This is not a love story escrita por Sra Lecter


Capítulo 8
Capítulo 8 - Revelando sentimentos


Notas iniciais do capítulo

"Elas estão quebradas, um milhão de pedaços, espalhados pelo chão."



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Amanda conheceu Peter há alguns meses, Carisi os apresentou, mas ela não achou que iria gostar dele. No início era apenas curtição nunca lhe passara a ideia de namorá-lo, até que um dia ele apareceu em sua casa com um buquê de rosas vermelhas e um vinho. Entre a bebedeira e as caricias ele a pediu em namoro e em um momento de insanidade ela aceitou, mas não se arrependeu depois.

—Amanda...! –ele desce do carro e corre em direção da loira.

—Peter. –ela se levanta e o abraça, como se não o visse há anos.

—O que aconteceu? –pergunta ele após o longo abraço.

—Só preciso sair daqui. –ela mantém o braço envolto em sua cintura, não deseja parar de tocá-lo.

—Tudo bem, amor. –ele beija sua testa e os dois caminham em direção ao carro em passos rápidos.

O caminho até a casa de Peter é silencioso. Amanda não sabe o que irá fazer, não quer permanecer com mentiras, não quer contar a verdade também. Tem medo de que estrague tudo com Peter e que estrague mais o que ainda tem com Olivia.

—Vai me contar o que aconteceu? –pergunta Peter assim que fecha a porta de casa.

—Eu só... Bebi demais e bati em um colega.

—Carisi? Por que ele é um idiota mesmo. –Peter dá um sorriso.

—Não... Foi em Nick. –ela se senta no sofá.

—Por quê? –pergunta Peter sem entender.

—Eu não sei. Raiva acumulada. Acabei me excedendo um pouco. –ela decide omitir o real motivo. Ciúmes.

—Ele vai entender. Você bebeu um pouco demais e acabou fazendo besteira. Não se preocupe. –ele se aproxima dela.

—Você não entende. –ela levanta e se afasta.

—Entendo, Amanda. Você está me escondendo algum detalhe? –ele se aproxima novamente.

—Não! –ela desliza os dedos entre os fios amarelos.

—Então vai ficar tudo bem. –ele a envolve com os braços musculosos.

—Eu não sei por que está tão preocupada, Amanda. Se acalme. –ele fala calmamente, tentando transmitir sua tranquilidade.

Ela o afasta e limpa as lágrimas que deslizam por seu rosto. Encara-o, não sabe se fez o certo em não contar sobre Olivia.

—O que foi? –pergunta ele sem compreender o olhar da loira.

—Preciso ir embora. Não quero mais te ver. –ela diz e começa seus passos em direção à porta.

 -O que? –ele segura o braço da loira. –Amanda, eu te amo.

—Obrigada. –ela puxa o braço com força para se livrar dele e vai embora.

Sem pressa em ir para casa e com o efeito do álcool passando, ela decide ir até a Unidade. A equipe de plantão deve estar lá e isso a manterá distraída.

Seu celular não para de tocar, e quando finalmente Peter decide parar de ligar, começa a mandar-lhe mensagens. Cansada da insistência do homem, Amanda desliga o celular e continua sua caminhada.

Ao chegar em frente a Unidade avista o carro de Olivia. O que a morena estará fazendo ali, o mesmo que ela? Amanda corre até a porta para descobrir.

—Boa noite. –um detetive de plantão à cumprimenta, mas ela não responde, vê Olivia sentada em sua mesa e tenta não ser avistada pela mesma.

A detetive senta-se à mesa de Fin, onde não será vista pela sargento. Mas é tarde demais a mulher já percebeu sua presença.

—Eu tentei ligar. –Olivia diz ao se aproximar da mesa.

—Desliguei meu celular. –Amanda diz sem tirar os olhos da tela do computador em sua frente.

—Você não vai se desculpar? –pergunta Olivia em tom irritado.

—Eu não preciso. –Amanda responde ainda sem mudar a direção de seu olhar.

—Olhe para mim! –Olivia grita. Os detetives de plantão olham para as duas deixando-as desconfortáveis.

—Fale baixo, por favor. –Amanda finalmente olha para ela.

—Vamos conversar na minha sala. –Olivia diz e parte em caminho à sua sala. Amanda a segue.

Com as duas dentro da sala, Amanda fecha a porta para evitar que curiosos escutem a conversa.

—Aonde estava com a cabeça quando decidiu bater na minha porta durante a madrugada e atacar Nick? –pergunta Olivia com a expressão indecifrável.

—Quem está com Noah? Nick? –pergunta Amanda.

—Responda a minha pergunta! –a morena está brava com as atitudes irresponsáveis de Amanda.

—Pare de gritar, sargento. –Amanda diz com voz calma, nada parecida com o nervosismo que abrange seu peito. Em geral Olivia deixava-a nervosa, mas agora, com o que fez há algumas horas, está ainda mais.

—Amanda, você não possui o direito de fazer isso. Você não pode. Entende? –pergunta Olivia com o tom elevado.

—Entendo! –agora é Amanda que grita. O grito surpreende Olivia.

—Então por que fez isso?

—Porque sou uma idiota...

—Concordo. –Olivia assente.

—Porque não consegui evitar a agonia que era pensar naquele imbecil tocando teu corpo, beijando você, acariciando você, penetrando você... –Amanda diz com a voz grave, como se estivesse finalmente desengasgando, colocando para fora as palavras que tanto queria.

—Achei que tivéssemos conversado sobre isso.

—Você nunca percebeu o que sinto. É patético ter que dizer. –Amanda revira os olhos.

—Amanda...

—Só sugeri nossa relação “amigas de foda” porque não sabia como te dizer. Não sabia como te fazer perceber o que sinto.

—Se soubesse suas reais intenções jamais teria aceitado. –diz Olivia imparcial.

—Claro. Para você foi apenas sexo. Pra você sempre é só sexo! –grita a loira entre lágrimas.

Olivia olha pela janela para ver se não há ninguém ouvindo a conversa.

—Eu não sei o que dizer. –Olivia desvia o olhar para Amanda.

—Só... Não faça sentir-me ainda mais idiota. –Amanda limpa o rosto com as costas da mão direita.

—Eu não amo você. –diz Olivia.

—Poxa, que droga não é mesmo? Porque eu amo você. –a loira ergue a cabeça e olha para Olivia.


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Notas finais do capítulo

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