The New Start escrita por SparrowJackson


Capítulo 45
Extra 1


Notas iniciais do capítulo

Oi genteeeeee sei que nao me esperavam aqui de novo... Mas aqui estou!! SURPRESAAA KKKK espero que gostem!



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Pov Bradley 

     _Katerina?- a morena, assustada, se vira e me olha. Não consigo entender suas emoções, mas imagino o que ela deve estar sentindo: Culpa, arrependimento, tristeza talvez. Porque não é um sorriso que recebo ao me reconhecer.
     _O que.. O que está fazendo aqui?- ainda perplexo me confundo com as palavras e tento entender o que está acontecendo. Ela morreu, eu a vi ser consumida pelas chamas. Não foi uma cena fácil de ser esquecida, mas ao longo dos anos parei de ter pesadelos e superei. Mas vê-la agora, na minha frente, em carne e osso, só fez com que todas as memórias voltassem como um furacão. Embora ela esteja viva, e fico feliz por isso, não deixo de xingar o céu por ter feito isso acontecer. Porque ela? Porque não minha doce America? Porque resolveram brincar com a minha cabeça?
     _Lyra me convidou- é a única coisa que ela diz. Seu rosto está contraído e sério, mas seus olhos são frios. Ela não demonstra o que senti ao me ver novamente, raiva ou alegria, o que for, é como se nunca tivesse acontecido. Bradley Júnior, vou chamar ele assim, permanece atrás da mãe, praticamente escondido de mim. Ele não parece entender muito o que está acontecendo, parece surpreso ao saber que eu conheço Katerina.
     _Você conhece ele?- o garoto anda e se para entre nós. Seus olhos se alternam entre mim e ela, já estava ficando tonto de tanto seguir seu olhar, quando ele respira fundo.- Eu desisto.- e então nos dá as costas e começa a voltar pelo corredor.
     _Bradley!- eu grito antes que ele possa virar na curva.- Quantos anos você tem?- ele se vira, assustado com a pergunta. Mas eu preciso saber.
     _Não responde filho!- Katerina me olha, ameaçadora, e grita.- Não responda!- ela me deixa e corre atrás do jovem.
     _Por favor, me diga.- imploro assim que os alcanço.
     _Não f...
     _Deixe o garoto Katerina!- a interrompo.
     _Vinte e sete. Eu tenho vinte e sete!- ele berra.- Satisfeito?
     Então a palavra me atinge em cheio. Dois anos antes de me mudar para a Inglaterra, eu salvei meu irmão de um incêndio e deixei a garota que amava se consumir no fogo. Vinte e sete anos trás ela me trocou por outra pessoa. Respiro fundo e ponho a passo a mão pelo cabelo, nervoso. Começo a andar de um lado para o outro, sem saber como dizer o que acho que está acontecendo.
     _Vinte e sete?- me viro para K, que me ignora e olha para o filho. Ela sorri, ternamente, e toca os ombros do filho, o abraçando.- Ele... ele é meu filho?- prendo a respiração esperando pela resposta.
     Um milhão de coisas de passaram na minha mente antes que ela pudesse dizer alguma coisa. Uma parte de mim gostaria que ele fosse realmente meu, significaria que pelo menos alguma coisa boa surgiu daquele relacionamento, outra parte acha que não consigo aguentar mais coisa em um único dia. Eu acabei de ver minha esposa morrer, agora descobrir que minha antiga noiva e meu talvez filho estão vivos, bem, não me culpe por não saber o que pensar nesse momento.
      _Sim.- com uma única palavra, tudo mudou. Eu conseguia ver o meu sonho, mas existia essa voz dentro de mim que me dizia que eu nunca conseguiria alcança-lo. Cada passo, cada ação que fiz nas últimas horas, tudo pareceu sem sentido e sem direção. Mas eu sabia que eu precisava continuar andando, sabia que, com um passo de cada vez, eu conseguiria me sustentar em pé algum dia. Então ela apareceu, como o fantasma do natal passado e eu perco qualquer apoio que me ajudaria a ficar em pé. Continuo caindo mesmo sabendo que dói, indo mais rápido do que mil quilômetros por hora
Tento recuperar o fôlego de algum jeito, mas é como se eu estivesse congelado. Mas mundo continua girando, sem mim.
