Amor é bem complicado... escrita por CCris


Capítulo 11
Mais uma abalo...


Notas iniciais do capítulo

Desculpem não ter postado nada ontem meninas, infelizmente alguém da minha família ficou hospitalizado e precisei ocupar meu fim de semana com outras coisas, mas ai está espero que aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/658806/chapter/11

Horas depois estavam dormindo nus apenas cobertos por um lençol, Sara acordou com o estomago reclamando de fome, cuidadosamente levantou e foi ao banheiro se “arrumar”, tomou um banho rápido e vestiu a mesma blusa que Gil lhe dera só que desta vez sem as roupas de baixo. Terminando saiu do banheiro devagar para não acordá-lo, mas era tarde, ele estava ainda deitado a olhando com um sorriso no rosto.

– O que? – Pergunta ela envergonhada com seu olhar insistente.

– Não tenho te visto ultimamente!

– Você me vê todos os dias Gil! Do que está falando?

– Digo fora do trabalho, desde que você aceitou o meu pedido de namoro essa é a primeira vez que nos vemos fora de lá de verdade. – Sara gargalhou com a observação dele.

– Não seja bobo!

– Não estou sendo, é que sempre estamos tão ocupados que não temos tempo pra momentos como estes. – Dito isso foi se levantando de costas pra Sara e vestindo a cueca Box, foi se aproximando dela e lhe abraçando. Para Sara aquele abraço lhe passava segurança, fortaleza, lar...

– Concordo, mas até que tenhamos de esconder nosso relacionamento vai ser complicado sairmos sem chamar atenção do laboratório não acha?

– E isso não torna as coisas mais divertidas? – Recebeu um sorriso em resposta e logo estavam se beijando novamente. Ele se afastou um pouco e disse:

– Vou pedir nosso almoço, se quiser pode aguardar aqui ou ir pra sala.

– Vou ficar aqui, quando terminar você volta.

– Ok! – E foi saindo.

– Sara pegou a bolsa com a intenção de ligar para Débora quando viu o celular de Gil no criado mudo com o display a piscar, um despertador. Pegou o celular para desligar o despertador e depois que desativou deu de cara com um SMS aberto.

"Sabe que ainda te amo e sempre te amarei, não posso acreditar que nossa história vai acabar assim! Sei que isso tudo é só uma aventura que quer viver e sei também que logo logo vamos estar juntos novamente meu amor.Só está com essa garota por que ela é mais nova, mas tenho certeza que vai se dar conta que juventude não é tudo. Sinto muito a sua falta!"

Sara sentiu um aperto no coração com toda aquela declaração, e se ela realmente fosse só uma aventura? E se ele voltasse para Rachel daqui a alguns meses a deixando de coração partido? Eram muitas dúvidas, resolveu então buscar se ele havia respondido aquele SMS, quando saiu para a caixa de entrada notou que tinham cerca de 10 SMSs ou mais de Rachel.

Começou a abri-los um a um e notou que alguns respondiam a perguntas ou indagações, então agora ela tinha certeza que ele havia respondido e precisava saber o que. Foi até a caixa de saída e a encontrou vazia, conhecia bem de celular e sabia que ele não seria a primeira pessoa a configurar o celular para não salvar mensagens enviadas na tentativa de não armazenar nada desnecessariamente ou que não soubessem o que ele havia escrito. Se decepcionou com isso, mas tentou não ficar paranoica, devolveu o celular ao mesmo local que o achara e decidiu por uma pedra naquele assunto que era discutido entre sua razão e seu coração.

Pouco depois Gil entrou no quarto a encontrando mexendo no celular, não sabia porque tinha a impressão de que ela não estava muito prestando atenção no celular.

– Vamos pra cozinha, vou preparar um suco enquanto o almoço não chega!

– Se importa de ir na frente? Vou me vestir de verdade.

– Já?

– Lembra que tínhamos acertado que iria pra casa depois do almoço?

– Na verdade de eu ir te deixar!

– Como vai me deixar? Meu carro ta aí na frente esqueceu?

– É verdade...

Sara gargalhou com a cara de decepção dele, por um instante esquecendo dos SMSs que lhe perturbavam.

– Posso ir te buscar pra ir ao trabalho se quiser!

– E chegarmos juntos ao laboratório é uma boa ideia?

– Não, mas não precisa descer no estacionamento, pode descer antes de eu entrar, e se alguém perguntar alega que o carro quebrou.

– Hum... Pra que se preocupava com a aventura de um namoro em segredo? Você é ardiloso sabia? – Riram os dois e então Grissom ouviu a campainha tocar, o almoço havia chegado.

