Amor é bem complicado... escrita por CCris


Capítulo 4
Confusão de sentimentos.


Notas iniciais do capítulo

Deixei um pouco de lado a ideia de que sempre é a Sara quem corre atras e inverti os papeis...



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O beijo foi imediatamente correspondido por Sara, porém logo que se distanciaram ela teve o peso em sua consciência, por fim das contas ele já tinha alguém na sua vida e o que ela menos queria era ser a outra. Grissom notou o olhar cabisbaixo de Sara e percebeu que talvez tivesse feito besteira. Antes que ele dissessem algo Sara se levantou da cadeira e disse:

– Boa Noite Doutor Grissom, amanhã irei passar aqui as sete, sua palestra terá inicio as oito, o cronograma não sei se já teve oportunidade de verificar, mas enviei ao seu e-mail que me foi fornecido pela faculdade. – Dito isso olhou por alguns segundos para Grissom e bebeu seu drink em um gole só em seguida indo embora.

Ao chegar em casa foi direto pro chuveiro tomar um banho na esperança de clarear suas ideia, não sabia exatamente o que pensar sobre o que aconteceu. Ela se sentiu maravilhosamente bem com o singelo beijo, mas ao seu fim já se sentia indo contra tudo que acreditava e seguia.

Lembrava de ser ainda muito pequena quando presenciava seus pais discutido por conta da infidelidade de seu pai, ao fim dessas discussões era comum ela encontrar sua mãe com um olho roxo e por algumas vezes viu ela sendo levada ao hospital com algum osso quebrado, sua mãe sempre sofre de esquizofrenia e em uma dessas discussões ela assassinou o marido a facadas na sala da casa, sena que não foi por sorte assistida pela pequena Sara que só soube o que ocorreu de fato depois de alguns anos mais velha ao pesquisar a respeito. A partir de sua infância atormentada por violência desenfreada colocou na cabeça que não iria se casar tão cedo e jamais faltaria com a fidelidade ou se relacionaria com alguém já comprometido.

Relembrando tudo isso Sara começou a sentir dores de cabeça, sendo assim tomou seu analgésico e foi dormir, no dia seguinte precisava deixar toda essa situação de lado e focar em seu aprendizado.

Já no Hotel Grissom ligou para sua filha assim que subiu, conversaram bobagens a respeito do dia de cada um e então ouviu a voz de Rachel ao lado de Cristy, provavelmente entendeu com quem ela estava falando. Grissom ouviu quando Rachel pedindo o telefone para falar com ele, antes que Cristy pudesse passar o telefone ele disse:

– Amor, estou cansado e tenho que acordar amanhã bem cedo, falo com você amanhã a noite Ok?

– Pai, Raich quer falar com o senhor...

– Querida, ouviu o que lhe disse agora? Diga isso a ela e avise que amanhã ligarei para você e então ela poderá falar comigo entendido?

– Ok! Boa noite e boa palestra amanhã pai!

– Obrigada amor! Te amo.

– Também te amo pai.

Desligou a ligação antes que Rachel tivesse tempo de protestar de alguma forma, logo em seguida silenciou o celular e foi tomar um banho para dormir.

No dia seguinte Grissom acordou por volta das seis da manhã, ao pegar o celular notou varias chamadas não atendidas de Rachel, mas não deu importância. Tomou seu banho, se vestiu e desceu já com o que precisaria para a palestra e foi tomar seu café da manhã no mesmo bar da noite anterior que era na verdade um salão que durante o dia servia café da manhã, almoço e a noite jantares e o bebidas.

As sete horas, como sempre pontual, Sara chegou ao hotel para buscar Grissom, decidiu dar um gelo em qualquer investida que viesse dele para que assim alcançasse seu objetivo profissional e que ela não fosse mais um agravante no relacionamento nada bom de Grissom. Ao se identificar na recepção foi informada que ela poderia encontrá-lo no mesmo salão que o deixou no dia anterior degustando seu café da manhã.

Grissom viu quando Sara entrou no salão e acenou para que ela o visse e fosse a seu encontro, chegando lá ele pergunta ignorando o que havia acontecido na noite anterior:

– Me acompanha em meu café da manhã Sara?

– Obrigada Doutor, já lanchei em casa.

– Pelo menos um café enquanto termino aqui?

– Tudo bem! – Sara se sentou ao lado dele, perdendo toda a segurança com que entrou naquele salão. Grissom chamou a garçonete para servir a Sara o café e logo que isso foi feito ele deixou que ela tomasse pelo menos um gole de sua bebida para indaga-la sobre a noite anterior.

– Sara, gostaria de conversar com você sobre ontem...

– Não há o que conversar doutor!

– Por favor me chame de Gil. E me sinto compelido a dizer algo já que ontem você não me deu essa oportunidade.

– Ok, estou ouvindo Gil!

– Queria que soubesse que sinto muito se a fiz se sentir mal de alguma forma, em momento algum meu ato impensado foi com a intenção de fazer de nos uma aventura, eu simplesmente me senti tão a vontade com você como a muito não senti com ninguém e agi por impulso, mas...

– Antes que diga mais alguma coisa... Você mora com alguém Gil, problemático ou não você tem um relacionamento com alguém e eu não quero ser motivo do fim do seu relacionamento ou qualquer outra coisa, meu único motivo por ter aceito ser sua guia foi a esperança que pudesse me destacar como aluna em suas palestras e assim lhe pedir uma indicação para ingressar como perita no laboratório em que trabalho, por favor não faça dessa semana algo incomodo.

