— Srta Lork, você já está pronta?- a voz da Sra Leger atravessou a porta e eu mandei Connor a abrir, enquanto eu ria e arrumava meu cabelo.A Sra Leger observou Connor e riu quando o viu todo ofegante e com as roupas amassadas.As meninas seguravam a risada.- Gostaria de saber por que o garoto mais inteligente do Palácio e a Srta Perna Quebrada estão mais ofegantes e dessarumados que alguém que correu uma maratona?

— Longa história.- murmurei enquanto pegava discretamente as muletas que estavam sobre a cama.Toby e Mel, que antes davam gritinhos animados, haviam parado e apenas observavam a conversa.

— Srta Lork, Sra Leger, me desculpem, mas eu posso entrar?- um guarda perguntou, e ele estava sem o capacete.

— Claro, Sr Schumacher.- deixei-o entrar, me perguntando o que ele queria aqui.

— Srta, isso estava no elevador.E como você foi a única a usa-lo...- ele então estendeu a mão e eu vi o colar que mamãe havia me dado.

— Eu não tinha percebido...- murmurei pegando o colar.Meus olhos lacrimejaram só de pensar que eu poderia ter perdido esse colar para sempre.- Eu...- engoli em seco e passei a mão nos olhos rapidamente.- Obrigada, Michael.De verdade.- apertei sua mão, o encarando agradecida.Ele sorriu gentilmente.

— Não há de que.- ele murmurou e eu soltei sua mão.- Bem, senhoritas. Campeão. Bebês fofos.- ele fez uma reverência e saiu do quarto.Encarei o colar em minha mão e quase voltei a chorar.

Aquele colar era a única coisa que eu tinha da minha mãe.Literalmente.Tudo estava em Carolina, na forma mais inútil de todas.A casa antiga pegou fogo uma semana depois que eu e as crianças nos mudamos.Perdi muita coisa naquele incêndio.As coisas de papai e mamãe haviam virado cinzas porque eu não tive coragem o suficiente de colocar todas aquelas roupas, joias e lembranças em uma caixa e levar para o apartamento comigo.Era doloroso ter que arrumar coisas de uma pessoa querida que estava morta.

Poderia ter sido mais simples se eles não tivessem sido menos presente na minha vida.Eu poderia ter aguentado a dor.Mas eu não aguentei e muito menos superei, não sem ajuda.Quando a pessoa era mais presente a tendência é dor total e pura.

—...Querida, precisamos ir!- Lucy tocou meu ombro e eu finalmente acordei pro mundo real.A encarei e assenti.

— Anh, Connor, coloque seus sapatos e por favor, não esqueça as meias.- pedi enquanto passava o colar por trás do meu pescoço.Prendi o feixo e arrumei o colar rapidamente no meu pescoço.- Agora, ahh, Dani, Igryne, vocês levam as crianças, mas levem os andadores, por favor.- pedi me sentando e colocando um dos pares da sapatilha vermelha.

— Me espere na escada, sim? Preciso chamar as outras meninas.- Lucy pediu e eu assenti.A observei sair do quarto e me virei para as meninas.

— Eu nunca mais faço uma guerra antes de eventos como esse!- Eu ri e as cinco me acompanharam.Connor apenas sorriu e arrumou rapidamente seu terno e sua gravata.- Rapaz, vem aqui!- o chamei e ele veio, obediente.Bati em seu joelho e depois em minha perna.Ele a levantou e se segurou na mesa enquanto eu amarrava seu sapato corretamente.

— Obrigada.- ele sorriu.Sorri de volta.Me levantei e peguei minhas muletas.

— Toby meu amor, vem com a titia!- Ashley entrou no quarto sem bater, e sem minha permissão ou mesmo sem me cumprimentar, atravessou o quarto e pegou meu Toby, MEU, no colo.

— Ahn, oi Ashley, tudo bom?Como passou a tarde?Comeu bem?- joguei as perguntas em seu colo e ela nem me deu bola.Estava fazendo Toby rir.Emburrei a cara, mas logo a desfiz e olhei para a porta.Anelise sorria para mim e os outros.Trazia três meninas, todas loiras, e com roupas de serviçais com ela.

