They are all my boys escrita por bekayurio


Capítulo 14
Celular




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Todos já ouviram algo como "Não faça isso, vai se machucar", "Desça daí, vai cair", ou "Não jogue bola dentro de casa", a diferença é que vocês ouviram isso de suas mães e apenas quando eram crianças. Bruce, Clint e Sam não ouviam isso de suas mães, nem eram crianças.  

Além disso, todos tiveram dramas com celulares.  

Natasha acordou com dor de cabeça logo cedo, tinha vários problemas com seu celular que devia resolver o mais rápido possível, então se levantou disposta a resolver tudo de uma vez. Se arrumou, comeu e estava indo para o elevador para sair da torre quando ouviu risadas histéricas. Natasha já estava suspeitando daquele silêncio todo, então apurou os ouvidos e seguiu o barulho até um dos cômodos daquele andar e, quando abriu a porta, viu Sam com seu traje voando pela sala toda, mesmo que o lugar não fosse grande o bastante, Bruce e Clint riam enquanto Sam fazia acrobacias quase impossíveis no ar e batia em suas mãos estendidas para cima.  

— Vocês vão acabar se machucando! – Natasha chamou a atenção deles.  

— Nah... – Clint fez uma careta, gostando do show que o amigo estava fazendo. – Fica aqui com a gente, Nat.  

— Tô ocupada. – ela negou. – Você devia descer, Sam. Ou, ao menos, fazerem isso lá fora. – Então Natasha saiu dali, ainda tinha problemas. Ela pegou um táxi e seguiu para o lugar que poderia resolver seus problemas, mas, quando chegou no lugar, ficou desanimada, fila ali era o que não faltava.  

—_________________________________________________  

— Sam, faz aquele mortal de novo. – Clint pediu, ouvindo a concordância de Bruce ao seu lado. Sam cedeu aos pedidos e foi aplaudido.  

O barulho que faziam atraia os outros membros dos vingadores, que a medida que passavam pelo corredor, apareciam para ver o que estava acontecendo ali dentro, mas não cediam aos chamados para se juntarem a eles.  

—_________________________________________________  

Duas horas em pé, na fila para ser atendida. Agora Natasha realmente entendia a expressão: "Quem é você na fila da pão?".  

— Oi, meu celular não está funcionando direito.  

— Qual o problema?  

— Ele não liga para ninguém, quando alguém me liga, não consigo atender, isso quando toca. Quando consigo atender, a linha fica muda e cai. – Natasha falou, mostrando o celular à atendente do balcão, que analisou o aparelho e devolveu.  

— Já testou para ver se o problema não é a operadora? – ela perguntou, Natasha confirmou. Natasha teve que sequestrar o celular do Bucky, que não queria emprestar seu celular novo, ele dizia à ela para usar o de Clint ou do Tony, mas Natasha queria testar no celular dele. – Então, vai mais em conta comprar um novo. O conserto fica muito caro.  

— Caro quanto? – ela quis saber.  

— Uns trezentos e cinquenta. – a mulher respondeu. O coração de Natasha sentiu uma facada, pois ela não pagaria tanto, mas gostava do seu celular, tinha vínculos emocionais com ele, era como se ele fosse parte de seu corpo. Não, era mais profundo que aquilo, era como se aquele pequeno aparelho, que ia com ela em todos os lugares possíveis, fizesse parte da sua alma. Como ela poderia se desfazer daquilo?  

— Ok. – ela disse, simplesmente, sem demonstrar o mar de desespero que sentia naquele exato momento. Ela tinha esperanças de que seu celular fosse viver. Ela queria que seu celular passasse a eternidade com ela.  

Natasha saiu do lugar cabisbaixa, segurando o celular perto do peito, como em uma despedida. Chamou um outro táxi e se concentrou em não chorar. Não se engane, Natasha Romanoff não chorava por nada nesse mundo, mas eu aposto que, se sua alma fosse arrancada de você, você não iria para casa sorrindo e cantando como no desenho My Little Pony ou como em High School Musical.  

Ela saiu do carro, quase se esquecendo de pagar, e entrou na torre, ainda com o celular seguro entre as duas mãos. Ela deitou no primeiro sofá que viu, sem prestar atenção em qual andar estava, e ficou ali por séculos, séculos até Steve aparecer.  

— Nat, tudo bem?  

— Não.  

— O que houve?  

— Meu celular... Morreu! – outra parte dela se foi ao dizer aquilo.  

— Oh, Nat! – Steve entendeu parte da situação e se comoveu. – Sinto muito, vocês eram tão próximos. Tão íntimos!  

