The Intended: Mutant escrita por Mari e Léo


Capítulo 19
Os testes começam


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal. Estão curiosos? Este é o penúltimo capítulo da terceira parte. Querem ação de novo? Terão. Não sei se ficou bom, mas tentei. kkk Enfim, boa leitura.



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Respirei fundo ainda ouvindo a comemoração dos garotos por conta de um beijo controlado. A maturidade deles me dava nojo.

Os superiores se sentaram e Josh foi até eles e se ajoelhou.

– Quatro feras. Quatro superiores. Peço a vocês que sejam justos e que sejam felizes em suas decisões. Que não subestime nenhum deles. Vocês sabem a qual nível eles pertencem.

Os quatro superiores se levantaram e cada um colocou a mão direita na cabeça de Josh.

– Seremos justos em nossas decisões. – eles disseram juntos.

Josh se levantou e foi levado dali. Deixando nós sozinhos com aquelas pessoas estranhas.

– Façamos um círculo, deem as mãos e façam seus pedidos. – disse Coruja Branca. - Esta é a tradição do teste.

Demos as mãos. Pedi mentalmente tudo que fosse positivo. Que tudo desse certo. Que eu me saísse bem mesmo não sabendo qual era o fim disso.

– Ótimo, soltem as mãos. – T.C. pediu. - Mas mantenham o círculo.

– Sabem o nome disso? – Cobra Verde perguntou.

Ficamos em silêncio.

– Ótimo, eu já esperava. Fizemos o círculo de proteção, ou seja, vocês todos tem essas pedras nos pulsos, isso protege vocês, mas também faz seus pedidos humildes ganharem força quando pedidos com esperança, mantendo o círculo mantemos todos os pedidos presos aqui. Espero que tenham pedido com esperança, porque não estou nem um pouco a fim de ver sangue, morte, vômito ou qualquer coisa do tipo aqui.

– Vai assustá-los C.V., são novatos, isso é normal. – L.D. falou.

– Só dando o recado. – disse Cobra Verde.

– Vamos ser sérios, por favor. – C.B. pediu. - Eu começo. Vocês viram nossos mutantes, queremos ver vocês. O melhor de cada um.

– A força e a fraqueza. – T.C. falou.

– A coragem e o medo. – L.D. falou.

– Descontem isso no que vão nos mostrar. – C.V. falou. - Sendo bom ou ruim. Queremos vocês por completo e não metade do que conseguem.

– Se estiverem fracos procurem a força nesta fraqueza. – T.C. aconselhou.

– Se estiverem com medo procurem a coragem nesta dor. – L.D. olhou para C.B. - Já demos o recado.

– Estou com uma lista com o nível e com a raça de cada um de vocês. – C.B. contou. - A lista foi entregue por Josh, se ela conter erros, ele pagará por esse erro. – C.B. continuou. - Essa é a lei desde que surgiu os primeiros mutantes no mundo.

– Com seu erro vem a sua penitência. – T.C. continuou. - Assim está escrito no Livro das Leis.

– Chega de falar, vamos começar o teste de verdade. – L.D. falou.

– O primeiro voluntário, por favor. – Coruja Branca pediu.

Nenhum de nós queria ser o primeiro. Procurei a mão de Liam para apertá-la, segurei firme. Fechei os olhos, até que uma voz ecoou pelo lugar. Ryan. Ouvi sua voz pronunciando o próprio nome.

– Possui coragem. – L.D. sorriu.

Ryan fechou os punhos e ergueu a cabeça.

– Tanta que eu nem sei como descrever. – disse o mutante da raça força.

– Ele é um dos meus com certeza. – Cobra Verde comentou com um sorriso no rosto.

– Ele ainda nem lutou para você tirar conclusões. – T.C. se virou para C.V. como se já estivesse pronto para aquilo.

– Deixem ele mostrar o que sabe. – Coruja Branca disse indo até Ryan, que estava no meio do círculo. - Eu explico a ele antes que vocês voem por cima dele como se fosse seu lanche. – C.B. olhou para Ryan. - No teste você mostra o que sabe atacando ou defendendo, tem controle suficiente para atacar sem uma provocação?

