The Intended: Mutant escrita por Mari e Léo


Capítulo 20
O grande teste


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal. Este é o último capítulo da primeira parte. Já postamos o primeiro capítulo da segunda parte que se chama The Intended: Cursed. Léo e eu agradecemos as dezesseis pessoas que acompanharam, aos trinta e sete comentários que vocês escreveram e nós respondemos, a Charlotte, Lu, Sami, Pat, Ryuk, Dylan, Jinxed e a Time Lady por terem favoritado a história. E que a próxima fase da história seja ainda melhor que esta. Enfim, nos encontramos em Cursed, boa leitura!



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Rachel deu pequenos passos até o centro. Olhou para todas as pessoas presentes ali, tentando formar um sorriso, mas sua face parecia a de uma psicopata.

— Vai querer enfrentar quem de nós? – L.D. perguntou para ela.

— Qualquer um.

— Tenho uma ideia! – Cobra Verde exclamou animada. - Como C.B. quer que isso seja rápido, os testes serão feitos um contra o outro, em vez de serem vocês contra nós.

— Vai enfrentar quem Rachel? – Coruja Branca perguntou.

Ela olhou para nós procurando um oponente. Seu rosto continuava com o jeito de uma psicopata, ela riu e voltou a olhar para os superiores.

— Théo.

Ele caminhou até Rachel e a encarou com um pouco de desconfiança, em seguida estendeu a mão e esperou ela fazer o mesmo. Mas ela não fez.

— A luta parará no momento em que algum de vocês dois caírem no chão, por favor, tentem não se matar. – T.C. explicou. - Queremos vocês sãos e salvos. Não dá pra dar aula para um defunto.

Os dois se afastaram de costas um para o outro, estavam prontos para se atacarem.

— Lutem! – Leopardo Dourado gritou.

Rachel fechou os punhos, riu e sumiu, enquanto Théo a procurava com o olhar confuso e ela apareceu na sua frente. Entregando-lhe um soco em seu queixo. Ela sumiu novamente e retornou dando um soco no mesmo lugar de antes, fazendo isso mais duas vezes, até que Théo percebeu que estava em desvantagem e se transformou em uma águia, ficando longe do alcance de sua oponente.

— Tem medo de eu te machucar? Dessa se for homem! Retorne a sua forma original! – Rachel provocou.

— Para você descontar sua raiva em mim? – perguntou Théo em forma de águia.

— Não estou descontando raiva em ninguém! Isso é só um teste qualquer e eu quero me dar bem nessa. – respondeu Rachel.

Théo voltou a forma humana e logo se transformou em uma jiboia, rastejando rapidamente até os pés de Rachel. Enroscou-se neles e a fez cair.

— Pena que dessa vez eu me dei bem. – Théo voltou a forma humana.

Rachel se levantou. Ela olhou Théo e estendeu a mão para ele apertar, mas agora Théo fez questão de fazer o mesmo que ela, apenas ignorou. Os dois ficaram lado a lado, de frente para os superiores, se ajoelharam a espera de um deles vir até eles.

Os superiores se olharam e L.D. foi até Rachel, amarrando a fita amarela no pulso dela que não escondeu o sorriso. L.D. terminou dizendo que a rapidez fazia todas as qualidades serem apenas pequenos dons, o que não me parecia fazer sentido. E quanto a Théo, todos os superiores foram até ele e cada um amarrou sua tira no pulso dele, que sorriu ao ver que os quatro iriam treiná-lo.

— Espero que tenha tempo para cada um de nós. – T.C. riu.

Dois seguranças levaram Théo até um banco de pedra perto de nós, Théo se sentou para observar a todos.

— Por favor, ao centro, Frank. – C.V. falou com um sorriso lateral desafiador.

Frank foi ao centro com o mesmo sorriso de C.V., com o olhar fundo e confiante. Irritante.

— Quem escolhe para o duelo? – T.C. perguntou.

— Liam. – Frank sem ao menos olhar para nós disse o nome de meu namorado, que soltou minha mão e foi até o meio.

Liam ficou de frente para Frank que estava rindo.

— Não vamos pegar pesado. – Liam falou para Frank.

— Você que sabe, mas eu não prometo nada. – Frank fechou as mãos e cerrando os punhos.

L.D. mandou o duelo começar.

