A saga de Beatrice- A aprendiz de vampiro escrita por AnnabiaFreitas


Capítulo 44
Os ritos


Notas iniciais do capítulo

Gente, meu computador foi "concertado". Espero que curtam o novo capítulo ;D



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Logo após ter passado pela minha primeira prova, já fui logo avisada que seria submetida a próxima em dois dias. A tal prova do labirinto aquático!

—Anda, Beatrice, tem que levar a pedra com você até encontrar a saída certa! –dizia meu amável treinador.

—Maldição!

Ele riu.

—Vou estar num labirinto horroroso, tendo que achar uma porta no escuro antes de me afogar e ainda tenho que carregar essa maldita pedra com a metade do meu peso?

—Sim. Você entendeu direitinho.

O treinamento era horrível, mas não tive muito tempo para imaginar a prova. Era o dia.

Dessa vez tinha mais vampiros assistindo, pois a maioria achou que eu não sairia do primeiro rito.

—Olá, Crepsley! –Mika Ver Leth fora nos cumprimentar antes da prova.

—Alteza!

—Senhorita Angeline, vim desejar-lhe uma boa prova e espero que se saia muito bem!

—Saindo já ta ótimo! –respondi de imediato.

—Beatrice! – reprovou-me meu mentor.

—Tudo bem, Larten! Saindo já está ótimo. –riu o príncipe.

Mais tarde fiquei sabendo que era estranho Mika ser tão paciente e risonho com alguém.

A prova começou. Eu e aquela maldita pedra amarrada ao meu calcanhar. A água entrava por todo canto e subia rapidamente. Esse labirinto era bem maior do que o que eu fui treinada.

Achei duas portas, as duas erradas. O pior era ter que voltar o caminho e decorar alguma coisa que me dissesse que já estive naquele beco antes, para não andar em círculos. A água já batia no meu tórax e eu já me sentia sem tempo. Acabei entrando num mesmo túnel umas duas vezes e a maldita pedra enganchou no canto da parede. Tive que voltar e retirá-la. A água agora estava em meu pescoço e eu estava em pânico.  Vi uma porta, me enchi de esperança só para ver que não era a correta. Agora a água já me cobria o nariz e eu não raciocinava tão bem acerca do que eu estava fazendo. Andei e andei, parei e encostei sobre uma parede. Já estava submersa e desesperada. Foi então que tive uma surpresa.

Eu estava encostada justamente sobre uma porta, com um grande X no meio, a porta certa! Procurei nela a alavanca e com toda força a puxei. A água me jogou com força sobre o chão. O barulho era ensurdecedor. E a luz... Pior ainda. Logo fui notando que o barulho vinha dos vampiros a minha volta.

—Essa é a minha garota! –braços enormes me agarraram. –Eu falei que ia ser moleza!

Era sr. Crepsley, com Gavner, Tawer e  Vanez.

—Moleza não é? –perguntou rindo e cheio de orgulho. Era engraçado ver meu mentor assim.

—Mole que nem água! –fui irônica.

Depois daquilo tivemos um jantar caloroso e bem festivo. Conheci outros vampiros e ouvi muitas histórias até Vanez determinar meu toque de recolher.

A terceira prova fora escolhida por alguém que realmente não queria me ajudar.

—Mas ela é boa ou ruim, Vanez?

—Ela é ruim!

A câmara de fogo. O desafio era de certa maneira simples. Eu tinha que ficar dentro de uma câmara sem morrer por vinte minutos. A câmara tinha um sistema de túneis que ateavam fogo em momentos aleatórios. Do chão, das paredes e do teto.

—Evite sempre os cantos, Beatrice. Pode acabar ficando sem saída e use a audição. Vai dar pra ouvir as labaredas antes. Não pule ou fuja por impulso, pode ser fatal. Espere, ouça e pense rápido.

Eu me queimei bastante no treinamento e devo dizer que não estava confiante.

—Como... você está? – Tawer perguntou pouco antes da prova.

—Com medo.

—Gavner apostou... em você ontem... várias coisas.

—Apostou?

—Sim. Ele e... alguns outros...Não muitos. A... maioria acha...que dessa você... não sai.

