Amanhã?

Sehun não conseguia pensar em mais nada além do fato de que seu Luhan ia para o exército, e no dia seguinte! Estava arrasado, mas resolveu prestar atenção, ou tentar, na mãe que já chorava quando proferira aquelas palavras.

– O Luhan não pode ir, ele é muito novo! E se acontecer algo com ele? Eu não quero perder meu bebê! Cadê meu marido nessas horas uh!?

– Omma, o que o appa tem com isso? - Indagou confuso.

– Esqueceu que seu pai foi coronel?

– Ah... Appa! - Gritou esperançoso - Ele realmente pode ajudar mãe, mas espera... Omma, na nossa historinha, Luhan não nasceu com problemas respiratórios? Mesmo que ele esteja "curado" agora, ele não pode ir para o exército pelo mesmo motivo que eu sai, você só precisa ir com ele ainda hoje à delegacia e mostrar os "exames" que comprovem.

– Oh! Que orgulho do meu bebê! - Abraçou o filho - Arrume-se Luhan, vamos sair, eu não vou deixar meu filho ir para o exército! Quase perdi seu irmão, não quero perder você. - Não havia insinuações na voz da senhora Oh, mostrando aos rapazes que ela já amava Luhan como filho, mas ao invés de ficarem felizes ficaram preocupados, ambos amavam a senhora Oh e não queriam enganá-la, mas ela nunca veria isso de forma positiva.

– Venha Luhan, me ajude a subir, ainda é um pouco difícil pra mim.

– Certo... Hyung.

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Chanyeol caminhava devagar e ao entrar na cafeteria sorriu, ela estava linda com um vestido rosa salmão combinando com sua bolsa e sapato bege, sua pele num tom peculiar exalava um perfume de rosas e seus lábios convidativos bebericavam o café da xícara branca, sentou-se vendo-a descansar a xícara no pires sobre a mesa e olhar para si com ar zombeteiro.

– Muitos negócios te impediram de chegar cedo Chanyeol? Saiba que está perdendo pontos comigo.

– Meus pontos já são todos negativos Eun Hee, mas mesmo assim você não me deixou, você me ama.

– Não podemos mais esconder isso Chanyeol, nó mantemos um relacionamento há quatro anos.

– Por mim casávamos hoje, amanhã eu já vou voltar e eu não quero ficar longe de você. - Segurou a mão da mais velha e com levou sua outra mão para o bolso, tirando dali uma caixinha de veludo azul escuro, fazendo Eun Hee arregalar os olhos já sabendo o que aconteceria - Aceita casar comigo?

– S-Sim, eu aceito... Ah Chanyeol... O palpite de casar hoje ainda está de pé?

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Kyungsoo arrumava suas malas enquanto a mãe chorava e o pai falava o quanto estava orgulhoso do filho.

– Agora só falta uma esposa! - Falou o pai entusiasmado.

– O q-quê? M-Mas appa...

– Como? Não pensa em se casar? Ter filhos?

– Appa... Eu sou muito novo... Conversamos sobre isso quando eu voltar ok? - Praticamente suplicou.

– Certo então, quando você voltar. - Respondeu causando um suspiro aliviado no menor.

Nesse momento a campainha toca, a senhora Do ja enxugava as lágrimas para ir atender a porta quando Kyungsoo a segurou informando que atenderia, ao abrir a porta vê seu amado Jongin com um rapaz, ambos devidamente fardados, deixou ambos entrar se perguntando quem seria o baixinho.

– Kyungsoo, esse é Byun Baekhyun, ele vai te ajudar assim como eu. - Pronunciou fazendo o tal Baekhyun rir brincalhão.

– Pode o chamar de Soo Jongin, eu sei que você quer isso... - Falou malicioso e Jongin e Kyungsoo ficaram vermelhos. - Aigo! Tão fofo! Eu quero apertar. - Disse encantado.

