A Lua Que Te Dei escrita por Carlos Augusto jr


Capítulo 8
Tempestade




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12 de Abril de 2015, por volta das dez horas da manhã

QUERIDO DIÁRIO...Que porcaria foi essa que escrevi? Não acredito que estou escrevendo nisso...Diário é algo tão...gay. Acredito que o único homem que consegue não parecer gay escrevendo um diário seja o Stefan, personagem do Paul Wesley, na minha querida série "The Vampire Diaries", com certeza ele não parece nada gay.

Talvez eu saiba porque estou escrevendo nessa porcaria de diário, talvez seja porque foi a minha ex futura namorada que tenha me dado, e talvez isso signifique algo pra mim. Desde a noite passada não consigo pensar em nada além de Kathryn Lockwood, e o seu nome tem sido uma constante em meus pensamentos, o ruim é que quando penso nessa garota, a primeira coisa que me vem a cabeça é a imagem dela nos braços de Martin e quando lembro disso tento pensar em outra coisa talvez menos pior, porém a outra coisa que sempre me vem a mente é a imagem de meu querido irmão menor, na dor estampada em seus olhos quando me flagrou beijando sua namorada , cujo o nome quero riscar da minha mente.

Hoje pela manhã, quando acordei ainda pensando no fiasco que foi a noite do meu aniversário, encontrei junto das minhas roupas um cartão destinado a mim e que dizia simplesmente : " Feliz Aniversário", e um pouco abaixo havia escrito: Assinado: de seu irmão que te adora, Anthony. Não vou negar que o cartão parecia um tanto infantil, porém havia sido a coisa mais sentimental que havia recebido de meu irmãozinho, e isso me fez ter um nó na garganta, porém decidi não chorar novamente...Não mais, não agora.

Está bem, eu confesso por um momento eu pensei em ir agradecer a ele, mas logo lembrei da discussão de ontem e logo pensei que não seria recebido muito bem, pois com certeza ele deixou isso pra mim antes de brigarmos. A única coisa que me faz feliz no dia de hoje é saber que é domingo e eu não vou precisar ir para escola, e que consequentemente não vou precisar encontrar ninguém e que vou poder ficar no meu quarto o dia inteiro na companhia dos meus fones, ouvindo um bom rock pesado.

Kim parou de escrever e decidiu largar o pequeno livro de capa azul em cima de sua cama para pegar seu celular, onde começou ao ouvir música que era seu passa-tempo favorito, por algumas horas conseguiu relaxar e não pensar em nada apenas se concentrou na música que tocava em seu celular, até que sua mãe adentrou o seu quarto o chamando para almoçar, Kim fez cara feia mais acabou levantando de sua cama se dirigindo até a cozinha onde encontrou seu irmão e seus pais em volta da mesa, o clima não estava dos melhores porém a refeição seguiu sem discussões, apenas em um absoluto silêncio.

Após acabar de almoçar Kim voltou para seu quarto, onde encontrou seu celular jogado na cama, ao pega-lo verificou que haviam 2 chamadas perdidas de Alex e por mais que Kim não estivesse afim de conversar, decidiu retornar a ligação ouvindo assim a voz apressada de seu amigo:

– Kim você sumiu depois da sua festa. Não respondeu minhas mensagens. O que aconteceu?

– Vem aqui em casa que eu te conto.

Assim a ligação foi encerrada e logo os dois garotos estavam no quarto de Kim que explicava:

– Eu vi eles juntos cara.

–Eles quem?

–Brad e Angelina - Falou ironicamente com um tom agressivo -É Claro que o Martin e a Kathryn.

–Sério? Que safada...Mais e ai vocês já conversaram?

– Ela tentou se explicar mais eu não permiti.

– Você deve está com muita raiva. Quer fazer algo de especial pra acabar com essa raiva?

– Sinto vontade de bater...Quebrar.

–Ah então é isso que a gente vai fazer.

Alex falou indo até onde estavam vários dos presentes que o garoto havia recebido na noite passada, e procurou até encontrar uma camisa rosa bem bonita e logo Kim afirmou ter sido presente de Megan. Alex entregou a camisa a Kim e pediu que pensasse em Megan, e no mesmo instante o garoto rasgou o presente descontando toda a raiva no tal tecido, logo depois o garoto se empolgou um pouco e acabou estraçalhando um aquário vazio no chão.

