They are all my boys escrita por bekayurio


Capítulo 13
Site de relacionamento




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Natasha levantou e se vestiu o mais rápido que conseguiu, tinha pensado em todo um plano para aquele dia e ficaria o dia todo empenhada naquilo se fosse preciso, isso é, se seu plano A não funcionasse. Já estava na hora dela se empenhar mais naquele item de sua lista de afazeres. Já estava na hora de arranjar uma namorada para seus meninos.  

Natasha entrou sorrateira no quarto do loiro, enquanto ele tomava banho, e cantava muito mal, e pegou seu tablet escondido, saindo depressa e fechando a porta com cuidado, já que Steve fechou o chuveiro. Parte um, concluída. Natasha desceu para o andar comum dos vingadores, ligando o aparelho recém-adquirido.  

— Bom dia, Nat. – Clint sorriu ao vê-la.  

— Oi. – ela respondeu sem desviar os olhos do tablet, que estava ligado, então Natasha pesquisou sites de namoro, pesquisou sobre a qualidade de cada um, anotando tudo em um caderninho de notas que ela comprara para aquilo, depois de três horas decidindo qual seria o melhor site, finalmente abriu o vencedor e foi em inscrever-se, apesar de não estar se inscrevendo.  

— Dia, Nat. – Steve cumprimentou a amiga e tudo que ela falou foi:  

— Você está atrasado para o café. – ela cobrou explicações pelo atraso sem desviar a atenção.  

— Eu dei uma corrida lá fora... – ele respondeu, mas estava escondendo algo.  

— O que mais, Capitão? Nem tente mentir. Você é péssimo nisso. – ela lhe deu um breve olhar intimidador.  

— Eu esbarrei em alguém.  

— Em quem? – Natasha estava ficando impaciente com as meias respostas do mais alto.  

— Uma garota, eu conheci hoje. – Natasha abaixou o tablet e o encarou.  

— Você fez o que?  

— Nat, caramba... – ele corou. – Esquece, não é nada.  

— Qual é o nome dela? Qual idade? Cor de cabelo? – Natasha disparou, ela poderia descobrir sozinha, mas se ele respondesse, economizaria tempo.  

— É Violeta e tem olhos verdes... Cabelo preto... – ele disse, um pouco avoado.  

— Onde a encontrou? – perguntou educada, mostrando interesse.  

— Perto do lago... Quase a derrubo lá dentro...  

—______________________________________________________ 

Natasha se encontrou com Clint no outro dia de manhã, pensando num plano.  

— Clint, oi. – ela disse, se sentando perto do amigo, que estava no telhado, agachado.  

— Shhh.... – ele disse, sem olhar para ela, então apontou para frente, mostrando um pombo parado não muito longe dali.  

— O que tem? – sussurrou, mas foi repreendida outra vez.  

— Shhhh... – ele pegou o arco e o posicionou, só então ela entendeu o que ele queria fazer. Clint mantinha o rosto com uma expressão concentração e com um pouco de loucura também, então soltou a flecha, que acertou bem no alvo. Ela o viu puxando o pombo preso com a flecha especial de volta, então fez uma careta quando Clint pegou o bicho com uma cara, definitivamente, de doido, ele até soltou uma risada estranha.  

Natasha teve uma ideia.  

— Deixa eu pegar na sua flecha? – ela estendeu a mão.  

— Por quê? – ele abraçou a flecha, ainda com cara de doido.  

— Só quero ver. – ela mentiu, então ele entregou. Natasha fingiu dar uma olhada, então quebrou a flecha. – Oh, me desculpe! Eu não queria...  

— MINHA FILHA!!! – ele gritou segurando as duas partes da flecha com todo o cuidado que tinha, então ouviu-se um barulho de asas batendo e Clint se virou para o som, vendo uma pomba voando por causa de seu grito e estendeu sua mão, como se tentasse impedi-la. – NÃO...  

"Ok, Natasha, agora você tirou a pouca sanidade do cara", pensou, olhando-o, "Você acabou com ele".  

— Vou pedir o Capitão para te ajudar a consertá-la. – ela resolveu dar continuidade ao plano, vendo seu amigo surtar e quase chorar pela flecha quebrada.  

