Meu escudo... escrita por Lady M


Capítulo 24
Capitulo 23


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora!
Mas como o único compromisso que ainda tenho é o de estudar é difícil conciliar essa vida de estudante com as fanfics.
Feliz dia dos namorados! S2



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Pov Natasha Romanoff:

Depois do sumiço do Stark a Torre ficou um completo caos, Steve como Capitão América precisou exercer seu papel de líder nos treinamentos daquela semana.Tony mandou avisar que só voltaria a dar as caras depois do nascimento dos seus filhos. FILHOS? Sim ele seria pai de gêmeos, eu também teria fugido em tal circunstância.

Sem Stark no pedaço e Clint de licença eu mal tinha tempo para passar com o meu namorado! Quem disse que eu estava reclamando? Afinal a saudade era esquecida em poucas horas da noite, mas nem sempre os nossos horários batiam, o que deixava um Capitão América extremamente mal-humorado e uma Viúva Negra bem mais impaciente do que de costume para Os Vingadores.

Hoje todos os Vingadores estavam finalmente de folga. Pensei que poderia passar esse final de semana todo na cama do meu apartamento ou no sofá da sala com um certo loiro de olhos claros. Ledo engano... Hoje passaria a tarde toda em um tedioso chá de bebês!

Pepper não poderia ter escolhido outro final de semana? Um daqueles bem tediosos em que eu estaria em uma missão suicida na fronteira canadense.

Steve dormiu aqui em casa, isso já estava tornando-se um habito agradável, ele trouxe uma mochila dessa vez e isso me deu uma ideia. Terminei de colocar a mesa do café da manhã e esperei ele desocupar o banheiro, afinal precisava me arrumar para a tortura.

 

Pov Steve Rogers:

Stark conseguiu estragar toda a minha semana e com esse churrasco estragaria a minha tarde. Sei que ele apenas queria comemorar e Nat explicou-me que chá de bebê era uma tradição tão importante quanto o casamento para as mulheres, não que ela se encaixasse dentro desse grupo seleto.
Ela gostou de realizar o Chá do seu afilhado Cooper, mesmo que na ocasião tivesse que suportar suas crises de ciúmes toda vez que a Laura abraçava o seu "irmão mais velho".

Tomei banho depois de levantar da cama, foi uma tortura levantar, estava começando a ficar preguiçoso graças a uma certa ruiva manhosa. Não vesti nada extravagante, Nat alertou-me que embora o nome fosse diferente a festa seria parecida com um churrasco de fim de semana entre amigos.
Uma blusa xadrez azul escura com uma calça jeans, calcei um sapatênis branco e deixei o meu cabelo jogado como de costume. Nat nem ao menos me olhou. Tomei o meu café da manhã sozinho esperando que ela saísse daquele quarto. Ela estava demorando mais do que o habitual, estava prestes a bater na porta quando ela a abriu.

Os fios ruivos presos em uma trança lateral elaborada, nos olhos um delineado leve que destacava com perfeição suas jades, os lábios com um rosado natural que sobrepujava a atenção em contraste com a pele alva. De sapatilha conservava-se baixinha e inteiramente linda com um vestido rodado que afunilava em sua fina cintura, mas o detalhe dele era o pequeno decote nas costas onde o cor de rosa do tecido destacava sua pele.

Sua voz arrastada cortou a minha linha de raciocínio:

—Pronto para guerra?

Passei os meus dedos pela lateral de seu rosto arrancando um suspiro de seus lábios.

Arrisquei:

—Não vai ser tão ruim, mas se eu estiver errado, sempre sabemos onde estão as saídas de emergência. Certo?

Ela soltou uma gargalhada sonora assentindo.

Passando por mim e pegando os dois presentes que estavam em cima do sofá disse:

—Vamos antes que eu desista.

Seguimos juntos até a minha moto.

 

Pov Natasha Romanoff:

O terraço da mansão Stark estava enfeitado por todos os lados. Uma creche em profusão!

Os balões azuis enfeitavam as mesas dos convidados, além disso tinha uma grande caixa para os presentes e uma secretária estava anotando o nome de todos em seus devidos embrulhos.

