Another Lifes escrita por Isita


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Desculpem a demora, não sabia o que escrever :(



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Capítulo 2

–Me...me desculpe...eu… Não era a intenção…- Sakura disse, num fio de voz, enquanto encarava o belo homem à sua frente, sentiu uma vontade imensa de tocar seu rosto, mas se controlou.
– Tu-tudo bem...eu...nossa...eu que lhe peço desculpas…- ele respondeu, sem ao menos desviar seus olhos da mulher de cabelos rosados que via. Sasuke não tinha ideia de como, mas sabia que a conhecia.
– Eu...o meu nome é Sakura…
– Sasuke...Sasuke Uchiha.
– Prazer, Sasuke.- ela admirou encantada o sorriso que surgiu no canto dos lábios do homem.
– Prazer, Sakura.- ele disse, a voz rouca, fazendo um arrepio percorrer o corpo de Sakura.
Nenhum dos dois percebeu que um silêncio reinava na lanchonete até que se soltaram, e pareceram voltar a realidade, mas sem tirar os olhos um do outro.
–CAHAM!- um pigarreio feminino extremamente alto se foi ouvido, quebrando o silêncio que reinara.
Ao reconhecer a voz, Sakura cerrou os punhos e trincou o maxilar, sendo forçada à desviar os olhos e olhar para a “estraga prazeres”.
–Pois não, Karin?!- disse seca.
– Minha salada. Está horrível, sua incompetente!- a ruiva disse, olhando para o prato mal tocado em sua mesa.- Eu te avisei o que ia acontecer com você se…
– Se o quê, Karin?- Naruto interveio.- Se não gosta da comida daqui, não coma, simples! Ou vá reclamar com o Ero-Sennin!
– Como ousa falar assim comigo?!- a ruiva disse, já se levantando.
– Não. Como VOCÊ ousa falar assim comigo, não sabe que o Jiraiya-sama é meu padrinho?
– P-p-padrinho?- Karin já estava extremamente confusa.
– Sim, padrinho.- Sakura se permitiu soltar uma pequena risada ao ver a expressão surpresa da mulher que sempre a esnobou.
– E você?! Do que está rindo pobretona inútil?!- Karin se virou para a rosada, os olhos raivosos.
– Tenho uma coisa que você não tem.- ela disse, simplesmente cruzando os braços.
– E o que é? Um cabelo ruim?
– Não. Caráter.- a outra respondeu.
– Ora sua…- a ruiva levantou a mão em direção a rosada.
– NÃO OUSE TOCAR NA SAKURA, SUA GALINHA RUIVA! - a nova voz era extremamente conhecida para Sakura.
– Isso é tãããão problemático.- Shikamaru disse, se levantando.- Se me dão licença, eu já vou indo.
– Ino, para de berrar!- Gaara disse, ao lado da loira que olhava furiosa para a ruiva que estava com a mão paralisada.
A voz do garoto bastou para acordá-la de seu torpor. Desceu a mão com toda a força que conseguiu em direção ao rosto da rosada, que permaneceu impassível. Não iria dar o gosto da vitória à outra.
A cena seguinte certamente provocou um ofego de surpresa à todos os presentes. Sakura demorou alguns segundos para reparar que não havia sentido nada. Focou o olhar e se deparou com a cena mais inimaginável; mesmo nos seus sonhos mais loucos.
Abriu a boca em surpresa ao deparar-se com uma mão grande e forte segurando o pulso da mulher que estava prestes à agredi-la. Seus olhos arregalaram-se ao ver de quem era a mão.
Sasuke, o recém conhecido, se postava ao lado da garota, a mão esquerda levantada, segurando firme o pulso da mulher ruiva, que mal sabia o que se passava.
–S-sasuke-kun, por quê fez isso? - a ruiva perguntou em tom baixo, os olhos violeta arregalados.
Nem mesmo ele sabia o porquê de ter feito o que fez.
Só sabia que a intuição de proteger a rosada foi mais forte.
Só sabia que de uma hora para outra, ele não se responsabilizou por seus atos.
Era como se algo tivesse tomado conta de suas ações por um instante. Um arrepio percorreu seu corpo.