– Ah eu nunca usei a droga desse aquário mesmo.

–Isso ai garoto pode quebrar o que você quiser...Menos a minha cara

E os dois garotos riram juntos quebrando um pouco do clima tenso que havia se instaurado no quarto, porque as vezes se precisa extravasar deixar a raiva fluir para que se possa seguir em frente.

OoO...

13 De Abril de 2015, Por volta das 11 horas da noite

Querido diário...É ainda não me acostumei a escrever nisso, mas até que estou gostando, de certa forma me ajuda a ficar mais calmo. Hoje já é segunda feira e eu não fui pra escola, inventei que estava doente para minha mãe, acredito que ainda não esteja preparado para encarar Kathryn, porém amanhã terei que ir, para que minha mãe não desconfie da veracidade da minha tal "Virose".

A questão é que amanhã terei que ver ela e confesso que não sei o que acontecerá. Com Anthony as coisa vão bem mal, desde sábado não falo com ele, mamãe já até percebeu e veio me perguntar sobre, mas acabei negando que tenhamos brigado. Outro fato que me intriga é o silêncio de Kathryn, durante esses dois dias não ligou e nem mandou mensagens, talvez ela já tenha voltado com Martin...e eu sou um babaca....

O garoto largou o tal diário e acabou adormecendo em poucos segundos...

OoO...

No dia seguinte as ruas estavam movimentadas, o dia estava bastante quente e já passavam das 10 horas da manhã. No Primeira Opção já estava na quarta aula, era de Biologia com a professora Luíza, uma senhora que aparentava uns 40 anos e que tinha um sorriso nada bonito. Kathryn estava completamente perdida em seus pensamentos, e Kim quase sempre estava olhando para a garota, porém sempre que ela notava ele tentava desviar o olhar. Luiza percebendo a distração da garota decidiu lhe fazer uma pergunta.

– Kathryn você que é ótima aluna e está prestando muita atenção, poderia me dizer algo sobre parasitas?

A turma toda ficou em um silêncio absoluto, todos a espera da resposta de Kathryn, que apenas permaneceu em silêncio mexendo em seu livro de biologia que nada lhe esclarecia por mais que tentasse não conseguia encontrar a resposta correta, todas as palavras do livro se embaralhavam. O silêncio foi quebrado pela voz de Kim Salvatore que estava na cadeira ao lado ainda observando os gestos de Kathryn, o garoto disse:

– Parasita é todo ser que se aproveita de um outro ser, sem lhe retribuir, fazendo com que a relação favoreça apenas o parasita.

– Esse é o meu amigo...Aprendeu comigo.

Falou Alex orgulhoso de Kim, enquanto a professora elogiava o desempenho de Kim, que sempre foi um bom aluno em Biologia. Kathryn agora se sentia aliviada por ter escapado da pergunta e se permitiu sorrir para Kim que apenas virou o rosto, pois ele não queria cair de novo, não queria ceder a vontade que tinha de falar com a garota, ainda estava magoado apesar de saber que Kathryn foi pega de surpresa por Martin ele ainda sentia raiva não sabia quando isso ia passar mas não podia ceder agora.

As outras duas aulas se passaram lentamente, e Martin não aguentava mais aquele ambiente, pois desde que chegou não falou com ninguém daquela sala de aula, apenas os observava, em um canto Alex e Mari trocava caricias descaradamente chegando a incomodar o rapaz, Megan apenas dormia no fundo da sala desde que chegou, seus cabelos estavam bagunçados e ela estava com um aspecto bem diferente do normal, estava visivelmente triste, porém o que mais chamava atenção de Martin era a distância entre Kim e Kathryn que mesmo sentados lado a lado estavam bem distantes, o que causou certa estranheza em Martin.

Quando finalmente estavam liberados, todos os alunos se sentiram livres e agora ocupavam os corredores em direção a saída. Em meio a todo aquele tumultuo Megan conseguiu ver Anthony saindo de sua sala e então a garota correu ao seu encontro:

– Anthony espera eu preciso...falar com você.

O garoto não deu atenção a Megan e a deixou falando sozinha, a garota resolveu não insistir em falar com ele apenas deixou-o ir ficando com um nó na garganta para depois ir embora com sua mãe que já estava a sua espera do lado de fora da escola.

