The New Start escrita por SparrowJackson


Capítulo 21
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Bom diaaaaaaaaa! Tudo bem com voces? Cap narrado pelo meu personagem favorito! Espero que gostem! O James é o Joe Dempsie de Game of Thrones.



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POV James

_Eu acho - digo levantando minha mão para que todos prestem atenção em mim- que Henry tem o direito de se explicar. Afinal, ele que fez a merda toda.
_Olha o palavreado James!- minha sogra me repreende e eu bufo.
Já estávamos nessa sala faz horas. Eu, Victória, meus sogros e grande parte dos conselheiros, discutindo tudo o que aconteceu ontem. Já estou de saco cheio. Eles não podem simplesmente aceitar que o garoto se casou e deixar ele em paz? Já haviam passado umas semanas desde o casamento e eles resolveram discutir isso agora e acabar com o momento de paz que me alegrava. Permaneci calado o tempo todo, não era meu problema, portanto não tinha direito de julgar. Mas esses ministros velhos e rabugentos já estão me dando nos nervos. Vick sabe que estou perdendo a paciência, não sou de esconder minhas emoções. Ela me abraça e me pede para relaxar mas as pessoas não sabem? Nunca diga relaxe para uma alguém estressado.
_O garoto tem 20 anos! O que ele fez de errado? Não queriam que ele se casasse e parasse de ser um jovem irresponsável?- explodo de vez e me levanto da cadeira. Fico em silêncio por um tempo, esperando por alguma reação, mas ninguém ousa e atrapalhar.- Pois bem. Conseguiram! Ele está casado e duvido que a mulher dele deixará que ele saia do palácio sem ela. Ela me dá medos, a garota.- continuo com uma risada.
_Se estão preocupados sobre a aliança com a França, me poupem! Se vocês não viram, eu vi! Daphne era a pessoa mais feliz naquele salão. Ela sabia que não se casaria e abriu mão disso. Ela não vai mandar o papai mobilizar tropas e tirar o traseiro dele do trono real só porque Henry não se casou com ela.- olho os rostos das pessoas ao me redor e vejo seus olhares assustados. Acho que nunca me viram tão irritado. Bom, pelo agora eles sabem que não devem se mexer comigo. Eles que começaram. - Do mesmo jeito que Henry a convenceu de desistir do casamento, ele pode a convencer de manter a aliança. Mas para isso, ele precisa estar presente.
Tenho um lado artístico na família. Se não fosse príncipe, com certeza sonharia em ser ator. Pela cara de todos ao meu redor, acho que conseguiria. Pode parecer exagero, ou idiotice, mas sempre quis sair desse escritório e bater a porta com a maior força que tenho. Desejo realizado. Assim que termino meu discurso, vou em direção a porta e saio batendo-a com força. Não sei se tentaram me impedir, se falaram alguma coisa, só sei que assim que pus meus pés para fora da sala, ri mais do que jamais ri na minha vida inteira.
_Então?- Henry aparece animado ao meu lado e se junta nas risadas- Conseguiu? Vou poder falar?
_Agora você pode admitir, que seu cunhadinho aqui é simplesmente demais!- digo convencido
Ele ri debochadamente e entra devagar na toca do leão.
_Boa sorte, vai precisar.