     Entretanto, estando feliz ou não, flutuando ou caído, o ressentimento falou mais forte. 
     _Mas... mas.. James?-o garota tenta criar uma frase completa, mas assim que não consegue, me lança um olhar indecifrável e corre para o lado oposto. Katerina ameaça segui-lo, mas seguro seu braço antes que ela faça qualquer besteira.
     _Vai por mim, não vai querer falar com ele agora.- seu olhar ainda é frio, e parece piorar toda vez que abro a boca para dizer alguma coisa.
      _Não ouse me dizer como criar o meu filho.- ela se solta das minhas mãos e inclina o queixo para cima, em sinal de desafio. Sorrio.
      _Não estou te dizendo como criar seu filho. Estou dizendo para não seguir nosso filho.- assim que as palavras saem, ela dá um passo para frente, pronta para rebater, mas desiste o que for que fosse dizer e volta para seu lugar anterior.
      _Ele pode ser seu filho biológico, mas você nunca será o pai dele.- não aguento. Rio. Ela me olha, confusa, com a certeza de que sou um completo babaca por rir em uma hora dessas.
      _E de quem é a culpa por isso? Você morreu, Katerina! Eu não simplesmente te superei e segui em frente, você foi embora!- respiro fundo e ela permanece quieta- O que esperava que eu fizesse? Procurasse uma defunta? Porque não sei se você sabe, mas meu seguro de vida não cobre ressurreição!- sua boca se abre, mas a interrompo antes eu um som saia.- Minha vez de falar.- passo a mão no cabelo, dou várias voltas em torno de mim mesmo, esperando que as palavras certas viessem até mim magicamente, mas de uma hora para outra, tudo o que sentia, tudo o que queria dizer sumiu, do preto ao branco.
       _Porque?- volto para a sua frente e ela parece se assustar por não ouvir mais gritos.
       _Como?
       _Porque?- repito a pergunta.
       _Porque o que exatamente?
       _Porque fugir e mentir? Porque se estava com medo do que eu faria quando descobrisse sobre você e James, bem, desculpe desapontar, mas você é uma péssima mentirosa.- seus olhos de esbugalham e sua boca se abre quase que instintivamente.
       _O... do que... o que?
       _Quem você acha que salvou James? 
       _Você botou fogo! Você quase nos matou!- ela parte para cima de mim.
       _Esse não foi eu, mas eu pensei nessa possibilidade. Culpa do seu sogro.- ela olha para o chão e parece pensar por um momento.
       _Harrison?
       _Existe outro? Quer dizer, a não ser que tenha um terceiro namorado. Ah, mas eu não tenho mais irmãos. A não ser que Charlotte seja uma melhor mentirosa do que você.- consigo sentir a fumaça sair de seus ouvidos, consigo ver seu rosto ficar vermelho de raiva, mas não ouço nada saindo de sua boca. Ela parece se controlar o máximo que pode para não me bater ali mesmo, mas eu não facilito.
       _O que quer? Que eu admita tudo o que fiz?- ela levanta as sobrancelhas e cruzo os braços.- Eu fugi com James! É isso que queria ouvir? Que eu te troquei?- respira fundo e continua em um tom mais baixo- Eu te amava, mas estava apaixonada por ele. Eu fiz o que meu coração achava ser certo. Eu passei vinte e sete anos me lamentando e sofrendo pelo o que aconteceu, é o que você quer? Me ver sofrer?
      Rio internamente. Tá bom, talvez não internamente assim.
      _Porque está rindo?
      _Porque enquanto você se lamentava e chorava, meu irmão se casou. Uma semana depois do acidente para falar a verdade e eu não me lembro de nenhuma vez dele chorar ou se lamentar sobre você. Ele encontrou o amor. Victoria foi a melhor coisa que aconteceu em sua vida- A cada palavra, a cada anúncio que faço, seu rosto se contorce e consigo vê-la se quebrar internamente.- Eu passei anos sem dormir, com a imagem do seu corpo contorcido se queimando. Eu sentia o cheiro do fogo, eu te via gritar por mim, mas toda vez que eu conseguia te encontrar, toda vez que estava prestes a te salvar, eu acordava. E o pesadelo se repetia. Eu me torturava pela sua morte. Por vinte e sete anos. Mas você sempre esteve viva, e eu sofri à toa. 