Ainda em sala de aula Kathryn havia pedido que Kim ficasse para que conversassem, o garoto a todo momento insistia para irem embora, porém a garota insistia pelo contrário, ela queria ter uma conversa e teria que ser logo...agora.

– Kim me ouve, a gente precisa ter essa conversa, para de fugir feito criança.

–Eu não estou agindo feito criança, eu só não quero conversar agora. Entende? - falou o garoto passando a mão em seus cabelos.

– Então certo, já que você não quer conversar agora, te espero na praça das flores as 8 horas, e vê se não atrasa.

Kim não respondeu a garota, que agora saia da sala apressada e bem brava. Kim ficou mais um tempo na sala mais saiu logo em seguida, encontrando a garota ainda na escola se despedindo de Mari e Alex que pareciam está discutindo sobre algo. Assim que Kathryn entrou no carro de sua mãe Kim decidiu se aproximar do casal afim de saber o motivo da briga:

– Alex você não entende, eu não estou preparada. - falava Mari.

– Eu não entendo mesmo você deveria está feliz com o que eu estou te pedindo.

Kim decidiu intervir na discussão:

– Ei ei por que vocês estão discutindo? O que houve?

Alex respondeu imediatamente:

– Ela está brava porque eu estou convidando para ir jantar hoje na minha casa, pra conhecer meus pais.

– Eu não estou brava, só não estou preparada.

Kim ficou paralisado com o que ouviu, ainda não acreditava que havia escutado isso, Alex nunca namorou sério antes, nunca levou nenhuma garota a sua casa, algo realmente está errado, e ele precisava descobrir o que era, e então o garoto disse:

– Alex vem almoçar comigo hoje, eu acho que a gente precisa ter uma conversa.

Alex aceitou o convite de seu amigo, e logo se despediu com um breve beijo de sua namorada, pedindo a ela que pensasse em seu pedido e que lhe desse uma resposta ainda naquele dia. Após se despedir de Mari, Alex seguiu com Kim e Anthony. O trio seguiu todo o caminho sem trocar uma palavra, Anthony seguia com uma expressão séria em seu rosto, e Kim caminhava apressado, com uma vontade incalculável de chegar em casa, pois o sol estava muito quente, e havia também a vontade de saber o porque do estranho convite que Alex fez a Mari.

Ao chegarem em casa Alex almoçou com toda a família de Kim, como já tinha costume de fazer a anos desde que os garotos se conheciam. Os pais de Kim o encheram de perguntas sobre a escola, sobre Kim e vários outros assuntos enquanto todos deliciavam-se com uma macarronada que só a mãe de Kim sabia preparar e que fazia Alex ir as nuvens.

Após o delicioso almoço Kim e Alex foram para o quarto do anfitrião e lá como de costume começaram a jogar video game, enquanto conversavam.

– Então cara você surtou ? Porque convidou a Mari assim tão de repente para sua casa?

– Eu tô gostando dela de verdade, ela me faz bem.

– Meu Deus, como o amor muda as pessoas. Até ontem você me zuava pela maneira como eu falava da Kathryn, e olha hoje você querendo apresentar uma garota para os seus pais.

– É meu amigo, as coisas mudam, e as pessoas também.

Os amigos interromperam o jogo e a conversa pois o celular de Alex havia recebido uma mensagem, o garoto correu em direção ao seu celular e viu a mensagem de Mari que dizia:

" Eu pensei bem e eu aceito pode marcar pra hoje o jantar...

MARI"

O garoto pulou de alegria e logo contou a Kim, que demonstrou estar feliz pelo amigo. Após algumas partidas Alex decidiu ir embora pois precisava avisar a seus pais que levaria Mari a sua casa. Quando Alex foi embora Kim ficou sozinho em seu quarto apenas olhando para o nada, pensando em coisa alguma, até levar um pequeno susto com a vibração de seu celular em seu bolso, era uma mensagem de Kathryn.

' Espero que não me deixe esperando...

Kathryn'

'Está bem eu prometo que irei, 8 horas estarei lá

Kim'

OoO...

Ás 7 horas em ponto Mari estava tocando a campainha da casa de Alex, a garota usava um belo vestido azul que era rodado e marcava bem a sua cintura e que ia até a altura de seus joelhos, sem dúvidas ela estava digna de está em um quadro do século XIX. A garota levou um susto ao ser recebida por uma mulher alta de longos cabelos escuros, e que lembrava um pouco os traços de seu namorado e que vestia uma saia branca que vinha até o joelho e uma linda blusa que tinha um tom bege, ela não parecia ser tão velha como Mari havia imaginado, na verdade tinha uma expressão jovial, e aparentava ter uns 40 anos de idade.