– Tenho. – Ryan respondeu com um sorriso lateral.

– Ótimo, mostra que ele é evoluído. – T.C. comentou.

– Ora! Eu já pedi para ficar quieto, está pior do que aquelas flores gritantes mutantes que nascem como pragas! – Coruja Branca olhou para T.C., ela estava nervosa.

– Eu só tirei minha conclusão. – T.C. respondeu.

– Pois tire suas conclusões calado! – C.B. estava irritada. - Prosseguindo. Você irá ter um pequeno duelo comigo.

– Mas é ele que escolhe! – T.C. falou fazendo C.B. se virar para ele novamente e com uma face de ódio medonha.

– CALADO! – ela grita.

– Por que não posso lutar com Tubarão Cinzento?

– Por que quer lutar com ele? – Coruja Branca não havia gostado do que ouvira.

– Eu me identifiquei com os discípulos dele. – Ryan respondeu.

– Eu sabia! Eu sabia! Eu sabia! – T.C. comemorou.

– Pode duelar com ele. – C.B. voltou para seu lugar no círculo ao lado de T.C., que foi até Ryan.

– Preparado? – T.C. perguntou.

– Talvez.

– Isso é um não. Vou ser bonzinho com você, não vou me transformar em um tubarão.

Eles estavam a dez passos de distância um do outro. Se encarando, o olhar de ambos estava cerrado. Os punhos fechados e as pernas flexionadas.

– Que alívio. – disse Ryan com um tom falso.

– Mas não vou abrir mão da minha força. – T.C. sorriu.

– Nem eu da minha!

Ryan correu e deu um soco em Tubarão Cinzento, que desviou facilmente, virando uma pequena cambalhota para o lado.

– Tente me acertar, por favor. – T.C. provocou.

Seus músculos ficaram maiores. Ryan estava nervoso. Estava dez centímetros mais alto. Ryan virou uma estrela e T.C. desviou por pouco.

– Nem passou perto. Você me parece só inchado. Garoto você é fraco, ande logo e me acerte!

Ele ficava maior e seus músculos também. Ryan estava trinta centímetro maior que o normal. Ele tentou vários socos e chutes, mas era incrível como Tubarão Cinzento conseguia desviar de todos os golpes rápidos e em sequência de Ryan.

– Inflado como um balão, porque força eu não vi nenhuma até agora.

Os olhos de Ryan ficaram azul claro, quase brancos, o que realçou ainda mais as veias dos olhos. As veias do rosto aparecem e ele estava sem dúvida muito nervoso. Eu já sabia o que T.C. queria, ele queria ver até onde Ryan conseguia chegar.

– Chame-o de frango! – gritei para T.C., sabia que Ryan odiava ser chamado assim.

– Fraco. Olha só, eu errei a palavra, eu quis dizer FRANGO! – T.C. gritou a última palavra.

As pupilas de Ryan pareciam apenas dois pontinhos negros numa imensidão branca, repleto de veias e músculos saltando. Sua camisa rasgou. Ryan estava um metro maior. Ele parecia um monstro. Fechei os olhos. Algo ruim estava para acontecer.

– Ryan vai matar o T.C., olha lá. – Liam assistia como se fosse uma luta real.

Quando abri os olhos, o chão estava repleto de pequenas crateras. Ryan estava abaixado e apertando as mãos de T.C., os dois estavam rindo enquanto Ryan diminuía.

– Eu mal fecho os olhos e eles estão rindo? – perguntei indignada.

– Depois te conto como foi ou você pergunta pra ele. – Liam riu.

– Ryan acertou o T.C.?

– Quase. – Liam riu mais um pouco até C.B. pedir silêncio.

– A hora da escolha. – C.V. olhou para Ryan. - Saberemos agora qual superior vai instruí-lo.

Os quatro superiores se olharam e rapidamente decidiram.

