“O que vamos fazer quando envelhecermos?

Será que vamos andar pelo mesmo caminho?

Você vai estar lá ao meu lado?

Firme e forte como as ondas que passam

Mande um beijo, puxe o gatilho

Tudo o que precisamos é de alguém para nos apoiar”

(Major Lazer – Lean on)

—Não é só porque você é uma Alfa agora, que pode sair invadindo a casa dos outros assim. Disse com um sorriso tímido

—Scott! Exclamou Malia, se jogando em um forte abraço

—Mal, o que foi? Perguntou preocupado quando sentiu as lágrimas da Coyote molhando sua blusa

—Eu sou uma pessoa tão horrível. Eu não posso fazer isso. Dizia, se agarrando a Scott

—Malia, do que você está falando? Perguntou, a afastando para olhar em seus olhos

—Me perdoe pelo o que eu obriguei você a fazer. Pediu, o abraçando de novo

—Por isso está chorando? Questionou, suspirando triste

—Não só por isso. Aconteceu algo hoje. Disse, limpando suas lágrimas

—O que houve? Perguntou, apoiando a mão em seu ombro de forma reconfortante

—Apareceu uma loba lá em casa, me pedindo ajuda para acabar com o Peter e eu neguei, a mandando ir embora. Resumiu, abaixando os olhos envergonhada

—Por que ela está fugindo do Peter? Perguntou, curioso

—Disse que ele estava obrigando ela matar pessoas inocentes. Respondeu, observando a expressão pensativa de Scott

—Entendi. Disse, se afastando

—Você não acredita nela, não é? Perguntou, encarando o Alfa que agora estava escorado na parede

—Todos merecem um voto de confiança e ela pode estar realmente em perigo. Disse, um pouco tenso

—Mas?

—Nós sabemos do que Peter é capaz quando se trata de você. Continuou, encarando a Coyote, desconfortável

—Não começa com isso de novo, Scott. Pediu, nervosa

—Malia, o Peter desenvolveu uma obsessão por você. Desde que ele descobriu que você é filha dele, passou a tentar mudar você, usar você. Explicou, gesticulando

—Você acha que essa garota apareceria na minha porta, chorando, apavorada porque o Peter me quer na matilha dele? Perguntou, irônica, arqueando as sobrancelhas

Scott a encarou por alguns segundos, observando atentamente cada detalhe da Coyote, que o encarava de volta como se o desafiasse continuar.

—Você tem razão. É loucura minha achar isso. Disse, se rendendo, com um suspiro

—Isso mesmo. Loucura sua. Disse, olhando para seus próprios pés

*Delegacia de Beacon Hills

—Joy Rachel Sommers. Disse Jonh, lendo a ficha em sua mão, fazendo a garota se levantar rapidamente da cama em sua cela

—Eu já disse que não estava fazendo nada, Xerife. Por favor, me deixa sair daqui. Suplicou, agarrando as grades da cela

—Não sei não, Joy. Ser pega pelo zelador do colégio, na sala do diretor, mexendo em seus arquivos, parece alguma coisa. Comentou, a encarando com a sobrancelha arqueada

—Eu só estava procurando a chave do vestiário. Explicou, bufando

—Claro que estava. Disse, sarcástico

—Por favor, Xerife. Você não pode me deixar presa aqui. Disse, exaltada, tentando sacudir a grade

—Todos dizem o mesmo, porque eu deveria fazer o que você quer? Perguntou, esperando por sua resposta, pacientemente

—Porque com ela presa, Peter não terá trabalho nenhum para pegá-la. Respondeu Malia, entrando no campo de visão da loba

—Eu não sei do que ela está falando, Xerife. Desmentiu, com uma risada forçada

—Ele sabe sobre nós, Joy. É o meu sogro, ele me chamou até aqui. Explicou Malia, calmamente, encarando a garota

—O que quer? Achei que não podia se envolver. Disse, com desgosto, se sentando na cama novamente

—Jonh me ligou, disse que estava na escola. Então eu vim. Explicou, dando de ombros

—Por que? Perguntou, a encarando

—Vou deixar vocês a sós. Disse Jonh, saindo

—Porque eu sabia que Peter não perderia a oportunidade de pegar você. Respondeu, fazendo a garota tampar o rosto com as mãos

—Eu estou muito ferrada. Quando Peter colocar as mãos em mim, não vou ter nem chance. Disse, choramingando, com a voz abafada pelas mãos

—Para quem trabalhou muito tempo para dois lobisomens e foi transformado em um, você se subestima demais Joy. Comentou, com um sorriso sarcástico

—Eles são mais fortes que eu, fora que eu não tenho nenhum treinamento. Rebateu, rapidamente

—Eu sei. É por isso que eu vim. Disse, se aproximando das grades

—O que quer dizer? Perguntou, se levantando esperançosa

—Vou te levar daqui e conseguir alguém que te treine. Explicou, abrindo a cela

—Por que você não faz isso? Perguntou, dando uma risada nervosa

—Porque eu preciso de um tempo a sós com minha família. Passamos por coisas demais, preciso me distanciar um pouco disso. Explicou, cansada

—Como sabe que eles não vão querer me matar quando você sair? Perguntou, a seguindo

—Eles jamais fariam isso.

—Eles sabem que eu trabalhava para o Peter. Qualquer matilha que encontrasse um membro da matilha do inimigo o mataria sem dó. Exclamou Joy, parando de andar quando Malia se virou com raiva

—Você não sabe de nada sobre nós. Não somos como o monstro do Peter, não traímos os nossos pensando em salvar nossa própria pele, somos um pelo o outro e quando um precisa, todos os outros estão lá para ajudar. Se eu disser para eles te treinarem, eles farão e se me trair eles acabam com você. É assim que funciona. Disse Malia, com raiva, fazendo Joy abaixar a cabeça envergonhada

—Desculpe, eu só achei que eles quisessem me machucar.

—Me desculpe você. Entendo o seu medo e me exaltei. Confessou Malia, fazendo Joy a encarar desconfiada, enquanto a seguia para a saída

—Não podemos sair assim, e o xerife? Perguntou, preocupada, olhando para a delegacia

—Já acertei tudo com ele. Você está sob a nossa responsabilidade agora. Respondeu, abrindo a porta do carro para Joy e dando a volta para entrar pelo outro lado, em seguida

—Eu não sei como te agradecer. Comentou Joy, encarando as próprias mãos

—Agradeça se comportando. Disse, de queixo erguido, a encarando por rabo de olho

—Não estávamos indo para a sua casa? Perguntou, assustada, encarando o prédio a sua frente

—Eu nunca disse que iriamos para lá. Disse, sorrindo, ativando a alarme do carro

—Que lugar é esse? Perguntou, temerosa, seguindo Malia

—Quero te apresentar aquele que vai te treinar. Respondeu, com o sorriso aumentando, ao parar em frente uma grande porta de correr de aço. Malia puxou a porta e Joy tremeu, ao ver toda matilha reunida ao redor de um homem que não conhecia

—Joy Sommers? Perguntou o lindo e alto homem de olhos azuis, com um sorriso desafiador, ao se levantar

—A própria. Disse Malia, rindo, enquanto ia para o lado de seu marido, que sorria pesaroso balançando a cabeça em negativo

—Acredito que temos muito o que conversar. Comentou o homem, com o sorriso aumentando, fazendo as costas de Joy se chocar contra a parede de tanto se afastar

—Quem é você? O que quer? Perguntou, em um fio de voz, arrancando uma risada do homem

—Derek Hale e sou eu quem vai te treinar. Respondeu, com os olhos brilhando, fazendo a garota engolir seco