Encarei a Liz que estava sentada a minha frente olhando a parede atrás de mim como se fosse algo extraordinário. Fazia exatamente seis meses desde a morte dos nossos amigos e a prisão da Alexia e ela continuava ali, calada, desde o dia da morte do Charlie.

— Liz — chamei mais uma vez e como das outras vezes não obtive respostas.

— Eu já tentei Clari — ouvi a voz triste de Mark atrás de mim — Ela não responde, acho que foi demais para ela ver a morte deles, ouvi tudo o que a Alexia disse só tornou tudo pior.

— Acho que foi para todos nós — falei suspirando — Mas, ela precisa reagir Mark.

— Eu sei Clari, todos sabem — ele falou — Agora que a Alexia está presa estamos seguros, mas, eu sinto falta dela. Sinto falta da minha Liz.

Me levantei e o acompanhei para fora do quarto, não sem antes olhar a Liz pela última vez antes de fechar a porta.

— O que a Alex queria afinal? — perguntei — Ela procurou vários segredos, ela nos tinha na mão dela, então, por que simplesmente nos matar?

— Eu não sei, mas sinceramente, eu só quero esquecer o que houve — ele respondeu — E como se pra ela fosse um jogo.

— Um jogo que eu não queria jogar — falei.

Meu celular apitou e logo em seguida o de Mark, nos olhamos confuso e logo resolvi pega meu celular para olhar o que seria uma mensagem, obviamente.

“O jogo só acaba, quando todos estiverem debaixo da terra — LP”

Levantei meu olhar até o Mark que me encarava também assustado, me dando a certeza de que ele também havia recebido essa mensagem, a Alex estava presa, então quem era o autor das mensagens agora? Isso só me deu uma certeza, não havia acabado.

O jogo ainda estava acontecendo e nós eramos os jogadores restantes.

Eramos as suas marionetes…

Parte dois: Puppets (Marionetes).