100 Dias com Oliver Queen escrita por daisyantera


Capítulo 9
Nem tudo é o que parece ser


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAA UM MUITO OBRIGADA A LEITORA HELEN PEREIRA PELA LINDA RECOMENDAÇÃO!!! Garota, amei, amei suas palavras, me incentivaram BASTANTE. Pois sim, sou meio doida quanto a minha escrita, mas tô melhorando. Eu acho. Eu espero.
AAAAAAAA enfim, amei amei sua recomendação e não sei nem mais o que falar, que já não tenha dito ao responder seu review ♥ muito obrigada, flor!

Agora....CAPÍTULO NÃO REVISADO!!! E digo mais: Esse pode não ser um capítulo engraçado, perdão.
BOA LEITURA!



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Felicity's Pov

Falar que Oliver estava me atolando de trabalho após nossa vinda de Vegas, era um eufemismo. O workaholic parecia pensar até que eu era algum tipo de máquina.

Ele voltou tão focado em tentar não pensar no que havia acontecido em Vegas, que por hora, havia finalmente decidido desmascarar Isabitch, mas eu não estava gostando disso.

Desmascarar IsaBitch e o seu amante, era o mesmo que jogar uma praga que iria durar para sempre em nossas vidas - não que eu ligasse necessariamente para a vida dele, ele que se lasque pra lá -, mas sua manobra vingativa implicava negativamente na minha vida - apesar que eu adoraria assistir Isabitch chocada negando o fato do trevoso ser amante dela.

Enfim, eu estava totalmente a desfavor dele desmascara-la na ofensiva, queria que ele pegasse leve com a vadia sonsa. Quem sabe eu conseguiria apenas 7 anos de azar por mexer com mulher de feiticeiro?

― Você tem certeza que quer fazer isso? ― Perguntei pela enésima vez.

Oliver parou o que estava fazendo e me olhou profundamente. Foi impossível não dar um passo para trás, só para o caso de precisar me esquivar de alguma espada mortal que ele escondia por ali. E não, não tô falando do pênis dele. Apesar de estar podendo falar do pênis. Não que eu já o tenha visto.

― Há algo que você queira me contar, Srta. Smoak?

Tem, muitas coisas. Como por exemplo eu nunca mais vou parar de associar o seu pinto a uma espada mortal.

― Não, Sr. Queen. ― Engoli em seco, sentindo meu rosto esquentar ― Só acho que as coisas não funcionem muito bem com chantagem pra cima de Isabel.

Seu rosto se retraiu.

― Gentileza também não funciona com ela. ― Suspirou ― Aparentemente nada funciona com ela.

― Nem a sua espada.

MERDA!

Os olhos do cretino cresceram uma centelha e o interesse todo brilhou em seu rosto. I-d-i-o-t-a.

― É agora que eu começo a te chamar também de Loirinha Pervertida?

― Vou ao banheiro. ― Resolvi vazar logo de uma vez, aproveitando que ele ainda estava me dando uma chance para fazer isso. Com um aceno perceptível, ele me olhou sair e assim que fiquei fora de suas vistas, saí apressada pelo corredor, evitando fazer contato visual com qualquer um dos empregados hoje de serviço.

Verdade seja dita: Especialmente hoje, a QC estava a todo vapor.

Era como se cada um ali sentisse a tensão emanando de Oliver e pressentisse que algo grande estava prestes a ocorrer. Se o plano de chantagem do sádico desse certo, ele finalmente fecharia um contrato que valia bilhões, mas se desse errado... Não queria nem pensar naquela possibilidade!

Cheguei ao banheiro e dei uma checada no meu visual de Mulher a mercê do chefe doido. Aparentemente, estava tudo nos parâmetros normais, tudo certo, bonitinho, boa toda. O-k-a-y. Poderia enfrentar o olhar de tubarão raivoso que Isabitch iria me lançar, assim que cruzasse o meu caminho hoje. Com certeza.

Eu não sei não, mas sentia que ela tinha uma certa implicância exagerada comigo - tá certo que aquela ali não parecia gostar nem da própria mãe, mas... Eu tinha uma sensação que o que ela sentia por mim, era algo pessoal. Não sabia explicar o motivo ou o porquê de eu ter aquela sensação, mas eu apenas a tinha. Os meus instintos gritavam aquilo. Desde o nosso primeiro encontro, a mulher me detestou e nunca se deu o trabalho de esconder isso.

Olhei o meu relógio de pulso, cronometrando quanto tempo seria preciso ficar de frente aquele espelho, fazendo o remake da loira do banheiro, até achar prudente sair dali e Oliver ter esquecido toda aquela história de espada e loirinha pervertida.

― Aqueles malditos, tinham mesmo que me chamarem daquilo em voz alta? ― Lembrei dos infelizes que acabaram por me colocar aquele apelido ridículo.

― Homens... ― Bufei, revirando os olhos.