Frank abriu as mãos, as juntou abertas e no meio delas, surgiu uma pequena bola contornada por fogo que ele lançou na direção de Liam. Mas ele a impediu de atingí-lo, fazendo um redemoinho de vento que a mandou de volta a Frank que voltou a tê-la em mãos e logo a fez sumir. Ele sempre foi competitivo e isso sempre fez as pessoas não gostarem dele. Frank era o tipo de pessoa que não podíamos confiar, porque se um dia você estiver contra ele, mesmo você sendo amigo ou irmão dele, com certeza ele tentaria te massacrar.

— Estou com um mau pressentimento. – disse a Vick que estava do meu lado desde o começo.

— Não vai acontecer nada, é só um duelo, ninguém vai se machucar de verdade. – disse Vick com um sorriso alegre.

Fechei meus olhos tentando acreditar no que ela disse, mas meu interior dizia o contrário.

Frank tentou o mesmo golpe contra Liam, que dessa vez não conseguiu impedir e apenas desviou caindo na grama. Logo em seguida antes de Liam levantar, Frank atirou duas chamas na direção dele, que rolou para os lados tentando desviar.

— Levante-se. – Frank gritou desafiando-o.

— Babaca. – Liam se levantou.

Frank nem sequer respondeu e fez uma enorme bola de fogo e a jogou na direção de Liam, que fez uma parede de ar que ao chocar com a bola, a desfez por completo.

— Com certeza você está levando a sério. – disse Liam.

Liam levou a parede de ar até Frank que também fez uma parede, só que de fogo. As duas paredes entraram em contato gerando uma pequena explosão que fez com que os dois quase caíssem no chão.

Frank lançou a Liam uma chama constante. Liam se defende fazendo o mesmo. Quando Liam estava quase atingindo Frank, C.B. gritou.

— PAREM AGORA! – os dois param. - Estão levando isso a sério, qualquer um pode ver!

— Desculpe. – Liam se ajoelhou.

— Estava dando o melhor de mim. – Frank disse também se ajoelhando.

— Só vamos perdoá-los porque queremos o melhor de vocês. – C.B. foi até Liam.

Ela amarrou a fita branca em seu pulso e se levantou, ficando ao seu lado. Liam sorriu para mim e mandou um beijo, mas eu ainda estava nervosa.

C.V. foi até Frank e amarrou em seu pulso a fita verde dizendo que não há barreiras para impedir quem confia em si mesmo. Nesse momento concluí que aquele com toda certeza era o grupo certo para Frank, que sempre confiou demais em si mesmo.

Os quatro superiores se olharam e depois voltaram para nós. Coruja Branca mantinha os olhos fixos em mim.

— Yoko, venha até o meio. – T.C. chamou.

Ela foi até o centro, virou-se para nós, piscou o olho e se voltou para os superiores.

— Quem deseja como oponente?

— Mariah. – ela respondeu.

Todos olharam para mim. Dei pequenos passos.

— Não. – C.B. interferiu. - Ela não pode.

— Por que? – Yoko perguntou enquanto eu dei outro passo.

— Não leram a lista?! – C.B. disse assustada. - Josh disse que ela é o dragão e que ela ainda não está pronta. Vocês conhecem a lenda.

— Vai acreditar em Josh? – C.V. perguntou.

— E por que não? Ele sempre nos mandou os melhores mutantes, quase sempre eles são do nível um. Por que não acreditar mais uma vez nele?

— A garota precisa lutar. – L.D. falou.

— Se algo der errado, não digam que eu não avisei. – C.B. se calou.

Caminhei até o centro e olhei para Liam que disse um “eu te amo” silencioso. Virei para Yoko. Por que ela escolheu duelar comigo? Será que ela ainda guardava rancor desde que brigamos quando tínhamos quinze anos? Era óbvio. Yoko sempre foi de guardar rancor e se vingar, por mais idiota que fosse o ato. Ela olhou para mim sem mostrar emoção e eu tentei fazer o mesmo, mas estava muito nervosa para isso. Meus poderes não eram brandos para fazer aquilo, Josh sabia disso, por isso deixou na ficha que eu ainda não estava pronta.

L.D. iniciou o duelo.

Dei alguns passos para trás para não ficar próxima de Yoko, embora minha tentativa de vitória em games de luta sempre fora ficar perto do oponente, mas isso era vida real e eu queria distância dela. Yoko formou uma bola de água e a lançou em minha direção. Abaixei e por pouco ela não me atingiu.

Analisei mentalmente o que tinha no meu bolso e estava vazio. O amigo de Josh poderia ao menos ter deixado bolas de gude nos bolsos das roupas que nos doou, mas isso seria demais. Yoko lançou outra bola de água e essa me atingiu de raspão na perna. Caí me apoiando na perna que não foi atingida. Ela estava levando a sério assim como Frank, a diferença era que Yoko sabia que eu não tinha como revidar.

