O Mito das Guerras Santas - Primevas escrita por Waulom Amarante


Capítulo 46
Capítulo 46: Batalha de Sangue


Notas iniciais do capítulo

Anteriormente em O Mito das Guerras Santas - Primevas: Arco 2/2
Athena decidiu fazer uma investida contra irmão dividindo seus cavaleiros em frentes que iriam invadir a dimensão de Sparta pelos portais dimensionais.
Quando estava prestes a chegar a Brittia uma das estradas de Sparta, dimensão de Áres. Athena se deparou com a Hiperdimensão o espaço que só pode ser atravessado pelos deuses, com seu cosmo ela envolveu Ashur e Asclépio numa proteção divina, mas quando eles se depararam com os deuses Óreas, Asclépio afastou Athena iniciando uma batalha.



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A esfera de energia negra de Ixeon planou rente a solo e se desfez.

— Esse lugar… já estamos em outra dimensão? - perguntou Canaã

— Sim. - respondeu Thithonos, que era o que conhecia melhor aquele território e sabia das lendas que cercavam a Grande Fenda que era limite das terras de Thuatha. - Aqui já é outra dimensão. Sparta, a dimensão de Áres.

O lugar parecia uma cidade como na superfície terrestre, porém , ali tudo era destruído, como se guerras tivesse sido travadas umas sobre as outras naquele lugar. Fora isso o cheiro metálico de sangue se espalhava por toda parte como uma atmosfera avermelhada e repugnante.

— Acredito que já tenha observado bastante, Aesma.

A figura sombria de Aesma, o irmão gêmeo de Sraosha, surgiu de trás de um dos pilares dos templos destruídos.

— Vejo que é um homem muito perspicaz, Thithonos de Câncer, o Rei Imortal.

Nesse instante todo o corpo de Sraosha se retesou, seus punhos se fecharam como bolas de ferro ao lado do corpo.

— Ele é muito parecido como Senhor Sraosha! - comentou Penélope.

— Mas é diferente ao mesmo tampo… - completou Krest.

De fato Aesma e Sraosha eram como dois lados opostos de uma mesma imagem… e pareciam se opor em todos os sentidos.

— Essa veste… maldito!

Ao observar a Fúria do irmão, Sraosha percebeu que ela era idêntica a sua armadura de ouro de Gêmeos, salvo, apenas pela cor avermelhada como se tivesse sido banhada em sangue.

— Ah! Isso? - ele gargalhou com ironia - Eu tive de pedir ao mestre Áres que remoldasse minha Fúria achei que ficaria mais apropriado que ela se parecesse mais com a Armadura de meu irmão.

— Quero que saiam daqui… - disse Sraosha se voltando aos seus companheiros - esta luta é minha.

— Mas não podemos abandonar um dos nossos em batalha! - protestou Thithonos.

— Não seja tolo Thithonos! O objetivo de vocês, o nosso objetivo, não se deter em todas as batalhas que aparecerem.

Salem se aproximou repousando a mão sobre o ombro do cavaleiro de Câncer.

— Tudo bem…

— Sem “mas”. Eu sempre disse que esta batalha era minha.

Nesse momento o Rei de Drakala percebeu que ali não havia somente um embate de inimigos, guerreiros guerreando em nome de seus deuses. Aquela luta era um impacto de ecos de sangue se digladiando, uma tempestade implacável de sentimentos pronta a explodir e de onde possivelmente sairia apenas um vencedor, ou talvez nenhum.

Juntamente com os cavaleiros de bronze eles se adiantaram entregando aquela batalha a Sraosha de Gêmeos.

Mesmo com a alma divina o corpo de Amara ainda era humano. Quando foi arremessada por Asclépio para longe do embate que se iniciava ela perdeu parte da noção e consciência. Ela sabia que já havia atravessado dezenas de bilhões de estrelas através da Hiperdimensão. Não sentia mais os cosmos de seus cavaleiros mais poderosos, Sagitário e Serpentários. Eles provavelmente se sacrificaram sendo destruídos pela Hiperdimensão, onde somente os deuses tinham permissão de atravessar.

Se sacrificaram, depositando a confiança de proteger o planeta a ela. Naquele momento Athena percebeu que sua vida não era mais somente dela, mas era também dos humanos dos quais tantos se sacrificaram nesta Guerra e na contra Poseidon.

“Ela finalmente havia chegado ao templo de Poseidon. Junto dela estavam Ashur de Sagitário e Ágape de Libra. Poseidon era irmão mais velho de seu Pai, Zeus. Seu cosmo era tão intenso quanto o dele. Poseidon tinha longos cabelos azuis, como o próprio mar.

Seus olhos eram intensos, mas ao mesmo tempo davam a impressão de que fariam quem os encarasse se perder para sempre. Realmente era como estar preso no fundo de um oceano.

— Poseidon chegamos a um momento onde não podemos mais continuar com isto! - anunciou a deusa.

— Athena, você não é digna de herdar o trono do Reino da Terra.