― Sim, homens.

Dei um pulo quando ouvi uma voz feminina atrás de mim. Olhando pelo espelho, notei uma mulher jovem, muito bem vestida de terninho, parar ao meu lado, para lavar a mão.

Engoli em seco, a avaliando. Não parecia uma funcionária da QC, afinal, eu certamente a teria visto por aí.

― Sempre querem ter a última palavra. ― Completou, com um sorriso educado no rosto, ainda me olhando pelo reflexo do espelho.

Puxei um sorriso, constrangida por ter sido pega novamente falando sozinha. 

― Sim. ― Concordei, ainda sem graça por ter sido pega em flagrante falando sozinha. Sem mais delongas, resolvi sair do banheiro e voltar para o meu inferno pessoal chamado Oliver Queen.

Caminhei sem pressa alguma - na verdade, eu estava mais era me arrastando para chegar até ao meu destino triste -, e quando finalmente fiquei de frente àquela parede de vidro e vi a cena que vi, quase dei meia volta. Parecia que eu estava passando por um déjà vu, onde a cena de muitas semanas atrás, se repetia bem diante dos meus olhos.

Mas dessa vez, eu seria mais esperta: Não interromperia Oliver e Isabitch, no meio de uma reunião. Não mesmo. Muito menos, pensaria equivocadamente que ele estava prestes a comê-la bem ali, em cima da mesa.

Ao contrário, agora eu conhecia a situação muito bem - bem até demais -, portanto a melhor maneira de não me meter em mais confusão - e acabar tendo que assinar um contrato ridículo de insanidade - seria me manter longe dali.

Dei um passo para trás, pronta para voltar para o meu refúgio de antes, quando o olhar de Oliver do outro lado da sala, me prendeu.

Merda! Fui pega!

Senti um nó no estômago quando vi Oliver fazendo sinal para que eu entrasse. Merda, merda, merda! Eu já sabia muito bem o que ele me pediria.

Entrei na sala cautelosamente, tentando evitar qualquer contato visual com a mulher do tinhoso. Tinha a tese que se eu a olhasse demais, iria conseguir mais uns meses de azar.

― Pois não, Sr. Queen? ― Perguntei polidamente, parando na sua frente e ficando de costas para a segunda inimiga em potencial dentro daquela sala.

Será que ela tinha uma arma apontada para mim agora? Engoli em seco, onde estava Diggle quando se precisava, ein? Fiquei em choque hoje ao chegar na QC e não o ver. Era estranho pensar que ele tinha uma vida além do trabalho de "proteger Oliver Queen"... Se que não era como se Oliver precisasse de alguma proteção. Muito pelo contrário.

― Me mande aquelas imagens que há no seu celular, para o meu e-mail. ― Seu tom não deixava brecha alguma para contrariedade e eu senti minha espinha congelar ao constatar que ele queria deixar muito bem explícita minha participação naquele flagra de Isabel com o homem das trevas.

Mordi o lábio inferior, será que se eu me fizesse de desentendida, eu conseguiria escapar de cena?

― Meu celular não tá comigo. ― Dei a primeira desculpa que passou pela minha cabeça e como se só para me contradizer, ouvi o mesmo tocando alto no meu bolso.

Ótimo. Timing. Ótimo.

Valeu Deus, obrigada mesmo!

Era incrível como aquele celular havia sobrevivido cair numa piscina em Vegas! Achava que a única explicação para ele ainda estar funcionando perfeitamente bem, era porque o diabo estava operando na minha vida a favor de Oliver. Única explicação. Sério.

Pelo canto dos olhos, notei IsaBitch curvar os lábios num sorriso zombeteiro. Ah, idiota! Se soubesse que as imagens no meu celular iria arruinar a vida dela - ou a minha - não estaria se sentindo tão divertida...

― Oh, nossa eu trouxe sim o celular! ― Soltei uma risadinha sem graça, pegando o celular e olhando o visor.

Era Curtis quem estava me ligando, o que só queria dizer que o meu dia ficaria pior. Curtis nunca me ligava em horário de trabalho.

Sem mais escolhas, atendi o celular ali mesmo, com Oliver me olhando minuciosamente.

― Seja rápido, meu tempo é curto, estou no trabalho. ― Atendi já soltando o verbo e ouvi Curtis suspirar exasperado, do outro lado da linha.

― Olá Felicity, bom dia pra você também. Como está sendo o seu dia até agora? Bom? O meu estava indo bem até o seu cachorro se apoderar do meu escritório e não me deixar mais entrar.

Pisquei os olhos.

― Mas... O seu escritório é o seu quarto. ― Falei ainda piscando e me sentindo verdadeiramente confusa.

― Não, você está errada. ― Negou ― Meu escritório não é o meu quarto e sim a minha cama!

Ah... Abri a boca, entendendo onde ele queria chegar.

