This is not a love story escrita por Sra Lecter


Capítulo 10
Capítulo 10 - Não vá, por favor.


Notas iniciais do capítulo

E cada segundo é uma tortura. Esse inferno vai acabar, estou encontrando maneiras de te deixar para trás.



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SEMANAS DEPOIS...

Olivia retornará para a Unidade hoje, depois de algumas semanas de afastamento. Está sentindo-se bem, a cicatriz em seu tórax ainda a deixa incomodada, mas espera que ela suma logo.

—Bom dia, Luci. –diz Olivia adentrando a cozinha.

—Bom dia. Acordou cedo. –observa a jovem, que tem passado as noites para ajudar Olivia com Noah e a casa.

—Vou encontrar Amanda antes de ir para o trabalho. –ela diz ligando a cafeteira.

—Amanda? –questiona Luci erguendo uma sobrancelha.

—Sim. –Olivia responde e vai até a geladeira, desejando que Luci não prolongue o assunto.

Porém a jovem adentra a cozinha, cruza os braços e encara a morena.

—O que foi? –pergunta Olivia retirando o pote com queijo da geladeira, fecha a mesma.

—Você levou um tiro. –Luci diz indignada.

—E...? –Olivia não entende.

—Essa mulher, ela... Bagunçou sua vida, ela fez sua vida correr perigo, ela... Você levou um tiro!

—Luci, eu corro risco de ser baleada todo dia no meu trabalho, na rua, na minha própria casa. –Olivia diz com um sorriso.

—Você gosta dela. –Luci finalmente entende.

—Eu... O que?

—É isso. Só pode ser isso. –Luci descruza os braços e abre a porta do armário pegando o pão e entrega para Olivia.

Elas permanecem em silêncio.  Olivia faz um sanduíche e serve o café.

—Quer? –pergunta ela à Luci.

—Não, obrigada. –ela recusa.

—Olha, não se preocupe comigo, ok? E Amanda não teve culpa. –Olivia bebe um gole de sua xícara.

—Claro que teve. Ela se envolveu com você mesmo estando em um relacionamento e aí o doido do namorado dela tentou mata-lá.

—Mas não matou. –Olivia sorri.

—Porque você se jogou na frente da bala. Noah quase ficou sem mãe.

—Não seja tão dramática.

Luci permanece em silêncio e então sai da cozinha.

Olivia termina seu café e vai para o quarto terminar de se arrumar. Antes de sair despede-se de Luci, que não responde.

No caminho para o café onde irá encontrar Amanda, ela repassa as palavras para não esquecer na hora de dizê-las. Finalmente, após levar um tiro e passar dias pensando, a morena aceita os sentimentos que florescem em seu peito e pretende contar para Amanda. Encontrará com a loira pela primeira vez depois do acontecido, trocaram mensagens durante o seu afastamento, mas ela pediu que Amanda não fosse até sua casa, afinal não saberia como se comportar perto dela.

—Bom dia. –Amanda a cumprimenta assim que se senta à mesa. –Quer um café?

—Bom dia. Não, obrigada. Tomei em casa. –Olivia responde com um sorriso curto.

—Você parece ótima. –Amanda sorri.

—Obrigada.

—Então... Eu queria encontrar você para contar... –Amanda é interrompida pelo garçom.

—Café? –ele pergunta para Olivia.

—Não, obrigada. –ela responde rapidamente.

—Panquecas? –pergunta ele.

—Não vou pedir nada por enquanto, obrigada. –responde já irritada. O garçom assente e se afasta da mesa.

—Retomando: Eu queria te contar, em primeira mão, que vou pedir para mudar de Unidade. –Amanda diz finalmente.

—Você... Vai sair da Unidade?

—Sim.

—Mas... Por quê? O que?

—Você levou um tiro, Olivia. Por minha causa. Eu amo essa Unidade, eu amo trabalhar com vocês, são uma família para mim, mas eu... Preciso de um tempo, preciso me encontrar. –Amanda responde evitando o olhar de Olivia.

—Não. Você não vai sair da Unidade. –Olivia diz com firmeza.

—Olivia...

—Tire umas férias, se afaste, tire o tempo que quiser, mas não vá embora.

—Eu não posso ficar na Unidade, Olivia. Eu... Simplesmente não posso. –Amanda balança a cabeça e seu olhar encontra o da morena. O tempo pára ao redor das duas.

—Por quê? –Olivia pergunta.

—Porque eu amo você. –Amanda diz, sua voz é firme, já não se sente envergonhada, ou confusa, essa é a verdade e para que essa intensidade passe ela precisa se afastar.

—Você não pode ir embora. Não agora. –Olivia baixa o olhar, leva os dedos aos cabelos castanhos.

—Por quê? Você mesma queria que eu fosse embora. Você disse isso.

—Sim, mas... Isso foi antes...

—Antes de que, Olivia? –Amanda pergunta já exasperada.

—Antes de eu me apaixonar por você. –Olivia ergue o olhar para Amanda.

—O que? –pergunta a loira achando ter ouvido errado.

—Eu estou apaixonada por você. Eu só penso em você. Eu quero você. –Olivia diz as palavras e sorri sem jeito, se sente uma boba, mas não é isso que significa estar apaixonada afinal?

—Você não pode estar falando sério. –Amanda diz descrente.

—Amanda...

—Você me fez sentir a pior pessoa do mundo. Você me mandou embora enquanto sangrava na maca, eu me odiei por ter feito você sofrer, eu desejei nunca mais amar ninguém, eu desejei morrer...

—Me desculpe. Eu... Não quis dizer aquilo, eu...

—A dor que você estava sentindo não chegou perto da dor que sinto todo dia. Todo santo dia desde que me apaixonei por você. –Amanda diz com os olhos cheios d’água.

—Eu sei, Amanda. Eu sei. Eu magoei você. Se pudesse, eu voltaria no tempo, eu não machucaria você, mas...

—Você não pode, não é mesmo? –Amanda se levanta.

—Amanda, por favor, não vá embora da Unidade. Não vá embora da minha vida. –Olivia diz segurando o braço da loira.


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Notas finais do capítulo

Mil perdões pela demora, leitoras, mas voltei e cheia de ideias.
Irei contar o que aconteceu no hospital, qnd a Olivia foi baleada, no decorrer dos novos capítulos.
Espero que tenham gostado. Está confuso, mas tudo vai se desenrolar bem. rs