Resident Evil Maxterminio - RESUMPTION escrita por FaheL7


Capítulo 5
Capítulo 5: W.A.R.S.


Notas iniciais do capítulo

Aqui estamos nós num dos capítulos mais interessantes até agora.

Conseguem visualizar um Resident Evil assim?



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Resident Evil Maxtermínio Resumption – Capítulo 5: W.A.R.S.

Capítulo 5: W.A.R.S.
...

Nova Iorque – Centro

15 minutos haviam se passado.

Os gritos dos civis que corriam para todos os lados agora não existiam mais. Apenas um silêncio que recobria os corpos inanimados de todos eles caídos e massacrados ao chão. Pisoteados. Seus rostos tristonhos com olhares horrorizados e perdidos no vazio encontrado após a morte. Vazio que já sentiam dentro de si, ainda enquanto “viviam”.

Subitamente, em meio à toda aquela atmosfera de morte e solidão, algo se movia.

Em meio às milhares de vítimas alguém teria se safado?

Aproximando-se mais podia-se observar alguém vagarosamente se levantando. Primeiro o fôlego, que parecia retornar junto ao funcionamento dos pulmões. Ainda muito escasso. Pronto. Agora os dedos quebrados que dolorosamente tentavam se ajeitar, se recuperando.

Com a perna torcida, tal ser agora já caminhava cambaleante. Sangue escorria de sua testa lentamente. Talvez um ferimento decorrido após a queda devido aos empurrões incontroláveis dos outros que ali estavam anteriormente.

Apesar de se imaginar que aquilo não seria possível, era mesmo alguém vivo. Ainda.

Uma mulher jovem, aparentes 27 anos. Morena, corpo esbelto. Certamente ela não tinha sofrido com as “bicadas” dos pássaros possuídos. Seus danos físicos tinham sido causados exclusivamente pela queda ao chão seguida dos pisões desesperados daqueles que ainda tentavam fugir.

Mais alguns segundos de pé e sentiu uma forte dor estomacal. Nossa, como aquilo doía! Olhou mais atenta à sua volta. Quantos corpos! Parecia estar jogada em um terreno feito exclusivamente para o depósito de cadáveres. Ao ar livre.

Passando por uma equipe de jornalismo toda mutilada ao chão, notou a câmera que ainda gravava. Fazendo um pouco de força conseguiu retirá-la da mão de quem a segurava. O rapaz estava sem seus olhos, com parte do maxilar rasgado, expondo todos os dentes inferiores. Muito nojento. Seria a hora de botar pra fora tudo aquilo que havia comido alguns minutos atrás, antes de todo o furor.

Ajoelhada, ela via o momento em que alguns dos corpos mais próximos começavam a recuperar a vida. Não da mesma forma que ela havia. Logo, se levantariam para abocanhá-la e dar um verdadeiro fim à sua existência. Ela já sabia. Além disso, não teria condições para fugir à tempo, do jeito que estava mancando.

A câmera era sua chance de deixar um recado à quem quer que pudesse encontrá-la posteriormente.

— Meu nome é Debbie. Eles já estão começando o processo de reanimação. Dentro de alguns minutos meu destino estará traçado e o ciclo estará completo. Não há ninguém aqui para impedir. Não há como impedir nada disso. Em breve toda a Terra estará tomada, toda a dor de tentar dar continuidade ao que chamamos de humanidade chegará ao fim e estaremos todos livres dessa falsa prisão chamada vida. O “Teu reino” já está aqui. Foi uma honra fazer parte disso.

De ímpeto a câmera caia de sua mão, junto ao seu corpo agora pesado. Ela não tinha mais forças para seguir em frente. Sobre os outros corpos, o impacto do fim de sua vida fora o suficiente para despertar e dar novamente a mesma, àqueles que apenas esperavam.

— Uhhhhrrgh! _ Caída de lado, a câmera filmava o primeiro deles abrindo os olhos. Totalmente brancos.
...

— Oh meu Deus! Já começou! _ Uma senhora virava o rosto para outra direção, enquanto assistia a cena pela televisão, apavorada.

— Parece que ela não conseguiu... _ Alguém sussurrava.

— Acha que ela morreu? _ Outro estranhou.

— Sobre o que ela tava falando?

Todos estavam trancados num dos apartamentos perto dali. Um grupo grande de mais ou menos 8 pessoas. Dentre eles, os policiais Max e sua parceira Katy.

