Loop - Feitiço do Tempo escrita por Sebastian Benkor


Capítulo 15
Circulo do Diabo


Notas iniciais do capítulo

Estamos revelando muitas coisas, você não esta perdendo né?
Tudo pode acontecer... Continue por ai...



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O mundo está completamente destruído. Os poucos prédios que sobraram estão ruindo lentamente, as ruas se encontram num imenso deserto de areia e pó negro. Não há civilização. Não há luz, nem mesmo o sol brilha no céu. Não há esperanças.

Tom desperta no meio desse cenário inóspito sem fazer ideia do que acontecera. Ele caminha por algumas ruas, a procura de respostas, porém apenas encontra escuridão. É então que um círculo de energia surge no centro da cidade, um ponto de luz plana no centro desse círculo, com muita dificuldade Tom consegue enxergar um formato no ponto de luz, parecia ser humano, ao tentar se aproximar o ponto fica cada vez mais brilhante, até que explode devastando toda a terra.

Tom acorda em sua cama completamente suado e assustado, a sombra de um homem paira aos seus pés, o garoto se levanta para tentar identificar o ser.

— Tom. Acorda! - Diz o homem. Tom chega mais perto e logo consegue identificá-lo.

— Pai!? - Pergunta Tom tentando ver mais de perto seu rosto.- Tom. Acorda! -  Grita o homem ao empurrá-lo da janela.

O jovem acorda novamente em sua cama, mas dessa vez está sozinho em seu quarto. Ele levanta-se, segue em direção ao banheiro e toma uma ducha. Ao sair pega o celular e vê uma mensagem de Edu: “Estou na Emily, sem carro!”

Tom então segue para a faculdade sozinho, caminhando pelas ruas ele nota algumas semelhanças nos becos perto de sua casa, o local lhe parece familiar mas ele não se prende muito a tentar lembrar.

Ao chegar na faculdade, ele encontra Emily e Edu abraçados sentados em um banco. Os dois levantam-se e caminham ao lado de Tom pela entrada da faculdade.

— Como foi com a Sierra ontem? - Indaga Emily.

— A Sierra tá aqui!? - Questiona Edu indignado. - E vocês não me avisam.

— Nem perca seu tempo, ela veio falar com o Tom. - Diz Emily sorrindo. - Então, como foi?

— Normal. - Diz Tom sorrindo constrangido. - Conversamos um pouco e ficamos olhando o por do sol.

— Que lindo! - Diz Emily.

— Só isso? - Questiona Edu. - Tanto tempo sem se ver e não rolou nada?

— Estávamos cercados de seguranças Edu. E em um lugar público.

— Preciso te ensinar umas coisas. - Diz Edu rindo.

— Como é Edu? - Emily o encara.

— Eu não disse nada.

— Oi gente. - Bernardo se aproxima.

— Oi Bernardo. - Disse Tom. - Esse é o Eduardo.

— Fala aí.

— Como foi com a Sierra? - Indaga Bernardo.

— Nossa, até você? - Questiona Tom.

— Vamos para aula? - Diz Emily puxando Edu pelo braço. - Tchau meninos. - Ela conclui enquanto Tom e Bernardo se encaminham para a sala. A ruiva para na frente de sua sala e empurra Edu para que ele siga seu caminho.

— Vamos nos ver mais tarde? - Pergunta ele.

— Vamos sim.

— Ta bom. - Diz ele rindo. Ele rouba um beijo da ruiva e segue pelo corredor.

 

A tarde se inicia em Santa Maria. Victória caminha sozinha pela rua e então entra na boate Secret. O local está vazio, apenas duas meninas limpam as mesas e cadeiras. A loira se encaminha até o balcão de bebidas, onde um homem a recebe e a encaminha a uma sala próxima, os dois entram e então o homem tranca a porta.

— Onde está o restante da banda!? - Indaga Victória ao notar a sala completamente vazia, com apenas dois sofás e uma mesa cheia de bebidas e cigarros.

— Não precisamos deles aqui. - Diz o homem ao se sentar.

— Mas eu pensei que a gravadora queria contratar os Anarquistas.

— Não não, só temos interesse em você. - O homem pega um copo de whisky na mesa e começa a bebê-lo devagar. - O nosso contrato será com você, os outros serão seus contratados.

— Você quer que meus amigos sejam meus empregados?

— Garota! - Ele traga um cigarro. - Bandas nós temos aos montes. Precisamos de uma cantora com personalidade como você. - Victória balança a cabeça em negação mas o homem não a deixa falar. - Senta aqui. - Diz ele tragando o cigarro novamente. Ela senta ao seu lado no sofá e então ele continua. - Olha, eu estou nesse ramo a muito tempo, você não é a primeira menina que chega aqui com uma banda com o sonho de serem grandes. Eu posso te ajudar. - Ele alisa a mão de Victória enquanto olha seu decote.

— Eu não posso deixar eles, eu só vim parar aqui graças a eles.

— Não seja ingênua menina. Você chegou aqui graças ao seu talento. - Sua mão sobe pelo corpo de Victória, até que a loira o empurra e se levanta.