— Olá, meninas!- ela cumprimentou e eu acanei para que ela e as outras entrassem.As quatro entraram com um tanto de vergonha.- Lena, como vai?- ela me beijou no rosto.

— Vou bem.Pelo menos alguém tem educação aqui!- falei meio alto, me virando para Ashley.Ela novamente me ignorou.

— Tem alguém com ciúmes, Tobyzinho!- Ashley disse em uma voz fofa e de criança e eu lhe mostrei a língua.O resto riu.

— Lena, se não se importa, poderia pegar a Mel?- Ane perguntou e eu revirei os olhos.Ela já tinha ela no colo!

— Adianta dizer não?- perguntei dando um sorriso de lado.

— Não!- exclamou ela e eu ri.Enquanto as meninas conversavam entre si, observei os vestidos de Ash e Ane.Ash vestia um azul turquesa de alças.Um pouco mais chamativo que o meu, mas igualmente lindo.Quase falei para trocarmos de vestidos porque eu não gostava muito de vermelho.Ela, assim como Ane, usava um salto preto.

Ane estava linda usando um vestido vermelho praticamente igual ao meu.A diferença era que tinha uma fenda mais a baixo da perna esquerda.

— Que Deus me ajude!É muita mulher no mesmo recinto!- Connor murmurou abrindo a porta do quarto e saindo.Eu ri baixinho.

— Meninas, temos que ir.Vamos acabar tomando uma bronca se continuarmos aqui!- alertei minhas duas amigas/concorrentes e elas caminharam para a porta.- Meninas, acho que não precisam mais levar as crianças.- Dani e Igryne assentiram.- Santana, você poderia levar os andadores? - pedi olhando para ela.Rapidamente assentiu e segurou os dois andadores em cada mão e saiu do quarto na minha frente.Ela foi na frente, dizendo que aguardaria no Salão das Mulheres, que era onde iríamos.Assenti.- Depois, pode relaxar.Diga as meninas que eu dou conta dos Gêmeos.- toquei seu ombro calmamente e ela desceu as escadas.Acenei com a cabeça para os guardas, que retribuiram, e fui até a roda de meninas envolta de Lucy.

— Bem meninas, vamos calmamente descer e vamos nos encaminhar para o Salão de Mulheres para assistir o programa do Jornal.Hoje, eles irão exibir vocês um pouco.- algumas meninas cochicharam ansiosas e uma me deu uma cotovelada na barriga sem querer.

— Merlin!- Exclamei me debruçando sobre a barriga.

— CARAMBA!ME DESCULPA!- A morena berrou no meu ouvido, me apoiando.Respirei fundo.Aquela droga havia doido.- Meu Deus, Meu Deus, eu sou uma louca desastrada!- ao olha-la, rapidamente a reconheci.Juliana Porter, 19 anos, Não lembro a província.

— TÁ tudo bem.Eu só preciso sentar!- disse sem fôlego.Uma cadeira surgiu do nada, trazida por um guarda.Me larguei sobre ela e olhei o chão.Respirei uma, duas, três vezes.A menina tava em pânico completo enquanto Anelise a consolava e Lucy ficava ao meu lado.

— Tudo bem?- perguntou cautelosa.Mostrei um joinha para ela, que riu baixinho.- Michael, leve a senhorita para o Salão.- Lucy me ajudou a me levantar e eu acompanhei Michael lentamente até o elevador.

— Jesus, Maria, José.Depois dessa nunca mais eu fico próxima de uma menina.Que cotovelo forte!- exclamei quando entramos no elevador e eu me encostei na parede.Michael riu.E eu amei o som de sua risada.Sorri.

— Pelo menos ela nunca mais vai gritar no seu ouvido!- ele murmurou de volta, brincalhão.Eu ri alto.

— Vou precisar de um aparelho auditivo.- murmurei e nós dois rimos.

— Está entregue, Srta.- Michael segurou o elevador para que eu saísse e eu me virei para ele.