Barry era um cachorro tanto territorial e nos últimos tempos havia criado o hábito de tomar posse da cama alheia. Era um sacrifício sem fim conseguir tirar o espertinho da cama, ele não deixava ninguém chegar perto sem ameaçar morder e isso me incluía na equação. Especialmente por causa desse seu péssimo hábito, saí hoje do apartamento com a chave do meu quarto, muito disposta a mantê-lo longe da minha cama.

Só não esperava que Curtis não tivesse pensado o mesmo.

― Por que você não trabalha no sofá? ― Perguntei o óbvio. Curtis geralmente trabalhava em casa, esparramado na sua cama, com o seu notebook, por isso, não via motivo algum de pelo menos uma vez, ele ceder sua cama para aquele cachorro metido a gente.

― Tenho uns documentos guardados debaixo do colchão. ― Confessou e eu franzi o cenho.

― Por que você tem documentos guardados debaixo do seu colchão?

― Estive fazendo umas pesquisas e estava com med-

― Okay, não me conte mais nada, não quero me envolver em nada ilícito! ― O interrompi imediatamente, desesperada para me livrar de algum destino ruim. Já tinha muito pra carregar na minha bagagem, não precisava de mais essa.

― Tá, que seja! ― Não precisava nem estar do seu lado para saber que ele havia revirado os olhos ― Mas me conta, como você conseguiu tirar Barry da sua cama, semana passada?

Parei para pensar por alguns instantes. Eu realmente não tinha feito nada demais para atrair Barry pra fora da minha cama, na realidade, me lembrava de apenas ter desistido e ido tomar um banho, quando voltei, ele já não estava mais deitado na minha cama, rosnando pra minha cara. 

― Tomei banho. ― Respondi, dando de ombros.

― Você está tentando me dizer que se livrou de Barry tomando banho? ― Seu tom era de descrença total e se eu não soubesse que eu estava falando a verdade, também duvidaria.

― Eu não sei, eu só tomei banho. ― Dei de ombros ― De qualquer forma, dê um jeito e nem pense em deixar Barry dormir na minha cama. ― Avisei, sabendo que Curtis apelaria para aquilo caso a história do banho ou o que quer que ele fosse fazer para tirar Barry da sua cama, não surtisse efeito algum. Eu estava com a chave mestre do meu quarto comigo, mas Curtis também tinha a reserva.

― Tá, tá, tá! Vou ver o que eu posso fazer com esse cachorro salafraio, mas não garanto nada. ― Pausa dramática ― Falando em cachorro, você tá de frente a um pitbull raivoso, certo? ― Perguntou malicioso e eu imediatamente olhei Oliver, que me encarava furtivamente.

Curvei os lábios num sorriso.

― Sim.

― Acabei de pensar numa coisa.

Péssimo sinal.

― É mesmo?

― Barry estava na sua cama semana passada, certo? Quando você chegou de Vegas, né? ― Não me deixou responder ― E você disse que ele ficava rosnando pra você sem parar, até você resolver tomar um banho, certo?

Franzi o cenho, começando a me sentir um pouco frustrada por não fazer ideia onde ele queria chegar com todas aquelas perguntas.

― Sim.

― Tenho uma tese.

Torci os lábios, sentindo que a ficha começava a cair. Ele não queria dizer que...

― Acho que você ainda estava com o cheiro do seu chefe e Barry não gostou, parabéns, há mais outro membro no clube "Eu odeio Oliver Queen", sinta-se orgulhosa! ― Me saudou alegre do outro lado. ― Meu chefe veio hoje aqui mais cedo, o dei um abraço e devo estar com o cheiro dele... ― Estalou a língua ― Esse cachorro é tão ciumento e territorial! Mas até eu seria territorial tendo um dono tão magnífico quanto eu... De qualquer forma, irei tomar o meu banho e ver se a minha tese estava correta. ― Acrescentou rapidamente e eu revirei os olhos, sabendo que talvez... Talvez ele estivesse certo.

― Tudo bem, agora eu preciso desligar. ― Pigarreei, encontrando o olhar de Oliver novamente. 

Em instante algum, ele desviou seus olhos do meu rosto e aquilo era constrangedor, porque eu sabia que o cretino estava fazendo exatamente de propósito. Não esperei que Curtis se despedisse, desliguei o celular imediatamente e sem saída, anunciei para Oliver que enviaria as malditas imagens para ele.

Após concluir minha missão suicida, estacionei exatamente ao lado da mesa de reuniões, esperando o circo pegar fogo.

Que foi? Já que estava atolada na merda até o último fio de cabelo, era melhor que eu me aproveitasse mesmo da situação para ver a máscara da vadia má cair.

O silêncio que caiu na sala era gutural.

― Felicity, você não tem umas cópias para tirar de uns documentos, não?