Uma grande mesa estava posta na frente de um painel azul royal com um bolo de três andares nos tons azul escuro, azul claro e branco com dois sapatinhos de tricô, vermelhos com cadarços amarelos no topo. Os cupcakes estavam em volta do bolo principal e eram uma mistura de tonalidades, todas variações de azul. Por toda a cobertura roupinhas de bebês penduradas desde macacãozinhos até pequenas meias, e além disso vários bichinhos de pelúcia ajudavam a completar o ambiente.

Na mesa de bebidas os enfeites eram pequenas mamadeiras e perto da mesa de som de cada lado tinha um carrinho de bebê azul marinho.

Um ambiente hostil recheado de fofuras!

Pepper estava radiante e levando tudo no bom humor e sua roupa era prova disto. Com uma calça jeans, sapatilhas vermelhas e uma blusa que tinha na sua barriga saliente a estampa de uma melancia partida apenas em 1/4. Tony também era um poço de bom humor, na sua blusa preta a estampa tinha os dizeres "Agora somos quatro!".

Clint e Laura sentaram na mesma mesa que Steve e eu. A família da Pepper corria tirando inúmeras fotos e o meu afilhado estava morrendo de vontade de estragar a decoração pegando algum ursinho de pelúcia.

Tudo estava seguro até as brincadeiras começarem.

 

Pov Steve Rogers:

Tony parecia bem à vontade com a novidade.

DOIS? Eu não estaria tão tranquilo, um Stark já trás problemas o suficiente, agora teríamos três deles.

À medida que os nossos amigos foram chegando a nossa mesa ganhava cadeiras. Sam com Hill, Wanda e Visão, a família Barton em peso.

A festa estava comum com as crianças correndo, idosos acomodados e até mesmo nós agíamos como um grupo de pessoas normais, conversando sobre banalidades. Então a música parou e pela expressão aflita da Nat pude perceber que ela não gostava daquela hora da festa.

Tony disse:

—Agora gostaria de convidar todos os casais para participarem das brincadeiras.

Hill e Sam foram os primeiros a levantar. Depois Laura entregou o Francis para Nat e puxou o Clint para juntar-se a ela na área livre de mesas perto do som. Wanda também levantou, mas visão estava claramente desconfortável com a situação.

Então ela propôs:

—Já que o meu namorado não vem o que acha se eu segurar o mini Barton para que vocês possam ir?

Antes que a Nat recusasse disse:

—Claro!

Ela fitou-me apreensiva mas entregou o embrulho rechonchudo que dormia tranquilamente para Wanda.

Entre dentes ela disse:

—Você não sabe onde está se metendo Rogers.

Sorri maroto e segui com a minha garota para onde os outros casais aguardavam.

Tony e Pepper estavam entregando fitas para os homens dos casais.

Ele anunciou:

—A primeira brincadeira é "Qual o tamanho da barriga?" e não estamos falando da barriga da minha adorável esposa.

Tony demonstrou como era a brincadeira chutando um tamanho na fita dele e enrolando-a na barriga da Pepper e ele para o nosso espanto geral acertou de primeira.

Pepper alegremente anunciou:

—Agora é a vez de vocês!

Nat encarou-me desafiadora.

—Duvido que acerta de primeira.

Ajoelhei no chão e indiquei 68 centímetros na fita, de braços cruzados Nat assentiu permitindo que eu enrolasse a fita azul na sua cintura.

Vitorioso disse:

—Acertei!

As bochechas dela coraram porque a atenção das pessoas concentrou-se em nós dois. Stark logo veio conferir.

—Ponto para eles amor, anota aí.

Então tinha pontuação?

 

Pov Natasha Romanoff:

Vi os olhos do Steve cintilarem com o fato de ter pontuação. O que eu fiz para merecer isso? Claro que com tantas qualidades esse homem teria que ter pelo menos um defeito, além de mandão ele também era extremamente competitivo!

