A Galinha Psicocótica escrita por abelho, Jaded


Capítulo 13
A Galinha é a Última que Morre


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente, tio abeIho aqui. Perdão pelo atraso ): tia jaded tá meio ocupada esses dias e tio abeIho tá descobrindo o que é vida social *-*
E já sabem o que acontece se não nos perdoar: uma galinha psicocótica vai aparecer nos seus pesadelos e te perseguir com uma Ginsu 2000.

Sinopse: A ira galinácea de Jessie fez mais uma vítima. Sabendo das consequências, Jessie resolve fugir o quanto antes. Suspeitando das consequências, Prata resolve ir para a cena do crime atrás de provas.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/659344/chapter/13

Transtornado com o que ouvira ao telefone, Prata liga para a polícia, para que eles fossem até a casa de Pombal, temendo pelo pior¹. Jessie, que já sabia onde estava se metendo, num voo rápido, sai da cena do crime e vai para a pia da cozinha, para se lavar. Não é típico para uma moça sair suja de sangue. Depois de se assear, Jessie sai da casa de Pombal pelo quintal, ouvindo uns cocós na casa ao lado: "Que maravilha *cocó*", Jessie pensou, "posso sair daqui sem ninguém *cocó* suspeitar de mim". E assim o fez: em mais um voo ela foi para o galinheiro na casa ao lado e saiu de lá como se nada tivesse acontecido.

Prata, pouco depois de ligar para a polícia resolve se arrumar para ir à casa do seu, provavelmente, finado amigo. Por mais que sua mente tentasse lhe apontar o óbvio, ele ainda tinha esperanças de ver Pombal vivo, respirando, sendo um ogro comedor de frangos, enquanto bebe cerveja e assiste aos jogos do Ferroviário. Ou então, quem sabe, a polícia tenha chegado a tempo e percebido - por algum estranho milagre - que o homem ainda respira, mesmo que fracamente... então eles chamam a ambulância e se segue uma cena digna de Plantão Médico² ou de filmes americanos: Pombal é carregado em uma ambulância para o hospital, tem uma parada cardíaca, duas, três, mas sobrevive, faz uma cirurgia e logo depois... ah, logo depois ele está recuperado e bem! Mas não, era preciso aceitar os fatos... Prata balança a cabeça para afastar a fantasia tola: é hora de encarar a verdade. De maneira resoluta, ele pega as chaves do carro e respira fundo, saindo de casa. 

A polícia e perícia chegam à casa de Pombal, isolando a cena, e alguns minutos depois Prata chega. Luís da Banana Prata é um respeitado médico legista que trabalha na RMF³. Formado em medicina por uma faculdade particular, ele sente enjoos, podendo até desmaiar, toda vez que vê sangue. Por conta disso, ele sempre manda gente que confia para as cenas, para não ter que ver sangue, mas dessa vez ele fez diferente, por se tratar de um amigo e por que sabia que somente ele poderia identificar as pistas deixados pela assassina (se houvesse alguma). Seus enviados, sabendo desses enjoos e vendo que Prata queria entrar, resolveram barrá-lo na entrada:

— Deixem-me passar! Quero ver como meu amigo está!

— Mas, senhor, a cena lá dentro está horrível... Acho que o senhor passará mal...

— Não importa, eu quero ver... Não, eu preciso ver a cena!

Transtornado pelo que acabara de ouvir, pois já imaginava que Pombal estava morto, Prata entra, a passos lentos, na cena do crime. Quando chega na cozinha e vê o corpo do seu amigo, sem uma parte do nariz, que não foi encontrado em lugar nenhum, e envolto numa poça de sangue, Prata ajoelha-se e começa a chorar:

— Por que, Pombal? Por que você, que nunca fez mal a ninguém, amigão? Por quê?

No meio de soluços, desespero e um súbito luto, Prata abre os olhos e vê algumas penas sujas de sangue. Resolve pegar uma e olhar de perto; ver aquela poça e sangue de tão perto fazem seu medo atacar e Prata desmaia.

*****

Jessie estava saindo da casa ao lado quando as viaturas chegaram para procurar o culpado e analisar a cena do crime. Inconspicuamente, Jessie começa a andar e ciscar pelas ruas do bairro, procurando o caminho para casa. "*cocó* Ele veio por aqui, depois dobrou naquela *cocó* rua...", Jessie começa a pensar no caminho que a levou até a casa de Pombal, "... é, acho que *cocó* chego antes do pôr-do-sol.". Depois de ter planejado cuidadosamente seu caminho de volta para casa, Jessie começa a andar; ela sai das redondezas antes de Prata chegar ao local do crime. Vendo aquela galinha gorda e com uma coisa no bico, várias pessoas tentam pegar Jessie, mas ela tem reflexos de águia e consegue se livrar de todos que tentam chegar perto dela.

(Cenas da Jessie fugindo das pessoas)

*****

Algum tempo depois de desmaiar, Prata acorda dentro de uma ambulância, longe do corpo do falecido amigo:

— A pena... Onde está a pena que peguei? — pergunta Prata, levemente grogue.

— Por que isso é importante? — perguntou um dos seus amigos peritos. — Você sabe que não pode adulterar a cena do crime.

— Eu realmente preciso daquela pena. Estou... conduzindo investigações... paralelas — respondeu Prata de forma insegura, titubeando nas palavras.

— Ela está aqui comigo, estava grudada na sua roupa. — respondeu outro amigo perito. — Ele desmaiou lá, cara, a cena já tinha sido adulterada. E não será uma pena grudada na roupa dele que vai estragar o corpo.

— Muito obrigado, rapazes.

Prata agora tinha uma pena escarlate, suja de sangue seco e um pouco da sua baba. Já um pouco melhor, quase que totalmente recuperado, Prata pede para sair daquela ambulância:

— Meu carro está na casa do Pombal, preciso ir lá pegá-lo. Já estou melhor e acho que posso dirigir.

— Mas, chefe...

— Não, não precisa se preocupar comigo. Estou bem.

"E quase resolvendo esses casos macabros.", pensou Prata, se levantando da maca para sair da ambulância.

Já fora da ambulância, que não estava muito longe da casa do seu falecido amigo, ele se dirige ao carro, onde estava seu telefone. Prata liga o carro e faz uma ligação:

— Clínica "Doido é Tu", boa noite, aqui é Mariana, com quem eu falo?⁴

— Boa noite, aqui quem fala é Luís. Gostaria de marcar uma visita com o paciente... Emílio Mungunzá. — Prata fala o nome de Emílio olhando aquela pena vermelha em sua mão.

*****

Já cansada e vendo que estava tarde para uma galinha, Jessie começa a ver a casa onde moram os Mungunzá. Ela vê um grande alvoroço entre os moradores e os animais, principalmente entre os últimos, além de algumas viaturas e um camburão do IML. Preococopada⁵, ela vai pra perto dos pintos que tanto adora, os que ciscam e saíram de seus ovos, para saber o que estava acontecendo:

— Patos, mamãe... *piu* parece que foram os patos... *cocó*⁶

"Interessante...", Jessie pensa ao ouvir aquilo de seu pinto amado, "Acho que *cocó* tenho rivais... ou *cocó* ajudantes...".


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

1- Como Pombal e Prata eram pessoas importantes, a polícia chegou rapidinho no local.
2- Essa é uma série que passava no SBT, lá por 2000
3- Região Metropolitana de Fortaleza ;D
4- Tudo assim, na mesma frase, como aqueles atendentes desinteressados.
5- Sim, você leu isso.
6- A adolescência galinácea é algo complicado...

Contador de mortes: 8



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Galinha Psicocótica" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.