Juntos, assistiam ao vídeo gravado pela mulher misteriosa segundos atrás. Nem mesmo ela sabia que as imagens da câmera estavam sendo transmitidas ao mundo inteiro pela CNN. Canal de TV jornalístico conhecido mundialmente. Apesar do sinal ruim, as TV’s da região ainda funcionavam, parcialmente.

— Temos que ir até lá. _ Max dizia aos outros.

— Você está louco? _ A mesma idosa reclamou. – Aquelas coisas já estão retornando à vida.

— Nós temos que arriscar. Depois de ter visto aquilo, o mundo lá fora pode estar pensando que todos aqui estão mortos. Ainda há centenas de pessoas vivas nos apartamentos, assim como a gente. Precisamos chegar lá, antes que esses monstros fiquem todos de pé. _ Tentou explicar.

— Ele tem razão. _ Katy afirmou. – Se não fizermos isso, estaremos presos no meio de milhares de mortos-vivos daqui há alguns minutos.

— Mortos-vivos? _ Balbuciaram. A ficha ainda não tinha caído para todos deles.

— Se vocês dois vão, eu não vou ficar aqui esperando. _ Um homem ainda desconhecido declarou.

— Suicídio. _ Outro resolveu se manifestar.

Dos 8 ali presentes, apenas um concordou.

— Meu nome é Calvin. Calvin Reynald. _ Se apresentava.

Katy já estava preparada. Ajeitando por fim, sua Magnum “Smith & Wesson” no coldre da sua perna.

— Tem certeza de que você não quer vir conosco? Nós faremos tudo pra protegê-la. _ Ela disse enquanto olhava para a mulher grávida que havia aberto as portas do apartamento para que eles pudessem se esconder.

— Acho que eu acabaria atrapalhando. Mas assim que saírem, nós trancaremos as portas e colocaremos alguns móveis na frente dela, para impedir que “eles” entrem. Se vocês chegarem lá, digam o número do meu apartamento e falem que ainda estamos vivos aqui. Se ouvirmos alguém bater na porta 5 vezes bem leve, nós abriremos.

— Ok. Fiquem seguros. _ Max concordava.

Respirando fundo, ele destrancava a porta e girava a maçaneta vagarosamente.
...

Enquanto isso, há dois quilômetros dali...

— A situação é a seguinte Soldados. O lugar está repleto de amostras. Nossa missão é trazer conosco um dos cadáveres frescos para estudos nos laboratórios da W.A.R.S. Devemos pegar um dos que estiverem com sinais de infecção, mas em melhor estado. Chegamos, pegamos e depois damos o fora. Roger?

— Roger! _ Todos respondiam ao Capitão.

Apollo era um dos mais importantes Capitães da W.A.R.S., o grupo aperfeiçoado de agentes militares da B.S.A.A. Sua experiência em missões com aquela equipe vinha decorrente à anos de trabalho. Eles já haviam combatido dezenas de atentados bioterroristas e quase sempre sem perdas graves.

Sua equipe, a equipe Alpha contava com a ajuda de Derick, um tão quão experiente médico do grupo, que trazia consigo uma maleta cheia de frascos com diferentes tipos de cura, para diferentes tipos de infecções que já haviam encontrado em várias de suas jornadas. Uma garantia caso alguém fosse infectado por uma delas no trajeto.

O furgão blindado em que estavam, passava cautelosamente dentre os carros acidentados no meio da rua. Algo cada vez mais comum à medida em que se aproximavam mais do local onde a população se reunia antes do ataque.

— Jesus. Olhem só pra isso! _ Bardock, o brutamontes do grupo observava os prédios em chamas, os corpos decapitados após os atropelamentos e toda aquela destruição que montava no meio de Nova Iorque, o palco perfeito para um filme pós-apocalíptico.

— Se encontrarmos algum sobrevivente. O que devemos fazer? _ Julian, o mais jovem perguntou.

— Não podemos arriscar e foder com a missão. Devemos ignorar e ajudar apenas se for possível. _ Apollo ordenou, enquanto ajeitava seus óculos escuros no próprio rosto.

— Capitão... Temos um problema. _ Marco, o motorista alertava, freando sem outro aviso.

Alguns metros à frente, havia um ônibus executivo acidentado, atravessando a rua, adentrando uma loja. Deixando brecha apenas para pessoas que estivessem caminhando a pé, passarem pelo espaço livre em sua traseira.

— Droga. O epicentro de tudo é bem alguns metros mais à frente. Se voltarmos teremos que fazer um grande contorno. Nós vamos a pé. Preparem-se. _ Ordenou o capitão.
..............

Não muito distante. Max, sua parceira Katy e o único homem que quis segui-los para fora do apartamento desciam em silêncio as escadas do prédio desde o 12° andar.