O fato dele ter acertado de primeira e o Clint não também foi assustador. Maria aparentava estar brava com o Sam, aquela competitiva nata.
Nunca gostei desse tipo de festa, mas dessa vez teria que entrar na brincadeira senão a minha noite poderia sofrer mudanças drásticas, discutir era a minha última ideia de diversão.

Steve logo devolveu a fita para Pepper recebendo em troca uma folha de papel e uma caneta vermelha.

Pepper quem deu as instruções dessa vez.

—Essa folha é para o casal. A brincadeira da vez é "Adivinhe o nome..." A mamãe e o papai gostariam de saber se vocês vão acertar dessa vez.

Steve fitou-me por um momento e pediu:

—Nat você pode se virar de costas para que eu possa escrever?

Emburrada respondi:

—É uma brincadeira de casais não tem graça se você fizer tudo sozinho.

Sorridente ele respondeu:

—Pensei que não gostasse desse tipo de festa.

Prontamente respondi:

—E não gosto, mas você parece estar se divertindo então não pretendo atrapalhar.

Ele passou a mão pela lateral do meu rosto desarmando-me.

—Então somos um time ruivinha?

—Sempre Capitão.

Ele entregou-me a folha e sussurrou no meu ouvido:

—Tony só escolheria um nome, você sabe qual Pepper escolheria?

Balancei a cabeça negativamente. Ele estava certo Tony provavelmente homenagearia o pai, mas Pepper era uma incógnita, o único nome que ela gostava era o do próprio Tony.

Arrisquei:

—Podemos chutar o segundo nome?

Ele assentiu e eu escrevi apoiando a folha nas suas costas.

 

"Howard Potts Stark

e

Antony Edward Stark Junior"

 

Ao ler a folha Steve conteve uma risada.

Perguntei:

—O que é tão engraçado?

Ele não tardou em responder divertido:

—Sei que o Tony é egocêntrico, mas acho que ele não colocaria o próprio nome em um dos gêmeos.

Abraçando-me por trás sussurrou na minha orelha:

—Eu escolheria James, se um dia fosse pai. Tenho isso em mente desde que o Bucky sumiu na guerra, atualmente não faz muito sentido já que ele está vivo.

Senti um frio bom percorrer a minha espinha. James Romanoff Rogers, soaria bonito caso eu pudesse ter filhos.

 

Pov Steve Rogers:

Senti Nat balançar em meus braços e a culpa assolou-me repentinamente. Nat não podia ter filhos, ela havia me dito isso na missão do Soldado Invernal e tornou a repetir antes da nossa primeira noite de amor. Quando a pedi em namoro sabia que nunca seriamos um casal convencional, mas ás vezes era impossível não sonhar com um menino loirinho de olhos verdes andando para os meus braços.

Ela respondeu timidamente:

—James Romanoff Rogers, ficaria legal.

Beijei o pescoço dela.

—Desculpa Nat, não sei o que deu em mim.

Ela virou-se entre os meus braços e anuiu:

—São essas roupinhas junto com essas mamadeiras e esses ursos de pelúcia que estão fazendo a gente esquecer o quanto o nosso mundo é perigoso.

Claro além dela não poder engravidar, ainda éramos super-heróis. Detalhe bobo?

Tony logo cortou o nosso clima:

—Ei Capicolé, você e a ruivinha podem namorar outra hora!Vamos lá passem as folhas para cá.

Eles não revelaram os nomes para gente em vez disso colocaram a nossa pontuação no quadro. Nat e eu estávamos empatados com os pais da Pepper ali no primeiro lugar.

Tony logo anunciou o próximo jogo:

—Garotas agora passem a caneta para o homem da relação.
Prontamente Nat estendeu-me a caneta vermelha, enquanto a agente Hill arrancava a dela da mão de Sam. Meu amigo parecia extremamente contrariado e Nat ao deparar-se com a situação não conteve um sorrisinho irônico na direção de sua amiga.

Pepper passou entregando uma venda preta para cada mulher, minha Nat olhou divertida para mim.

—Vocês vendaram o seu par e eles terão que tentar escrever o nome de vocês vendados.Vale escrever em qualquer parte do corpo da sua parceira, mas elas não podem ajuda-los.