T.C. deu um passo até Ryan com uma tira cinza na mão:

– Ajoelhe-se. – T.C. ordenou e Ryan ajoelhou. - Abaixe a cabeça e levante a mão esquerda para mim. – T.C. colocou a tira por baixo do pulso de Ryan. - Eu prometo treiná-lo e lhe dar todo o conhecimento que possuo. – e a amarrou. - Levante-se, agora você é um cinzento e cair é para os fracos.

Ryan se levantou, parecia muito feliz.

– Muito obrigado.

– Eu que agradeço, você é mais forte que qualquer mutante… do mundo. – T.C. falou olhando nos olhos de Ryan e segurando suas mãos. - Siga-me, tem que ficar do meu lado no círculo agora.

Os dois foram para seus lugares.

– Vamos ao próximo. Quem se candidata? – Coruja Branca perguntou.

Apoiei-me no ombro de Liam, estava me sentindo meio tonta, mas isso ainda não era visível. Meu coração parecia estar brincando comigo.

Jane deu um passo para frente e disse seu nome em voz alta. O medo me tomou conta, ela ainda não estava preparada, Jane era a que estava pior na Proteção.

– Tem certeza garota? – C.B. perguntou.

– Não, mas eu não posso evitar isso.

– E nós não podemos enrolar. – T.C. comentou.

C.B. analisou a lista.

– Você é uma celestial. Não pode fazer esse teste, isso aqui é para lutadores e se você lutasse só poderia se defender.

– Se ela não vai fazer o teste vai ser aluna de quem? – L.D. perguntou.

– Só eu consigo voar, só eu tenho asas. Pela lei natural ela é minha aluna, até mesmo na aparência ela lembra os meus alunos. – Coruja Branca falou com os olhos fixos nos de Jane. - Só tenho uma pergunta.

– Diga. – Jane foi até Coruja Branca.

– Está disposta a ser uma branca? Manter os valores da sabedoria, da obediência, do controle, do equilíbrio e da bondade?

Foi nesse momento que implorei no meu interior para não rir, pois todos os valores que C.B. pediu eram exatamente os que Jane nunca iria seguir. Não estava sendo má, mas era a pura verdade. Jane não era sábia, afinal sempre demorava para entender algo e quando entendia, respondia com algo idiota. Ela não era obediente, sempre que alguém pedia para ela fazer algo ela não fazia. Jane não tinha controle, era impulsiva demais, Jane não tinha equilíbrio nenhum, muito menos o mental. Quanto à bondade, acho que era o único que possuía.

– Estou disposta. – Jane respondeu firme.

Coruja Branca foi até ela e pegou uma fita parecida com a que T.C. amarrou em Ryan. Ela pediu para Jane fazer as mesmas coisas, mas no final ela disse:

– As vezes você cai, as vezes precisa ir ao chão, mas no momento o ar é seu lar, você agora é uma branca.

Jane sorriu e se levantou, foi até Coruja Branca e ficou ao seu lado, que não demonstrava a mesma felicidade de T.C. e isto me fez concluir que a mulher adorável era só um disfarce para esconder a dura mulher.

– O próximo? – disse Coruja Branca.

– Coruja, você acabou de ganhar um novo aluno e age como se nada tivesse mudado, é incrível como você é fria! – T.C. olhou para ela dizendo o que eu tinha vontade de dizer.

– T.C., temos muitas coisas para fazer ao longo do dia, são muitos mutantes e muitas tarefas.

– Faça isso logo então. – disse Cobra Verde entediada.

Eles não pareciam se entender direito, não eram rivais, apenas diferentes.

– Ótimo, faremos o seguinte então, para que o teste seja mais rápido nós vamos escolher a vez de cada um e vocês não irão se oferecerem. Sem reclamações. – C.B. analisou a lista. - Por favor, Rachel venha para o centro.


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Notas finais do capítulo

Olá pessoal. Hora de comentar. Sei que tem dezesseis pessoas acompanhando, o comentário de cada um de vocês é muito importante. Então, comentem.