— Michael.- fiz uma reverência.

— Helena.- ele a devolveu e eu me virei para o corredor.Me dirigi até o Salão das Mulheres e entrei junto com outra menina.As meninas estavam no canto, acompanhadas de Santana, Connor, os gêmeos e seus andadores.Fui até lá e sorri quando Mel parou em minha frente e estendeu seus bracinhos.

— Oi Florzinha.- Me agachei um pouco para dar um beijo em sua testa e me sentei no sofá entre Santana e Connor.Estiquei um pouco minhas pernas e suspirei, sentindo pelo menos uma delas estalarem.- O que eu perdi?- perguntei me debruçando um pouco para as meninas ouvirem.Nem dei bronca em Santana por não ter ido relaxar, ela é as outras eram tudo teimosas.

— Nada demais, mas Lucy vai ligar a TV no Jornal agora.- Anelise me respondeu e eu assenti, murmurando um obrigada e ajeitando minha postura.Quando a abertura do Jornal começou e a musiquinha irritante saiu pelos altos-falantes da TV, as conversas cessaram e todos fitaram a TV.

Eu admito que não prestei muita atenção.Mel e Toby tomaram grande parte dela, e os sussurros de Anelise e Ash o que sobrava dela.

— Queria colocar uma rã no quarto da White.- Anelise sussurrou para nós e eu puxei Mel de novo para que ela não fosse em direção às escadas que tinha ali.Ri baixinho.

— Esquece a rã, quero saber da fofoca!— Ash murmurou toda animada.Dei uma rápida olhada na TV e vi eu e as meninas.Voltei a conversa.- Ouvi boatos que encontraram o Príncipe Osten no quarto de uma Selecionada.Disseram que os dois assaltaram a cozinha e foram para o quarto dela.- Na hora, senti meu sangue se concentrar no rosto.Eu não havia contado nada sobre o episódio de horas atrás.Não era necessário.

— Que loucura!— Anelise sussurrou e Santana riu baixinho.A olhei com um sorrisinho e voltei meu olhar para Toby.O peste comia a própria roupa.Gentilmente, puxei a gola de sua camisa da boca e ele resmungou.Por sorte, Santana carregava um mordedor no bolso de seu avental.

Nem meia hora depois de muito cochicho, risadas baixas, piadas de mal gosto e bebês quase chorando, Lucy falou que iríamos jantar.Eu sorri.Meu estômago já estava reclamando a alguns minutos.Nos deslocamos até o Grande Salão, não era muito longe do Salão das Mulheres, então ninguém teve o trabalho de retirar os gêmeos de dentro do andador.

— Vou preparar as mamadeiras e as papinhas.- Ela me avisou e eu assenti, Connor tropeçou na minha muleta e quase foi ao chão se uma das meninas do meu lado não o tivesse segurado pela gola.

— Os Lork estão sem sorte hoje, um?- a loira, Brenda alguma coisa, riu humorada e eu também.Era verdade.Hoje não estava sendo um dia tão sortudo assim.

— Pode crer.- murmurei e entramos no Grande Salão.O Grande Salão era grande o suficiente para abrigar grande parte das pessoas que se encontravam na praça hoje.Era surpreendente ver a arquitetura do Palácio cada vez mais.Esse maldito salão tirou meu fôlego e aumentou mais ainda meu gosto por estruturas antigas.

Fomos servidas por serviçais.Hoje foi Lasanha.Eu havia pulado o almoço, para comer a torta, é claro, e ainda não tinha sido apresentada ao Grande Salão como o resto das meninas.Lucy que avisou que a mesa em um U gigante era a mesa que dividiriamos até o fim da seleção e que tínhamos lugares marcados.

Graças ao amiguinho lá de cima, Ash e Ane não ficaram tão longe de mim.Era o suficiente para podermos conversar.Connor se sentou do meu lado e em todo os 40 minutos do jantar, manteve a boca ou com lasanha ou com suco de melancia.Santana voltou quando eu estava enfiando um pedaço para dentro.Mel estava em meu colo e eu colocava um pouco de carne moída em sua língua.Seus olhos brilhavam e eu soube que teria trabalho de madrugada.

