Doce Tentação escrita por Mikally


Capítulo 14
'' Cass!? ''


Notas iniciais do capítulo

OI
Gente, deculpa
Desculpa MESMO
Sei que vcs nem querem mais desculpas, masé serio
Minha vidinha ta um INFERNO
Estou trabalhando nisso a DIAS
SIM
DIAS
Sei que ta curtinho, desculpem MESMO
Amanha tenho aula, e não poso ficar ate tarde
Ai gente, desculpa mesmo
Eu amo cada um de vocês, e sei que vcs gostam da fic, então, serio, desculpem pela atualização estar lenta assim
Desculpem MESMO
Vou TENTAR atualizar a mais rápido possível.
Espero que goste
O cap é curto, mas é importante.



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—C-como assim? – Questionou Castiel gago, pela, oque parecia, milésima vez.

Naomi suspirou pacientemente.

— Entenda Castiel. Você já tem 17 anos. É de costume menino com menos de sua idade, já terem... Engajado em algum tipo de compromisso com uma moça. Hanna é uma boa menina, da igreja, filha do pastor. Vai ser bom para você.

—Ma-mas...Mas eu não gosto dela desse jeito...Estou apenas esperando pela pessoa certa.

—Talvez ela seja a pessoa certa. É o certo que você tem de fazer.

—Por que!? – Castiel exclamou, recebendo um olhar reprovador de Naomi.

—Pois, Castiel – Disse a mulher com a voz branda – As pessoas...Como eu já disse, já era para você ter algum, qualquer um, tipo de relacionamento com uma menina. As pessoas começam a pensar...Coisas, coisas que eu não quero que pensem.

—Que coisas? –Perguntou o menino ultrajado.

—Preferencias sexuais inapropriadas.  – Respondeu a mulher com uma voz que dava a entender o fim do assunto.

—E-eu...Por favor, Naomi... – Castiel não sabia oque estava  pedindo exatamente, ele estava apenas pedindo, pedindo por algo  que o tirasse disso.

—O assunto esta acabado – Disse a mulher – Ou você quer ser para mim o mesmo fardo que foi para sua mãe?

Castiel pareceu ter lavado um tapa. Sentiu seus olhos arderem, e soube que estava próximo de sucumbir às lágrimas.

—Limpe essas lágrimas e vá se arrumar. O pronunciamento será hoje a noite, quando o pai de Hanna voltar, iremos jantar juntos aqui em casa. Vá.

O menino apenas balançou a cabeça e virou-se para subir as escadas. Pulou os degraus de 2 em 2 e entrou no quarto, fechando a porta com cuidado, e trancando-a.

Assim que se certificou que a porta estava trancada, Castiel se jogou na cama, deixando as lágrimas descerem.

Ele não sabia ao certo porque estava chorando. Não sabia por quem.

Castiel não entendia porque aquelas lágrimas estavam manchando seu rosto, mas elas simplesmente teimavam em descer, e seu coração teimava em se apertar no peito a cada soluço que ele dava.

O garoto ouviu uma batida na porta, e logo sentou-se na cama, limpando o rosto rapidamente, como já fizera tantas vezes quando Bela entrava no quarto sem aviso.

Mas isso não a impediu de ir embora.

Ao menos era oque Naomi dissera. Ela fora embora por sua causa. Seu pai morrera por sua causa.

Tudo era culpa dele. E ele sabia disso. Por isso tinha que ser um garoto melhor, por isso não podia desobedecer a Naomi.

—Quem é? – Perguntou o menino, com a voz ligeiramente tremida e rouca.

—Han... Cassie? – Chamou uma voz feminina – Posso entrar?

Castiel colocou a cabeça entre as mãos, massageando as têmporas.

—É... É que... E-eu estou indo tomar banho agora, Hanna. Vemos-nos no jantar, ok?

Hanna hesitou do lado de fora, mas por fim concordou, e Castiel pode sentir seus passos se distanciando. Então, a porta do quarto dela foi fechada, e enfim, ele escutou o barulho do chuveiro dela ligando-se.

O moreno respirou fundo. Sua mente não estava raciocinando. Ele pensou no jantar. Claro que o pastor aceitaria, e quanto a Hanna... Ele não tinha dúvidas. Depois do namoro, viria o noivado, diriam-lhe que seria apenas para firmar o compromisso, o casório demoraria, mas Castiel já vira isso acontecer. O casamente seria alguns meses depois.

E então sua vida estaria perdida.

Desde pequeno ele sempre soube que isso iria acontecer. Sempre. Mas agora...Agora que estava tão perto e tão real, ele percebeu que não estava pronto para isso. Não agora...

Não agora que Dean voltou.

Não soube por que, mas ao pensar no menino de olhos verdes seu coração disparou. Sem pensar, ele se viu saindo do quarto, e descendo em silencio até a sala. Abriu a porta com cuidado, e já estava correndo pela rua, apenas com uma blusa azul colada, e uma calça comprida de moletom branca.