Olhei Oliver, que me lançava um olhar significativo. Era óbvio que ele queria me tirar da jogada, me impedir de assistir aquele momento revigorante - ao mesmo tempo que aterrorizante, vai que a vadia má aprendeu a lançar alguma magia com o amante trevoso?

― Não. ― Respondi o mais inocentemente possível.

― Oh, é mesmo? ― Havia um brilho perigoso nos seus olhos, deixando claro que eu havia ultrapassado a linha o contrariando daquela forma, mas eu sinceramente não imaginava mais como ele poderia me afetar - claro, além de me matando -, ele já havia me metido em todo tipo de confusão possível, ou pelo menos, todo o tipo de confusão possível para a cota daquele mês ― Que tal então você nos trazer um copo de café?

Cerrei os dentes.

Ele não estava me pedindo isso, não podia ser.

― Servir café? ― Perguntei lentamente, esperando que estivesse errada.

― Sim, nos servir um café. ― Confirmou, balançando a cabeça positivamente e exibindo uma fileira de dentes brilhantes.

Maldito!

― Claro, Sr. Queen.

Me dirigi para a cafeteria me perguntando se ainda me restava um pouquinho de dignidade e se IsaBitch havia finalmente feito o que eu nunca conseguia fazer: Matar Oliver Queen.

Balancei a cabeça, tentando dissipar aqueles pensamentos e comecei a executar minha tarefa de encher duas xícaras de café para servir aqueles dois trastes. Se pudesse até cuspiria dentro de cada um, mas... Franzi o cenho, mas o quê?!

Olhei de um lado para o outro, tendo uma ideia e lembrando de um frasquinho que costumava sempre carregar no bolso da minha calça.

"― Ei, eu não sou louca! ― Gritei indignada, fazendo menção de lhe devolver aqueles comprimidos mas obviamente, ela ignorou totalmente minha tentativa.

― Fique com isso, vai precisar mais que eu. ― Me dispensou com a mão ― Além de que, é pra você usar isso com o seu chefe. Coloque no café dele."

Recordei daquele episódio com Nyssa como se tivesse acontecido horas atrás e o bolso da minha calça pareceu queimar mais ainda, me fazendo achar a ideia um tanto convidativa.

O que será que aconteceria caso eu colocasse aquele comprimido dentro do café de Oliver? Parecia um laxante, mas também poderia ser algo que poderia fazer Oliver subir pelas paredes ou...

Decidida, peguei o frasquinho do meu bolso e o abri. Havia exatamente um comprimido. Sem perder tempo, peguei o mesmo e o abri no meio, para jogar todo o seu conteúdo dentro da bebida. Esperava que a substância diluísse todo o seu conteúdo, para não restar evidências de que eu havia colocado algo mais que açúcar, dentro da bebida de Oliver.

Estrategicamente, coloquei sua xícara de café do lado direito, enquanto o de IsaBitch no esquerdo, apenas para não confundir e acabar matando/desmaiando/seja-o-que-for-que-acontecesse a mulher do tinhoso.

― Seja o que o Diabo quiser! ― Declarei, pegando a bandeja e me dirigindo ao meu destino.

Eu que não meteria Deus nessa, já estava muito encrencada para procurar mais uma com o cara lá de cima.

(...)

Eu era a pessoa mais azarada do planeta. Era isso.

Já havia passado da hora de eu me conformar com aquela triste realidade.

― Cadê a traidora de marido? ― Perguntei revoltada, procurando ao redor por IsaBitch, enquanto entrava na sala segurando aquela maldita bandeja.

Oliver continha um olhar estoico no rosto, enquanto tamborilava os dedos sobre a superfície plana da mesa, fazendo jus do posto de "O poderoso Chefão". Obviamente, pelo o seu olhar de "nada", algo havia dado errado.

Depositei a bandeja em cima da mesa e me atrevi a sentar no lugar que Isabitch havia ocupado momentos atrás, correndo o risco de ao me levantar dali depois, não ter mais bunda. Afinal, eu tinha que esperar qualquer coisa ao sentar num mesmo assento que IsaBitch-Louca-por-um-Trevoso já havia sentado, né? Tá bom, eu sei que estou exagerando, mas...

― O que aconteceu? ― Perguntei, dessa vez mais suave, esperando que o cretino desembuchasse a fofoca logo de uma vez.

Oliver baixou os olhos para a xícara de café na sua frente.

― Acho que deixamos passar algo sobre o amante de Isabel. ― Ele falou, lentamente ― Ou ela sabe blefar muito bem. Ela sequer pestanejou, apenas me olhou com um sorriso e pediu para que eu divulgasse as imagens. Falou que não sabia com quem eu estava me metendo. ― Completou, num tom sério.

Senti minha cabeça latejar e o cheiro de problema se impregnar no ar. Agora entendia o motivo do silêncio de Oliver: Ele estava nervoso porque havia sido ameaçado e pior, não tinha mais certeza quem ele havia ameaçado. Oliver era um controlador nato e ficar sem controle da situação o estava deixando nervoso.

