Tudo que Vai...volta escrita por kaka_cristin


Capítulo 14
Capítulo 14 - Passada a tempestade...




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Minutos depois eu estava no meu quarto a procura da caixa de fósforos que eu guardava na cômoda. Achei na gaveta de bijuterias e acendi as velas que tinha pelo meu quarto deixando um clima romântico. Enquanto isso Gerard estava no andar de baixo pegando champanha pra nós dois.
Eu corri pro meu armário e procurei uma camisola atraente. Achei uma preta transparente e corri pro banheiro. Quando saí do banheiro ele estava entrando no quarto com uma garrafa numa das mãos e na outra carrega duas taças. Eu voltei um passo atrás meio sem jeito encostando-me à parede, talvez por que fazia tempo que ele não me via daquela maneira. Senti um pouco de vergonha.
Ele me olhou com admiração de cima a baixo e colocou a garrafa e as taças em cima da cômoda e depois se aproximou de mim.
Ele percebeu que eu estava sem jeito por estar seminua e tentou fazer com que eu deixasse a vergonha de lado e começou a se despir, ficando só de samba-canção.
Ele ficou me olhando e eu permaneci grudada na parede feito cola. Nossos olhares aflitos demonstravam o quanto aquele episódio era um pouco aterrorizador. Acho que ele sentia o mesmo que eu, aquilo seria um grande passo e não queríamos que fosse um desastre, queríamos a perfeição, algo especial.
Ele então se aproximou devagar me beijando com delicadeza. Senti suas mãos tocarem meu rosto de leve. Eu então o abracei, envolvi meus braços no pescoço dele.
Com o tempo nosso beijo de comportado virou um sufocante. Começamos a nos beijar rápido perdendo todo o fôlego que nos restava. Ele me suspendeu e eu entrelacei minhas pernas na cintura dele e ele me jogou na cama caindo sobre mim. Ele então começou a me beijar e depois foi descendo e beijando todo meu corpo. Os toques dele, os beijos, as caricias, tudo foi uma preparação pro que vinha depois.
Nossos corpos foram tomados por chamas de prazer. Entramos em total êxtase e ficamos nos amando no meio de gemidos e respirações ofegantes até atingirmos o ápice do prazer ficando postos um ao lado do outro recuperando todo o fôlego que fora tirado pelo tal ato.

-eu te amo. – sussurrou ele.
-Também te amo. – respondi com um sorriso nos lábios.

Nossas mãos entrelaçadas e nossos beijos indicavam o quanto aquilo tinha sido especial e que nos amávamos, realmente aquilo era amor.

No dia seguinte...

Eu acordei com o barulho do motor do carro. Me levantei e olhei na janela e vi quando o carro do Gerard saia da garagem sumindo no final da rua. Achei estranho ele nem ter me acordado, mas ele devia não ter achado uma boa idéia me acordar pra se despedir. Mas achei estranho novamente o fato dele ter ido tão cedo, ele sabia que podia ficar mais tempo, pois nada o impediria disso. Eu morava só e agora estávamos nos entendendo.

Eu vesti um casaco por cima da camisola e desci até a cozinha pra preparar um café. Tomei o café observando a rua molhada pela chuva. Não chovia naquele momento. De repente passaram duas meninas correndo pela rua. Fiquei observando-as, elas riam de felicidade. Me senti angustiada ao ver aquelas crianças, lembrei da minha pequena e senti sua falta. Não gostava de sentir aquilo, na verdade eu queria esquece-la pra sempre, mas era algo impossível, a lembrança dela era algo inevitável e agora com o Gerard tão perto era mais difícil ainda esquece-la.

Depois de tomar meu café eu subi e quando arrumava a cama achei uma folha de papel sobre a cama. Eu estava tão distraída pensando no por quê o Gerard ter ido embora que nem vi o papel ao me levantar. Era um bilhete dele que dizia que ele havia ido na empresa resolver umas coisas, mas voltava logo. Eu aproximei o papel do meu rosto aspirando o perfume dele que ficara no bilhete. Fiquei contente em saber que ele voltaria.

Comecei a inventar um monte de coisas pra se fazer naquele dia só pra não ficar parada e pensar besteiras. Arrumei a cama e então resolvi arrumar minha casa inteira.
Arrumei tudo, com exceção daquele quarto, o tal quarto escuro onde havia milhares de caixas. Aquele quarto tinha entrada exclusiva. Só eu podia ter acesso a ele. Eu resolvi entrar nele e pegar algumas fotos minha com o Gerard de dentro de uma das caixas e depois guardei a chave onde sempre escondia. Não era bem um esconderijo, mas era um local que ninguém teria vontade de fuxicar. Era um esconderijo que só eu sabia.

Estava na sala montando um pequeno álbum quando ele chegou. Nem ouvi o carro dele estacionar de tão distraída. Estava colando as fotos e relembrando cada momento.

-ola. – disse ele fechando a porta e vindo até mim.
-Oi. – ele se inclinou e eu meio que levantei meu corpo até ele pra beija-lo.
-E aí? Não foi trabalhar hoje...que folga.
-Estava arrumando algo pra você.
-Pra mim?
-Toma. – e peguei o álbum da mesa e dei na mão dele.
-Nossa! Eu nem me lembrava mais disso. – e olhei pra cara dele emburrada. – to brincando amor. é brincadeira. – e ele me deu novamente um selinho. – olha só a minha cara. Como você pôde ter gostado de um cara tão feio?
-Ah...para de graça. Você era uma gracinha.
-Você era linda, e ainda é. – ele colocou o álbum em cima da mesa e se ajoelhou na minha frente. – nós temos que recuperar todo nosso tempo perdido. Na verdade nós temos que acertar varias coisas.
-É. o que você tem em mente?
-Acho que podíamos sair pela cidade hoje num passeio que você acha? Depois podemos organizar algumas viagens. Tem uns lugares que eu sempre tive vontade de te levar.
-Seria ótimo Gerard. – ele pegou nas minhas mãos e me olhou. – o que achou dessa noite?
-Foi perfeita. – disse num sussurro.
-Que bom. Por que foi o mesmo pra mim.
-Que bom.

Momentos depois ele foi pro hotel onde ele estava hospedado, afinal as coisas dele ainda estavam lá. Eu subi pra me arrumar, iríamos sair pela cidade, conhecer alguns pontos turísticos, pelo menos os que dessem pra ser visitados naquele dia, já que estava de tarde e logo escureceria.

O passeio foi perfeito como sempre. Não era inimaginável que fosse inesquecível todas nossas saídas já que eu tinha ele do meu lado. Nós nos divertíamos como nunca. Enfim, aquele antigo Gerard que eu conhecia e admirava e por quem eu me apaixonei perdidamente tinha voltado. Não me era mais como um estranho. Era como se todo aquele intervalo de tempo distante um do outro não tivesse existido. Nós riamos e conversávamos durante horas. Nossa companhia pra ambos era uma diversão atrás de outra.


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