— O que você pensa que está fazendo!? - Grita a loira. O homem traga seu cigarro mais uma vez e a responde.

— Garota. Se você quer ser grande, tem que dançar conforme a música. - Ele se levanta e se aproxima da loira. - Confia em mim, vou fazer sua carreira decolar. - Diz o homem e então agarra Victória e beijando-a. A loira o empurra, lhe da um tama na cara e sorri.

— Onde eu assino? - Diz Victória pegando o copo de whisky de sua mão e bebendo de uma só vez. O homem logo a agarra com um sorriso malicioso e a joga no sofá.

 

Emily sai da faculdade e encontra Edu do lado de fora parado com seu carro. A jovem aproxima-se sem entender. Logo ela nota a presença de Vinícius no banco de trás.

— Você fez seu irmão trazer seu carro?

— Por que? - Diz Edu sem entender a indignação de Emily. - Ele não liga.

— Ligo sim.

— Você é muito folgado. Não sabe andar?

— Não!

— Seu irmão é menor de idade, ele poderia ser preso!

— Você vai entrar ou não? - Diz Edu destravando a porta que se abre sozinha.

— Você é inacreditável. - Diz a ruiva entrando no carro.

— Não fica assim amor, acabamos de nos acertar. - Edu tenta beijá-la. Porém Emily vira o rosto.

— Olha pra rua. Eu ainda estou chateada com você. - A ruiva o corta seca enquanto Vinícius ri no banco de trás. Edu então começa a dirigir em silêncio enquanto Emily conversa com Vinícius.

Edu passa em sua casa para deixar Vinícius que desce do carro e entra em casa.

— Ta chateada comigo mesmo?

— Eu to sempre chateada com você Eduardo.

— Mas eu não fiz nada. Dessa vez.

— Você arriscou a vida do seu irmão, só para não andar apé. Tem noção do quanto isso foi irresponsável e idiota.

— Sei! E prometo não fazer mais. - Diz ele tentando chamar a atenção de Emily, porém a jovem permanece olhando para o outro lado. - Eu to falando sério. Da próxima eu vou de ônibus.

— Eu não estou brincando Eduardo. - Diz ela olhando firme para ele e depois se virando para a janela novamente.

— Eu sei ruiva. Eu juro que não vou fazer mais isso. - Diz ele beijando seu rosto.

— Jura mesmo. - Emily olha para ele rindo.

— Juro pelo Clube dos Mamíferos! - Diz ele colocando sua mão esquerda para cima e com a direita desenhando um “X” no peito esquerdo.

— Nossa! De onde você desenterrou isso? - Diz Emily rindo.

— Era o nosso juramento. Como esquecer? - Diz Edu rindo também.

— Mas isso tem muito tempo.

— Tem sim.

— Duvido que lembre os quatro animais que éramos. - Emily o desafia.

— Claro que lembro. Preguiça, Raposa, Lobo e Guaxinim.

— Nossa. Está de parabéns! - A ruiva aplaude. - Para quem achava tudo infantil e não ligava para nada.

— Essa minha fase de Bad Boy passou. Eu estou mudando por você. Sinto falta do nosso grupo.

— Ainda estamos aqui. Só a Sierra que foi embora.

— Acho que ela deveria voltar. Pelo Tom.

— Como assim?

— Você não notou? Como ele estava sempre irritado e triste e agora está todo sorridente. Ele sente falta dela.

— Olha só. Você preocupado com alguém.

— Ele é meu primo né!? E meu melhor amigo.

— Sei. Anda, me leva para casa antes que minha mãe me ligue.

— Pode deixar que eu me entendo com a minha sogra. - Edu ri enquanto da partida no carro e os dois seguem para a casa de Emily.

 

Em um porão completamente escuro, cinco mulheres se encontram no centro dele vestidas com um manto preto e capus. Elas são Wanda, Irlanda, Tamara, Camila e Helena. As feiticeiras formam um círculo de mãos dadas em volta de Iam que se encontra deitado no chão completamente nu. As mulheres murmuram palavras sincronizadas que vão ficando cada vez mais altas. O corpo de Iam começa a flutuar no ar emitindo um brilho forte. As mulheres murmuram mais alto as palavras até que Iam para de brilhar e cai no chão ofegante.

— Ah - Suspira Wanda. - Eu disse que ele não era forte o suficiente. - Diz a morena, nesse momento, Iam imediatamente se levanta e segura Wanda pelo pescoço.

—  Você quer testar a capacidade do meu poder? - Diz Iam tirando a moça do chão.

— E você!? Quer testar o meu poder? - Ela fala com dificuldade com sua garganta sendo comprimida pela mão de Iam.

— O seu erro, é achar que seu truque de persuasão pode me afetar.

— O seu erro é achar que esse é o meu único truque. - Diz a morena sorrindo.

— Iam. Pare de brincar. - Diz Irlanda. - Se perdermos ela, ficará ainda mais difícil a conjuração. Iam e Wanda se encaram e então ele a solta.

— Se reúnam novamente. Vamos tentar de novo. - Diz ele se deitando no chão mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

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