Professores Sempre Gostam Mais de Alunos Dedo-duro escrita por Naoshi


Capítulo 2
Quando as Notas Estiverem Ruins, Um Suborno Sempre Vem a Calhar.


Notas iniciais do capítulo

Por incrível que pareça não demorei pra postar esse capítulo dessa vez, não vejo a hora das férias chegarem pra minha postagem ser mais rápida. Obrigada por todos os reviews no primeiro capítulo!



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Após a confusão da explosão, Okita e eu levamos o samurai, agora com o cabelo queimado com a forma de um afro, para outro beco, já que no que estávamos anteriormente se encontrava lotado de civis curiosos com o estrondo da explosão. Sougo era mesmo um idiota, não queríamos chamar a atenção e nem ser notados e ele conseguiu o fazer em poucos segundos:

— Por que me trouxeram até aqui? Eu não gosto das mesmas coisas que vocês. — O idiota de permanente disse fazendo uma veia saltar de minha testa.

Suspirei profundamente, tentando de alguma forma me acalmar, não era o suficiente, tirei um cigarro do bolso do meu uniforme e o coloquei entre meus lábios, o acendendo e em seguida soltando a fumaça em uma baforada, sim, finalmente algo que me acalmava naquela situação tão complicada:

— Sougo, ele sabe demais.

— Deveríamos apaga-lo? — Sougo disse ameaçando tirar a espada da bainha.

— OOOOEE! EU NÃO FIZ NADA! SÓ ESTAVA INDO QUEIMAR MEU LIXO, O QUE TODO CIDADÃO DE BEM FAZ!

— Queimar o lixo não é o que um cidadão de bem faz, teremos que te prender por tentar começar um incêndio. — Eu tentei contornar a situação, embora abuso de autoridade nunca foi do meu feitio.

– Okita-kun! Você como um bom policial vai deixar esse comedor de merda me prender sem motivos?! – Sakata disse enquanto acenava insistentemente com as mãos na direção de Sougo.

— Danna, infelizmente você estava no lugar errado e na hora errada. – O idiota sadista aproximou-se do idiota da açúcar com a espada em mãos já apontando para o pescoço do outro.

Embora fosse meu dever, eu não faria nada para impedir, deixaria Sougo cuidar dessa situação por conta própria, ele era o melhor nesse tipo de tortura para pessoas que sabem demais:

– Toshi! Sougo! Por que estão ameaçando esse pobre coitado?!

Escutei uma voz conhecida que interrompeu minha sensação de alívio e problema resolvido, o que me fez ter uma sensação como se meu coração houvesse parado e meu corpo todo gelado. Me virei para a direção onde vinha aquela voz e Sougo fez igualmente ao mesmo tempo, tenho certeza que ele sentiu a mesma coisa que eu.

— Kondou-san?! – Dissemos em um uníssono som. A pior pessoa apareceu dentro de uma lata de lixo, que estava naquele beco, apenas com a cabeça para fora.

— Pobre coitado? – O Sakata disse, evidentemente irritado com o nome que recebeu – Quem diz é o gorila dentro da lixeira.

— Ei, não chame o gorila de gorila, seu bastardo. — Eu resmunguei.

— Toshi, você acabou de me chamar de gorila...

— Só estávamos dando uma lição nesse idiota que joga lixo fora do dia certo e o queima. Não se preocupe, gorila. — Sougo disse guardando a espada na bainha.

— SOUGO, VOCÊ ME CHAMOU DE GORILA TAMBÉM!

— Kondou-san, Kondou-san! Seus dois subordinados estavam, na verdade, se agarr..! — Mais que depressa, Okita e eu cobrimos a boca do maldito yorozuya e o arrastamos para fora daquele beco.

— Kondou-san, depois nos falamos! — Eu gritei.

— EI, O QUE VOCÊS DOIS PENSAM QUE ESTÃO FAZENDO?! — O Yorozuya berrou ao conseguir se soltar.

— O que estamos fazendo?! Você quase contou ao Kondou-san, idiota! — Esbravejei, perdendo a paciência, e jogando o cigarro no chão, logo após pisando em cima deste.

Um minuto de silêncio se formou, causando um clima estranho e tenso onde estávamos ninguém falou nada. Até que escutei a pior coisa que poderia escutar naquele dia:

— Então quer dizer que o gorila não sabe do caso de vocês? — O Sakata disse enquanto se formava um imenso sorriso, nada agradável, em seu rosto. — Não que eu seja fofoqueiro e vá contar o tão precioso segredo de vocês, mas não me parece justo que o Kondou-san não saiba o que acontece entre seus subordinados...

— O que está querendo dizer com isso? — Sougo indagou.

— Nada, Okita-kun! Digamos que com um certo preço, talvez o Kondou-san nunca fique sabendo disso.

— Até parece que aceitaríamos uma proposta tão baixa como esta. Seu suborno não vai funcionar conosco. — Eu me irritei com a insinuação dele.

— Danna, dois parfaits está bom? — Okita sugeriu.

— O QUÊ?!

— Três parfaits de morango me parecem de bom tamanho.

Fomos para uma lanchonete próxima dali, entretanto, fora do distrito Kabuki, acho que já chamamos a atenção demais por ali. Okita e eu nos sentamos de um lado da mesa e o Yorozuya sozinho do outro lado com três grandes parfaits de morango a sua frente.

Quem pagou aquela conta? Óbvio que fui eu, Sougo sempre dava um jeito de escapar de abrir sua carteira, me pergunto com o que aquele idiota gastava seu dinheiro porque ele sempre acaba usando o meu.

Sem cerimônias, o idiota de permanente começou a devorar um dos parfaits, fazendo uma grande sujeira na mesa da lanchonete. Era nojento como ele conseguia ingerir tanto açúcar:

— Estamos resolvidos, não é? Vamos embora, Sougo. — Eu disse, me levantando da mesa.

— Ei, espere aí! Vocês acham que podem me calar com uns míseros três parfaits?

— O que quer dizer com isso?

— Hijikata-kun, você é sempre tão idiota assim? O precioso segredo de vocês só valem três parfaits?

— Não vamos fazer mais nada, seu idiota! — Eu lhe dei as costas e comecei a me afastar da mesa, deixando até mesmo Sougo para trás.

— Oh, Yamazaki-kun! Você por aqui! — O yorozuya disse enquanto olhava para a janela acenando para Yamazaki, que coincidentemente passava por ali naquele momento. — Tenho uma informação muito importante!

— Idiota! — Corri o mais depressa que pude e dei uma voadora na cabeça do homem de permanente natural, o fazendo bater contra o vidro da janela da lanchonete e este se quebrar.

Novamente, precisei abrir minha preciosa carteira e arcar pelo prejuízo da janela. Certamente, eu iria à falência naquele dia, não tinha mais dúvidas.

Voltamos ao distrito Kabuki, agora em frente à casa do Sakata, ainda não entendi por que ele havia nos levado até ali, com certeza isso não iria prestar.

— Danna, o que você está planejando? — Sougo perguntou enquanto entravamos na casa.

— De agora em diante vocês são Yorozuya Hijikata-kun e Yorozuya Okita-kun, se apressem e façam meu trabalho. — O samurai de permanente disse se jogando no sofá com uma jump nas mãos e enfiando o dedo no próprio nariz enquanto voltava sua atenção a revista em suas próprias mãos.

— O QUÊ?!


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