— Eu não sou soberana da terra, sou a guardiã, o que meu pai me incumbiu foi proteger a Terra e os humanos.

— Você é uma deusa vergonhosa Athena, os humanos são nossos servos, e vem a cada nova geração se tornando mais impuros e distantes de nossa divindade!

— Não vou permitir que prossiga com seus planos de exterminar a raça humana!”

Ela definitivamente carregava agora os anseios da humanidade e o dever de protegê-la. Usando as asas da armadura ela agora voava pela Hiperdimensão, não mais perdida a ermo, estava em busca do cosmo de seu irmão.

Uma batalha de sangue. Assim como Athena e Áres, Sraosha e Aesma eram irmãos e estavam agora no seu embate derradeiro.

— Eu não vou te perdoar jamais Aesma!

O berseker riu ironicamente.

— Sinta o poder que reprime as estrelas… Implosão Galáctica!

— Sinta a fúria da explosão de mil estrelas… Explosão Galáctica!

Os golpes colidiram causando um estremecimento de tudo a volta dos cavaleiros. O poder deles era imenso… poderia ser realmente capaz de destruir uma galáxia inteira.

Um afronta de ataques físicos assolou a batalha, punhos se encontrando causando abalos destrutivos. A cidade que já parecia destruída, a cada soco parecia entrar em ruínas como se fosse de vidro. Havia ódio em cada soco, em cada vez que o punho de um se encontrava com o rosto de outro.

Os cosmos também colidiam com fúria. O de Sraosha formando uma aura dourada intensa, carregada dos sentimentos de anos de busca pelo irmão que desaparecera. O de Aesma numa aura avermelhada, cheio de angústia e sede de destruição e sangue.

— Parece que nossos poderes se igualam Sraosha…

— Meus poderes nunca se igualariam aos de um verme como você…

Finalmente Sraosha queimou seu cosmo um círculo mágico surgiu sob seus pés ele foi rodeado por uma energia poderosa.

E a criatura tomou forma. Um manto azul se espalhava como uma névoa dançante. E finalmente os braços se formaram como que feitos de energia e não de matéria tinha um tom púrpura.

— Que… que tipo de monstro é este?

— O que eu nunca revelei é que enquanto estive perdido nas dimensões por causa da busca pelo irmão. Eu me encontrei com diversas criaturas, entidades de todos os graus de sabedoria e divindades de outros panteões. Mas esta foi quem salvou minha vida. E por isso aceitei ser seu avatar nesse mundo. Shiva.

Aesma contou um total de 13 braços que permeavam o cosmo do irmão. O olhar impassível da criatura, impossível de detectar o que ela pretendia.

— Shiva me alertou que se por ventura um dia eu tivesse de usar todo meu poder eu poderia realmente destruir uma galáxia inteira.

— Por isso sempre me contenho a todo o momento. Este mundo e sua beleza, a beleza da criação não merecem nenhum tipo de agressão; e é exatamente isso que Áres deseja neste momento. Por isso eu me tornei um cavaleiro de Athena, poir tenho certeza de que ela daria a vida para proteger essa terra, mesmo que não conseguisse. E por isso eu invoquei Shiva. Shiva é o deus do Panteão Hindu, responsável pela destruição. E aqui chegamos ao fim Aesma.

— Eu não vou ser destruído! Nada poderá me destruir!

— Conheça o poder que Shiva me concedeu: Ruptura de Dimensão!

De repente o espaço se quebrou como se fosse uma tela de vidro. E ali estavam os dois irmãos, cavaleiro e berseker.

— Que lugar é este?

— Aqui é o nada… eu não posso te destruir sem empregar toda minha força. Por isso nos trouxe para este lugar. Estaremos fadados a lutar pela eternidade com nossas almas presas no Vazio…

— Maldito! Você não pode ter feito isso comigo! Eu… Eu vou acabar com você!

— Eu nunca te mostrei todo meu poder Aesma… Aniquilação Galáctica!


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Notas finais do capítulo

Na imagem Sraosha de Gêmeos, por Spaceweaver e Aesma (edit meu)
Créditos ao Autor.
SRAOSHA DE GÊMEOS
Sraosha é o guerreiro escolhido para trajar a sagrada Armadura de Gêmeos.
Sraosha é originário da Ilha de Cristal pertencente às terras de Rodínia (onde hoje é o Japão, porém o continente era muito maior. A ilha em si fica próxima de onde hoje são as ilhas Filipinas na Oceania).
Ele sofreu por toda sua vida depois de descobrir que seu irmão gêmeo desaparecera após o nascimento. Ele deixa a Ilha de Cristal para procurar o irmão pelo mundo, porém seu navio é engolido pelo Turbilhão de Ojima que o leva para outra dimensão. Lá ele aprende a dominar o poder de atravessar as dimensões e assim volta ao Mundo dos Homens, tendo um encontro com a deusa Athena esta lhe pede para que seja um de seus cavaleiros e quem sabe assim ele encontraria mais rapidamente seu irmão.



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