E aquilo só queria dizer que mais problemas para mim estavam chegando.

Ah, merda!

― O que você pretende fazer? ― Quis saber, fazendo a conta mentalmente do quanto eu gastaria comprando um colete a prova de balas quando saísse do trabalho, além de claro, ter de procurar cópias vivas de Dean e Sam Winchester para me proteger do trevoso.

― Vazar as imagens. Ninguém me ameaça assim.

É, a merda vai feder mesmo.

― Não acho que você deve fazer algo precipitadamente. ― Falei rapidamente, desesperada para por alguma razão na cabeça daquele teimoso.

Ele estreitou os olhos e eu me encolhi na cadeira. Péssimo sinal, péssimo sinal...

― Engraçado, no dia em que descobrimos a identidade do amante da Rochev, você falou que não achava muito bom nós o ameaçar... ― Se inclinou perigosamente, na minha direção e eu faltei atravessar minha cadeira, tentando ficar longe. ― Felicity, o que você sabe que não está me contando?

― Nada! ― Respondi rápida, rápida demais. E ele percebeu.

Curvou os lábios num sorriso cruel. ― Mentirosa.

― Não estou mentindo. ― Forcei com que as palavras saíssem e aquilo apenas ampliou mais o sorrisinho do sádico.

― Hum-uhum...

Suspirei, sem paciência para mentir ou ao menos, tentar convencer aquele louco a não mexer com o Tinhoso das trevas.

― Então, você vai fazer isso mesmo? ― Perguntei inutilmente, quando já sabia sua resposta, mas...Quem não arrisca, não petisca né?

Oliver acenou com a cabeça.

― Sim e sinta-se dispensada por hoje.

Hã?

― Eu tô dispensada? Por que? ― Olhei o meu relógio de pulso, ainda faltava duas horas para o fim do meu expediente. Não era do feitio do Oliver me dispensar logo cedo. Nunca.

― Tenho um compromisso, sua presença aqui no escritório não será mais precisa por hoje.

Arqueei uma sobrancelha e tentei buscar no fundo da minha mente algum compromisso que ele tivesse para hoje, além o que tivera com Isabel.

― Você não tem nenhum compromisso marcado pra hoje.

Torceu os lábios e vi sua carótida começar a trabalhar furiosamente.

Opa, ele estava ficando nervoso.

― Compromisso pessoal, Felicity.

Ah! Ele ia transar com alguém hoje, entendi.

― Okay. ― Me levantei, pronta para pegar a bandeja e jogar no fundo do ralo os cafés, junto com o meu plano de fazer Oliver consumir o meu comprimido ilícito.

― Deixe a bandeja aí, irei beber.

O QUE? Arregalei os olhos, chocada. Não poderia ter ouvido direito.

Oliver estava tendo uma consideração mínima para o meu trabalho de encher aquelas duas xícaras de café? Era isso? Dei um passo para trás e o olhei desconfiada. Ele só podia tá aprontando alguma... E eu não me meteria em nada que ele estivesse planejando. Não e não, eu me recusava!

― Até amanhã então, Sr. Queen. ― Declarei finalmente, pronta para pegar minhas coisas da minha mesa e dar o fora dali. Não era sempre que eu tinha uma oportunidade dessas.

― Até breve, Srta. Smoak.

Apressei mais ainda os passos, seu tom era de promessas - promessas essas que eu sabia que não seriam nada boas para mim.

(...)

Peguei um táxi para o meu apartamento, livrando Curtis do trabalho de ir me buscar. Porém, antes de me sentar no banco do táxi, chequei o meu celular e não fiquei surpresa ao notar na grade de últimas notícias, o escândalo de Isabel com o trevoso. 

Oliver era rápido no gatilho e nada misericordioso. Ele finalmente havia destruído Isabel, o problema agora era que ele deveria se preparar rapidamente para a retaliação. Isabel não parecia o tipo que ficaria parada enquanto seu nome ia pra lama.

E eu definitivamente, deveria comprar um colete, um paraquedas e uma bíblia. Sabe, só pra me prevenir né? Sou alvo fácil nessa briga de cachorro grande.

Entrei no elevador, pensando na maratona de séries que faria quando chegasse ao meu apartamento. Não demorou muito até que eu chegasse no meu andar, mas quando as portas do elevador se abriram, eu desejei que elas se fechassem novamente.

Nyssa estava parada no final do corredor, de frente a sua porta, assim como dias anteriores. Mas com uma única diferença: Ela olhava diretamente para mim, com um olhar nada, nada amigável.

Ave maria, era agora que eu corria... Ou aprendia a voar... Meditei por alguns instantes, calculando rapidamente quantos ossos eu quebraria caso eu pulasse do prédio.