– Por favor entre. Você deve ser a Mari, a garota de quem tanto Alex nos falou.

Mari estava tensa, pois era muito tímida e a mulher a sua frente tinha um ar superior, que de certa forma a incomodava, porém logo Alex surgiu na sala quebrando todo o silêncio.

– Bom Mari, essa é minha mãe Jenna, e mãe essa é Mari a minha namorada.

As duas se cumprimentaram, e a mais velha conduziu Mari até a sala de jantar, onde encontraram um senhor alto que tinha um pouco de calvície, e que assim como Jenna estava muito bem vestido.

– Bom vejo que nossa convidada chegou, sente-se fique a vontade.

Falou o senhor enquanto puxava uma das cadeiras da longa mesa para que Mari pudesse sentar, em seguida o jantar foi servido, estava bem gostoso e sofisticado, a garota nunca pensou que Alex era tão bem de vida, pois sempre o via a pé ou pegando carona com Kim. Além do jantar Mari olhava com precisão tudo ao seu redor, e era uma casa bem bonita e sofisticada os móveis tinham um bom acabamento, havia uma longa escada que dava acesso aos outros cômodos, era um tanto raro uma família rica na pequena cidade de Flowers.

Todos ao redor da mesa já apreciavam a sobremesa que Mari estava adorando, porém não fazia ideia do que era, apenas sentia o gosto forte de goiaba, que era a sua fruta preferida.

– Então está gostando da sobremesa Mari?

Perguntou Jenna.

– Ah sim está uma delícia.

Todos estavam saboreando a sobremesa quando se ouviu um forte trovão, que apesar da casa parecer bastante protegida causou medo a todos pois foi realmente alto.

– Acho que vai acabar chovendo, é melhor eu ir embora. - Falou Mari com um tom assustado em sua voz doce.

– Ah não, mas é tão cedo. - Falou Jenna, oferecendo -se em seguida para levar a garota em seu carro até sua casa. Mari acabou aceitando, e mais uma vez ficou surpresa ao ver o carro em que iria ser levada. A garota não entendia muito de carro, porém quando viu o veículo preto, confortável e super moderno, acabou ficando bem impressionada, pois nunca imaginaria que a família de Alex( que aparentava não ter muito dinheiro) fosse tão rica. Já no caminho de casa Mari estava sentada no banco de trás e agora estava em silêncio apenas olhando a forte chuva que caia molhando o vidro do carro.

– Então você conseguiu...encantar o meu filho. A quanto tempo vocês estão juntos?

Mari olhou para o retrovisor do carro que refletia a imagem de Jenna e então respondeu:

–É a gente já está junto faz um tempo, umas 2 semanas.

– Bom então você é muito boa nisso. Já fez o meu filho de trouxa em menos de um mês.

Mari sentiu o seu corpo queimar e seu rosto ficou em um tom vermelho transmitindo toda a sua irritação, e então decidiu responder as ofensas, porém não foi possível pois Jenna a interrompeu.

– Escuta garota o meu filho é muito jovem e eu não quero ele envolvido com nenhuma garota dessa forma...O que você fez pra que ele te levasse na minha casa?

– Foi o seu filho que me convidou. Eu nem queria ir.

Jenna sorriu ironicamente e disse:

– Ah é claro...E você não queria conhecer os pais do seu namorado rico.

Mari estava muito irritada ela nunca foi tão ofendida, ela estava com vontade de ir embora dali e então pediu para que Jenna parasse o carro. No mesmo instante o carro parou.

– Pronto pode descer.

– Claro, eu não aguentaria nem mais um segundo perto da senhora.

No mesmo instante a garota desceu do carro com muita raiva, e o que encontrou foi uma forte chuva que em alguns poucos segundos já havia molhado todo o seu corpo. Mari já estava próxima de sua casa, então decidiu correr até lá. Ao chegar encontrou seus pais sentados como de costume vendo TV, ela passou correndo em direção ao seu quarto sem responder as várias perguntas que lhe eram feitas, e então trancou-se no quarto e se permitiu a chorar. Pegou o seu aparelho celular e enviou uma mensagem ao seu namorado.

