Alex estava se irritando com a competição de Tyler e Luke de qual espada era mais forte.

—Duvido que ela consiga derrotar a minha - argumentou Luke.

—É? Duvido que a sua consiga aguentar a eletricidade de um raio - retrucou Tyler.

—Tá bom, já entendi que suas espadas são poderosas, chega! - Alex se exaltou, e os dois garotos se calaram repentinamente.

Eles a encararam, com uma expressão de susto.

—Ok, nós já tínhamos nos decidido mesmo - expôs Luke.

Eles haviam voltado para o Expresso Mercúrio, sentaram-se nos mesmos assentos, já estavam decolando, Mercúrio havia conseguido mais passageiros, além do mendigo na última fileira, havia também um casal, e uma mulher idosa.

Alex estava na janela desta vez, e olhava o mar da Virginia passar pela janela, havia uma cabana suspeita na praia, não fazia muito sentido, as águas da Virginia eram geladas, não era o melhor lugar para um veraneio.

—Precisamos ir ali - Alex apontou para Tyler e Luke.

—Por quê? - perguntou Luke, confuso.

—Temos, só temos.

—Acho que lá não tem um ponto de ônibus - explicou Tyler.

Alex se levantou, se dirigiu ao banco do motorista, se abaixou para falar com Mércurio.

—Olá, hã, senhor Mercúrio, precisamos que o senhor desça ali.

—Não posso garota, agora volte para seu assento.

—Tem certeza que não pode? - a garota tirou do bolso o saquinho de dracmas.

—Eu consigo dez dessas em meia hora, agora volte.

Alex teria que usar aquilo, não gostava de obrigar as pessoas a fazer o que elas não queria. A garota abaixou-se perto de seu ouvido, e disse com o máximo de persuasão que tinha.

—Você vai no ajudar, deixando-nos naquela cabana na praia.

—Garota, eu sou um deus, não vou cair nesse charme barato, mas com esse saco de dracmas eu posso dar uma parada, o resto é com vocês.

Era sua única opção.

—Ok - deixou os dracmas com o deus e voltou para os amigos.

—Os nosso querido motorista vai nos ajudar, Tyler, vamos precisar de você.

Eles se posicionaram na porta de entrada, Alex ignorou Luke, que dizia que não poderia pular.

—Prontos? - Alex perguntou.

—Quase.

—Não - respondeu Luke.

Tyler segurou as mãos dos dois, Alex sentiu-a suada e tremendo, precisava confiar no filho de Zeus, a não ser que queira pular sozinha a mil pés de altura.

A porta se abriu, Alex sentiu o sorriso de incredulidade de Mercúrio em suas costas, e eles pularam.