Gil ouviu o balde de agua fria que tomou e ficou calado, após terminar sua refeição ambos se dirigiram ao carro para irem a faculdade. A semana passou voando, como as palestras duravam praticamente o dia inteiro eles tiveram suas mentes bem ocupadas para voltarem a tocar neste assunto, o único momento em que estavam a sós era quando Sara o buscava e o deixava no hotel, período que ela fazia questão de sempre estar com o som do radio ligado e conversar sobre a profissão ou sobre a palestra, não dando assim oportunidade para que Gil viesse a se manifestar em outros assuntos.

Durante todo esse período Gil evitou ao máximo falar com Rachel, e estava decidido a quando voltar terminar seu relacionamento com ela, o único dia em que Rachel conseguiu falar com ele foi rápido e bem especifico, ela queria saber quando ele voltaria para que ela pudesse buscar Hank, o cão de Gil, na casa de sua mãe. Rachel não gostava de animais e em especial de Hank que era um cachorro brincalhão e adorava pular em cima de qualquer um, portanto pediu a Grissom que no período de sua viajem deixasse o animal com alguém que nesse caso foi sua mãe.

Gil parou de tentar indagar novamente Sara a respeito do beijo e resolveu ajudá-la profissionalmente assim como ela desejava, na quinta feira, penúltimo dia de palestra, ele escreveu uma pequena carta de recomendação ao chefe de Sara e mandou entregar sem que ela soubesse, não fazia isso pelo que estava sentindo por ela, mas porque pode ver o quanto dedicada e competente ela se mostrou.

Sexta feira pela manhã Sara chega como todos os dias para buscar Gil, ao entrarem no carro ele pergunta:

– Sara, gostaria de lhe fazer um convite e antes que recuse ou me interrompa, não se preocupe, só gostaria de retribuir sua ajuda durante esses dias com um jantar hoje a noite aqui mesmo no hotel.

– Gil...

– Por favor, prometo que iremos falar sobre a carta de recomendação para a posição de perita que você almeja. Irei embora amanhã, então precisava falar com você hoje.

– Tudo bem.

Durante todos esses dias Sara vinha evitando conversas longas com Débora , elas se falavam todos os dias, mas por curto período. Como Débora sabia da dedicação que Sara empenhava nos estudos não se importou com a distância. mal sabia ela que Sara estava com medo que Débora percebesse que algo diferente havia acontecido, conhecia Sara bem de mais.

As palestras tiveram seu fim e também a agradável companhia de Grissom iria ter fim para Sara, ao se encaminhar para deixa-lo no hotel e ter o tal jantar com ele ficou remoendo o quanto essa despedida a estava deixando triste. Como pode em uma semana um completo estranho mexer com ela mais do que qualquer outra pessoa já tenha mexido?

Já na mesa, Gil fez questão de não formalizar tanto a ocasião para que Sara não recusasse seu covite.

– Então Sara. Gostaria que soubesse que ontem mesmo enviei minha carta de recomendação ao seu chefe.

– Grissom eu preciso perguntar... O que aconteceu ou não aconteceu entre nós foi um fator para sua decisão?

– De forma alguma Sara, você é uma mulher muito talentosa e dedicada, confio de olhos fechados que será uma excelente perita.

– Hum... Obrigada pela carta!

Chegando seus pedidos eles começaram a jantar.

– Sara eu sei que havia dito só tocar nesse assunto, mas gostaria de colocar alguns pingos no ís.

– Tem certeza de que quer falar sobre isso?

– Mas do que nunca... Eu pesei muito durante essa semana e me decidi a me separar de Rachel assim que chegar em casa.

– Eu espero que não venha me dizer que é por minha causa.

– Não! É por minha causa, você só me fez abrir os olhos e ver uma nova oportunidade...

Por essa Sara não esperava.

– O que você quer dizer com isso?

– Que gostaria de te conhecer melhor, de te convidar para um jatar de verdade, de irmos a um cinema depois...

– Mas você vai embora amanhã!

– Eu sei, mas tenho uma ideia em mente que pode nos tornar mais próximos, por hora gostaria de pedir seu numero de telefone, sem compromisso algum. Apenas bons amigos. – Sara sentia o coração querer saltar de dentro do peito com o que ouviu.

– Somos apenas amigos Gil, gostaria que isso ficasse claro!

– Mais claro que agua! – Descontraiu ele entregando a ela o seu aparelho de celular para que ela gravasse seu numero, ela o fez e ele rapidamente deu um toque em seu celular para que também salvasse o numero dele.

Após essa situação conversaram bobagens principalmente sobre as palestras e Sara foi pra casa enquanto Grissom ia para seu quarto com um sorriso largo no rosto.

No dia seguinte Sara foi levar Gil até o aeroporto, na hora da despedida:

– Bem Gil, foi um prazer te conhecer e participar de suas palestras! Thal!

– Digo o mesmo Sara e por favor atenda se eu lhe ligar, até breve. – Sara sorriu com seu pedido.

– Como até breve? Foi convidado para novas palestras?

– Não, mas sinto que não demoraremos muito a nos ver pessoalmente de novo. – Disse isso e se encaminhou para o portão de embarque se seu voo.


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Notas finais do capítulo

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