Capitulo 29 – Meu Dia dos Namorados (Yura)

- Hun... Alice, assim não... - eu gemi, em um arrepio frio.

Mesmo que minha voz se negasse a aceitar o caminho das mãos geladas de Alice por minhas pernas, meu corpo queria e pedia por mais... É, esse sou eu fora do meu controle.

Empurrei Alice pra trás, prendi ela na parede, entrelacei meus dedos nos dela, sem desvencilhar seus lábios dos meus. Adorava o contraste dos arrepios quentes e frios que meu ela me provocava a cada toque, olhar ou respiração...

- Tarde demais... – suspirei soltando finalmente os lábios úmidos de Alice.

- O que?

- Nada, vai até o fim?

- Com você? Claro... – ela sorriu.

Era tudo o que eu precisava ouvir pra parar de me segurar, eu ouvi o som dos botões da minha camisa estourando com a força do puxão de Alice.

Coloquei minhas mãos por dentro de sua blusa e vi-a estremecer, sua respiração entrecortar, pus meus lábios sobre o seu pescoço, eu queria deixar uma marca, queria ela somente pra mim, queria que todos soubessem.

- Yura...

- Hum?

- Esqueça, não importa agora.

Ouvi o som da maçaneta da porta abrindo, olhei distraidamente na direção da porta, uma garota soltou uma taça que se estilhaçando no chão.

- De-desculpe!

Ela fechou a porta e saiu correndo. Eu devia ter trancado a porta, mas que seja, não ligo pra isso, ao contrario de Alice que estava completamente sem ação. Ignorei toda a situação e beijei suavemente o seu pescoço, ela gemeu dizendo:

- Você é mesmo muito atrevido...

- Te desejo demais pra pensar nisso agora... – eu sussurrei entre os beijou ao longo de seu pescoço até seu ouvido.

- Por que tanta pressa? – ela perguntou colocando-se numa posição mais confortável.

- Por que você é mais quente e fraca do que eu posso tolerar.

Ela arrepiou as palavras ditas em seu ouvido, enquanto minhas mãos se encarregavam de abrir o zíper de seu vestido.

Com os olhos ela dizia como me amava. Droga, como eu adoro esses olhos...

Eu a guiei pela sala até a cama que estava lá, muito conveniente, mas não mudaria nada, nem que não estivesse. Meus olhos ardiam, tal como o resto do meu corpo, era fácil perder o controle depois de mais de meia garrafa de vinho. Era doloroso pensar que eu era tão vulnerável quanto qualquer pessoa...

- Eu o adoro... – ela gemeu agarrando meu pescoço.

Meus olhos se perderam, era difícil me manter controlado com os suspiros sinceros de Alice, e por Deus! Como eu queria mais...

Eu podia sentir cada um dos passos que eu deliberadamente tomava, simplesmente por diversão, simplesmente pra senti-la, pra tornar maior aquele prazer horrível e errado, pra me entregar como jamais pensei que fosse possível... Eu disse que se perdesse o controle...

Me deliciei com a expressão corada e aturdida de Alice, eu com certeza tinha algumas marcas feitas por suas unhas cravas em minhas costas...

Ela sorriu, com seus olhos turvos e mãos trêmulas. Imagino como meus olhos sorriam, numa divisão doente entre paixão, desejo e crueldade, eu tinha que parar, se não eu iria matá-la...

- Hun... – gemi finalmente parando de me forçar a ela.

Ela quebraria se eu não parasse...

Me sentei ao lado dela, e fiquei olhando para o nada, meus olhos nublados finalmente viram alguma luz, parei por alguns momentos, me levantei e fui me vestir... Quer dizer, minha calça. Não sei por que, mas não gosto de dormir sem nada, me da frio...

Voltei a me deitar ao lado de Alice, que já havia se enrolado em um dos lençóis, ela estava de costas pra mim, eu a abracei e passei o resto do meu tempo acordado me intoxicando com o perfume doce de dela...