Sentados na mesa ao lado da porta da lanchonete, Shizune e Kakashi assistiam boquiabertos o desenrolar da noite. Sabiam que naquele momento, uma força maior havia ditado os movimentos de Sasuke. Sentiram as auras puras que haviam entrado no local. E ouviram o chacoalhar de enfeites antigos. Assim como viram os resquícios de dois kimonos: um rosa com detalhes em verde, e outro azul marinho, viram também, os rasgos que haviam nas costas dos mesmos, e as manchas vermelhas em seus peitos.
Mas, entre tudo, o que mais os surpreenderam, foram os fios soltos de um coque desmanchado, fios rosados - que com certeza não eram da Sakura presente em sua frente -, passarem pela parede, junto com a sombra de uma katana embainhada.
–Kakashi...você...você viu o que…?- disse Shizune colocando ambas as mãos na boca.
– Sim. Eu vi.
O homem estava completamente pasmo. Em todos os séculos que esteve no planeta Terra nunca vira algo parecido. Sabia que aquilo não era por acaso. Não eram só eles que queriam evitar o sofrimento, mas sim todos os outros.
–Porque fez isso, Sasuke-kun?!- perguntou Karin novamente, os olhos arregalados. Sakura se surpreendeu pela ruiva conhecê-lo.
– Apesar de realmente gostar de lutas, não aceito agressão atoa, Karin.- ele disse, seco, o olhar frio.- Seja o que for que tiverem que resolver, resolvam na melhor forma: conversando.
– Mas...mas…
– Já deu pra mim. Deu por hoje.- Sakura disse, tirando o avental que usava e revelando o uniforme.- Até amanhã meninas. Digam ao Jiraiya-sama que amanhã eu faço hora extra.
E se dirigiu aos fundos para pegar sua bolsa. Pegou-a e saiu pela porta, não antes de ouvir alguém a chamando.
–Sakura, espere!
– Sasuke-kun!- a voz irritante de Karin também foi ouvida.
A rosada parou na calçada, suspirando pesadamente ao sentir a presença do recém conhecido atrás de si.
–Sim?- perguntou se virando para encará-lo.
– Eu acho perigoso você ir embora sozinha...digo, já está tarde…- ele disse, a encarando.
– Não tem problema, estou acostumada.
– Isso não diminui minha preocupação, Haruno.
– Não sou uma donzela indefesa, Uchiha.- disse, sorrindo de canto.
– Só quero me certificar de que chegará bem, Haruno.- ele disse, também sorrindo de canto.
– Okay então, nobre cavalheiro.- ela realmente não tinha ideia do por que o chamara daquele jeito. O fato era que, mesmo sem conhecê-lo, sentia-se bem perto dele.
O moreno riu. Uma risada rouca que fez Sakura arrepiar-se até a raiz de seu cabelo. Ela não sabia o por que, mas adorou a risada do rapaz.
Ele indicou o caminho com a cabeça, e passaram a andar lado a lado, com seus ombros roçando um no outro, o que provocava uma maravilhosa sensação em ambos.
–Sabe...não precisava fazer aquilo...digo, obrigada mas...eu sei me defender sozinha…- ela disse, corando levemente.
– É como eu disse, não gosto de agressão desnecessária.- ele respondeu, dando de ombros.- A propósito, de nada. Caso se esqueça de agradecer.
– Ei! Eu agradeci!- ele riu novamente da expressão da garota, que não se demorou a rir também.
– Onde você mora?
– Desculpe, como?!- ela não escondeu a surpresa com a fala do homem.
– Estou te levando para casa, Sakura.
– Ah é mesmo!- ela riu novamente, enquanto ele balançava a cabeça.
– E então?
– O que?
– Onde você mora, Sakura?- foi a vez dele de rir.
– Logo adiante, depois do ponto de ônibus.- ela respondeu apontando na direção que falou.
– Sério?
– Sim, por que?
– Meu apartamento com os outros também é nessa direção.- falou, a observando.- Você mora sozinha?
– Não, moro com a minha mãe, e a enfermeira dela.
– Enfermeira?-franziu a testa.
– Sim.
– Por que?- ela suspirou pesadamente.- Me desculpe, não quis me intrometer.
– Minha mãe está seriamente doente, um câncer, se quer saber.- ela respondeu, seca.- Terminal.
– Eu sinto muito, Sakura.