Levantei-me enquanto ela continuou sem demonstrar nenhuma emoção. E foi só olhar para ela e receber outra bola de água. Estendi a mão em direção para diminuir o impacto já que sabia que não conseguirei desviar. Fechei os olhos com medo da dor. Quando abri os olhos a bola estava parada no ar. Olhei para Yoko sem tirar minha concentração na bola de água, ela estava surpresa. Coloquei minha outra mão em direção à bola, fechei minhas mãos e dividi a bola de água em duas e as joguei no chão, isso fez molhar meus próprios pés.

Ouvi a comemoração de C.B. que parecia satisfeita.

Yoko fez duas bolas de água e as lançou em direção ao meu rosto. Abaixei facilmente, mas as duas bolas voltaram e me atingiram nas costas, caí no chão e gemi de dor, mas não era uma dor comum. Eu não conseguia me mexer direito.

— Levante-se! – ela gritou.

Tentei me levantar, mas como já havia imaginado, eu não consegui. Vi no rosto dela um sorriso malicioso e isto me deixou com raiva. Tentei mais uma vez levantar, mas quando estava quase de pé, ela jogou pequenas bolhas de água em minhas mãos, o que me fez ir ao chão novamente.

Ouvi bem no fundo a voz de C.B., ela estava preocupada, mas seus colegas estavam adorando demais o show para parar a luta.

Fechei meus olhos tentando chegar a mente de Yoko para impedir seus golpes, mas não consegui. Ela estava focada em acabar comigo ou descontar sua raiva. Quando abri meus olhos, uma imensa bola de água veio em minha direção, fechei novamente meus olhos e arrastei minha mão pela grama, tentando fugir me arrastando. Foi quando senti o gelado da água quase na minha pele. Estiquei a mão em sua direção, fechei de novo meus olhos. Senti meus pés formigarem, senti uma onda gelada pelo meu corpo. Não escutei nada, estava encharcada e minha cabeça doía, fui totalmente atingida, mas felizmente algo me fez levantar. Apoiei-me nos joelhos e fiquei de pé, encarando Yoko com desprezo.

— Gostou do banho? – ela perguntou.

— Estava muito bom. – ironizei.

— Devemos parar a luta! – T.C. pediu.

— Não. – C.B. que antes queria que a luta não acontecesse, agora queria que continuasse.

— Você vai tomar outros. – Yoko fez uma bola de água menor e a jogou em minha direção, mas esta eu desviei rapidamente para o lado com minha mão direita.

— Ou não. – a respondi com um sorriso.

Ela parecia frustrada, fez dezenas de bolhas de água minúsculas e as lançou em mim, como uma chuva, usando as duas mãos. Eu tentei desviá-las de novo, mas percebi que não era tão boa nisso como havia pensado. Fui atingida e voltei ao chão, ficando cada vez mais ensopada.

— Você não é tão especial quanto pensam que você é. – ela foi até onde estava e cuspiu logo ao meu lado.

— Concordo, mas eu não pedi para ninguém pensar assim. – disse a ela, logo que ela ficou de costas eu me levantei. - Eu sou tão especial quanto você, mas uma coisa eu sei, não sou tão inferior quanto pensa que sou.

Yoko se virou para mim com uma face determinada de assassina.

— As pessoas sempre te adoraram pelo o que você era, eu sempre tentei ser melhor do que você, quanto a mim, eu só recebia críticas.

— Cada um nasce para ser o que é, não o que quer ser. – joguei meu cabelo molhado para trás, molhando as pessoas que estavam atrás de mim.

— Foda-se! – ela cuspiu novamente em minha direção e dessa vez atingiu minha mão. - Agora eu sou superior a você e todos estão vendo isso.

Yoko lançou a mesma bola de água enorme e me levou ao chão novamente. Logo quando estava me recuperando do tombo, me firmando no joelho, ela mandou outra. Eu estendi a mão e a senti adormecer, senti um fluxo de energia enorme saindo das costas e fluindo em meus dedos. Fechei os olhos e quando os abri para ver se fui atingida, algo que eu nunca vi estava bem na minha frente. Toda a energia que senti havia saído de mim, em forma de uma gigantesca garra de dragão violeta, que segurava a enorme bola de água e a arrebentou assim que eu fechei a mão. Caí no chão e lembrei apenas do grito de C.B. dizendo novamente que eu sou o dragão.


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Notas finais do capítulo

Oi, bom, recado final, não esqueçam de acompanhar a segunda parte da história.

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