      _Onde ele está? Eu não acredito em você.- me assusto com sua pergunta. Onde ele está? Como ela não sabe onde ele está?
      _Ele foi embora.- olho para o chão e a respondo com a voz baixa.
      _Ele foi embora para onde Bradley?
      _Ele está morto Katerina! James está morto!- surto e berro, deixando que todas as emoções e sentimentos saiam junto. Me sinto leve quase que imediatamente. Tudo o que guardei por vinte e sete anos, finalmente dito. 
       _Pai, eu estou vivo. Obrigada por notar. - meu filho aparece no fim do corredor, e com seu sorriso sarcástico habitual, anda em nossa direção. K troca olhares entre nós e sua pele branca, parece se empalidecer mais do que o normal.
       _Agora não filho.- acabo com nosso olhar de raiva e ressentimento e me viro para James.- Não é o melhor dos momentos.
       _Claro. Não é todo dia que sua esposa morre e sua ex-namorada louca volta. Te entendo perfeitamente.- ele me dá um tapinha nas costas e pisca para Katerina, que estreita os olhos.- Vocês falam muito alto. Mas algumas pessoas agradecem por isso.- não entendo. Ele caminha em direção da porta mais perto e a abre. De dentro dela, quatro corpos caem no chão, um por cima do outro.
       _Oi pai.- Victoria acena com um olhar de desculpas estampado, ainda caídos no chão.
       _Ei Katerina- William se pronuncia e todos olham para ele, inclusive a Katerina original, com certa dúvida do porque a estariam chamando. 
       _O que quer pirralho?- minha ruiva pergunta provavelmente já sabendo o que o irmão diria.
       _Você é sortuda.- ela estranha, assim como eu.- Você é a única com a original viva.- um silêncio se espalha.
       _Achei que fosse hora do almoço. Não deviam estar enchendo o estômago? - solto um sutil indireta na esperança de que eles entendam que está na hora de ir embora, mas o que se poderia esperar de um filho meu? Com certeza não isso.
       _Nós viemos te chamar. Tia Lyra estava louca atrás de você, mas a conversa estava mais interessante.
       _Eu tenho certeza de que eu não ensinei vocês a se esconder atrás da porta e escutar a conversa dos outros.- os repreendo, mas parece que nem assim eles me escutam.
       _ Pense antes de falar papai. Dois anos trás. Aniversário da tia Celeste em Dublin.-eles tentam refrescar a minha memória e gostaria muito de dizer que não me lembro daquele dia, mas infelizmente eu realmente os fiz se esconder e ouvir a conversa das garotas.
       _Não me lembro de nada disso.- minto. Lentamente eles vão se levantando e se ajeitando.
       _Vem com a gente?- pergunto para Katerina assim que ameaçamos voltar para a mesa. Ela hesita.
       _Eu preciso encontrar meu filho antes.
       _O loiro bonito?- Victoria se intromete e ela assente.- Já está lá.
    
       O resto do caminho ocorreu em completo silêncio. Ninguém sabia o que dizer, ou simplesmente não tinham vontade de dizer alguma coisa. Permaneci quieto, porque tinha a certeza de que se a abrisse, coisa boa não sairia.
       Todos estavam sentados na mesa do salão quando adentramos. E quando digo todos, eu quero dizer todo mundo mesmo. A família de America, Aspen, Celeste e Henry. 
        _Bradley, vejo que já conheceu minha amiga Katherine.- Lyra se levanta e corre até nós.
        _Qual o problema dessas pessoas com nomes falsos?- grito e as cabeças se viram para mim.- Serio. Eu quero entender. Porque? Era uma coisa exclusiva!- resmungo.