— FILHA!  

— Aqui só tem gente doida. – ela comentou sozinha no elevador. – Capitão, Clint precisa da sua ajuda agora. Ele tá lá no telhado. – ela falou rápido.  

— Ok. – o Capitão, que estava saindo para correr outra vez, se prontificou para ajudar.  

Natasha vestiu sua roupa de corrida em tempo recorde e saiu para a rua, ela iria conhecer a tal Violeta hoje.  

Perto do lago, desacelerou, olhando ao redor para ver uma garota de cabelo preto e olhos verdes, segundos depois encontrou e voltou a acelerar a corrida. Esbarrou. Segurou a outra.  

— Opa. Desculpe... – Natasha, fingiu não dar muita atenção para o acontecido, se aproveitando da própria fama, confiando na mesma para a garota a chamar de volta ou puxar assunto, voltou a correr normalmente. Dependendo da forma como a Violeta a abordasse, já saberia se não era qualificada. Sim, tudo ali era um teste e tudo que a outra fizesse ali nos próximos minutos definiria se namoraria ou não o Capitão, pois até o tom de voz Natasha avaliaria.  

— Oi... Me desculpe por agora. – ela falara em um tom meigo. Ok, o tom até agora foi bom. Boa forma física, legal, consegue conversar e correr. Bom. – Já é a segunda vez seguida que um Vingador esbarra em mim. – deu uma risada gostosa. Risada, ok. Nada daquelas gargalhadas irritantes e altas. Passou no primeiro teste, Natasha se permitiu conversar com ela, afinal, depois de passar pelo primeiro teste, a garota valia a pena o tempo que perderia com a conversa.  

— Oi... Não sabia... E me desculpe também. – Natasha não parou de correr. Por quanto tempo pode conversar e manter o ritmo, Violeta? – Qual seu nome?  

— Sou Violeta. – agora Natasha percebia a razão de Steve ficar tão bobo com ela, até o sorriso era bonito. Mas significava que mais gente olhava para ela. Natasha olhou ao redor, confirmando o pensamento. Violeta passou no primeiro teste, então estava sob a proteção/ guarda de Natasha por uns minutos, ou por mais tempo, caso se tornasse a namorada de Steve e não provesse capacidade de se proteger sozinha.  

— Ei! Para onde esta olhando, idiota? – Natasha perguntou para o cara, que olhou para ela e nem se atreveu a olhar novamente. – Ninguém merece.  

— Nem me fala. Às vezes dá vontade de correr só em casa, mas não dá, é horrível correr em lugares fechados. – ela falou.  

— É, mas então, você é nova por aqui?  

— Mais ou menos, estou aqui há alguns meses. – ela respondeu.  

— E por que veio?  

— Vim... – ela deu de ombros. – Viver aqui. Nova York sempre me atraiu.  

— E o que você faz?  

— Sirvo numa lanchonete, mas quero trabalhar em alguma grande empresa. – elas conversavam, Natasha ainda avaliava a respiração da garota.  

— Oh, então você trabalha e estuda. – Natasha concluiu.  

— Sim. – malhava, trabalhava e estudava... Legal, mas isso significa que era muito jovem... Como poderia perguntar aquilo discretamente?  

— Ah, quem esbarrou em você? – perguntou.  

— O Capitão America. – ela respondeu contente e ela fez cara de surpresa. – Escuta, ele vem sempre aqui? Ele é gatinho.  

— Sim, mas ele é das antigas, se você me entende. – ela faz uma piadinha, para não parecer formal e séria. – Ele é adorável. – elogiou seu garoto. – Mas tem muitas coisas com que tem que se acostumar. É um romântico. – Natasha avaliou a reação da menina a medida que falava, elas estavam paradas agora, conversando apenas, isso permitiu Natasha avaliar cada sobrancelha que se mexia.  

— Ah, legal...  

— Mas mudando de assunto: você tem irmão ou irmã?  

— Não, só eu. Por quê? – ela perguntou.  

— Puxando assunto. – ela comentou, mas deixou um pouco da sutileza de lado. – Mas me diga você... Tem namorado?  

— Não. Você?  

— Não. – Natasha via que a outra estava ficando desconfortável, mas tinha que perguntar, então tentou ser o mais leve e despreocupada possível. – Qual seu tipo?  

