The Angel of Death escrita por Zenabubis


Capítulo 10
Turbulência


Notas iniciais do capítulo

Hello, desculpe-me estava postando apenas no SocialSpirit, então tem dois capítulos atrasados aqui. ;-;
Sorry



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/659230/chapter/10

Eu queria morrer, pois estava cansada de viver. 

Ele queria viver, mas trocaria a vida pelo seu amor.

(...)

Lynn Merman, e Castiel Lefebvre abriam a porta de uma nova aventura, cheia de magia e diversas cores. Errado! Mas não totalmente errado. Lynn e Castiel estavam realmente em uma aventura, entretanto sem magias ou contos de fadas, mas com diversas cores de vermelho. 

No fundo estava receosa de continuar o jogo, muitas coisas viriam a acontecer. Eu realmente abriria mão de todo o poder que tenho? O que aconteceria com a minha alma? Seria tratada como um humano? As perguntas ecoavam sem serem respondidas, e por mais que eu quisesse a resposta... Eu não sabia se iria me agradar com ela. 

 No entanto como eu mesma já disse: Não irei desistir por conta de acontecimentos não planejados. Eu iria cumprir o meu desejo de séculos, mas se der errado, ao menos consegui sair do tédio que tanto me atormentava. 

Minha cabeça passava-se por turbulências jamais sentidas por mim. Uma confusão por inteiro. Principalmente por se sentir culpada de algo que possa acontecer com alguém que ama. Por que eu tinha que envolver Viktor nessa história?

Manipulações e ilusões, faziam parte do meu ser em questão. Usa-los agora se tornou mais útil do que apenas ter como objetivo tirar as almas das pessoas. Apressando-me para atacar os atrasados, bolei uma bela “boas-vindas” para a dupla.

Merman e o escarlate estavam prestes a sair do corredor, breve eles teriam a visão dos brinquedos do parque. Como já disse, eles terão que superar seus medos, mesmo que seja uma fobia qualquer. Um anjo da morte não pode temer nada. 

Lagartas normais e de fogo caiam das árvores e plantas que ficam de ambos os lados do corredor. Quando Lynn percebeu agarrou-se ao braço de Castiel sem pensar duas vezes. A garota sempre teve fobia de lagartas, mas nunca na vida dela ela teria visto uma quantidade tão grande. O escarlate ao entender a repentina reação de Merman, começou a rir. 

— Isso não é nada engraçado! — Lynn apertou ainda mais o braço de Castiel. — Temos que sair logo daqui!

— Claro que temos, o problema é que, você está empacada por causa de um bando de lagartas inofensivas. E este é o motivo da graça. 

— Inofensivas? Jura que se eu tocar nesta de fogo nada me acontece? — Ela encarou Castiel, mas logo teve que desviar seu olhar para algo em sua perna. — Meu Deus, tem uma subindo na minha perna! Tira por favor! Por favor! 

— E o que eu ganho com isso? 

— É...

— Da última vez que te ajudei acabei em um jogo onde corro risco de vida.  — Lynn arqueou as sobrancelhas com o que Castiel disse e antes dela revidar, ele se abaixou e retirou a lagarta da perna da garota.  — Deu sorte não é das de fogo. É melhor a gente começar a correr, a não ser que você queira ficar aqui com elas. — Lynn fechou os olhos e respirou fundo.

 — No três a gente corre. Certo?  — Disse Merman, vendo que não havia outra opção. 

 

 — Três. — Castiel a puxou pelo braço, correndo eles passaram por cima das lagartas, fazendo Lynn gritar a cada vez que via uma sendo pisada por ela. 

Saindo do corredor as lagartas acabaram. Os dois ofegavam por causa da pequena corrida que fizeram. Logo que conseguiu se concentrar novamente, Lynn analisou o ambiente que estavam. 

Os brinquedos que um dia foram motivos de alegria, agora estavam cheios de limo, enferrujados e quebrados, a montanha-russa com galhos de árvores entranhados, os cavalinhos do carrossel estavam destroçados, tornando-se uma visão assustadora, além da grande quantidade de mato que dificultava a passagem deles.

