Loop - Feitiço do Tempo escrita por Sebastian Benkor


Capítulo 6
Do que você precisa?


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, capítulo duplo, espero que gostem...



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– Tom, Tom acorda! - Uma voz calma e suave chamava por Tom.

– Emily?

– Não. - Ao ouvir isso ele abre os olhos e ver uma mão branca e delicada acariciar seu rosto. Então resolve olhar seu resto e vê que se trata de uma das mulheres que invadiu a festa atrás dele. Ele levanta assustado e se senta na cama tentando distanciar-se da moça. - Calma, eu não irei te machucar. Na última noite não tive tempo de me apresentar, eu sou Tamara a mais velha das outras três.

– Vocês são irmãs? - Tom tentava se esquivar a todo custo, ele suava e suas mãos tremiam como nunca antes.

– Isso, e como mais velha, é claro que sou a mais poderosa. - Sua mão desce e ela começa a alisar seu corpo. - Mas você também não é de se jogar fora. - Ela continua descendo sua mão pelo corpo do jovem, passando por seu peito e barriga até chegar em sua virilha. - Sua energia, é muito poderosa. Você será valioso no nosso time.

– Eu não irei me juntar a vocês. - Tom tira a mão da moça de cima dele e a confronta.

– Ele é bravinho. - Ela ri. - Deve ser por isso que o mestre quer tanto ele.

– Mestre? Que mestre?

– Tudo em seu tempo, esse será só o primeiro de muitos dos nossos encontros. Por hora eu só vim lhe dar um aviso, não confie nas pessoas a sua volta e procure saber mais sobre a origem dos seus poderes.

– Tamara, temos que ir! - Uma outra mulher entrou no quarto e saiu rapidamente após deixar seu aviso.

– Ah, sim! Essa é a Camila, com o tempo você irá conhecer todas. Agora eu tenho que ir. - Ela lhe da um beijo na boca e então continua. - Mas, antes de eu ir. Tom, Acorda! - Tom acorda suado em seu quarto com Emily lhe sacudindo mandando acordar.

– Elas estavam aqui. - Diz Tom assustado.

– Não, foi só um sonho, Camila tem o poder de andar nos sonhos dos outros.

– Como você sabia?

– Kerina me avisou. Troque de roupa e vamos, ela nos espera. - Tom se levanta, tira seu pijama e coloca uma calça jeans acompanhado de uma blusa branca. Emily fez mais um de seus encantos e então os dois desapareceram.
Eles chegaram até a sala de Kerina, a cigana pegava ossos que estavam espalhados pela mesa e os guardava em uma caixa.

– Não cheguei a tempo, elas saíram antes.

– Eu previa isso, o que ela lhe disse Tomas.

– Eu não entendi bem, ela me disse que eu sou valioso para o mestre delas e que eu não poderia confiar nas pessoas ao meu redor.

– Ela quer atraí-lo para o lado deles, seus poderes não devem funcionar sobre pressão, se não já teriam pego você ou alguém da sua família, eles precisam que você aceite ir para o lado deles. Precisamos redobrar os cuidados nele, e acelerar o seu treinamento, quanto mais controle sobre seus poderes você tiver, mais forte ficará. - Ela andava de um lado a outro do salão enquanto falava com ar de preocupada.

– Ela também disse para eu pesquisar sobre a origem dos meus poderes.

– Isso também é uma incógnita para nós. Emily, leve-o até Safira.

– Tem certeza? Não acho que seja uma boa idéia.

– Não me questione menina, quanto mais rápido soubermos, mais vantagem teremos sobre eles. Agora vá. - Ela transborda insatisfação enquanto amarra suas enormes madeixas ruivas atrás da cabeça. Ela abre a porta da frente da sala de Kerina e sai em uma enorme feira livre que apesar do sol apenas estar nascendo, já se encontrava cheia de vendedores e clientes. Tom e Emily transitam por entre os cambistas enquanto a ruiva continua a resmungar.

– Não sei como Safira poderá nos ajudar em alguma coisa. - Ela desvia com muita facilidade dos vendedores que insistem em abordá-la. Entretanto Tom não tem essa mesma maestria, um vendedor de relógios o para e o jovem tenta se esquivar negando os pedidos do vendedor porém em vão, Emily então o puxa pelo braço tirando-o daquela situação com bastante facilidade. Os dois chegam até um homem negro e careca usando um sobretudo que escondia uma quantidade imensa de ervas.

– Fala ai ruiva, vai querer o que hoje? Manjericão, Erva Doce, Amora…

– Hoje não Safira.

– Ele é o Safira? - Tom a interrompe.

– Achou que eu fosse mulher, né? É um erro comum. Mas diz ai ruiva, o que você precisa?

– Preciso que pesquise algo para mim, algo sobre o clã da terceira ordem.

– Ta ficando maluca? - Ele puxa ela para um canto. - Eu não faço mais isso, agora só vendo ervas.

– Você é um hacker Safira, é só isso que você faz.

– Eu sou hacker, mas não sou suicida, eu não mexo com coisas da terceira ordem.

– Safira, são ordens da Kerina, quer que eu fale a ela que você se recusou a ajudá-la?

– Eu odeio quando vocês fazem isso. Ela também é mandona assim com você? - Ele pergunta para Tom, mas nem espera sua resposta. - Venha, mas avisa a Kerina que é a ultima vez. - Eles entram em um beco que em sua extremidade da em uma porta de ferro um pouco enferrujada, Safira destranca os cadeados e então entra seguido de Emily e Tom. A porta da para um quarto cheio de aparelhos eletrônicos e fios espalhados pelo chão. - Me dê uns minutos, tem refrigerante na geladeira. - Conclui Safira ao se sentar em sua cadeira e começar a digitar. Emily e Tom vão até a geladeira que se encontra no fundo do quarto.

– Tem certeza que podemos confiar nele? - Tom indaga Emily.

– Não, mas são ordens da Kerina. - Eles pegam um refrigerante e voltam até o local onde Safira continua digitando.

– Estão aqui, tudo sobre a Terceira Ordem. Bom, pelo menos é tudo que eu posso descobrir.

– Precisamos saber sobre uma maldição que deu o dom da clarividência. - Diz Emily.

– Desde quando maldição da dom? - Questiona Safira.

– Não foi a maldição, o dom foi consequência dela. - Responde Emily.

– E como isso aconteceu? - Safira insiste.

– É o que estamos tentando descobrir! - Rebate Emily. - Faz o seu trabalho e para de questionar. - Ele resmunga algo, mas continua digitando, até que para em uma página.

– Aqui diz que um acordo de sangue pode marcar sua vítima, dando a ela um dom de acordo com a vontade do contratante.

– Contratante? - Pergunta Tom.

– Contratante é a pessoa que concede o acordo, contratado é a pessoa que assina ele.

– Mas eu não fiz acordo nenhum! - Diz Tom tentando entender.

– Sabemos, agora precisamos descobrir quem fez esse acordo. - Diz Emily com ar pensativa.

– Aqui só diz isso. Bom, fiz o meu máximo. - Safira desliga o monitor. - Agora vocês já podem ir.

– Obrigado pela sua ajuda, vamos Tom. - Emily vai em direção a porta contudo Safira segura o braço de Tom.

– Fique com o meu cartão, você pode precisar. - Tom pega o cartão e coloca no bolso.

– Vamos preguiça! - Grita Emily. Safira solta o braço de Tom e então o jovem a segue para fora do local.


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Notas finais do capítulo

Gostou? Me diga, deixe um comentário e eu prometo responder. Críticas, sugestões ou dúvidas é só falar comigo... Eu adoro feedback