— Como assim? – ela corou.  

— Você me entendeu. – sorriu.  

— Gosto de caras espertos.  

— Sei... – ela abriu a garrafinha de água. – Bonita suas unhas. – disse para quebrar a sequência de perguntas, pois sabia que quando alguém é submetido à várias perguntas seguidas começa a ficar realmente desconfiado. – Você parece ser legal.  

— E você? Digo, agora que luta com os heróis, o que faz para viver bem com eles? – ela perguntou, Natasha respondeu para fazê-la se sentir relaxada outra vez.  

— Eu treino... Corro... E converso bastante com eles... – a garota já estava desarmada, Natasha pôde ver que funcionou. Sempre funcionava. – Você... Gosta de comida japonesa? – Natasha perguntou, parecia um pergunta sem sentido e besta, mas era a comida preferida do amigo.  

— Urg, não! – reprovada. Concluiu, perdendo o interesse na conversa. – Mas tenho que ir.  

— Ah, ok. – ela acenou. Novo plano: fazer Steve parar de vê-la e voltar ao plano inicial, montar uma página para ele no site de relacionamentos.  

Natasha chegou na torre e Clint ainda estava meio estranho, tendo tiques nervosos vez ou outra. Steve estava olhando-o preocupado até ver a amiga chegando.  

— Você não foi correr? – perguntou, estranhando. Natasha esperava que ele fosse um pouco mais tarde, mas que fosse.  

— Não podia deixá-lo sozinho. – Steve apontou Clint. – Você viu meu tablet?  

— Não faço ideia de onde esteja. – ela deu de ombros, seguindo para o sofá e pegando o tablet escondido. "Onde eu estava?" 

Natasha abriu a última página fechada e recomeçou.  

Nome: Steve Rogers. 

Idade: Prefiro não dizer.  

Nascido em: Broocklyn, Nova York.  

Parceiro(a) ideal: Alguém com experiência de vida.  

Encontro ideal: Ir dançar.  

Hobby: Salvar o mundo.  

Foi preenchendo tudo e, apesar de conhecer bem o amigo, escreveu coisas que ele talvez não escrevesse. Natasha preencheu tudo e salvou os dados para terminar de se inscrever.  

— Nat? Esse é o meu tablet. – Steve viu.  

— É, eu achei aqui no sofá, achei que não se importaria se eu mexesse um pouco.  

— Não, sem problemas. – ele falou, mas assim que viu sua foto na tela perguntou: – O que está fazendo?  

— Fazendo uma página num site de namoro para você.  

— ... Natasha! – ele protestou, sem ter o que dizer para protestar.  

— Você não tem nenhuma foto sem camisa para eu postar, tem? – ela perguntou.  

— Ahh... – desanimou de protestar. – O que você escreveu?  

— Só o básico. – Natasha leu em voz alta: – Frase motivadora preferida: Se acha que meu escudo é duro e forte, espere até ver o meu...  

— Oh... – Steve assustou e corou. – O que é isso?  

— Nada, Steve. – ela desligou o tlabet. – Relaxa, deixa tudo comigo, eu resolvo. – Steve tentou protestar o tempo todo, mas ela não permitiu que ele mudasse nada. Só ela tinha a senha.  

— Natasha, você colocou isso na internet... – ele tentou outra vez, mas ela sempre o cortava.  

— Vai cuidar do Clint. – ela dizia.  

— Ele disse que você quebrou a flecha dele. – Steve falou.  

— Ele mentiu. – Natasha negou sem se alterar, virando o corredor e vendo Clint se balançando para frente e para trás no sofá, olhando para a flecha remendada com fita adesiva, ainda visivelmente quebrada, que estava em cima da mesinha de centro.  

— Tudo bem... – ele dizia. – Você vai ficar boa.  

"Nessa casa só tem gente doida", Natasha revirou os olhos e saiu dali.


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Notas finais do capítulo

Resto da ficha:
Quer: A liberdade.
Rejeita: Piercings na boca.
Não pode viver sem: Meu escudo.
O que arruinaria totalmente um encontro?
Atraso.


Comentem para eu saber se gostaram, ok?



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