Por enquanto tudo estava tão quieto quanto eles.

Nenhuma marca de sangue ou corpo caído ao chão.

Será que as pessoas estavam seguras trancadas dentro de seus apartamentos? Teria sido a melhor escolha ficar dentro deles aguardando?

Caminhando mais um pouco, uma senhora parecia estar perdida, segurando uma bengala, procurando por alguém. Ela estava de costas, vestindo uma camisola branca. Parecia assustada.

Max chegava mais próximo, com muito cuidado.

Um pouco mais afastada Katy já empunhava seu revólver.

A mulher tremia inteira, de um jeito muito estranho.

— Senhora. Você está bem? _ O jovem policial encostou a mão no ombro dela, fazendo-a se virar imediatamente.

— Hãm! _ Max se assustou. Os olhos dela estavam todos brancos. Ela era cega e por cima tinha “Parkinson”.

— Por favor me ajude. Eu não sei para onde meu cachorro foi. _ Disse ela, ao notar mais pessoas.

— Minha Senhora, você não deve ficar aqui! Me diga, qual o número do seu apartamento?

— Você não entende. Ele é meu cão-guia. Alguém bateu na porta e quando eu abri ele saiu correndo. Sem ele eu não vou mais poder sair na rua.

Katy não acreditava no que via. - *Que mulher louca! _ Pensava.

Levando-a até o apartamento que ela havia dito, encontraram a porta aberta. Escancarada.

Na estante, haviam fotos do seu cão. Um grande e lindo Husky Siberiano de olhos azuis claros.

— Você não deve sair daqui. Deixa que nós vamos encontrar seu cachorro pra você. Não saia, até que a gente volte, por favor. _ Disse o militar, enquanto a deixava sentada confortavelmente no sofá da sala.

— Por favor, o nome dele é Theodoro, como meu falecido marido. Tragam-no de volta. _ Implorou.

Já do lado de fora do apartamento 906, Max trancava a porta com a chave esquecida pela velha em cima da pia da cozinha.

— Você não vai mesmo perder tempo saindo por ai à procura do cachorro dela, vai? _ Reynald, o cara que estava com os dois indagou.

— É claro que não. Nem se quiséssemos o acharíamos agora. Falei aquilo apenas pra ela se acalmar e não sair mais de lá. Depois avisamos aos outros sobre onde ela se encontra para que a resgatem. Se tudo der certo.

— Então vamos. Temos que continuar. _ Katy pedia.
...

Novamente, nas ruas de Nova Iorque...

— Capitão, olhe pra isso! _ Um dos soldados da equipe da W.A.R.S., apontava.

Eles finalmente haviam chegado onde o palanque das festividades estava montado.

— Quanta destruição! _ Um deles observou.

Em seus pés, vários corpos caídos.

— Hey, vejam o que eu achei!

Um deles encontrou o carro da equipe de jornalismo da CNN tombado.

— Talvez possamos fazer uma transmissão ao vivo.

— Boa ideia. – Apollo aprovou.

— Vejam! Eu achei a câmera. _ Julian avistava, alguns passos à frente.

— Pegue-a com cuidado.

Agachando-se, o rapaz notara o corpo de uma mulher jovem e bonita. Já sem vida. Bem conservado. Talvez, seria a cobaia perfeita para eles, se estivesse infectada.

— Olhem para ela. Não fossem alguns hematomas e todo esse sangue. Dava até pra namorar. _ Brincou.

Era o corpo de Debbie, a mulher que havia gravado o vídeo ao vivo. Falado algumas coisas estranhas e depois falecido.

— Você deveria respeitar mais os mortos, novato. _ Selene, a única mulher do esquadrão, contou.

— Está tudo bem. Ela não pode nos ouvir mesmo. Chamem o Derick pra avaliar se ela está apta, para ser a “escolhida”.

Passando dentre os corpos falecidos, o médico da equipe retirava uma seringa vazia de dentro de sua maleta, fazendo uma coleta sanguínea para um rápido teste de infecção dentro de um tubo de ensaio com um líquido azul bem claro, quase transparente.

— Se continuar assim ela não serve. Mas se ficar mais azul é sinal de que ela está infectada. Então poderemos levá-la. _ Disse o doutor, enquanto aguardava.

De repente, gritos...

Vinham de um prédio em labaredas. Pareciam sobreviventes correndo.

Pegando seu binóculo, Selene tentava distinguir algo.

— Essa não!... Eles estão sendo atacados pelos infectados. Dezenas deles, saindo daquele edifício.