– Fofo só a cara hyung, pra quem não treinou nunca ele bate forte. - Comentou sabendo que já havia sentido na pele.

– Isso é bom, te encontro lá amanhã, não vai ser difícil te achar lá já que não precisarei olhar para cima. - Todos riram e logo o clima descontraído foi se seguindo até que Baekhyun precisou ir e Jongin subiu até o quarto do mais novo junto ao mesmo.

– Algum problema Soo? - Perguntou Jongin assim que se viram finalmente a sós e teve sua nuca puxada pelo menor que uniu os lábios aos seus.

O beijo era necessitado, o contato era bruto, completamente diferente de Kyungsoo, que era romântico e tímido, mas nem por isso deixou de retribuir aquele ósculo, agarrou com posse à cintura do menor encaixando o mesmo em seu corpo, Kyungsoo entreabriu os lábios chamando pela língua de Jongin, que logo passou a explorar novamente a boca do mais novo como se fosse um oásis no deserto, separaram-se por falta de ar e o moreno percebeu que seu pequeno chorava timidamente.

– Soo...

– Papai quer que eu case! Eu não quero isso! Quero ficar com você e só você Jongin... Não quero dividir minha cama com alguém que não seja você, não quero uma mulher ao meu lado mesmo que pareça o certo... Não quero.

– Soo... Você não quer que sejamos descobertos quer? Não quer sofrer com o preconceito quer? Mas quer ficar comigo não quer? - Viu o mais novo assentir - Então terá de ser assim, vamos ter de casar, pelas aparências, mas não vamos deixar de ficar juntos só por que vamos nos casar, vai dar tudo certo no fim meu amor.

Ficaram abraçados por alguns minutos, consolando um ao outro, pois até mesmo Jongin precisava, separaram-se para ambos arrumarem as malas de Kyungsoo, despedindo-se logo após, para que o próprio Jongin fizesse suas malas para voltar ao quartel.

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– Conseguimos!

– Sério?!

– Sim! A partir de hoje, Oh Luhan é um garoto incapacitado de praticar as atividades do exército! Meu filho não vai embora.

A senhora Oh falava feliz e Sehun, que apenas levantara do sofá quando ouvira a voz da mãe correu para abraçar o mais novo, o rodopiando no ar e encantando-se com o sorriso sincero e feliz que o mesmo soltava ao abrir os braços, ao colocar Luhan no chão abraçou a mãe, que beijava o rosto do filho sentindo todo o amor do mesmo, ao se afastar novamente juntou os dois, pronto para dar mais uma boa notícia.

– E eu já não preciso de muletas, já posso correr também e não sinto dor alguma.

– Oh filho... Parabéns!

– Parabéns Sehun!

– Obrigado!

Comemoraram essas boas notícias na cozinha, com bolo e café preparados pela senhora Oh, que achava estar pensando besteira, mas jurava que vira um brilho diferente nos olhos de Sehun e Luhan, um brilho que só vira nos olhos de seu marido, quando ambos se declararam e decidiram se casar.

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Jongin não entendia o porquê de Chanyeol estar em sua casa, o orelhudo não dizia nada, apenas sentou-se no sofá, como a irmã pedira e ficou esperando minha mãe descer, também pediu para que o mais novo ficasse, mas ele não podia, estava atrasado para ver Kyungsoo e a ultima coisa que desejava era irritar ou entristecer seu pequeno.

– Chanyeol... Eu preciso mesmo ficar? - Falou fazendo um aegyo involuntário, pois naquele momento tinha raiva do mais velho.

– Por favor, Jongin, é importante.

E o silêncio reinou novamente aquela sala, até as duas mulheres da casa descerem.

– Chanyeol! A que devemos a honra? - Disse a senhora Kim.

– Senhora Kim, Jongin... - Disse levantando - Eu gostaria de ter a honra da benção de vocês para casar-me com Eunhee.

Continua...