– Eu sempre soube que ela poderia não sobreviver.- disse, sem conseguir suprimir as lágrimas que escorreram silenciosamente.
– E o seu pai?
– Está morto.
– Sinto muito, mesmo, Sakura.
– Eu também…mas, me fale de você, é de Tóquio mesmo?
– Não, fui pra lá quando era bem pequeno, meu pai foi administrar uma sede da empresa de nossa família.- ele respondeu.
– Entendi...você é filho único?
– Não, eu tenho um irmão, Itachi.- ele respondeu, sorrindo de canto e olhando para baixo.- Ele é um pé no saco. Literalmente.
Sakura riu. Não sabia explicar muito bem mas sentia como se fossem conhecidos de longa data. Não sabia como explicar, mas se sentia bem perto do homem, como se sempre tivesse sido daquele jeito: lado a lado.
–Aposto que ele não é tão ruim assim.- falou, sorrindo.
– Ah, acredite, é sim.- rebateu, olhando para frente.
– Ah, olhe só, chegamos.- ela disse, avistando a pequena casa em que morava.
– Que pena, nossa conversa estava tão boa…
– Oportunidade não vai faltar, Sasuke.- ela disse se voltando para ele.- Até mais.
Enquanto ele estendia a mão para um aperto, ela se adiantou com um abraço, que teria sido extremamente rápido, se não fosse pelo destino, ou até mesmo sorte, ela não tivesse tropeçado no vão do passeio, e se desequilibrado. E pela segunda vez no dia, os corpos de ambos se chocaram. Provocando o mesmo arrepio de antes.
–Eu tenho que parar de fazer isso…- Sakura falou, corando e olhando para os lados.- Me desculpe, eu…
– Não precisa se desculpar…- Sasuke respondeu, encarando os olhos extremamente verdes da garota. Sua voz saiu como um sussurro rouco.
O moreno sentiu uma vontade imensa de tocar os lábios da garota com os seus, mas se conteu. Não era certo, haviam acabado de se conhecer, não sabia quase nada sobre ela, e tinha certeza que ela o repudiaria.
Mal sabia, que a dona dos olhos verdes que tanto lhe fascinavam, sentia exatamente a mesma coisa.
Sakura ofegou, e sentiu seu coração bater consideravelmente. Lentamente, viu, de como se não fosse ela em seu corpo, os lábios de ambos se aproximarem.
Então, como um passe de mágica, se tocou do que fazia e se separou, com muito custo, do belo rapaz à sua frente.
–Me desculpe… É… Eu tenho que ir…- se soltou dos braços do moreno e seguiu em direção à sua casa.
Antes de abrir a porta, lançou um último olhar ao recém conhecido, que acenava para ela.
A cena que fez quando entrou, assustou a garota, que nunca havia sido tão clichê em sua vida. Ao fechar a porta, se virou de costas, e deixou-se escorregar pela madeira fria, um pequeno sorriso se formando em seu rosto. Em toda sua vida, nunca fora de romances, nem ao menos tivera um namorado. Seu primeiro beijo havia sido com seu melhor amigo da época, o qual não se lembrava o nome. O fato de quase ter beijado um recém conhecido, e ter desejado fazê-lo a fazia perguntar-se à si mesma quem era ela. Sakura Haruno com certeza não era daquele jeito. Mas ele a atraía de um jeito incrível, queria estar perto dele, queria ouvir a risada rouca e sedutora dele novamente, queria sentir os arrepios que tanto sentiu naquele dia ao rossar dos ombros de ambos, queria tê-lo perto. E o motivo? O fato de não saber, era o que mais assustava, afinal, praticamente, só sabia o nome dele. Pare de besteiras, Sakura, você tem coisas com o qual se preocupar, pensou, reprimindo à si mesma. Balançou a cabeça, se levantando do chão e indo ao quarto de sua mãe, sem antes deixar um pequeno sorriso escapar de seus lábios.
***
Sasuke ficou alguns segundos encarando a porta pela qual a rosada havia passado momentos antes, se perguntando o que ela tinha que o deixava daquele jeito. Sasuke Uchiha não era um homem de ficar babando em cima de uma única mulher. Mas, ela de alguma forma, era diferente, não sabia como, nem porquê, mas queria tê-la ao seu lado. Deu meia volta para voltar à lanchonete, a menta tão longe que nem percebeu quando esbarrou em um cara ruivo, e forte como ele.