Victoria sai pouco tempo depois e se junta a mim. Ela não estava em seus melhores humores. Já sei que vai sobrar para mim. Antes mesmo que ela possa abrir a boca para falar qualquer coisa e brigar comigo pelo meu mau comportamento começo a me desculpar.
_Desculpa se desrespeitei seus pais na frente de muitas pessoas e se não me portei como digno do meu cargo.- digo com uma voz de tédio- Tenho que aprender a lidar com as minhas emoções e não deixar que elas afetem meu julgamento e blá blá blá- continuo lentamente.
_Na verdade eu ia dizer que estava orgulhosa por defender meu irmão, mas isso também serve.- diz rindo.
Vick é uma pessoa muito centrada e responsável e que apesar de não ser a futura rainha da Grã-Bretanha, se porta como uma. Então quando a faço rir, aproveito cada segundo, por que sei que isso só irá acontecer de novo daqui a anos. Ela ama o irmão mais do que nunca, apesar de serem completos opostos, e acreditando que ele não será um bom rei nunca, ela o defende e faz de tudo para que as pessoas vejam o lado bom que existe. Seu maior sonho é o ver sentado no trono, como um rei justo e responsável que ela tem a esperança que ele um dia possa se tornar.
Sua família não é totalmente contra Lyra, não é que eles não gostem dela. Eles só querem tudo ao seu controle, e eles não conseguem controlar ela. Pode parecer que são más pessoas, mas é o contrário. São uma das melhores pessoas que conheço. Me receberam como um filho e sou eternamente grato, mas às vezes eles passam do limite e precisam que alguém os faça voltar para a Terra.
Ser obrigado a se casar com uma mulher que não conhece e ter que se mudar para um país que nunca visitou, não é das melhores situações. Por isso o defendi, eu o entendo. E também porque não quero ser rei. Se ele fosse para a França, Victoria seria a próxima na linha de sucessão. E se essa garota já é estressada tendo que governar seu quarto, imagina se tivesse que governar um país inteiro?

As amigas de Lyra, Louisa e Celeste, praticamente moram no palácio. Não sei porque não arranjam um quarto para elas ou as transforman em damas de companhia. Elas já estão aqui mesmo, que diferença faz? Eu me divirto com as três. Ter alguém de fora aqui no palácio por tanto tempo assim é quase que raro. Me sinto mais confortável com elas do que com o resto da corte. Eles são tão certinhos, perfeitinhos, e isso me irrita profundamente. Vou na direção das três, que conversam animadamente no meio do corredor.
_Atrapalho a conversa?-digo me intrometendo.
_Na verdade não. Lyra está prestes a discursar sua teoria da conspiração.-diz Celeste rindo absurdamente. Teorias da conspiração? Preciso ouvir essa.
_Conspiração do que?- pergunto intrigado.
_Guerra com a Nova Ásia, envolvimento da Irlanda, Guerra Civil que acabamos de sair. Essas coisas.
Assim que as palavras começam a ser ditas me aterrorizo. Não é possível que todas as minhas especulações sejam verdade? Se mais uma pessoa percebeu, é sinal de as coisas não foram como todos esperam, que fios foram deixados de lado e que provas sobre a verdade estão em algum lugar, basta saber onde procurar.
_Caramba James! Você está bem? Ficou branco do nada. - Lyra diz enquanto me faz sentar em um banco próximo.- Peguem água para ele por favor. Agora!- ela manda enquanto Louisa e Celeste correm.- Agora me conta o que você sabe! -ela demanda.
_Como sabe que sei de alguma coisa?-pergunto cínico. Ela simplesmente me olha com cara de brava. Ela realmente me dá medo.
_Quem eu to querendo enganar. Tá na cara que sei alguma coisa-digo rindo de sua cara.
_Olha, tem que prometer não comentar isso com ninguém.- ela assente- Não sei muito, mas conversei com os poucos sobreviventes Illeanos que conseguiram sair da Nova Ásia e parece que nunca aconteceu uma guerra de verdade. Era tudo falso sabe, uma distração para o verdadeiro problema, que eu não sei qual é. A Grã-Bretanha foi só uma vítima de tudo, fiz umas pesquisas e não acho que ela tenha algo a ver com toda a armação. Essa guerra foi só o começo. Não tenho ideia do porque a Irlanda entrou na guerra, porque ela resolveu que a Irlanda do Norte era seu território e invadiu a Grã-Bretanha, ou porque o meu país está envolvido nessa briga. Só sei que a nossa separação do resto da Austrália foi nessa época. Somos um país muito novo, muito novo mesmo, alianças são necessárias, não guerras.-digo triste pelo meu lar.
Meus pais não são bem o exemplo de justiça. Não sei como minha irmã aguentou ficar por lá, mas na primeira oportunidade que tive, me mandei. Meus pais são ditadores, deram um golpe de estado e tomaram o poder. Ficaram com a parte rica e produtiva do país, deixando milhares de pessoas à merce da miséria pela ilha inteira. Me desculpem se não vou dar um presente de Dia dos pais ou das mães para eles. Não merecem. Fizeram a vida do meu irmão praticamente um inferno, mas ele conseguiu sair de lá.
_Se achar a conexão entre Irlanda, Illea e Nova gales do Sul, achará sua resposta.- termino quando Louisa chega com um copo de água gelada na mão. O bebo rapidamente e olho para Lyra, que está estática desde que abri minha boca na primeira vez. Não sei se é o que ela queria saber, mas tenho a impressão de que acabei de ascender a sua chama e que ela não vai para até descobrir o que aconteceu, ou o que está acontecendo. Ela pode estar segura na corte britânica, mas fora dos muros, ela não é ninguém. Somente uma alvo para as pessoas que fazem de tudo para esconder os segredos que Lyra acaba de revirar.
Ela não sabe no que está se metendo. Lyra agora é princesa e deverá agir como tal, mesmo que não goste. Mas eu, eu adoro ser príncipe, não mudaria isso em minha vida, mas se pudesse desejar qualquer coisa, pediria para voltar para Gales junto com o meu irmão. Sem pais. Somente nós dois e o velho estábulo que costumávamos cavalgar.
Meu irmão é a pessoa que mais amo na minha vida. Se não fosse por ele já teria enlouquecido a bastante tempo. Ele não gosta da realeza, ele não gosta de títulos. Anos se passaram para que papai deixasse que ele se mudasse para cá comigo. Até hoje não sei como ele conseguiu esse feito.
De um tempo para cá ele tem estado distante. Visita muito pouco. A última vez que o vi foi no casamento do Henry e mesmo assim, ficou sumido a maior parte da festa. Não sei o que está acontecendo com ele. Antes, passava todas as tardes comigo, Victoria e qualquer convidado que estivesse no palácio no dia, jogando conversa fora. Então ele começou a viajar, conhecer o mundo, e parou de aparecer. Mesmo quando voltou e se estabeleceu de novo, não deu muitas notícias.
Me sinto sozinho em um campo minado. No meio de confusões e intrigas que não entendo.