Depois de almoçarem se despediram e Sara foi pra casa sozinha com a promessa de que ele iria lhe buscar para ir ao trabalho. Chegando em casa Sara encontra Débora no sofá com um arquivo na mão, parecia bem concentrada.

– Oi! – Disse Débora. Sara a encarava meio que esperando um sermão.

– Ei? Deixa de paranoia criatura, não estou contra o relacionamento de vocês, só me preocupo com seu futuro, independente se com ele ou com qualquer outra pessoa. Fico feliz que as coisas estejam se encaminhando pra vocês e torço para que seja duradouro, assim como também torço para que essa ex dele não venha a ser uma pedra no seu sapato mais na frente.

Sara soltou uma lufada de ar que até então nem tinham percebido que prendia e em seguida sentou ao lado Débora.

– Já que voltou a ser a Débora de sempre tenho novidades a contar e opiniões a pedir!

– Vixx, soubesse teria ficado um pouco mais emburrada. – Tentou brincar, mas notou um tímido sorriso forçado por Sara. – Já vi que não tá brincando, o que aconteceu?

– Vi uma mensagem no celular de Grissom da Rachel.

– E?

– Uma declaração de amor...

– Ele sabe que você viu?

– Não, tínhamos acabado de acordar...

– Deixa eu adivinhar, dormiu com ele!

Sara não respondeu, só revirou os olhos e continuou. – Ele saiu para pedir o almoço por telefone e vi o celular dele despertar e quando desliguei o despertador tinha um SMS dela aberta, provavelmente ele tinha aberto e bloqueou o celular sem sair.

– Sabe se ele respondeu?

– Acho que sim, mas a caixa de saída dele estava vazia, em compensação a caixa de entrada lotada de SMSs do mesmo estilo.

– Tem que conversar com ele, não fique alimentando minhocas na sua cabeça.

– Foi o que disse a mim mesma, mas...

– Ei? Deixa de bobagem, de repente não é nada, agora me ajuda a analisar esse rapazinho aqui. – Entregou a ela o arquivo que tinha na mão e começaram a conversar a respeito, tratava-se de um garoto novo no projeto que Débora fazia parte.

Dias depois...

Sara estava com algumas digitais a serem analisadas e apesar de seu conflito com Mandy resolveu ignorar aquele dia e tratá-la profissionalmente.

– Mandy, tenho essas digitais para analisar, assim que ficar prontas por favor avise a mim ou a Greg. – E foi se encaminhando pra sair.

– Sara?

– Oi?

– Posso falar com você?

– Sobre?

– Assuntos particulares.

– Pode aguardar até meu intervalo? Será as 2, agora estou ocupada.

– Tudo bem! As duas te procuro então.

Sara achou estranha aquela conversa, mas resolveu não julgar nada antes do tempo. As duas ela ainda estava com Greg analisando alguns itens da sena do crime em uma das salas de análise, então Mandy aparece.

– Sara? Já são duas.

– Oi Mandy, Ok! – Virou para Greg que estava com uma cara de quem não entendia o que acontecia e disse, - Continua sem mim? Volto já!

– Ok! – Afirmou e viu Sara sair da Sala seguindo Mandy.

Mandy a guiou até a sala dos armários que se encontrava vazia.

– Então, o que queria falar comigo Mandy?

– Sara, eu queria entender o que aconteceu entre nós, costumávamos ser amigas e agora do nada mau nos falamos, e depois daquele incidente você vive me provocando como foi o caso da cafeteira. Depois que você começou a namorar com o chefe ele passou a me tratar diferente e acredito que isso tenha sido algo que você falou pra ele a meu respeito, o que acho completamente sem lógica você influenciar o julgamento dele desse jeito. Eu não quero ser sua melhor amiga, mas também não quero ser sua inimiga, então queria lhe pedir uma trégua dessa guerra que vem travando comigo! – Disse com ar triunfante estendendo a mão solicitando um cumprimento de Sara.

Sara ouvia tudo aquilo sem acreditar, por fim reagiu com uma gargalhada nervosa.

– Primeiro de tudo nos nunca fomos amigas. Segundo depois do incidente que foi provocado por você eu continuei te tratando profissionalmente como faço com todos. Terceiro o lance da cafeteira eu não sabia que a cafeteira era sua, pensei que fosse do Greg, se soubesse que era sua jamais teria dito nada...

Mandy interrompe Sara. – Há não me venha com essa Sara...