Leaving the cocoon” o brinquedo era como uma borboleta saindo do casulo, antes era o símbolo e a atração principal do parque, hoje não se passava de uma figura aterrorizante, a cabeça da borboleta estava arrancada para fora e assim como os demais brinquedos, encontrava-se enferrujada e cheia de limo, o colorimento complemente desbotado, e suas asas quebradas, a parte do casulo cheio de teias de aranhas. Com a tarde se esvaindo aos poucos, Lynn e Castiel adentravam naquele ambiente, desviando dos obstáculos que não eram poucos. Eles retiravam do caminho os galhos e faziam o possível para conseguir andar em meio à tanto mato.

Um letreiro eletrônico meio falho pois algumas letras não permaneciam acesas foi ligado sem explicações do outro lado do parque onde ficava um castelo — que também era um antigo entretenimento do parque —, nele estava escrito “O jogo da morte”

— Castiel.  — Lynn chamou o garoto que nesse momento mordia os lábios pensativo, ela sentiu-se incomodada de alguma forma com aquele pequeno ato, e por não saber o porquê desse incomodo, esqueceu-se do que queria dizer e corou-se ao vê-lo ele vira-se e encarar ela para que ela dissesse o que queria.

 — O que foi? — Agora que ele tinha perguntado ela teria que se concentrar, e então lembrou-se do que iria dizer.

— Acho que devemos ir onde aquele letreiro está. — Ela apontou na direção o castelo. E Castiel concordou.

Todos aqui viviam uma turbulência conjunta, inclusive eu, mesmo que essas turbulências tivessem caminhos diferentes elas estavam ligadas a um único sentido, o jogo. Lynn, não tinha certeza se estava sentindo algo diferente em relação à Castiel além da gratidão, não sabia se aquela confusão era por causa do jogo, ou pela sua mãe que estava em um hospital no momento. Ela não tinha a certeza de nada.

A dupla se ajudava em conjunto, assim que eles entrassem no castelo estariam presos ao labirinto que tinha ali dentro. E a cada porta que passassem mais medos e complicações eles teriam de passar, eu não iria ser tão boa, eu teria que deixar bem claro que não tolero atrasos. 

Nesse tempo, senti que um dos participantes tinha ferido-se gravemente dentro daquele castelo e não iria suportar, — menos uma concorrente para todos — agora quem assumiria o lugar dela seria o parceiro. Sem deixar minha concentração em cuidar de cada individuo se esvair, fui ao encontro da garota para retirar sua alma de uma vez, ela era muito fraca. Cedo ou tarde ela não iria aguentar a pressão e iria morrer de qualquer forma. Seu parceiro estava desesperado com a quantidade de sangue que saía da garota, ele não tinha condições de acalma-la, a garota esperneava, gritava, e chorava de dor. Agachei-me ao lado dela de um ângulo que eu conseguia enxergar também o garoto. Encarei-o por alguns segundos, ele parecia também me olhar, porém eu sabia que isso seria impossível, pois ele é um humano. Por um curto momento imaginei como seria se um humano conseguisse me ver. Retirando-me de distrações desnecessárias, olhei para a garota que revirava os olhos repetidamente e continuava a gritar. Aproveitei a breve morte dela para brincar um pouco, eu iria terminar de matá-la, mas não de uma forma calma, e tranquila. Levantei-me e sorri, passei a foice por cima da garota sem encostar para levar alma dela. E logo pude ver os pedacinhos dela espalhados por toda área, o sangue espirrado por cada canto. E o garoto perplexo pela atrocidade sem explicação. 

Toquei com a ponta dos dedos o sangue da garota, usando como tinta, escrevi na parede para que o garoto de pele bronzeada lê-se, a seguinte frase: “Você não é mais o parceiro e sim o participante, levante-se e ande, sua jornada no jogo ainda não acabou; assinado: M.S”. Com o aviso dado, voltei ao meu posto de observadora indo diretamente ao meu local favorito do Cocoon Park, a roda gigante.

Lynn e Castiel já estavam a frente do castelo. Ao cruzarem o olhar, eles dividiam o suspense, e sabiam que podiam esperar de tudo.

Eles estavam preparados para o que viria a seguir? 

Ou seriam fracos o suficientes para morrerem?

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Angel of Death" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.