Loop - Feitiço do Tempo escrita por Sebastian Benkor
Notas iniciais do capítulo
Gente, desculpa pela demora, mas ta bem corrido as coisas. Como compensação eu estou postando dois capítulos de uma vez, espero que gostem :D
– Então se ele tomar um caminho diferente, não tem como ele saber o futuro dele. - Disse Tom enquanto enchia sua mão com pipoca.
– Tem sim, ele vê tudo fora da linha de tempo e espaço, então ele vê todas as variáveis de tempo que possam existir. - Rebate Emily também pegando um pouco de pipoca enquanto a TV continua parada com o cursor ainda no início do programa.
– Então ele seria um Deus do Tempo!
– Deveria.
– Sim, porque ele é onipresente e onisciente.
– Sim, mas ele não é onipotente, e nem pode alterar o tempo, ele só pode observar, por isso é um observador.
– Nossa, que papo chato. - Eduardo entrou no quarto de Tom, pegou o balde de pipoca e se jogou no sofá no meio dos dois. - O que estamos assistindo?
– Eu vou pegar o refrigerante. - Diz Emily enquanto se levanta e sai.
– O que você está fazendo aqui? - Tom pega o balde de pipoca e coloca de volta na mesa.
– Você me convidou.
– Não! - Seu tom de voz aumenta, mas ao perceber que Emily estava a poucos metros deles, Tom diminui a voz. - Eu inclusive disse para você não aparecer aqui.
– Ah, devo ter entendido errado.
– Cai fora Edu, ela não quer te ver, não notou que ela até saiu.
– Você está muito nervoso.
– Quem está nervoso? - Emily interrompe os dois entrando no quarto com uma garrafa de refrigerante em uma das mãos e copos na outra.
– O Tom, disse que eu atrapalho a maratona de vocês. O que você acha ruiva? - Disse Edu se levantando e colocando seu braço em volta do pescoço de Emily.
– Ah, por mim tudo bem. - Diz ela com um sorriso sem graça.
– Viu Tom, está tudo bem. - Ele pega a garrafa das mãos dela e se serve, coloca a garrafa em cima da mesa e se senta no mesmo lugar de antes com os pés na pesa. Emily e Tom se entreolham porém nada dizem. O silêncio permanece por alguns minutos até que Edu se pronuncia. - Espera, quem é esse velho, e porque ele estava preso?
– Ele é um cientista, foi preso acusado de ter matado sua assistente em um acidente em seu laboratório. - Responde Tom com voz cansada.
– Mas isso só vai ser mostrado nos episódios seguintes. - Diz Emily batendo em Tom.
– Se vocês já viram, porque estamos vendo de novo? - Indaga Edu.
– É uma maratona, porque vamos começar a próxima temporada em seguida. - Responde Tom.
– Que chato, vamos assistir outra coisa. - Edu pega o controle e muda de canal. - Olha esse filme é muito bom. - Tom pega o controle de sua mão e desliga a TV.
– Se você já viu, por que iremos ver de novo? - Diz irônico.
– Meninos, não precisam brigar, podemos achar algo que os três queiram ver.
– Não precisa ruiva, parece que o Tom não quer minha presença aqui. - Edu se levanta e sai do quarto.
– Espera Edu. - Emily vai atrás dele.
– Esperar por que? Ele está me tratando mal desde que cheguei. - Resmunga Edu enquanto desce as escadas.
– Ele está chateado por causa de ontem, você passou um ano fora e quando voltou não fez questão nem de ficar com ele. - Emily segue ele até que os dois chegam na sala.
– Eu não podia ficar. - Diz ele se encaminhando até a porta.
– Por quê? - Emily continua seguindo ele. Até que Edu para, se vira para ela e diz.
– Por sua causa.
– Minha causa?
– Sim! Eu bebi e não conseguia ficar ao seu lado sem falar nada, ainda mais depois de tudo que aconteceu.
– Edu, já resolvemos isso. - Ela tentou desviar o olhar e se virar para sair mas ele a impediu.
– Não resolvemos. Você me deu uma desculpa idiota para terminar comigo.
– Você foi para a Inglaterra! Não queria um relacionamento a distância.
– Você poderia ter ido comigo!
– Não, eu não poderia, eu não posso sair de Santa Maria. - Emily olhava para baixo evitando o contato visual com Edu. Tom ouviu os gritos e saiu do quarto, ficou olhando os dois do alto da escada.
– Por que não pode? Essa cidade não tem nada para você, poderíamos ser feliz longe daqui, sem ninguém para nos atrapalhar. - Ele a segura pelos braços e vira seu rosto para cima. - Vem comigo Emily, vamos embora!
– Eu não posso. - Diz ela olhando em seus olhos.
– Por que? - Questionou Edu. Ela abriu a boca para responder porém foi interrompida por Tom.
– Ela disse que não pode Edu.
– Deixa ela responder Tom, eu só quero entender o porquê disso tudo.
– Acho melhor você ir. - Tom para entre os dois.
– Ele tem razão. Já está tarde. - Diz Emily com os olhos molhados.
– Ah, eu já entendi, nunca se tratou de mim. - Diz Edu fixando seus olhos em Tom.
– Não, não é o que você está pensando. - Emily tenta pegar na mão de Edu porém ele lhe da as costas e vai embora. Ela grita seu nome apesar disso ele entra em seu carro e acelera derrubando a lata de lixo que se encontrava na calçada. Então ela volta, abraça seu amigo e desaba em lágrimas.
– Você ia falar dos seus poderes para ele. - Indaga Tom no entanto ela não responde. - Até eu sei que isso é burrice, além de colocar ele em perigo, ele não poderia nos ajudar em nada.
– Você tem razão. - Ela para de chorar e olha para Tom. - Mas você ainda precisa entender sobre os seus poderes. - Na mesma hora, Tom se afastou dela, virou as costas e foi em direção ao seu quarto.
– Outra hora. - Ele foi vago enquanto subia as escadas.
– Você não pode continuar fugindo Tom, isso faz parte de você, uma hora teremos que conversar sobre isso! - Ela grita, mas ele não lhe da ouvidos, entra em seu quarto e então fecha a porta. Ela enxuga as lagrimas e vai embora.
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