— Sim... – ela concordou, se sentando quando o amigo chegou perto dela e a abraçou. – Uma vez, eu tinha acabado de voltar de uma missão, e... Eu queria me distrair e relaxar um pouco... Então tomei banho na banheira e... Levei ele junto! – ela disse em um tom de confissão, se lembrando dos bons momentos que tiveram juntos. – E nós nos divertimos muito, rimos muito naquele banho. Ele cuidou de mim, ele era novo e eu tinha acabado de baixar o facebook... Ele me mostrou tantas imagens engraçadas...  

— Tudo bem, Natasha. – Steve a abraçou. – Você pode chorar...  

— Ele um dia me levou para jantar... Eu disse à ele para me levar ao restaurante mais perto e ele levou!  

— Eu sei, eu sei...  

— Eu queria comer um bolo de caneca e ele me ensinou passo a passo! – ela confessou, então um bolo se formou em sua garganta e ela não se controlou e gritou: – ELE FOI TÃO PACIENTE COMIGO NAQUELE DIA!!!  

— Calma, Nat... – Steve não parava de dizer.  

— Por que ele me deixou, Steve?  

— Acha que tem alguma coisa a ver com aquele seu ataque de ontem à noite, quando você o jogou no chão? – Steve pensou. 

— Oh, quase nunca brigávamos, mas às vezes eu ficava estressada com ele... Será que foi isso? – ela saiu do abraço do amigo e se jogou no chão, onde seu celular estava. – ME DESCULPE!  

— Nat... Não tem mais jeito. – Steve disse com cuidado. – Ele morreu.  

— Não...  

— Não se preocupe, você vai encontrar um celular tão especial quanto esse. – Steve falou, escolhendo as palavras. – Vai ter outros bons momentos...  

— Nunca será a mesma coisa. – Natasha lamentou.  

— Você vai ficar bem. O tempo cura tudo. – Steve disse. – Você vai encontrar outro, pode levar algum tempo, mas... – ele parou de falar quando Natasha o interrompeu bruscamente, com o tom totalmente mudado.  

— Vou comprar outro amanhã. – ela se levantou, indiferente.  

— Ou pode superar mais rápido do que o previsto e comprar outro no dia seguinte. – Steve comentou consigo mesmo, sendo deixado para trás junto ao celular defeituoso.  

Natasha foi para a cozinha, mas parou no caminho ao ouvir gritinhos histéricos, mas diferentes dos que tinha escutado mais cedo, então voltou para onde os amigos estavam e abriu a porta. O que encontrou foi Bruce e Clint tentando tirar Sam do ventilador, pois uma das asas de seu traje estava presa ali.  

— Eu disse que se machucariam. – ela balançou a cabeça. – Mas como ele ficou preso aí?  

— Clint disse que estava com calor e ligou o ventilador, então... Quando Sam deu outra cambalhota... Ele foi sugado. – Bruce explicou com dificuldade, Clint não pesava como uma folha de papel, isso ele podia garantir. Natasha revirou os olhos.  

— Se eu fosse você, Clint, deixaria essas flechas no chão, ou vai acabar machucando Bruce. – Natasha instruiu, vendo que as flechas quase caiam, então saiu do quarto sem falar mais nada.  

— Espera, não vai ajudar a gente? – Bruce perguntou, em um tom desesperado, que ela ignorou.  

Natasha foi até depósito/laboratório pessoal do Tony e pegou uma escada, que estava em um canto, então voltou para ajudar os amigos pela escada, pois tinha tentado ir pelo elevador e não dera certo.  

— Aqui. – ela disse, firmando a escada no chão para eles subirem. Levou mais alguns minutos até soltarem Sam, mas fora mais rápido do seu jeito. Claro que Natasha gostou de ver Sam caindo no chão com um grito. – Isso é tudo! Levem a escada de volta e da próxima vez me ouçam quando disser para não fazerem.  

— Espera, Nat. – Clint reparou antes da amiga sair de perto deles. – Você esteve chorando?  

— Não! – ela disse, dando um soco nele. – Eu apenas... Suei pelos olhos.  

— Ah... Desculpe, me confundi. – ele disse, segurando o nariz, então se virou para Sam, que estava um pouco enjoado, e para Bruce. – Eu disse que isso sempre acontecia comigo, por isso não me preocupei com o Steve aquele dia.


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Notas finais do capítulo

Me digam o que acharam, vlw?Se não tiverem nada realmente importante para me dizerem, passem aqui nos comentarios só para me mandar um beijo, blz?



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