Louisa está sentada na grama, no lugar mais afastado do jardim, com o rosto entre as mãos. Não parece feliz. Devagar caminho em sua direção, para não assusta-la ou a tirar de seus pensamentos, me sento ao seu lado lentamente. Ela não diz oi, fica em silêncio.
_Quer me dizer o que está acontecendo?-pergunto honestamente enquanto olho para o horizonte. Consigo ver que ela levantou a cabeça, mas continua sem falar nada.
_Sabe, eu não entendi ainda como virei o conselheiro do palácio em menos de um dia. Geralmente nunca pedem minha opinião, dizem que só falo besteira. Mas hoje, salvei a vida do Henry contra vários ministros raivosos, conspirei com a Lyra e aqui estou. Se eu fosse você falava logo, porque minha onda de sorte passa rápido.-digo rindo de mim mesmo. Ela abre um sorriso. Isso já é um começo.
_Meu namorado está mentindo para mim.-ela diz simplesmente depois de um tempo de silêncio.
_E o que está fazendo aqui? Vai descobrir a verdade!-digo rapidamente. É tão fácil. Do que ela está reclamando?
_Meu namorado, é meu professor James. - ela diz envergonhada.
_Agora você tem um problema. Já falou com ele?
_Não. Não sei o que dizer. Porque tem um cara te seguindo aonde quer que você vá? Porque está tão frio e distante?
_Exatamente isso! Você diz exatamente isso- responde animado sem parar de apontas meus dedos para o céu.
_Qualquer um seria idiota de não ver como você é especial.- digo sincero- Eu tive essa namorada, ela já morreu, mas ela tinha um segredo, e se ela tivesse contado, provavelmente estaria viva nesse momento.-ela me olha com cara de assustada- O que quero dizer, é que na maioria das vezes, os motivos para se guardar um segredo são bons. Todo mundo possui segredos. Você inclusive- ela me olha ainda mais assustada e ri- Relaxa, não sei de nada. Mas fale com ele e ouça o que ele tem para dizer. Pode se surpreender com o que vai descobrir.
Digo vagamente, me levanto e saio de lá. Deixando-na com seus pensamentos. Se seu namorado for o homem que estava com ela no baile e na festa de casamento, ela ainda tem muito para descobrir.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Terça posto o próximo.



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