Sem alternativa, saí do elevador e caminhei lentamente em direção ao meu apartamento, Nyssa não deu um sinal que iria sair do seu lugar - e aquilo, de certa forma enervante, me deixou desconfortável. Ela me olhava durante todo o trajeto e quando finalmente, pus a minha mão na maçaneta e pensei estar livre, ela avançou na minha direção.

Senti o meu coração parar no meu ombro, quando ela me puxou bruscamente pelo braço. Soltei um gritinho.

― Você é louca? Manchou a reputação de Ra's, ele não vai deixar as coisas assim.

Engoli o bolo na minha garganta, enquanto via minha vida passar como um flash na minha mente. Não esperava que a retaliação do trevoso fosse tão rápida quanto a de Oliver e muito menos, viesse em forma de Nyssa.

O que fazer numa situação dessa? Tirar o corpo da reta!

― Eu sei, mas a culpa não foi minha, foi de Oliver! ― Acusei o maldito que não estava por perto para se defender. Que foi? Era caso de vida ou morte, e eu preferia que ele fosse pro caixão, do que eu! ― Eu avisei pra ele o que nos aconteceria caso ele continuasse com essa história, mas ele me ouviu? Não, ele não me ouviu! ― Pausa ― Ai Nyssa por favor, me ajuda, não deixa ele jogar nada em mim!

Cheguei a lacrimar.

― Jogar algo em você? ― Franziu o cenho, parecendo verdadeiramente confusa, entretanto o seu aperto ao redor do meu braço, não afrouxou.

Vaca! Eu acordaria no outro dia - isso se fosse existir um outro dia pra mim -, com uma marca roxa ao redor do meu braço.

Resolvi ignorar esse pequeno detalhe por hora.

― Vai, minha vida tá uma merda, não precisa mais de maldição nenhuma pra intensificar essa incrível caganeira.

Silêncio.

― Felicity, não sei quem você pensa que Ra's seja, mas caso ainda lhe resta alguma dúvida... ― Pausa dramática ― Ele é um assassino.

PUTA QUE PARIU! ##$%2@@@@$5@@@##

― O QUE? ― Gritei, horrorizada com a nova informação. Como assim ele não era um homem que trabalhava com o oculto?

Olhei para Nyssa, agora com novos olhos. Espera... Se o Ra's Angu não era quem eu achava que era..

― Nyssa, você é alguma feiticeira? ― Perguntei com dificuldade, começando a ter uma percepção terrível.

Ela me olhou por alguns segundos e eu pensei que ela não me responderia, até que ela soltou a bomba:

― Sou uma assassina, Felicity.

MORRI!

― A maioria das coisas escritas no cartão de Ra's estão codificadas, para despistar a polícia. Quando você veio até o meu apartamento, pedindo ajuda para se livrar do seu chefe, pensei que você tivesse descoberto quem eu era e estava usando como código essa coisa toda do oculto. ― Explicava, com um olhar bastante sério.

ELA ACHAVA O QUE?

Eu vou morrer, eu vou morrer, eu vou morrer!

― Você acha que eu iria no apartamento de uma assassina se eu soubesse que você é uma assassina? ― Deixei escapar sem querer, querendo. A verdade é que além de indignada, eu estava tenebrosa, cagada, revoltada. Era um mix de emoções.

Ela me olhou feio.

E... Meu Deus, aquele comprimido que ela me deu!

Alguém me mata! Quer dizer, NÃO ME MATE!

― Nyssa, o que era aquele comprimido que você me deu?

Lembrei que havia posto o mesmo no café de Oliver hoje, antes de sair da sua sala. Se Nyssa era uma assassina e havia me dado um comprimido para por no café do meu chefe, logo após eu pedir para ela me ajudar a se livrar dele... Aquilo só poderia dizer uma coisa...

― PUTA QUE PARIU, MATEI O MEU CHEFE! ― Berrei a verdade para o mundo inteiro ouvir. Com o braço livre, abri abruptamente a porta do apartamento que dividia com Curtis e quase chorei de emoção ao o ver sentado no sofá, com o notebook na mão. ― CURTIS, VAMOS PARA QC AGORA!

Precisava de uma testemunha para quando eu achasse o corpo morto do meu chefe.

(...)

― Eu não acredito que nossa vizinha é uma assassina. Eu não acredito que você é uma assassina! ― Curtis surtava ao meu lado, enquanto invadíamos a QC que estranhamente, se encontrava vazia naquele horário.

Apressei os passos, dispensando o elevador e correndo em direção as escadas. Quanto mais rápido eu chegasse na sala de reuniões da QC, onde havia deixado as xícaras de café, mais grandes seriam as minhas chances de salvar o maldito Queen.

Sim, eu estava ali numa missão de resgate - que tinha 80% de chance de falhar. Fazia um bom tempo que havia deixado a QC e Oliver sozinho com aquelas xícaras.

Maldita hora em que eu fui usar aquele comprimido!