Sabia que era errado. Sentiu que Naomi não gostava de Dean, nem um pouco, e depois daquele sonho...

Castiel tocou a campainha

Depois daquele sonho... O entendimento veio a mente do moreno. Deus lhe mandara aquele sonho. Dean era sua perdição. Dean era o mau empessoa para sua vida. Dean era...

A porta se abriu e uma voz ligeiramente rouca e surpresa chegou aos ouvidos de Castiel.

Todos os pensamentos sãos fugiram a cabeça de Castiel. Ao ver Dean ali, parado, com seus cabelos loiros bagunçados,  os olhos verdes brilhando e vestindo apena uma bermuda cinza, Castiel perdeu a sanidade. Os pensamentos sobre seu futuro, sobre oque era certo ou errado, sobre o outro ser sua perdição.

Castiel apenas sentiu as lágrimas voltando a seus olhos, e sua boca tremeu, um soluço irrompeu do menino.

Cass? – Chamou Dean assustado e preocupado.

Ao ouvir seu apelido ser chamado com tanto carinho, carinho que ele não ouvira a anos, Castiel se deixou levar. Deu um passo em falso para frente, e deixou-se ser envolvido pelos fortes braços de Dean, enquanto seu rosto estava enterrado na curvatura do pescoço do outro.

Dean respirou fundo, seu queixo batia no topo do emaranhado de cabelos negros do outro. A doce fragrância de Castiel chegou a seu olfato, e o loiro sentiu-se no paraíso. Quando sentiu seu pescoço molhado, percebeu que seu pequeno estava chorando.

Dean segurou a cintura de Castiel, rodando-o no chão, e fechando a porta com o pé. Caminhou lentamente até o sofá, sem soltar Castiel por um segundo, e então, ao chegar no pé do grande sofá, Dean segurou os ombros de Castiel, afastando-o minimamente  de si, e o olhando nos olhos.

—Cass? Oque houve? – Sua voz estava refletindo a preocupação que estava sentindo.

Castiel não conseguiu formular uma frase, apenas se livrou do aperto de Dean e jogou-se no enorme sofá, e se encolheu no canto dele.

Lentamente, Dean deitou-se atrás de Castiel, abraçando-o, e dando um beijo na nuca do outro, fazendo-o tremer da cabeça aos pés.

Castiel sabia que era errado. Como era errado. Sabia que iria queimar no inferno por toda eternidade, ah, se ele ia. Sabia que desapontaria Naomi, coisa que ele tentava não fazer desde que ela chegava.

Mas parecia que a presença de Dean eliminava todo e qualquer vestígio de sanidade que ele poderia ter.

Castiel se virou vagarosamente, ficando de frente para Dean no sofá. O loiro sentia cada músculo tenso de Castiel.

—Cass – Dean passou seu polegar pela bochecha de Castiel, lenta e carinhosamente.

Era disso que o menino precisava. Castiel se aprumou e esticou o pescoço. Seus lábios estavam a centímetros. Fechando os olhos, Castiel pode ver as chamas do inferno consumindo-o.

E ele não ligou.

Quando o moreno já podia quase sentir os lábio macios de Dean, um forte e constante som ressonou por toda a casa, assustando o menino, e fazendo-o se afastar rapidamente de Dean.

Dean despejou centenas de palavrões ao se levantar para atender a porta. O coração de Castiel estava acelerado, e ele mordia o lábio inferior com força total, ate sentir um filete de sangue escorrer para dentro da boca.

Ele quase beijara Dean!

Uma parte de si estava eufórica. Dentro dele, ele sempre soube oque queria.

Mas a outra parte...

A outra parte veio a tona quando escutou uma voz familiar gritando do lado de fora.

—ONDE ESTÁ CASTIEL? HÃN? ONDE ESTA ELE?

—Você não vai chegar perto dele – Disse Dean com uma voz fria que arrepiou até Castiel, que era o protegido da história. O moreno pode escutar Naomi hesitar ante de falar novamente.

—EU VOU CHAMAR A POLICIA!

—ÓTIMO! E CHAME JUNTO O CONSELHO TUTELAR! – Irritou-se Dean.

Gabriel. Oque Gabriel deve ter contado a Dean? Castiel pode sentir a situação ir fora de controle, e perdendo o terror, não, escondendo o terror que sentia, apareceu na porta, e passou por Dean, sem olhar para ele. Naomi o encarava incisivamente.

—Não posso visitar meus amigos? –Perguntou Castiel. Não em um tom de desafio, mas em um tom que pedia permissão.

—A partir de hoje – Disse Naomi encarando Dean friamente – Este aqui não.

Novamente os olhos de Castiel arderam.

Ele poderia voltar. Ele poderia ficar com Dean. Tinha idade dinheiro suficiente para tal decisão.

Mas o medo e o pavor do castigo divino e de ser a causa de outro desapontamento atingiram Castiel como uma bala no coração.

Como sempre acontecia.

O menino apenas assentiu e seguiu a Rua com Naomi, sem olhar para trás.


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