–Ei, olhe por onde anda!- o homem esbravejou. O moreno o encarou, as sobrancelhas arqueadas, pensou conhecê-lo, mas descartou a ideia rapidamente. O ignorou, e seguiu seu caminho.- Estou falando com você, imbecil!
– Tanto faz.- respondeu, ainda de costas.- E o fato de você ser um imbecil, não me torna um também. Boa noite.
– Ora seu…
– TEMEEE!- Sasuke suspirou pesadamente ao reconhecer a voz escandalosa.- Onde você tava??
– Fui levar a Sakura em casa, baka.- respondeu.
– Sakura?- o ruivo atrás de si falou baixo, franzindo a testa.
– Olha se não é o Akasuna!- Naruto disse, passando por Sasuke.- Saiu do ninho de ratos, Sasori?
– Lá é sua casa, Uzumaki, não a minha.- o ruivo respondeu sorrindo de canto.
– Ahaha, até parece que eu moraria num local assim, sabe como é, é mais o seu tipo.
– Desculpe, mas o meu tipo é uma mansão com piscina e carros esportivos, não um apartamento de dois cômodos.- ele rebateu. Sasuke lembrou-se de onde o conhecia, a empresa de sua avó, competia com a de seus pais. O rapaz era extremamente rico.
– Ei, Sasuke, esse é o Sasori que estudava com a gente quando ainda morávamos aqui, lembra?- Naruto se voltou para ele.
– Não, mas o conheço de outra ocasião.
– Ah meu Deus! É você mesmo Uchiha?- Sasori perguntou à ele que levantou uma das sobrancelhas, e torceu os lábios.
– Não lhe devo sastifações.
– É você mesmo! Sua cara de bixa ta maior que o normal, foi mal não te reconhecer antes.- o moreno se virou para ele, um sorriso de puro escárnio possuindo seus lábios.
– Não se preocupe com desculpas, Akasuna, nós dois sabemos que o fato de não ter me reconhecido é que, enquanto eu sou um homem, você continua o mesmo verme de sempre.- disse, logo depois dando as costas e voltando para a lanchonete.- Anda Naruto, esquece esse .daí
O loiro gargalhou, e seguiu o Uchiha, deixando o ruivo para trás.
–Você realmente sabe como humilhar alguém.- ele disse, entre gargalhadas. Sasuke deu de ombros, e continuou andando, com as mãos nos bolsos.
***
–Como deixaram isso acontecer?- esbravejava uma mulher loira, de idade aproximada aos 50 anos, com duas pessoas que à vista, pareciam jovens.
– Desculpe, Tsunade-sama, mas não pudemos impedir.- respondeu a mulher de cabelos negros e curtos.
– NÃO QUERO DESCULPAS!- gritou, enquanto andava de um lado para o outro no cômodo.- E você Kakashi?
– Não tenho nada a dizer.- respondeu o homem de cabelos brancos.
– Estou decepcionada com vocês. Agora não temos outra escolha.
– Desculpe?- Shizune perguntou.
– Vamos ter que ajudar.
– OQUEEEE??- gritou, se levantando.- Já tentamos isso várias vezes, mas sempre acaba no mesmo: morte sofrimento, Tsunade-sama.
– Não interessa, Shizune. Se não pudemos impedir o encontro deles, então vamos fazer dar certo desta vez, entenderam?
– Hai, Tsunade-sama.- responderam Kakashi e Shizune, em uníssono.
– E quanto aos outros?- o homem perguntou.
– Não iremos interferir. Sasuke e Sakura são prioridade, entenderam?
– Hai.
– Tem que dar certo.- murmurou a loira para si mesma.
Em todas as encarnações de Sakura, elas haviam sido bem próximas, como mãe e filha, o que não era diferente no momento. Sempre sofria ao saber o desenrolar da historia de amor da garota. Não podia, e não iria deixá-la sofrer novamente. Era um juramento que fazia à si mesma em cada século, mas que só iria dar 110% de si neste. Ela poderia morrer tentando, mas Sakura iria ser feliz.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Por favor, comentem!

Até o próximo! Beijos!



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