Havia várias indagações e Esteban queria todas as respostas, porque Maria ocultou que era virgem? Porque não confiou nele? O quê mais ela ocultava?
Maria aos poucos foi despertando e apontada para ela a fria mirada de Esteban, sonolenta se espreguiçava quando sentiu o olhar dele nela e percebeu sua nudez se cobriu com o lençol.

–Esteban: Maria temos que conversar...
–Maria: Se for sobre o que aconteceu entre nós dois é melhor que esqueça o que passou aqui, isso não vai voltar a acontecer...
–Esteban: Como vou esquecer !! Porque não me falou que era virgem??
–Maria: Eu... eu não sei do quê está falando - gagueja, sabia que cedo ou tarde teria que dar explicações -
–Esteban: Não precisa fingir mais, ontem quando tentei penetrá-la havia uma barreira e quando à rompi senti seu corpo se tenso pela dor, por um momento pensei que era apenas minha imaginação e como você me impediu de parar e seguiu meu ritmo me deixei levar, mas depois de ver a prova não tem mais como negar Maria. Porque não me disse, eu não teria seguido... - disse essas últimas palavras meio duvidoso, à noite estava tomado pelo desejo, certamente não conseguiria se conter ao vê-la tão disposta -
–Maria: Eu tentei te dizer mas você não me deixou - lembrando que ele a silenciou com beijos - e depois sabia que não acreditaria em mim, certamente pensaria que estivesse tentando te enganar ou como você adora insinuar que me faço de difícil com você - ele se aproximou da cama ficando em frente a ela-
–Esteban: Não Maria, se você quisesse teria me dito, só não entendo como pode uma prostituta ser virgem, menos ainda você, eu vi quando subiu de braços dados com aquele tal de Luciano pro quarto aquela noite e também os cometários da Fabíola... - Maria estava cada vez mais decepcionada ele continuava chamando ela de prostituta mesmo depois de ter provado pra ele o contrário entregando sua virgindade, Esteban passava a mão pelo cabelo notavelmente nervoso -
–Maria: Não suporto quando me chama de prostituta, porque não sou isso e nunca fui - as lágrimas caiam do rosto dela, ela se enrolou no lençol e se levantou ia em direção ao banheiro quando ele a segurou pelo braço - me solta...
–Esteban: Não Maria, ainda não terminandos nossa conversa - ele à acompanhou até a cama e esperou ela se sentar - quero a verdade Maria e quero agora !!
–Maria: - ela se virou para a parede não queria olhar pra ele - Como você já sabe minha mãe é umas das muitas mulheres que trabalham no La Luna e eu não escolhi estar ali... eu nasci naquele lugar e desde que me entendo por gente tenho tentado sair de lá, mas não havia jeito, quanto ao Luciano ele me conhece, sabe a verdade e tudo o que faz é me proteger do Demétrio e daquele homens asquerosos.
–Esteban: Porque então aceitou a minha proposta ? Você sabia quais eram as minhas intenções, o trato com meu avô me incentivou a buscá-la, porém só tomei a decisão porque te queria na minha cama.
–Maria: Você foi a única oportunidade que tive em todos esses anos, eu sabia que se não aceitasse agora seria igual a minha mãe e nunca quis isso pra mim, as ameaças do Demétrio se cumpririam, ele não estava disposto a esperar mais. Você me ofereceu dinheiro e com ele conseguiria minha liberdade, apesar de saber quais eram as suas intenções pensei que conseguiria te manter longe, mas me enganei e com isso me converti no que mais odeio, uma "Prostituta" afinal você pagou por mim eu me vendi - soluçava de tanto choro -
–Esteban: -ele estava confuso e se sentia horrível pela forma que tratou ela- Maria não sei o que te dizer nunca imaginei que... me desculpa.

Ele saiu do quarto precisava de um tempo pra pensar, tomar decisões. Maria ao se deparar com aquela macha no lençol o puxou com força e o tirou da cama, depois se banhou, como não tinha vontade de se encontrar com Esteban, ao menos por um tempo, resolveu se trancar no quarto e ficar ali até ter coragem suficiente de encará-lo novamente.

Esteban saiu do chalé sem rumo, andava entre as árvores até chegar ao lago e então parou debaixo de uma delas, no mesmo lugar em que havia estado com Maria. Sentou-se tentando colocar seus pensamentos em ordem mas a única coisa em que pensava era em Maria, no quanto ele havia sido idiota, quantas vezes à tratou como uma qualquer e pior arrebatou a virgindade dela e isso era o que mais o atordoava, apesar de tudo ela havia se mantido pura, certamente esperava o homem ideal e talvez construir uma família, então porquê se entrou a ele ?
Maria também dava voltas e voltas pensando em como seria a relação deles agora, ele já sabia a verdade, será que trataria ela diferente ou seria só mais uma dentre as muitas mulheres que passaram pela vida dele?
As horas passaram Esteban voltou e Maria seguia no quarto...
Depois de tanto meditar ele tomou uma decisão, talvez estaria se precipitando mas agora que sabia o que escondia Maria a desejava ainda mais, só de pensar que era o único homem na vida dela o deixava ainda mais possessivo não queria que ela fosse de outro. Então foi ao encontro dela.

–Esteban: - batendo na porta - Maria abre por favor temos que conversar.
–Maria: - não queria se encontrar com ele agora, se sentia frágil, havia se entregado a ele, mesmo depois de ter jurado pra si mesma que só se entregaria a um homem por amor e que esse fosse seu marido, mas isso foi o que eu fiz pensou, apesar de toda essa loucura estavam casados legalmente e não sabia se para sua sorte ou azar o amava com toda sua alma - espera já vou abrir - limpou o rosto e se livrou das últimas lágrimas que saiam de seus olhos, seguiu para a porta e a abriu- Esteban eu...
– Esteban: Maria temos que conversar, espero que esteja mais calma, pensei em tudo o que passou aqui entre nós dois e em tudo o que descobri hoje e cheguei a uma conclusão.
–Maria: Eu também pensei em tudo e quero ir embora, tudo acabou - saber que o amava a deixava vulnerável, não queria se machucar mais era melhor deixá-lo -
– Esteban: - se aproximou e segurou as mãos dela acariciando-las - Não Maria, você não pode ir temos um trato você não pode me deixar assim, e além do mais quero estar com você, vou te pagar mais e - ela o interrompeu-
– Maria : Eu não sou uma prostituta, não vou aceitar seu dinheiro.
– Esteban: Eu não disse isso Maria, só vou pagar a parte que te corresponde por me ajudar com o meu avô, quero sim ter você mas não vou pagar por isso, à noite te sentir vibrar em meus braços sei que você também quer estar comigo senão não teria entregado a mim algo tão valioso como sua virgindade - ela ficou vermelha- sabe me encanta quando você fica assim vermelha de vergonha " rs" a agora ainda mais...
– Maria : À noite me deixei levar não sabia como terminaria, eu... - ela ia falar mas ele tocou o rosto dela suavemente com a mão e ela fechou os olhos, então a rodeou com seus braços e a beijou docemente-
Minutos depois já estavam despidos e sobre a cama fazendo amor. Dessa vez Esteban se entregou totalmente a paixão, acariciava com a boca todo o corpo de Maria, que se retorcia de prazer entre gemidos, ele foi incrivelmente terno quando seus corpos se uniram em um só, o clímax foi avassalador e os deixou esgotados porém totalmente felizes e satisfeitos. Acabaram dormindo abraçados.