Para a minha tristeza Nat estava de vestido, eu só poderia escrever nas suas pernas ou no seus braços.

Antes de me vendar ela disse carrancuda:

—Vê se não mancha o meu vestido!

Já ia ajoelhar-me quando ela impediu-me:

—O que você está fazendo?

Confuso respondi:

—Vou escrever na sua perna.

Gargalhando ela contra-tacou:

—As costas não seriam mais úteis.

Lembrando melhor do seu vestido concordei enquanto ela vendava-me.

Senti a pele dela arrepiar-se sob os meus dedos e pude escutar os suspiros que saiam de seus lábios a cada letra desenhada. Quando acabei senti os seus dedos passarem pela minha nuca até chegar no nó da venda embrenhando-se no meu cabelo.

Ela sussurrou na curva do meu ouvido:

—Estou apenas te dando o troco.

Assenti apreciando sua vingança particular.

Desse vez os resultados foram averiguados pela Pepper e todos conseguiram pontuar na tarefa, ainda estávamos empatados com os pais dela.

Pepper disse contente:

—Essa é a última atividade do nosso Chá: "Encontre a chupeta".Tony escondeu um bico em algum lugar dessa cobertura, ganha essa brincadeira quem o encontrar vocês tem até o final da festa.

A música logo foi religada e Nat fitava-me de braços cruzados.

 

Pov Natasha Romanoff:

Se Steve pensava que eu ia revirar a festa toda atrás de um maldito bico ele estava muito enganado! Os pais da Pepper mereciam ganhar a brincadeira.

Ele percebeu meu olhar sobre si e relutante perguntou:

—Não vai me ajudar nessa tarefa?

Passei os braços sobre os ombros dele aproveitando a música suave enquanto os outros casais corriam pela festa.

—Não vou, somos um time muito bom Steve.

Ele assentiu passando os braços pela minha cintura, seus olhos carregavam aquela carranca que só as crianças pequenas eram capazes.

—Eu sei que você gosta de ganhar, mas dessa vez o nosso time pode simplesmente ser bom namorando e se divertindo?

O rosto dele iluminou-se de leve e um sorriso grande curvou os seus lábios.

—Claro que podemos amor.

As palavras sussurradas unidas as mãos dele passeando possessivamente entre as minhas costas nuas e a minha cintura coloriram as minhas bochechas e fizeram-me aconchegar em seu corpo.

Barton e Laura encontraram a chupeta, mas Steve disse que aquilo não era justo. Tony não havia escondido ela pelo salão, ele entregou a mesma para o seu afilhado Francis, então a chupeta estava com Clint o tempo todo.

Quando escureceu e as luzes da cobertura tiveram que ser acesas o parabéns foi cantado e pudemos descobrir o nome dos gêmeos.

Howard Potts Stark e Robert Potts Stark

O pai da Pepper chorou de emoção feito uma criança, afinal um de seus netos teria o seu nome. Visão e Steve disseram a Tony que o pai dele onde estivesse também estava orgulhoso de si.

Aproveitei a festa até o final deliciando-me com o bolo de nozes.
Clint entregou-me Copper saltitante.

—Tia vamo pra sua casa?

Observei Steve assentir divertido, ele também gostava de passar as horas com o meu afilhado.

Respondi abaixando-me na altura dele:

—Claro que vamos bebê!

Ele cruzou os bracinhos e estufou suas lindas bochechas rosadas para mim.

—Não sou bebê.

Dei um abraço nele levando-o comigo até Steve.

—Olha que absurdo esse rapazinho acabou de me dizer que não é mais o meu bebê.

Steve tirou-o dos meus braços colocando-o sobre os seus ombros.

—Mas é claro que ele não é mais um bebê Nat.Não é garotão?

Ele sorriu segurando em Steve e admirando a vista lá de cima. Particularmente estava gostando daquele momento família.

 

Pov Steve Rogers:

Chegamos no apartamento da Nat por volta das onze horas da noite. Depois de sairmos da festa fomos direto para casa do Barton, Copper precisava de sua mochila para dormir na casa de sua adorada madrinha.