        _Fica quieto idiota!- Henry grita do outro lado da mesa e me joga um sapato, que não chega nem mesmo perto de cair perto do meu corpo.- Você só trocou o sobrenome! Quem é o idiota que faz isso?- mostro a língua e ele corresponde.
        _Do que você está falando Chamberlain?-Lyra aparece em meu campo de vista. Procuro pela cadeira mais próxima e subo em cima.
        _ Essa é a Katerina.
        _Katerina como...- Celeste começa a falar, mas nem é preciso terminar.
        _Essa mesmo.
        _Como eu adoro vir para cá.- George se pronuncia pela primeira vez e solta uma risada.
        _Acho que você tem muita coisa para explicar.- me viro para Katerina e depois vou para meu lugar na mesa.
      _Eu estava na casa de campo com James e senti o cheiro de fumaça. Ele estava dormindo então fui para a cozinha ver se tinha alguma coisa. Alguém me nocauteou por trás e eu apaguei. Acordei horas depois na grama. Seu pai estava lá. Ele me salvou. Mas agora que você me disse que ele botou fogo, eu não consigo entender porque me salvar, porque ele me fez prometer nunca contar que estava viva, ou meu filho se machucaria.
      _Ele queria me matar, não você. Simples assim.
      _Mas você nem estava lá.- exclama surpresa. Eu também ficaria assim quando descobrisse que o pai de alguém tentou matar o próprio filho.
      _Ele não esperava que você fosse me trair e fugir com o meu irmão. Somos dois.
      _Você pode parar de ser tão criança?
      _Criança?- me levanto- Se ponha em meu lugar. Imagine que James morra hoje e que daqui a trinta anos ele apareça, dizendo estar vivo e com um filho seu. Como acha que ficaria? Porque tenho certeza de que não irá agradecer ele por ter arruinado a sua vida!
      _Vocês dois podem parar?- Bradley júnior se levanta abruptamente da mesa e se porta confiante e sério em frente da cadeira.- Como você pode fazer isso com ele, mãe?- a dor em seus olhos é visível- E será que não entende que ela se arrepende de tudo, papai?- ele diz a última palavra com relutância.- Estou de saco cheio dessa briga dos dois.- então joga o guardanapo na mesa e sai a passos fundos.
       _Bradley James! Volte logo aqui!- Katerina tenta gritar, mas o garoto some da vista.
       Faço a primeira coisa que me veio na cabeça. Corro atrás dele.
       Não sei quanto tempo passei andando pelos corredores e pelos jardins, já estava desistindo quando vi os dois pés atrás do vaso de flor, com duas meias de cores diferentes. 
       _Sabia que te encontraria aqui.- me sento ao seu lado e encosto minha cabeça na parede.
       _Não sabia não.- ele não olha para mim.
       _Tem razão, eu não sabia.- sorrio, mas ele não parece notar.- Gostaria de me desculpar. Só tem sido uns últimos dias bem ocupados.
       Espero por alguma palavra, alguma frase de incentivo ou pelo menos um murmuro de aceitação, mas só encontro silêncio.
       _Não posso dizer que imagino o que está passando, não é sempre que você conhece o seu pai, se bem que eu realmente adoraria não ter conhecido o meu...- penso mais para mim mesmo, mas pareço ter chamado sua atenção. Ele se vira para mim, claramente surpreso pelo fato.
       _Porque? 
       _Seu avô não era uma das melhores pessoas do mundo. Já contei três vezes em que ele tentou me matar, tirando as milhares de outras vezes em que eu não descobri.
       _Ele tentou te matar?- a perplexidade é evidente em seu rosto.
       _Nossa relação é complicada.- explico.
       _Pelo menos teve sua mãe.
       _Ela morreu.- abaixo os olhos. Ele tenta dizer alguma coisa, mas se cala ao perceber que não há nada para se dizer.- Eu tinha quinze e desde então tive que me virar sozinho.
       _Mas você era um príncipe, sempre teve tudo o que quis.