― Eu não sou uma assassina. ― Murmurei entre dentes, sem parar um minuto sequer minha corrida desenfreada para salvar a vida do meu chefe. E a minha pele também, é claro.

― Ainda.

Curtis me alcançou e eu quase o empurrei escada abaixo, por todo aquele seu negativismo.

― Eu não matei o meu chefe! ― Murmurei ofegante, finalmente alcançando o andar desejado.

― Ainda. ― Ele repetiu novamente e eu chutei o ar para não o chutar ao invés.

Paramos em frente a sala de reunião e eu quase chorei ao constatar que Oliver não estava lá dentro. E nem a bandeja com as xícaras.

Olhei em volta, consciente que se a empresa estivesse de fato vazia, os seguranças não teriam me deixado passar mesmo que eu tivesse mostrado o meu cartão de identificação. Oliver estava lá.

― Escritório! ― Grunhi, me amaldiçoando mentalmente por ser tão idiota e não ter pensado nisso antes.

Se juntando a minha empreitada, Curtis correu comigo até chegar de frente ao escritório do Oliver e eu congelei imediatamente.

E se... E se eu encontrasse um cadáver?

Curtis nem notou que eu havia estagnado no meu lugar, apenas saiu na minha frente irrompendo a porta do cretino-morto e gritando:

― EU FAÇO A RESPIRAÇÃO BOCA A BOCA, VOCÊ SE OCUPA EM LIGAR PRA EMERGENCIA!

Espertinho!

O seu grito escandaloso foi o suficiente para me fazer sair do lugar e entrar finalmente no escritório. A cena que eu encontrei era no mínimo aterradora.

Oliver com um olhar nada amigável para Curtis, sentado no sua confortável cadeira, enquanto segurava sua xícara de café.

Cacete!

Não pensei, apenas agi.

― OLIVER, NÃO BEBA ESSE CAFÉ! ― Berrei, empurrando Curtis da minha frente e alcançando o meu objeto de desejo, que no caso, era a xícara na mão de Oliver.

Mas o meu movimento foi mal calculado e por conta da distância com que eu corri para alcançá-lo, coloquei muita velocidade nos meus pés e não consegui frear a tempo. O desastre iminente me fez fechar os olhos e perder o ar dos meus pulmões, e tão rápido quanto alcancei Oliver, alcancei minha desgraça - literalmente.

A xícara havia se espatifado no chão, o café se derramado completamente em Oliver e eu... Eu havia parado no colo do tirano.

Puta que pariu!

― Eu disse para você não me fazer querer te chamar de loirinha pervertida. ― Ele murmurou entre dentes, me olhando de perto. Muito perto. Tão perto que uma pessoa poderia ficar de outra no seu colo.

Engoli em seco, piscando rapidamente.

Se mexa, se mexa!

Num pulo, saí do colo do tirano e quase, quase me arrependi de ter feito aquilo.

Ao menos no seu colo, ele estava distraído exatamente por isso. Agora, eu teria que explicar o motivo de toda aquela comoção.

O ar ficou suspenso de repente e a percepção do que eu havia feito pesou sobre mim.

Merda! Eu havia invadido o escritório de Oliver Queen, derramado café sobre ele e ainda 'pulei' no seu colo. Se antes eu tinha certeza que Ra's Angu iria me matar, agora eu tinha certeza que não. Oliver faria o trabalho por ele.

― Oras, mal começou o noivado e já está traindo a noiva?

Virei minha cabeça em direção aquela voz, mais veloz que uma bala e quase me estatelei todinha quando vi o amigo corno parado na porta, ao lado da mulher que mais cedo havia falado comigo no banheiro.

― Oliver, o que está acontecendo aqui? ― A mulher perguntou, havia uma pitada de censura no seu olhar que me fez retroceder.

Espera um pouquinho...

― Ela quem é a sua ex-namorada? ― Perguntei ao corno, tentando juntar as peças. Como se não soubesse quem eu era, Tommy me fitou por alguns minutos, com claro interesse no rosto.

― Sim e você, quem é? ― Inclinou a cabeça e eu só quis me inclinar pra fora do prédio.

Ele realmente não se lembrava de mim? Não sabia se chorava ou agradecia a minha mãe por usar drogas tão poderosas.

― Oh, espere! Já sei! ― Não me deixou falar. Seus olhos continha um brilho sardônico, que me fazia concluir que não gostaria nada, nada do seu próximo comentário ― Você deve ser a próxima conquista de Oliver, certo? Mas saiba que ele tem uma noiva, então não se iluda muito.

Para tudo!

Oliver tinha uma noiva?!

OLIVER QUEEN IRIA SE CASAR?

Arregalei os olhos, chocada. E a minha ação pareceu satisfazer o corno, que começava a sorrir abertamente. Seu sorriso não era nada amigável.

― Oh sim, acho que você acabou de enxergar a realidade.

Meus olhos pousaram no corpo feminino ao lado de Tommy e parei para a analisar bem.