— Vou dar ao seu irmãozinho.- Ela contou enquanto me estendia o potinho de papa e a mamadeira.Mel queria atacar a mamadeira, mas eu não deixei.

— Vamos Mel, primeiro o melhor, depois a bebida.- murmurei a sentando.Pedurei o guardanapo em seu colo e busto e ela bateu as mãos na mesa no momento que peguei a colher com um pouco de papinha de frango.Assoprei um pouco e fiz um aviãozinho até chegar em sua boca.Ela engoliu com gosto, dando uma risada bem animada.Algumas meninas riram.

— Ela é, definitivamente, sua parente!- Ash disse rindo.Ri baixinho e coloquei outra colher.

— Ah, eu quero dar também!- Ane pediu manhosa.

— Você pode dar a mamadeira, mas eu que vou dar a papinha!- exclamei lhe lançando um olhar de 'mãe leoa'.

— Se você for escolhida vai dar uma boa mãe.- Ane comentou e algumas meninas assentiram, outras fizeram cara de nojo e outras fingiram que nem ouviram.

— Eu também acho!Sabe cozinhar, é engraçada, sabe administrar, cozinha bem, é uma boa irmã, é inteligente, já falei cozinhar?- Connor me olhou com uma clara dúvida no rosto e eu ri.Ash, Ane, Santana, a Porter, Lucy e mais algumas meninas riram.Vi Roberta White se virar para uma das meninas e cochichar.As duas sorriram meio estranho e voltaram a comer.Ash e Ane estreitam os olhos e percebi que eu não fui a única a notar que as duas iriam aprontar alguma.Ou melhor, três.A Brenda Alguma Coisa também se juntou a festa de sorrisinhos meio sinistros.

— Lena...- uma das meninas começaram e eu logo a olhei, mas meus olhos se voltaram para Mel e suas mãos grandes demais tentando alcançar a mamadeira.- Posso te chamar assim?- Eu assenti e Clara Nunes sorriu um pouco.- Eu sei que é meio estranho, mas creio eu que de todas nós, você é a mais ocupada e a mais influenciável.- ela começou e eu assenti.As meninas nada disseram ou fizeram, elas sabiam que era verdade e eu também.- Eu sei que a empresa que você dirige é mais focada no objetivo de evitar morte por falta de recursos e sei que está tudo indo bem, porque você está expandindo para outros países e isso é demais!- Eu fiquei levemente surpresa.Eu sabia que ela estava sendo uma tiete.Também sabia que ela era uma estagiária na filial de Windsor e era extremamente competente e inteligente, Mas eu não sabia onde ela queria chegar falando sobre isso na frente de todos.- Eu também sei que o que eu vou dizer é meio estranho, mas é até que uma boa.- ela soou meio hesitante, e segurou com força um colar em seu pescoço.Era um círculo, com duas espadas formando um "x" em seu centro.Franzi a testa, pensando de onde eu reconhecia esse símbolo.- Você poderia adicionar "Poder Bélico", na sua lista de objetivos.- Ela propôs e na hora eu já senti um incômodo.Ela percebeu.- Pense bem.A sua empresa fazendo relações com o mundo todo!Afeganistão, Itália, Irã, Reino Unido, Illéa!- ela exclamou animada.- Além de trazer benefícios para a sua empresa, vai trazer para o país também.Eles irão nos ver como amigos!- ela disse séria e mais confiante agora.

Eu não sei onde enfiar a cara.Eu simplesmente não poderia decidir isso sozinha.Eu tinha mais de 100 pessoas para avisar sobre isso.Para propor isso.São muitas coisas para pensar, e pouca possibilidade de ocorrer verdadeiramente.

Admito, a proposta dela era boa.E não era só ela que me fazia essas propostas.Já tinha mais de 4 conselheiros jogando arquivos desse tipo a mais de 5 meses na minha mesa.Beneficios, lucros, amizade, paz...era tudo que eles diziam.