A gente precisa conversar, me liga quando poder

Mari

OoO....

Kathryn já havia chegado a alguns minutos e esperava Kim até os primeiros e agressivos pingos começarem a cair do céu. Assim que a chuva de fato começou a garota decidiu se abrigar em uma antiga casa abandonada, que ficava ao lado da praça das flores. A casa ainda estava de pé porém sem portas nem janelas, tudo dentro estava bem velho e úmido, ainda havia alguns móveis quebrados e antigos e tudo lembrava muito toda arquitetura antiga da cidade, a garota sentou-se em uma velha cadeira e ficou a esperar aquele temporal acabar, enquanto observava cada canto daquele lugar que ela tanto brincou ainda criança.

O ambiente estava escuro e nada agradável, e já haviam se passado mais de 15 minutos, e Kathryn sabia disso pois a todo momento olhava em seu celular afim de verificar a hora e sua caixa de mensagens, foi então que o seu aparelho celular vibrou e ela verificou que Kim estava lhe ligando:

– Alô Kathryn?

–Sim sou eu.

– Onde você está?

A ligação estava muito ruim devido ao forte barulho de chuva, porém a garota conseguiu avisar a Kim que estava na casa abandonada, e em poucos instantes Kathryn viu um Kim completamente encharcado e um pouco bravo.

– Por que não disse que viria para cá? Pensei que tinhamos marcado na praça.

– Sim, mas eu não poderia ficar esperando você chegar debaixo dessa chuva, por isso vim para cá.

– Sim está certo, a gente veio discutir outra coisa. - falou o garoto enquanto tirava sua camisa preta, e a torcia para tirar parte da água que havia nela. - Então o que deseja falar comigo?

Kathryn, ficou um pouco envergonhada ao ver Kim sem camisa, o garoto não era forte, porém não era muito magro, e Kathryn estava a cada segundo por aquele garoto molhado e sem camisa a sua frente.

– Bem acho que você já sabe. Eu vim aqui dizer que eu não tive culpa nenhuma no beijo que você viu, e mesmo que tivesse você não deveria me cobrar nada porque nós dois...

– Vai termina. A gente não tem nada. Não é isso que você ia dizer?

– É claro que não - falou a garota se aproximando de Kim, tocando o seu rosto - Você não vê que pra mim tudo é confuso demais. A única certeza que eu tenho é que eu te...eu gosto de você.

Kathryn falou aquelas palavras olhando nos olhos de Kim procurando alguma resposta, que logo veio, no mesmo instante Kim soltou sua camisa no chão e tocou levemente os lábios da garota para depois beija-la. O beijo foi lento, e teve como trilha sonora o barulho forte de chuva que vinha de fora. Aquela cena foi logo interrompida pelo barulho de um forte barulho de um trovão que assustou ambos, fazendo com que se afastassem, para que ficassem em silêncio por alguns minutos até Kim decidir falar.

– A única coisa que te pedi foi que me avisasse caso fosse ficar com alguém, lembra?

– Você já vai começar. Eu já expliquei...

Kathryn não teve tempo para terminar pois logo foi impedida por um abraço de Kim que sussurrou próximo ao ouvido da garota:

– Shhi...Eu sei, fica tranquila. Eu só acho que ainda não estamos preparados para continuar...Você precisa de um tempo.

Kathryn tentou negar que precisava de tempo, porém foi novamente interrompida por Kim, que saiu do abraço e olhou novamente nos orbeis azuis da garota e disse:

– Eu te amo...eu te amo, e não tenho vergonha de te dizer isso, mas você precisa de um tempo pra saber se também sente o mesmo.

Kathryn acabou por derramar uma lágrima e voltou a abraçar o garoto que aqueceu por um longo tempo com o calor de seu corpo, até a chuva passar a ser apenas uma garoa, então Kathryn decidiu ir embora, caminhou até a porta de saída que já não existia mais e seguiu até ouvir a voz fraca de Kim

– Kathryn!

Ao ouvir o chamado a garota voltou imediatamente, para perto de Kim onde recebeu um beijo longo e demorado

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

Olha ai mais um capitulo epero que tenham gostado, por favor deixem suas criticas e elogios por favor...

TENHO que fazer agradecimentos, entao agradeco o apoio dos meus queridos leitores
Craig Hunter
Capuccino
Jana
Alisson Freire

obrigado meus amigos... ate o proximo