Era bonita, elegante e definitivamente, não parecia nada feliz com a cena que pensou ter flagrado.

Oh, eu estava numa enrascada!

Curtis que até agora se mantinha em completo silêncio, encostado num canto da sala, pigarreou chamando nossa atenção.

― Felicity é secretária do Oliver e não estava fazendo nada, além de tentar impedir que o chefe bebesse um café estragado. ― Ele saiu em minha defesa ― Ela ter parado numa posição comprometedora, só foi ocorrência do seu azar e dificuldade em correr sem acabar se machucando, ou machucando alguém.

Respirei aliviada com a meia verdade que ele havia contado. Se eu sobrevivesse a Ra's Angu, daria um presente para Curtis que ele jamais esqueceria!

― É mesmo? ― Oliver que até o momento, encontrava-se em silêncio, se manifestou. ― Então, por que ela não me ligou ao invés? Se era por uma coisa tão boba quanto um café estragado, ela poderia muito bem ter me ligado para impedir com que eu bebesse.

Desgraçado! Ele sempre tinha que desconfiar!

Olhei Curtis, esperando pela sua próxima defesa, mas ela não veio.

Ao invés, ele fingiu que precisava fazer alguma coisa e meteu o pé, me deixando pra trás com aqueles três problemáticos.

Merda, merda, merda!

Amigo da onça!

Ficamos os três em silêncio, apenas nos encarando. Quer dizer, eu acho né. Pois eu, que não sou burra, encarava apenas os meus pés, esperando que a bomba explodisse logo de uma vez, porque eu sabia: Ela iria explodir.

Finalmente, após minutos angustiantes, ouvi um suspiro alto e sabia que era o de Oliver.

― Tommy e Laurel, gostaria que vocês se retirassem, tenho algo em particular para discutir com a minha secretária. ― Seu tom não deixava brecha para argumentação e eu me senti afundando em areia movediça.

Oliver estava dispensando a noiva e o amigo corno pra falar comigo? A noiva? Ele estava dispensando a noiva? Na minha frente? Na frente dela?!

Deus, eu precisava de uma armadura de titânio logo de uma vez! Graças ao tirano, eu estava conseguindo muitos inimigos.

Não houve uma saraivada de gritos e berros, muito menos Tommy barraqueiro. Feito dois robôs, aqueles dois saíram pela porta, mas carregando uma promessa silenciosa que aquilo teria volta - o que era horrível, pois não fazia ideia o que aqueles dois aprontariam com Oliver. Quero dizer, não era pra eles nem se falarem? Aparentemente, Laurel e Oliver traíram Tommy, então por que os três ainda se falavam? Não que eu me importasse, é claro.

― Agora, Srta. Smoak, me explique o que veio fazer aqui. ― Oliver inquiriu, contornando a mesa e sentando no tampo dela, me lançando um olhar um tanto quanto intimidante. ― E nada de mentiras. ― Acrescentou, cruzando os braços.

U-A-L, que bíceps!

― Eu sei que você tem algum fetiche com os meus braços, mas não é o momento para isso.

Ah ótimo, de novo essa boca maldita! Revirei os olhos.

― Não tenho fetiche com os seus braços.

― Não mude de assunto.

― Foi você quem começou! ― Grunhi, frustrada.

― Eu mal comecei, Srta. Smoak.

O-K-A-Y, respira. Isso sim foi intimidante.

― Bem, já que você quer tanto saber...

― Sim, eu quero.

― Não me interrompa! 

― Não estou.

Suspirei alto, irritada.

― Tá tudo bem, ai vai... ― Parei, esperando que ele me interrompesse mas nada aconteceu. Ao invés, ele apenas curvou os lábios num sorriso zombeteiro. Gostaria de saber se ele continuaria rindo quando soubesse da verdade... ― Ra's Al Ghul, não é apenas o amante de Isabel. ― Respirei fundo ― O cara é um assassino. Você ameaçou um assassino, Oliver.

Acho que agora eu sabia qual seria sua reação... Foi impagável ver aquele seu sorriso zombeteiro de antes, desaparecer e sua face se tornar tão branca quanto uma geleira.

Alguém ali estava com problemas e esse alguém não era eu. Ou, pelo menos, eu esperava que não fosse.

― Felicity, parece que nós estamos com um grande problema.

PUTA QUE PARIU! HOMEM MALDITO!

Claro que ele faria daquele o meu problema também. Choraminguei, aquele não era  um problema. Era um problemão.


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Notas finais do capítulo

Obrigada aos leitores que estão comentando sobre a fanfic em outras redes sociais. Me mandaram uma DM essa semana falando sobre isso HAHAHA adorei ♥ muito obrigada pelo carinho, pessoal!

PS: Vocês assistiram o episódio dessa semana de Arrow? Nossa Felicity é tão forte, mas achei tão triste ela passar por essa barra toda...