Nat distraiu-se com Francis, o bebê de olhos azuis e cabelos negros dava muitas gargalhadas das caretas e vozes engraçadas que a minha ruiva fazia para ele. Copper logo despediu-se dos pais e do irmãozinho.

Minha ruiva decidiu dar banho no pequeno enquanto eu arrumava a sala para sua estadia, os cobertores sobre o sofá conferiam um conforto enorme ao pequeno menino.

Fui surpreendido por suas mãozinhas sobre os meus olhos.

Perguntei maroto:

—Quem é?

Sua resposta foi uma risada cúmplice. Levantei o garotinho fazendo-o rodopiar no ar.

—Que pijama legal Cop!

Ele sorriu alegremente. O pijama dele era preto com várias estrelas coloridas desenhadas sobre o mesmo, como um mini-universo só dele. Não era difícil imaginar que ali existia apenas suas lembranças e suas preocupações, um menino nada sabia sobre qualquer coisa fora de seu universo.

Nat não demorou a aparecer de banho tomado e pijama.Poucas vezes a via de pijama, ela preferia roubar as minhas blusas. Os fios ruivos úmidos do banho caiam em cascatas perfeitas pelas suas costas, a pele alva saltava sobre a camisola vermelha de seda, os olhos pareciam duas esmeraldas de tão brilhantes e intensos.

Sentou-se no tapete.

—Agora é a sua vez, pode tomar o seu banho enquanto nós dois escolhemos um filme.

Copper concordou com a madrinha.

Levantei e tratei de tomar um banho relâmpago, não queria perder nenhum minuto do que se passava na sala.

 

Pov Natasha Romanoff:

Cooper e eu arrumamos as cobertas sobre o tapete, tentando deixa-lo macio e espaçoso como uma grande cama de casal, ali poderíamos ver o filme juntos, porque no sofá ficaríamos apertados.

Steve não demorou nada no banho e ofereceu-se para fazer a pipoca, como ele não gostava de usar o micro-ondas a panela seria sua melhor amiga naquela aventura carregada de alho, milho, manteiga e sal. Cooper preferiu ajudar o Tio Steve a ficar comigo procurando um filme.

Acabei optando por uma animação da Disney, nada distraia melhor uma criança do que um desenho cheio de músicas, cores e diversão.

Steve acomodou-se escorando as costas no sofá, o balde de pipoca estava do seu lado, Cooper sentou do outro lado do pote, em um ponto estratégico para suas mãozinhas habilidosas e eu limitei-me a deitar com a cabeça no colo do meu namorado. Todos ficamos entretidos assistindo Aladdin.

Antes da música final Cop já havia pegado no sono e Steve fazia cafuné no pequeno loirinho distraidamente. Aproveitei para recolher a vasilha de pipoca e reorganizar as cobertas no sofá. Steve colocou meu afilhado para dormir confortavelmente no sofá, antes de irmos para o meu quarto dei um beijo de boa noite no meu bebê.

 

Pov Steve Rogers:

Nat tinha uma expressão tranquila no rosto, entramos no quarto e eu fechei a porta. Ela já estava acomodando-se na cama quando peguei-a de surpresa, colando meu abdômen nas suas costas e mordiscando seu pescoço alvo.O cheiro de canela que ela emanava me deixava embriagado.

Ela sussurrou:

—Da última vez fomos interrompidos porque o Cop teve um pesadelo.

Contrariado continuei distribuindo leves beijos pelo seu ombro exposto alcançando a alça fina de sua camisola vermelha prendendo-a com os dentes e descendo-a pelo seu ombro.

Suspirando ela disse:

—Steve nós não podemos...

Cortei sua frase beijando os seus lábios, as unhas dela começaram a cravar-se em pontos estratégicos da minha nuca arrancando gemidos baixos e descompassados de ambas as partes. Não lembramos de mais nada a partir dali, as sombras sendo causadas pela luz da lua de nossos corpos se amando tomaram conta do quarto pela madrugada.