       _Sim, eu era um príncipe e sim, eu sempre tive o que quis. Mas não do jeito que você imagina. As pessoas nunca souberam da minha existência, eu me mantinha longe de todos e de tudo. Eu tinha meus irmãos e sua mãe, por um tempo, e era isso que eu precisava. Então ela morreu, meu irmão foi obrigado a se casar, ele se mudou para cá e depois de um tempo eu me juntei a ele. Seus tios morreram e Lyra e Henry resolveram fugir. Muitos dizem que eles abdicaram o trono, eu prefiro pensar que eu abdiquei minha liberdade em favor dos dois.
       _Então o senhor não queria ser um rei? Não me surpreende, acho que eu também não gostaria.
       _Sinto lhe dizer, mas agora você é o herdeiro do trono.- ele se assusta e solto uma risada baixa.- não se preocupe com isso, não precisa ser nada que não queira.
       _Bom.- é a única coisa que ele diz antes de se encostar na parede novamente e fixar seu olhar na parede oposta.
       _Não seja tão dura com a sua mãe.- ele resmunga e diz algumas coisas em uma língua diferente que imagino ser palavras feias em espanhol.- Ela pode ser séria, irritante e chata na maioria das vezes, mas pelo menos você tem uma mãe.- abaixo os olhos. Não ouço nada dele, ao invés disso sinto a dor em meu ombro.
     _Ai!- grito e boto a mão no local atingido.- Porque fez isso?
     _Era para ser mais fraco- ele sorri.- Considere como um abraço.-completa.
     _Queria deixar claro que de agora em diante você não está mais sozinho, mesmo que pense em desistir de qualquer coisa, eu vou te encher a paciência até que repense e volte atrás. Quando sentir dor vou te dar um soco, igualzinho o que você me deu agora. Faça o que eu deveria ter feito desde o começo, viva cada dia como se fosse o único, porque ele realmente pode ser o único.- seus olhos me analisam com tamanha atenção que me assusto por ele realmente estar prestando atenção.
     _Sei que ela se foi, mas se ainda não viu, existem muitos outros aqui. Então se pensar em desistir alguma vez, vou te encher a paciência até que volte atrás. America teve sorte em ter você, ela estaria orgulhosa.- ele se levanta lentamente e sorri para mim. Me perco em suas palavras e me admiro com sua convicção. Não posso recuperar vinte sete anos sozinhos, mas talvez eu possa recompensar nos próximos.
    _Você vem?- estende a mão, que eu pego grato.

    

      Há horas tento dormir sem sucesso. Tenho tantas coisas na cabeça que não consigo me lembrar de nenhuma em particular. Sempre que abro os olhos, espero vê-la dormindo pacificamente ao meu lado, mas assim que não encontrar ninguém me lembro de que nunca nunca mais a verei aqui, ou em qualquer lugar. Tempo é a coisa mais preciosa nesse momento. Em praticamente todos os momentos acho que eu não vou suportar, que a hora vai chegar e vou simplesmente desmoronar, mas eu continuo me segurando, tentando cumprir a promessa que fiz a você de seguir em frente. Agora a dor é menor do que era um minuto atrás, mas ela é maior do que será daqui a um minuto. E não tem nada que eu possa fazer em relação a isso.
      Me levanto e saio pelos corredores frios. Meus pés tocam o chão de mármore e me arrependo de não ter colocado pelo menos um robe. Não sei para onde vou, simplesmente ando, sem destino. AO virar a próxima curva, no final do corredor, a janela para o palanque da varanda está aberto, movimentando as cortinas.
      _O que está fazendo aqui, Bradley?- uma voz feminina surge do lado de fora. Continuo andando até ver a figura de Katerina apoiada na grade.
      _Não conseguia dormir. O enterro é amanhã e eu não quero dizer adeus.- respondo e me encosto na lateral da porta. 
      _Então não diga adeus.- é o que ela responde, ainda sem se virar para mim. Permanecemos em silêncio, simplesmente aproveitando a luz da lua e o barulho dos carros abaixo de nós.
      _Porque mentiu de novo?  Como eu já disse antes, você é uma péssima mentirosa. Quando ia me dizer que James é o pai do seu filho?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!! Queria agradecer mtooo pelos comentarios do cap passado!! Simplesmente AMEI! Me desculpem demorar para responder... Beijos!