— Droga. Como está o resultado do exame Derick? _ Referia-se aos testes.

— Preciso de mais 2 minutos.

— Vamos rezar pra eles não chegarem aqui antes disso.

— Se eles chegarem, eu já estou pronto. _ Bardock preparava sua metralhadora giratória, que ele carinhosamente batizara de “Trituradora”.
...

Dentro do prédio onde Max estava, um tremor. Parecia que algo acima deles havia explodido e as luzes começaram a piscar, até se apagarem por completo.

— Droga! _ Katy temia.

— Gente cadê vocês? _ O civil que os acompanhava entrou em desespero, sem enxergar nada.

— Fiquem calmos. Eu vou ligar a lanterna. _ Max sussurrou.

— Esperem, escutem... Façam silêncio. _ Katy pediu.

Imóveis, os três ouviam um barulho de metal em atrito ficando cada vez mais alto. Crescente, até ficar quase ensurdecedor.

Olhando para a direção de onde parecia vir, notaram algo alarmante. Vinha do elevador.

— Ahhhhhhhhhhhhhhhh! _ Ouviram os gritos de várias pessoas despencando junto ao maquinário, sabe-se lá desde quantos andares, considerando que ainda estavam saindo do sétimo.

— Oh Meu Deus! _ Ficaram alguns segundos em silêncio, de luto.

— Estão todos mortos. Que horrível! Se nós tivéssemos usado os elevadores, seríamos nós. _ Calvin disse tremendo, imaginando aquele desfecho.

— Está tudo bem. Tente não pensar nisso. _ Katy o acalmou.

— Isso tudo que está acontecendo. O que é na verdade? _ Perguntava, enquanto seguiam descendo o prédio pelas escadas.

— Sabe aquele papo de pessoas mordendo outras pessoas, apocalipse e fim do mundo que você ouviu nos programas de TV e jornais nos últimos anos? Pois é, parece que tudo era verdade. _ O policial tentava esclarecer as coisas. - A Umbrella começou com tudo, eu já pesquisei muito sobre o assunto. Vi teorias da conspiração sobre isso na internet, mas quem é que leva essas coisas à sério? A Umbrella era uma indústria farmacêutica que segundo os conspiradores fazia experiências ilegais em instalações subterrâneas de uma cidade do interior dos Estados Unidos chamada Raccoon City. Mas algo aparentemente deu errado por lá, o que levou o governo americano a ter que dizimar tudo e todos que estivessem naquelas bandas. Porém, isso não foi o bastante. Com alguns dos líderes da empresa foragidos, o vírus desenvolvido pela indústria farmacêutica Umbrella, havia sido vendido no mercado negro para grandes inimigos, alguns militares, outros simplesmente terroristas. Após muitos anos de guerra em lugares remotos do planeta, a O.N.U., decidiu reabrir a Umbrella para obter através dos seus arquivos, o conhecimento necessário para ajudar os esquadrões militares da B.S.A.A., a impedirem o inimigo de continuar avançando com a guerra biológica. Com sucesso, conseguimos viver novamente em paz, até hoje. _ Max explicava.

— É muito estranho e difícil acreditar que o governo dos Estados Unidos, não tenha um envolvimento mais profundo em tudo isso, desde o começo, vocês não acham? Ainda mais agora, com esse papo de revelarem que a Umbrella voltou à tona sob supervisão da O.N.U.

— É o que todos dizem. Alguns dias atrás li uma matéria que dizia que durante anos o governo americano encobriu a verdade da população, temendo a revolta de outros países e instituições não governamentais. De qualquer forma, trocamos de presidente faz três anos e foi com autorização do novo líder americano que a Umbrella foi reaberta no país, para que criassem a W.A.R.S., e tudo começou a ser descoberto e revelado pouco à pouco.

— W.A.R.S? O Esquadrão do Exército Mundial de Resgate? O melhores agentes da B.S.A.A., certo?

— Exatamente.

— Realmente, não faz sentido depois de toda essa dedicação para estabilizar as coisas, causarem um desastre como esse. Não tem lógica. Alguma coisa não se encaixa.

Passando agora pelo terceiro andar, faltava pouco para chegarem ao térreo e saírem dali.
...

Lá fora, tiros...

— Deu negativo. Ela não está infectada. _ O médico gritava bem alto.

— Bardock. Os outros também estão se levantando. _ Selene dizia, enquanto dava cobertura ao colega musculoso.