Acordei com Nat mexendo-se de leve, ela tinha os fios ruivos desgrenhados, nos olhos uma expressão de pura ansiedade e o lábio inferior comprimido entre os dentes. Linda como em todas as manhãs!

—Bom dia Steve.

Nunca me cansaria de vê-la corando gradualmente pela manhã, até então estava descobrindo coisas muito agradáveis sobre a minha baixinha. A pele dela tinha um aroma naturalmente gostoso e os fios de cabelo dela sempre estavam cheirando a canela, os seus sorrisos espontâneos, mesmo raros, eram os melhores, os olhos dela nublavam em um verde hipnótico quando entravam na luxuria, era fogosa e possessiva.

Beijei a boca dela sussurrando no seu ouvido:

—Bom dia meu amor, dormiu bem?

Os olhos dela brilharam de satisfação. Eu era o antiquado, mas ela sem dúvidas era a romântica incorrigível da relação.

 

Pov Natasha Romanoff:

Só Steve me fazia sentir isso. Esse calor gostoso, as palavras dele carregavam esse tom carinhoso e protetor. Eu o amo, demorei para aceitar que não consigo mais viver sem ele. Mas como abrir mão da minha tão sonhada independência?

Namorar?Noivar?Casar?Essa seria a ordem natural das coisas e isso me assusta porque o passo final são os filhos, envelhecer juntos. Não sou capaz...
Preciso me acalmar e lembrar que dentro daquelas íris caleidoscópicas está a minha redenção. Ele faz com que tudo pareça mais simples, desde sobreviver a um bombardeio terrorista a um beijo apaixonado.

Então eu estava pronta para oferecer o próximo passo da nossa relação. Primeiro dei a ele a chave da minha privacidade e agora daria para ele um espaço permanente dentro dessa casa.

Steve passava quase todos os finais de semana no meu apartamento e agora vivia carregando uma mochila, afinal ele precisava das roupas dele, mesmo eu preferindo vê-lo sem elas. Ontem passei a manhã toda arrumando a primeira gaveta do meu guarda-roupa, melhor dizendo desocupando-a para as coisas dele.

Estava ansiosa para saber qual seria a reação dele diante desse passo, porque quando dei a chave ele pareceu relutante em aceitar. Estava com medo de uma possível recusa.

 

Pov Steve Rogers:

Nat encarou-me profundamente.

—Eu gostaria de te mostrar uma coisa.

Ela estendeu a mão para mim enquanto levantava-se da cama com o lençol azul marinho enrolado em volta de si. Vesti a minha cueca preta que estava jogada no chão e segui de mãos dadas com ela até o seu guarda-roupa de mogno.

Aguardei começando a ficar apreensivo pela ansiedade que emanava da minha ruivinha, ela não costumava deixar seus sentimentos transparecerem com tamanha propriedade.

Ela disse meio incerta:

—Lembra do dia em que te dei a chave do meu apartamento.

Assenti passando a ponta dos meus dedos pelos seus ombros levemente tencionados, ela relaxou um pouco com o contato.

Agora sua voz era mais determinada:

—Você não parecia gostar muito da ideia.

Interrompi contrariado:

—Nat nós éramos amigos não queria impor para você um relacionamento com o qual você não gostaria de lidar.

Sorrindo abertamente ela contornou o meu rosto com os dedos.

Ela tinha um ar amável no rosto, mas as palavras foram diminuindo de tom até que eu não conseguisse ouvir o final da frase:

—Steve eu o a...

Ela suspirou e abriu o guarda-roupa quebrando o nosso contato visual. Observei ela abrir a primeira gaveta grande e espaçosa do móvel, mas para o meu espanto estava vazia.

Nat voltou a fitar-me.

—Você sempre precisa voltar para Torre antes da segunda-feira para buscar alguma coisa e eu fico aqui sozinha.

Antes que ela terminasse beijei-a. Aquela gaveta era minha, um jeito torto dela começar a admitir que queria um pouco mais de nós dois como um todo.

