Loop - Feitiço do Tempo escrita por Sebastian Benkor


Capítulo 2
Revivendo


Notas iniciais do capítulo

Então pessoal, está ai mais um capítulo, espero do fundo do meu coração que vocês gostem, e não esqueçam de deixar seu comentário... :D



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Tom saiu em disparada da festa de sua mãe, correu pelos corredores e escadas do grande Hotel Hoyle até chegar ao décimo segundo andar do prédio, adentrou em um apartamento onde acontecia uma Rave, transitou por entre a multidão até avistar Emily de costas com seus cabelos cacheados ruivos conversando com seu irmão, ele se aproximou e entrou no meio entre ela e o irmão e começou a falar.

– O que está havendo?

– Preguiça! Tudo bem? - Disse a ruiva sorrindo espontânea.

– Porque estou revivendo esse dia? - Retrucou Tom aflito.

– Merda!
– Ta tudo bem aí Emily? - Interrompeu o irmão de Emily preocupado.

– Está sim Léo, só vamos ali pegar algo para beber. - A jovem pegou Tom pelo braço e o levou até o banheiro.

– Me solta! - Gritou o jovem empurrando a amiga. - Quero que me explique tudo.

– Não temos tempo, se você acordou é porque algo aconteceu aqui. Me diz Tom, o que houve no seu sonho! - Ele a empurrou contra a parede e a confrontou.

– Eu não vou te dizer nada até você me explicar o que está acontecendo.

– Não temos tempo! - Ela grita chamando a atenção de uma menina que saia do banheiro. - Está tudo bem. - Ela ri e estende a mão para a moça. - Me empresta o seu isqueiro. - A jovem lhe entrega e vai embora após Emily lhe dizer que depois lhe entregava. - Porque você voltou!? - Ele a encara por uns segundos e então responde.

– Três mulheres vão invadir o salão em poucos minutos e elas virão atrás de nós. Agora me explica o que está acontecendo.

– Já te explico, agora temos que sair daqui. - Ela pega um pequeno pedaço de papel na bolsa, o papel parece velho e frágil, ela então pega uma adaga, corta seu dedo e usa o sangue para desenhar algumas figuras no papel, com o isqueiro ela o queima e joga no chão. O papel entra em combustão e começa a liberar uma fumaça negra que encobre os dois e então eles desaparecem.

A fumaça começa a se esvair e Tom começa a ver o quarto de Madame Kerina novamente.

– Eu já estive aqui! - Diz Tom entre tosses e pigarros. Madame Kerina entra no quarto, pega Emily pelo braço e diz.

– Vamos, aqui não é seguro. - Os dois passam por uma porta e vão parar em um corredor imenso, tão grande que era impossível estar em tal prédio. Eles adentraram em uma porta de madeira bem velha, e apesar de parecer acabada e frágil, Kerina precisou de três chaves para abri-la. Uma escadaria imensa dava acesso ao subsolo, um quarto grande todo revestido com algo semelhante a metal porém parecia sujo e enferrujado. - É ferro. Uma proteção natural contra magia. Estaremos seguros aqui.

– Seguros das mulheres que invadiram a festa? O que elas são, bruxas?

– Feiticeiras, da terceira ordem do Clã. - Respondeu Emily porém exitou um pouco e olhou para Madame Kerina, ao receber uma aceno de cabeça positivo da tutora, então ela virou de costas para tom, levantou suas volumosas madeixas ruivas e lhe mostrou uma tatuagem de uma estrela com uma cruz atravessada em sua nuca que mais parecia uma marca queimada a ferro.

– Clã? Vocês fazem parte de alguma seita satânica!? - Disse Tom assustado tentando entender.

– Não! Não possuímos religião nem adoramos nenhum Deus. Éramos apenas um único Clã praticante de feitiçaria, porém houve complicações e nos separamos.

– Que complicações?

– É complicado. - A ruiva se esquiva.

– Você me arrasta até aqui, praticamente me sequestra e não quer me contar o que está acontecendo!?

– A única coisa que posso te dizer, é que o Clã dividido em três ordens: As da terceira ordem são as que você viu na festa, praticantes de magia negra que se rebelaram contra o Clã e quase nos revelou para o mundo; Nos somos da segunda ordem, praticantes de magia branca, oficialmente, somos o que restou do nosso Clã.

– E a primeira ordem? - Indaga Tom.

– São as mais poderosas, porém estão extintas, foram as fundadoras do nosso Clã e foram vistas pela última vez antes do nosso clã se separar.

– Interessante, tudo isso está muito legal mas eu preciso ir embora. - Ele se vira na direção da porta. Emily corre e entra na frente da porta.

– Você ficou louco!? - Ela grita.

– Olha mesmo que tudo isso seja verdade, essa briga não é minha, não sou eu quem elas querem, é você! Eu só estava no lugar errado e na hora errada.

– Não sou eu quem elas querem. É você!

– Eu!? Elas não podem estar atrás de mim, eu sou apenas um garoto comum.

– Você foi amaldiçoado quando criança, e com isso você recebeu o dom da clarividência.

– Você está enganada, aquilo foi apenas um sonho, uma coincidência!

– Você nunca previu algo que aconteceu? Nunca teve a sensação que toda sua vida era um déjà vu infinito?

– Sim! Mas... Eu não posso ter sido amaldiçoando. Eu quero ir embora, me deixe sair! - Ele começa a gritar e então Kerina balança um frasco com um líquido roxo próximo de seu nariz e o jovem desmaia nos braços da cigana.

– Muita coisa para ele assimilar de uma vez, vocês vão passar à noite aqui. - Diz Kerina colocando Tom cuidadosamente no chão e se virando para Emily. - Me de a mão, vamos lançar um feitiço de proteção para que elas não possam rastreá-lo. - As duas dão as mãos e começam a murmurar palavras em latim, e uma cortina de energia quase imperceptível começa a emanar das duas e envolver o local.

No apartamento onde acontecia a Rave, todos os jovens estão deitados no chão apavorados enquanto duas das feiticeiras andam pelo local. Uma delas está parada na sacada do apartamento, com os braços erguidos para fora do prédio e seus olhos brancos indicam que a mulher misteriosa está conjurando algo. Até que seus olhos voltam a cor esverdeada de antes e sua pupila fica dilatada ao esboçar um sorriso.

– Kerina! - É só o que ela diz antes de voltar para o recinto e se encontrar no centro dele com as outras mulheres. - Eu o perdi, a última coisa que senti foi a energia Dela.

– Ela não conseguirá esconder o rastro dele para sempre. - Disse a mais alta que parecia ser a líder. - Apague a memória deles e vamos! - As outras duas feiticeiras esticam o braço cada uma para um lado do salão, uma energia que parecia emanar dos convidados e ir para as mãos das mulheres sugava toda a memória dos eventos daquela noite. E então elas foram embora.


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Notas finais do capítulo

Gostou? Não? Deixe um comentário, eu adoro feedback... :D