Tão longe minha família ! Tão divididas em pedaços!

Era meu primeiro ano como uma vitoriosa e eu ainda estava muito abalada com a morte dos meus tributos que infelizmente me apeguei e de todos outros .Pai, mãe, irmão.Não sobrou nada e naquela tarde de neve ficar sozinha tava piorando tudo.Não podia beber pois meu médico de cabeça me proibira,não que eu acate suas proibições mas ele tinha falado com todos os vendedores do distrito 7 para não me venderem bebida em hipótese alguma senão poderia acarretar em complicações nervosas e eu poderia morrer e todos acreditaram e mesmo não tendo nenhum vínculo com eles,eu dei privilégios no ano da minha vitoria e alguns deles são muito gratos por isso.

Levantei do chão da sala,enxuguei as lágrimas e fui em direção a casa de Blight lembrando que ele fazia um chocolate quente excepcional.Quando cheguei lá dei de cara com uma cena que pode para o resto do mundo ser fofa mas para mim,uma vitoriosa solitária, foi devastadora. Blight com sua irmã no colo e sua mãe arrumando os cabelos da garotinha.Saí correndo,tipo o flash, em direção ao seu quarto.Não queria que me vissem daquele jeito.O quarto estava totalmente bagunçado,mas não liguei,saí chutando as roupas pelo caminho e sentei na sua cama afundando minha cabeça no seu travesseiro para abafar meu grito.

–Johanna,oque aconteceu?-ele perguntou e aquele ato mínimo de preocupação me fez desabar nos seus braços.Ele ficou surpreso no primeiro segundo mas depois contribuiu o abraço enquanto afagava meu cabelo.Quanto me distanciei de Blight percebi o quanto ele era lindo.E eu me encantei com seus olhos castanhos cintilantes ou era só minha carência momentânea.

–Oque Johanna?-ele perguntou sem graça por eu estar fitando-o tão descaradamente.Fiz um esforço enorme para tirar os olhos dos seus e me recompôs.

–A nada...eu só tive um choque quando vi vocês, juntos, como uma "família feliz" lá em baixo- disse a ele,e percebi que ele estava me fitando e desviei o olhar.

–Quando você ficar com esses choques novamente,pode contar comigo.Sempre-Ele dizia com tanta convicção que acreditei que ele nunca me abandonaria,pena que eu estava enganada.Ele foi chegando mais perto de mim e eu continuava imóvel prevendo o que iria acontecer.Nós selamos nossos lábios e eu entre-abri a boca deixando-o comandar o beijo.Ele me beijava de um jeito urgente como se quisesse isso á anos e eu o correspondia no mesmo nível.Nos separamos quando nossos pulmões aclamavam por ar.Não o amava do jeito que hoje amo Finnick mais sentia uma coisa especial por ele e isso para uma pessoa que não tinha ninguém era mais que o suficiente.

Depois daquele beijo,continuamos a nos encontrar como algo que não sei nomear até hoje. Víamos filmes da época anti apocalíptica que encontramos na sua casa ,conversávamos coisas idiotas e como posso dizer... ficávamos.Um dia sai de casa com pressa para vê-lo,não bati na porta,queria fazer uma surpresa e já estávamos bem íntimos para tal coisa e fui direto a seu quarto quando escutei um gemido baixo, parei imediatamente e comecei a andar fazendo menos barulho.Abri a porta e me deparei com uma cena que odiei de ter presenciado. Blight e uma prostituta já conhecida no distrito 7 como"viúva negra" transando. Blight no instante que me viu se recompôs rapidamente pondo uma roupa,e eu fiquei imóvel.A prostituta fez o mesmo saindo logo em seguida.

–Jo, não é isso que você está pensando.-Continuei olhando para ele e ri histericamente igual uma louca.

–Eu não pensei,eu vi ,mas tira uma dúvida na minha cabeça...Foi melhor com ela do que foi comigo?- perguntei e quando ele ia responder o interrompo-Não precisa responder,já sei qual será sua resposta...-disse rindo debochadamente e indo em direção á saída.

–Johanna,calma-ele gritou correndo atrás de mim,e parei bruscamente e disse calmamente:

–Você poderia ter dito que só queria sexo.Realmente não precisava me iludir tanto.

–Mas...-ele começou segurando meu braço.

–Tira a mão do meu braço se você não quiser perde-lo-Disse interrompendo-o e sai dali sem dar tempo a ele completar sua fala com raiva de mim por ser tão ingênua.