—Hum... Sendo assim vou fazer Gavner ganhar esses bobões. Tawer, Crepsley apostou o que?

—Larten se recusou... disse que... não apostava.

—Isso é bem cara dele. –sorri.

Fui levada para dentro da câmara. Ela foi selada e a prova começou. Não demorou muito para ouvir as primeira chamas chegando. Abaixei e me esquivei. Em seguida, vieram das laterais da câmara. Tive que pular e cair no tempo certo. Eu estava usando roupas mais simples e o cabelo preso. Eu sabia do perigo que existia de perder meus cabelos, mas não ia raspar minha cabeça pra essa prova chata.

Eu estava perto de um dos cantos, quando fiquei encurralada. O fogo veio de cima e de baixo, fazendo com eu me espremesse junto a parede quente. Irritou minha pele, e na hora lembrei de Vanez me alertando sobre ficar nos cantos. Fui para o meio, o calor era insuportável. Eu podia ouvir o fogo chegando, não precisei sair do lugar. Então pude ouvir mais forte e notei que tinha que prestar muita atenção, viria de vários lugares. Rolei para a esquerda e tive que me manter no chão enquanto o teto cuspia chamas. Mal tive tempo de esperar, debaixo de mim o calor aumentou. Joguei-me na parede que havia atrás de mim. Queimei meu pulso.

As chamas vinham mais intensas e quase não havia tempo entre uma e outra. Eu já não ouvia mais nada direito e corria pra todos os cantos. Enganei-me em um momento e então quase virei churrasco. Acabei me enfiando num canto novamente. Meu pulmão devia estar cheio de fumaça e apesar de ser mais forte do que o pulmão de um humano, isso me prejudicava. Cai meio tonta e então eu vi uma labareda vir na minha direção. Joguei meu corpo para o lado, mas minha calça começou a queimar. Arranquei-a de mim em desespero, ficando somente com a blusa, que graças aos deuses era longa, pois desmaiei logo em seguida, para minha sorte, no momento exato em que abriram a porta. Acordei na enfermaria. O calcanhar e o pulso enfaixados. Algumas pequenas queimaduras nas costas, mãos e pés. Mas o cabelo e o rosto, tirando a vermelhidão, estavam intactos. Tawer estava ao meu lado quando acordei.

—Eu consegui?

—Sim, mas está na enfermaria em observação. –respondeu Gavner.

—Já pagaram as apostas? –sorri.

—Vou logo mais cobrar a todos! –gargalhou.

Em seguida chegaram Sebá e Larten, um alegre e parecia confiante. Larten estava preocupado.

—Olha só quem está surpreendendo a todos! –disse Sebá.

—Foi como tomar sol numa praia – brinquei.

—Numa praia é? –Larten espetou.

—Sim. Uma praia no inferno!

Todos riram. Vanez chegou em instantes.

—Que bom que só perdeu as sobrancelhas!

—É o que? –Gritei. Logo vi que era uma broma, afinal, Vanez era cego.

—Devia ver a sua cara! – Gavner rindo

 –Não sei porque esse medo, não vai precisar delas pro próximo rito!

—Ah vou sim!

—Já anunciaram...o... próximo ? –perguntou Tawer.

—Sim! Como Beatrice não estava acordada para ter com os príncipes, Larten e eu a representamos.  O próximo rito é bem divertido!

—Aí tem... –murmurei.

—É uma caça!

—Uma caça? E o que vou caçar?

—Nada.

—Mas...

—Você vai ser a caça!

Fiquei em silêncio esperando que ele me explicasse.

—Estará na arena, uma câmara que é praticamente a réplica de uma floresta. Lá dois de nossos melhores caçadores tentaram te pegar. Tudo o que tem a fazer é evitar que te encontrem e te... matem!

—O que? – aquilo não tinha nada de engraçado. Larten continuava sério no canto.

—Bem, se você fracassa nos ritos, você morre. Esse apenas adianta as coisas...

—Reconfortante!

—De nada.

—Como vou competir com um vampiro completo?

—É o que eu e seu mentor vamos ensinar amanhã!


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Notas finais do capítulo

Continuamos em breve



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