– Eu deixei você falar tudo que você queria agora vai me ouvir sem me interromper uma segunda vez! Quarto o meu relacionamento com o nosso chefe não diz respeito a você ou a qualquer outra pessoa que não sejamos eu ele. Quinto se por algum momento ele ou mais alguém passou a te tratar diferente pode ter certeza que não foi por influência minha, seu desequilíbrio está se tornando cada vez mais visível. Por ultimo, também não quero ser sua miga ou inimiga, porém a partir de hoje tenha certeza que nem o olhar dirigirei a você se não for de extrema necessidade para realização do meu trabalho, não se preocupe que não vou lhe prejudicar, mas também não espere de mim ajuda de forma alguma. E digo mais, te aconselho a procurar o psicólogo da unidade porque você não está bem garota, definitivamente. – Terminou de falar e saiu da salinha deixando Mandy sem oportunidade de resposta. Sabia bem o que aconteceria com seu corpo em alguns instantes e não podia deixar o que aconteceu da ultima vez se repetir, foi até o estacionamento e sentou dentro de seu carro com as portas fechadas.

Começou quase que instantaneamente a tremer o corpo inteiro e os soluços do choro não tardaram a aparecer. Buscou no porta-luvas um doce, sempre tinha algo a mão para ocasiões como essa, mas antes que tivesse oportunidade tentar regular sua pressão ouviu uma batida na janela do carro e se assustou. Era Grissom com uma cara de espanto ao vê-la naquele estado. O ouviu dizer:

– Abra a porta Sara! - Disse com certa autoridade. Ele acabara de chegar junto com Catherine que estava logo atras dele tão espantada quanto, vinham de uma visita a casa de um suspeito. Sara hesitou, mas resolveu abrir a porta.

– O que aconteceu Sara? - Perguntou Catherine.

– Nada de mais gente! Só uma alta de pressão. Disse fazendo um esforço grandioso para conter os soluços, pois as lagrimas não conseguia.

– E porque chora?

Nesse momento Sara não conseguiu mais se aguentar e cobriu o rosto com as mãos ainda tentando abafar o choro. Grissom olha para Catherine e com um gesto pede pra ela os deixar a sós. Logo que perde a amiga de vista empurra um pouco Sara no acento e a abraça, abraço esse que é correspondido de forma imediata.

– Amor o que houve? Me diz por favor? Nunca te vi tão abalada, e não me diga que é sua pressão. Essa é a segunda vez que te vejo com essa desculpa e agora acredito que você estava desse mesmo jeito quando te encontrei na sala do Brass.

Ele esperou que ela se acalmasse e quando ela afrouxou o abraço viu ela pegar uma barrinha de doce que deixou cair no chão quando o abraçou e comer sem interesse nem um em degustar, avida como quem tem pressa em terminar.

– Vai me dizer o que aconteceu?

– Não sei se entenderia, em fato não é nada de mais pra uma pessoa normal.

– O que quer dizer com isso?

– Que estou danificada Grissom. Emocionalmente, fisicamente, afetivamente...

– Isso não é verdade!

– Bem... Tive uma discussão com Mandy e foi isso que me deixou nesse estado.

– Por que discutiram?

Ela relatou rapidamente o ocorrido.

– Não é só isso Sara! Você é uma mulher forte, já te vi passar por coisas piores em senas de crimes e você nunca se abalou assim, tem algo mais!

– Como lhe disse, estou quebrada... Desde o que ocorreu na minha infância todas as vezes que passo por situações tensas e me sinto acoada ou de alguma forma coagida fico desse jeito.

– Desde quando?

– Desde criança, foi quanto tive isso as primeiras vezes, uma psicologa afirmou ser uma reação traumática ao dia que presenciei o assassinato do meu pai.

– Você me disse que não chegou a presenciar...

– Não o ato, mas encontrei minha mãe ensaguentada com uma faca na mão na cozinha e ao me acharem vi meu pai morto no chão de casa e me senti como um rato preso em uma ratoeira, sendo levada por pessoas que não conhecia, vendo meus pais feridos sem entender o que ocorreu e sem poder correr para os braços de nem um deles. Desde ai só consegui sentir aquela mesma sensação de segurança com duas outras pessoas durante todo esse tempo.

– Sinto muito amor! Gostaria muito de apagar de sua memória essas experiências. - A abraçou novamente, dessa vez de uma boa meia hora que estava ali recuperou-se e estava em condições de retomar o trabalho.

Antes de sair do carro, com Grissom ainda acocorado do lado de fora do carro com a porta aberta ele pergunta:

– E quem são essas duas pessoas?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente peço perdão pela falta de "hot", mas não consegui escrever rsrs. Aceito concelhos nessa Área! Deixem comentários...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor é bem complicado..." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.