O Nathan pediu. - A gente tem que ganhar essa.
— Ta, eu vou.
Entramos no saco, meio apertado mas né.Ele segurou minha mão por dentro do saco.
— Se você cair, eu caio junto.
Eu sorri. Ok, agora já posso te beijar?
— Todos prontos? - A Anna perguntou.
— Sim - Todos gritaram.
— Preparar, apontar e já.
Ela apitou e todos começaram a correr, foi tão fácil que conseguimos chegar em primeiro na linha de chegada. O Nathan fez um "bate aqui" comigo e fomos comemorar com a nossa equipe. Então chegou a hora da terceira prova, eu estava com bastante medo de dar errado mas com muita calma fomos 6º equipe a terminar e quando todos terminaram a Anna passou nos grupos, ficamos entre os três que conseguiram preencher toda a garrafa. E dai veio a atividade da mímica. Era uma mímica para cada pessoa do grupo. Preferi ir de primeira, peguei um dos papéis no centro dos dez grupos. Li o papelzinho "LER", nossa peguei uma fácil pensei.
Fiquei de frente para o meu grupo e comecei a fazer a mímica foi depois de 4 chutes minha equipe acertou, mais tarde depois de todos os grupos terem terminado seus papeizinhos e suas mímicas, fizemos o jogo da bola. Acabou a gincana e todos começaram a se organizar para os banhos e para a janta.
Assim que sentei á mesa a Anna subiu no palco.
— Boa noite galera! - Todos pararam de falar e prestaram atenção nela. - Estou qui para falar os grupos que ganharam os três primeiros lugares. Vou começar do terceiro. No terceiro colocado temos a equipe 7 com 79 pontos. Em segundo lugar temos a equipe 10 com 84 pontos. E em primeiro temos a equipe 4 com 96 pontos.
Pelo menos minha equipe ficou em terceiro lugar.
— Obrigada a todos e um ótimo jantar.
Assim que acabei de comer, fui com meus amigos pro jardim central onde aconteceria o último show. Não demorou muito para o jardim lotar. A banda subiu no palco.
— Boa noite galeraaa! - O Ben meio que gritou muito animado.
Todos fizeram barulho.
— Hoje quero chamar o nosso cara do violão, o Nathan, novo integrante da banda pra cantar, ele pediu pra cantar uma música para uma garota que não vou falar o nome mas podemos chama-lá de lourinha e ele vai cantar essa música pra ela.
QUE? COMO ASSIM? ELE TEM OUTRA GAROTA?
O Ben deixou o Nathan se sentar com o microfone e o violão nas mãos no centro do palco improvisado.
Ouvi a introdução de Hold Back River do James Bay, então o Nathan olhou para mim, começou a cantar e o mundo parou, ele não tinha outra garota, ele estava cantando pra mim.
Imaginem vocês, o garoto mais lindo que você já viu, cantando uma das suas músicas favorita na frente de 200 pessoas e ainda olhando nos seus olhos, fazendo seu coração acelerar, ir a mil, fazendo você derreter e querer beijar esse garoto. Nossa, deu pra imaginar? Pois é, se você ta quase babando é assim que eu também fiz.
Incrível como eu não quis cavar um burraco e enfiar minha cara, ou me esconder, ou pior, sair correndo. Muito pelo contrário, eu estva bem ali e não iria a lugar nenhum até que ele cantasse a última nota. Quando isso aconteceu o Ben voltou para sua posição inicial e o Nathan pra dele.
O Nathan piscou pra mim e eu sorri tímida. O show acabou era 1:00 mas decidi ir embora trinta minutos antes para arrumar minhas coisas, quando abri a última gaveta do guarda-roupa vi que tinha um moletom que não me pertencia. Olhei as horas e o show já tinha acabado. Sai do meu alojamento e bati na porta da frente. Um Nathan de pijamas e cabelos bagunçados abriu a porta com um sorriso enorme.
— Entra.
Entrei, nós nos sentamos na cama.
— Vim trazer isso - Falei entregando o moletom pra ele.
— Ah, também tenho que te devolver uma coisa - Ele abriu a gaveta da mesinha da cabeçeira e tirou o meu livro.
— Nossa, tinha até me esquecido.
— Acho que isso significa que você aproveitou bastante.
Eu sorri.
— Achei muito lindo da sua parte cantar aquela música hoje.
— Você tinha comentado que era sua preferida.
Eu sorri novamente.
— Tenho que acabar de arrumar minhas coisas - Falei me levantando.
— Esse vai ser nosso adeus?
— Infelizmente sim.
— Vou me despedir melhor amanhã. Mas se eu não conseguir, quero te dar isso, que na verdade já faz alguns dias que estou pra te dar.
Ele se aproximou de mim, fechei meus olhos e então ouvimos a porta abrir.
Sério? Bem agora?
Nos afastamos imediatamente. Era o Paulo e o Caíque.
— Oi Bea - Eles falaram juntos.
— Oi garotos, eu já estava de saída mesmo.
O Nathan me abraçou forte e falou no meu ouvido:
— Esse foi o melhor verão que eu já tive na minha vida.
— O meu também.
Então levantei e sai com o coração apertado.