— Vocês tem que me proteger enquanto eu atiro na merda da multidão que está vindo. _ Referia-se aos mortos-vivos que começavam a se levantar próximo dele mesmo, o “militar gigante”. A arma giratória que ele tava segurando, era tão grande quanto ele. Não dava pra parar de atirar para ficar mirando em alvos separados. Ele focava naqueles que corriam em grupo na sua direção. Por sorte, mesmo correndo, eles eram meio lentos.

— Ok. Testes encerrados. Temos que sair daqui e procurar outra cobaia. _ Apollo dizia ao resto do grupo.

Enquanto largava o corpo de Debbie, Derick viu algo desenhado atrás do pescoço da mulher. Era um símbolo azul e preto, igualzinho o da Corporação Umbrella.
............

— Só falta mais um andar. Quando sairmos daqui precisamos ficar espertos. Temos que encontrar aquela câmera no meio de toda aquela gente morta. É um longo caminho até lá. _ Katy dava as coordenadas aos dois que lhe seguiam.

Calvin parecia estar bastante nervoso, com a adrenalina à mil. Então pediu pra parar por alguns segundos.

— O que aconteceu, você está bem? Por quê está suando? _ Max mirava a lanterna no rosto do rapaz.

Pálido, Calvin não conseguiria mais esconder. Desde quando estava dentro daquele apartamento no décimo segundo andar ele omitia um ferimento causado pelos pássaros enquanto ainda estava nas ruas, perto do palanque. A infecção se espalhava por todo seu braço direito, de forma bem discreta.

— Eu vou na frente. _ Ele disse, tentando disfarçar a dor que começava a latejar.

Ansioso para deixar o lugar, antes que alguém descobrisse seu segredo, dirigiu-se à frente dos dois policiais para dar uma conferida no salão de recepção, a entrada do prédio. Dando mais alguns passos, descendo os últimos degraus em direção à saída, algo agarrou seu pé, dando-lhe um susto que o fez cair de bruços ao chão.

Levantando a cabeça, ainda dolorida, ele viu uma horda de zumbis naquele lugar. Caminhando de um lado ao outro, desordenados. Apenas alguns passos distantes.

Um pouco mais atrás, Katy e Max apenas viam aquilo que havia agarrado as pernas do colega pelo qual haviam prometido proteção. Um corpo reanimado de um homem de meia idade rastejando, sedento por sangue.

Sem pensar duas vezes a jovem Katy sacou sua arma, mirando na criatura.

Vendo tudo o que ia acontecer em questão de segundos. Calvin tentou dizer para ela não atirar. Iria chamar a atenção de todos os outros que estavam distraídos e ele estaria morto.

Tarde demais.

O tiro foi dado, chamando atenção das dezenas de mortos-vivos que caminhavam à procura de algum alimento ainda mais vivo que eles.

— Orrrgghhh! _ Recém falecidos e regenerados. Com seus músculos praticamente normais, eles se viraram partindo pra cima de Calvin ainda jogado ao chão que gritava sem parar, enquanto alguns outros o ignoravam e tentavam alcançar correndo Max e Katy que impedidos de sair, voltavam a subir correndo as escadas.

— Rápido, suba de volta. _ O policial gritava para a colega enquanto tentava se virar e atirar nos canibais mais próximos.

— O Calvin ficou pra trás. _ Ela gritou preocupada.

— Ele já era Katy. Corre! _ Max sabia, que o suposto amigo não teria mais chances.

— Temos que ter fôlego para voltarmos pro nono andar. Na casa daquela senhora cega. _ Dizia a moça já cansada.

— Nós não vamos conseguir chegar lá, eles não se cansam! _ Max já perdia as esperanças, subindo de volta aos corredores do quarto hall.
...........

Lá fora...

— Eles são muitos! Vamos. Temos que entrar em algum prédio. _ Nas ruas, Apollo via que seriam alvos fáceis para as hordas que começavam a surgir a cada esquina, atraídas pelo som dos disparos.

— Ouvimos tiros vindo dali. Vamos lá! _ Selene comandava.

Juntos, eles adentraram o mesmo salão onde Max e Katy estiveram há pouco. Naquele mesmo edifício.

Alguns mortos ainda pairavam desconcentrados ali dentro, tomando uns tiros mortais bem no meio da cabeça e quando terminaram de atirar em todos, encontraram um corpo em quase perfeito estado deitado em posição fetal próximo de uma escada.

— Não atirem. Ele parece estar respirando. _ Derick notou.

Abrindo os olhos com muito medo, Calvin olhou para a equipe de militares, sem acreditar. Nenhum dos zumbis haviam retirado nenhum pedaço de sua carne. Ele estava vivo.
...

Fim do capítulo 5... Continua!

 


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Notas finais do capítulo

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