Loop - Feitiço do Tempo escrita por Sebastian Benkor


Capítulo 5
Deixa ela escolher


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpa pela demora, mas ta bem corrido as coisas. Como compensação eu estou postando dois capítulos de uma vez, espero que gostem :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/658877/chapter/5

– Então se ele tomar um caminho diferente, não tem como ele saber o futuro dele. - Disse Tom enquanto enchia sua mão com pipoca.

– Tem sim, ele vê tudo fora da linha de tempo e espaço, então ele vê todas as variáveis de tempo que possam existir. - Rebate Emily também pegando um pouco de pipoca enquanto a TV continua parada com o cursor ainda no início do programa.

– Então ele seria um Deus do Tempo!

– Deveria.

– Sim, porque ele é onipresente e onisciente.

– Sim, mas ele não é onipotente, e nem pode alterar o tempo, ele só pode observar, por isso é um observador.

– Nossa, que papo chato. - Eduardo entrou no quarto de Tom, pegou o balde de pipoca e se jogou no sofá no meio dos dois. - O que estamos assistindo?

– Eu vou pegar o refrigerante. - Diz Emily enquanto se levanta e sai.

– O que você está fazendo aqui? - Tom pega o balde de pipoca e coloca de volta na mesa.

– Você me convidou.

– Não! - Seu tom de voz aumenta, mas ao perceber que Emily estava a poucos metros deles, Tom diminui a voz. - Eu inclusive disse para você não aparecer aqui.

– Ah, devo ter entendido errado.

– Cai fora Edu, ela não quer te ver, não notou que ela até saiu.

– Você está muito nervoso.

– Quem está nervoso? - Emily interrompe os dois entrando no quarto com uma garrafa de refrigerante em uma das mãos e copos na outra.

– O Tom, disse que eu atrapalho a maratona de vocês. O que você acha ruiva? - Disse Edu se levantando e colocando seu braço em volta do pescoço de Emily.

– Ah, por mim tudo bem. - Diz ela com um sorriso sem graça.

– Viu Tom, está tudo bem. - Ele pega a garrafa das mãos dela e se serve, coloca a garrafa em cima da mesa e se senta no mesmo lugar de antes com os pés na pesa. Emily e Tom se entreolham porém nada dizem. O silêncio permanece por alguns minutos até que Edu se pronuncia. - Espera, quem é esse velho, e porque ele estava preso?

– Ele é um cientista, foi preso acusado de ter matado sua assistente em um acidente em seu laboratório. - Responde Tom com voz cansada.

– Mas isso só vai ser mostrado nos episódios seguintes. - Diz Emily batendo em Tom.

– Se vocês já viram, porque estamos vendo de novo? - Indaga Edu.

– É uma maratona, porque vamos começar a próxima temporada em seguida. - Responde Tom.

– Que chato, vamos assistir outra coisa. - Edu pega o controle e muda de canal. - Olha esse filme é muito bom. - Tom pega o controle de sua mão e desliga a TV.

– Se você já viu, por que iremos ver de novo? - Diz irônico.

– Meninos, não precisam brigar, podemos achar algo que os três queiram ver.

– Não precisa ruiva, parece que o Tom não quer minha presença aqui. - Edu se levanta e sai do quarto.

– Espera Edu. - Emily vai atrás dele.

– Esperar por que? Ele está me tratando mal desde que cheguei. - Resmunga Edu enquanto desce as escadas.

– Ele está chateado por causa de ontem, você passou um ano fora e quando voltou não fez questão nem de ficar com ele. - Emily segue ele até que os dois chegam na sala.

– Eu não podia ficar. - Diz ele se encaminhando até a porta.

– Por quê? - Emily continua seguindo ele. Até que Edu para, se vira para ela e diz.

– Por sua causa.

– Minha causa?

– Sim! Eu bebi e não conseguia ficar ao seu lado sem falar nada, ainda mais depois de tudo que aconteceu.

– Edu, já resolvemos isso. - Ela tentou desviar o olhar e se virar para sair mas ele a impediu.

– Não resolvemos. Você me deu uma desculpa idiota para terminar comigo.

– Você foi para a Inglaterra! Não queria um relacionamento a distância.

– Você poderia ter ido comigo!

– Não, eu não poderia, eu não posso sair de Santa Maria. - Emily olhava para baixo evitando o contato visual com Edu. Tom ouviu os gritos e saiu do quarto, ficou olhando os dois do alto da escada.

– Por que não pode? Essa cidade não tem nada para você, poderíamos ser feliz longe daqui, sem ninguém para nos atrapalhar. - Ele a segura pelos braços e vira seu rosto para cima. - Vem comigo Emily, vamos embora!

– Eu não posso. - Diz ela olhando em seus olhos.

– Por que? - Questionou Edu. Ela abriu a boca para responder porém foi interrompida por Tom.

– Ela disse que não pode Edu.

– Deixa ela responder Tom, eu só quero entender o porquê disso tudo.

– Acho melhor você ir. - Tom para entre os dois.

– Ele tem razão. Já está tarde. - Diz Emily com os olhos molhados.

– Ah, eu já entendi, nunca se tratou de mim. - Diz Edu fixando seus olhos em Tom.

– Não, não é o que você está pensando. - Emily tenta pegar na mão de Edu porém ele lhe da as costas e vai embora. Ela grita seu nome apesar disso ele entra em seu carro e acelera derrubando a lata de lixo que se encontrava na calçada. Então ela volta, abraça seu amigo e desaba em lágrimas.

– Você ia falar dos seus poderes para ele. - Indaga Tom no entanto ela não responde. - Até eu sei que isso é burrice, além de colocar ele em perigo, ele não poderia nos ajudar em nada.

– Você tem razão. - Ela para de chorar e olha para Tom. - Mas você ainda precisa entender sobre os seus poderes. - Na mesma hora, Tom se afastou dela, virou as costas e foi em direção ao seu quarto.

– Outra hora. - Ele foi vago enquanto subia as escadas.

– Você não pode continuar fugindo Tom, isso faz parte de você, uma hora teremos que conversar sobre isso! - Ela grita, mas ele não lhe da ouvidos, entra em seu quarto e então fecha a porta. Ela enxuga as lagrimas e vai embora.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostou? Me diga, deixe um comentário e eu prometo responder. Críticas, sugestões ou dúvidas é só falar comigo... Eu adoro feedback