Admito também, que já fazia uns dois meses em aceitar.Levar a empresa a outro patamar.Extender relações.Isso era um baita de um avanço.

Finalmente, olhei para Clara.

— Conversamos sobre isso depois.Isso não é hora nem local, mas admito que gostei da ideia.- ela sorriu e eu também.

Lucy avisou que como todas tinham acabado de comer, era hora de subirmos para o quarto.Subi pelo elevador.Santana ia levantando os andadores junto com Connor enquanto Ash e Ane levavam os gêmeos.Quando entrei em meu quarto todos já estavam se trocando e Ash e Ane já não estavam mais lá.

— Meninas, uma de vocês pode me ajudar a me trocar?- perguntei enquanto tentava não me incomodar com o espartilho me apertando com força ao redor da cintura.Gabi se dispôs na hora e eu entrei no banheiro.No momento que ela passou pela porta, eu surtei.- Solta o espartilho!Rápido!- disse perturbada e ela largou tudo que tinha nas mãos no chão para me ajudar a tirar o vestido.Ela praticamente rasgou o vestido quando o tirou de mim.Me segurei na pia, a falta de ar quase me fazendo desmaiar.O maldito estava muito apertado!

— Calma, senhorita, falta pouco!- Gabi disse meio trêmula, desfazendo os nós do espartilho preto.Quando ele se afroxou, respirei profundamente.

— Definitivamente, melhor!- ri baixinho e Gabi também, aliviada.Depois disso, me banhei rapidamente e fiz uma trança no cabelo.Coloquei apenas a calcinha por dabaixo da camisola preta e longa.Voltei para o quarto e fui direto para o armário.Connor e os Gêmeos já dormiam, então eu podia relaxar.Pedi um chá as meninas e quando Dani voltou, disse que as cinco podiam ir dormir tranquilamente.Quando disseram que "não", lembrei a elas que fazia isso sozinha a mais de oito meses e elas finalmente foram.

Agarrei meu computador de dentro da mala de mão e depois de colocar um robe, fui para a varanda.Não estava tão frio assim, mas do mesmo jeito peguei uma coberta e meu chá lá dentro do quarto.Apenas conformei se Connor estava bem coberto e os Gêmeos também antes de fechar a porta.

Liguei o computador, pús a senha e tratei de trabalhar nesse novo projeto.Também solicitei uma vídeo-conferência de emergência na noite seguinte, exatamente as 22h00.Pedi por E-mail a Melinda que avisasse aos outros com discrição e já pedi para ela me atualizar sobre as transferências.Estava louca para parar de ficar tensa.

— Srta, o que faz acordada essa hora?- quase gritei quando, algumas horas depois, ouvi essa voz rouca e de sono me chamar acima de mim.

— Merlin do Céu, você ficou maluco?- sussurrei para Kile.O maldito descia da varanda acima de por uma corda.Quando ele parou de pé sobre o chão, eu meti um soco em seu braço.

— Aí!- ele resmungou acariciando o braço e outro corpo desceu sobre a corda.Quando se virou, quase cai para trás.O princípe Ahren sorria para mim em seu pijama de seda.Mas isso não impediu minha raiva.Dei um soco em seu braço também.

— Aí, sua maluca, porque fez isso?- ele xingou baixinho.

— Vocês dois só podem ter titica na cabeça!São duas da manhã e os dois idiotas acham normal descer de corda até outro lugar!E quase me mataram de susto!- murmurei amarrando de novo o robe ao meu redor.

— Você disse que ela era legal!- Ahren se virou para Kile e falou aos sussurros.Como se eu não fosse ouvir, pensei e revirei os olhos.

— Ela é praticamente mãe, Ahren.Se um de nós tivesse caído ela iria bater na gente mesmo machucado e iria dar uma bronca pior que a de nossas mães.- Kile murmurou para o amigo e eu pigarrei.Os dois se viraram para mim, me encontrando de braços cruzados e um olhar bravo.

— Se expliquem!- ordenei batendo o pé.<!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/share/clipdata_180616_134901_064.sdoc-->