Ela sussurrou deslizando as unhas pelo meu abdômen:

—Isso quer dizer que você vai ficar com a gaveta Capitão?

Levantei seu queixo com a palma da mão para que nossos olhos se encontrassem.

—É claro que sim, achou que eu iria recusar uma proposta tão tentadora agente Romanoff.

Sorrindo ela respondeu:

—Não achei que fosse aceitar com tamanha amabilidade sem tentar me convencer que esse passo é grande demais para mim.

Nat sabia que discutir com ela seria perda de tempo, se ela queria uma relação mais seria eu não iria me opor. Selando nossos lábios fomos tomar café da manhã.

 

Pov Natasha Romanoff:

Cooper tomou o café da manhã sem problemas ele estava entretido com o tio Steve. Cop não era de acostumar-se com estranhos, mas Steve desarmou-o assim como fez comigo, dando um de seus sorrisos de menino do Brooklyn. Os dois estavam deitados no chão da sala assistindo a algum desenho animado enquanto eu terminava de arrumar a cozinha.

Acabei sendo escalada para ficar com meu afilhado o resto do fim de semana, na bolsa dele tinha mudas de roupa o suficiente para devolvê-lo limpo e arrumado no domingo a noite. Agora sim passaria um final de semana inteiro com os meus dois loiros.

Steve interrompeu o meu devaneio:

—Nat eu preciso tomar banho e trocar de roupa, além de passar na Torre.

Ele estava de calça jeans, sem camisa, descalço e segurava Cop em cima dos ombros, o menininho loiro estava com as mãos no cabelo de Steve e tinha os olhinhos castanhos curiosos, um sorriso infantil alargava-se nos lábios do loiro maior que parecia estar divertindo-se muito com o pequeno. A grande bagunça que tinham feito na cozinha ontem a noite fazendo pipoca era uma boa prova disso.

Sorrindo diante dessa cena respondi:

—Você pode ir, eu me viro com esse pestinha aqui até você voltar.

Steve colocou Cop no chão que sorriu sapeca voltando para o tapete da sala para mais uma sessão de desenhos animados. Andei tranquilamente para os braços do meu Capitão, ele abraçou-me beijando carinhosamente o topo da minha cabeça.

Ele disse divertido:

—Acha mesmo que perderia mais que alguns minutos longe de você. Além do mais preciso trazer algumas mudas de roupa para aquela gaveta vazia dentro do seu guarda roupa.

Afastei-me de seu peito para olhar no fundo daqueles belos olhos azuis. Aquela gaveta tinha sido nosso segundo passo sério na "relação", o primeiro foi a chave, agora uma gaveta, assim aos poucos ele estava invadindo a minha vida e o meu coração.

Disse com falsa indignação:

—Minutos Rogers? Francamente precisamos melhorar essa sua noção de tempo, 70 anos no gelo não foram o suficiente para te mostrar que até os míseros segundos fazem toda a diferença.

Ele colocou uma mão na lateral do meu rosto enquanto a outra permanecia na minha cintura.

—Nat você fica muito meiga quando está sendo romântica.

Fechei a cara e afastei a mão dele do meu rosto.

Ele pronunciou convicto:

—Ruivinha gosto de poder ver você com a guarda baixa, mesmo que para isso eu tenha que te irritar algumas vezes.

Abrindo um daqueles sorrisos de tirar o fôlego Steve soltou a minha cintura e andou na direção do meu quarto. Não sabia o que responder, ele gostava de me ver frágil? Isso definitivamente não combinava com a minha personalidade.

Olhei para sala e Cop estava entretido com os desenhos na tela, aproximei-me dele e beijei o topo de sua testa, arrancando um sorriso alegre do seus lábios.

Ouvi sua voz infantil invadir meus ouvidos:

—Tia.

Dei um sorriso e passei a mão bagunçando os fios de seu cabelo.

Peguei-o no colo perguntando:

—O que acha de tirarmos esse pijama de astronauta?

Ele sorriu em resposta.


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Notas finais do capítulo

Está ai um pedaço do meu presente para vocês!
Beijos e até o próximo capitulo ... S2 S2 S2



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