Mala Decisión escrita por Miss Addams


Capítulo 2
Habitación


Notas iniciais do capítulo

Tem mais, vem! ;)



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Soy lo que dejo el amor
Un recuerdo olvidado en la habitación

Chegou até a passar por sua cabeça que o que estava fazendo era errado, mas não conseguia se conter, sua respiração estava mais controlada e os movimentos eram praticamente nulos, como uma estátua viva. Contraditoriamente, sua audição estava no mais perfeito e alto estado de alerta.

– Então quer dizer que só ele ficou aqui no hotel? Isso é estranho. Quer dizer, ele anda tendo atitudes estranhas. – Christian comentou.

– Sim, ele esta se isolando. Sabemos o que é isso, não? - Christopher arrumou o boné na cabeça e coçou o cavanhaque sorrindo maliciosamente. E após Christian negar rapidamente com a cabeça, não podia ver o rosto do amigo, mas podia imaginar a expressão confusa dele. Christopher revirou os olhos antes de voltar a falar. – Ele só faz isso quando esta interessado em alguma mulher.

Dulce então apertou os olhos processando o que acabou de escutar, quase como se tivesse tomado um choque.

– Mas, Poncho só faz isso quando... – Christian deixou no ar seu pensamento, quase como se soubesse que Dulce estivesse ali escondida escutando a conversa. Se ela estivesse presente não falariam nada.

Sentiu a raiva brotar dentro de si e deu alguns passos para trás completamente arrependida por estar fazendo aquilo, por mais curiosidade que tivesse não queria mais saber de nada. E por isso deu a meia-volta e saiu, sem se preocupar se foi ouvida ou não, não importava sua vontade era subir de elevador até o andar de Poncho e bater na sua porta pedindo explicações. Só que não tinha esse direito então foi para o seu andar um abaixo do dele e para o seu quarto.

Chegando ali sabia que absolutamente nada do que fizesse conseguiria distraí-la, não até tirar essa história a limpo. Aquilo a corroía até que acumularia tanto dentro de si que uma simples gota de água, causará uma inundação.

Parou para pensar nos últimos tempos, eles não estavam brigados, mas não estavam tão ligados como antes. Ela sabe que muito disso vem da sua parte porque estava saindo com alguém e quando isso acontecia, deixava um pouco os outros de lado. Só que nisso tudo não percebeu que até mesmo Poncho estava querendo seu espaço.

Pensou no que Christopher dissera “Ele só faz isso quando esta interessado em alguma mulher.” Era mais que isso, ele só fazia isso quando estava gostando muito, ao ponto de estar... Assim como Christian não completou o pensamento, porque sabia que aquilo a incomodava muito.

Com os olhos procurou sua mala que estava no canto do quarto aberta, se levantou e foi até lá e procurou num dos bolsos um de seus cadernos. Deitada novamente na cama folheou, procurando o que queria. Registros de alguns meses atrás e ali estava ele nos traços dos desenhos, em algumas palavras presente, até mesmo sua caligrafia já que ele num dia sem que ela percebesse preencheu um poema incompleto dela. Fechou o caderno com força e deixou-o de lado para fechar os olhos, tentando inutilmente fugir.

Quando os abriu, olhou para o teto sabendo que eles ardiam com a incontrolável vontade de chorar, agora não sabe se de raiva, tristeza ou... Saudade.

Não soube dizer quanto tempo ficou ali deitada até que escutou um som vindo do seu celular, curto e alto. Era uma mensagem de Christian perguntando se ela iria sair com eles ou não. Pensou por um instante na pergunta, não saberia dizer a resposta certa sem antes ter a confirmação de algo.

Se levantou deu olhada no quarto inteiro pensando no que levaria, o celular já estava em suas mãos, o cartão do hotel em seu bolso, só precisava de mais uma coisa para o que pretendia. Foi até sua bolsa e procurou seu cartão de crédito. Agora sim.

Desceu os andares até o hall do hotel onde sabia que os outros estariam esperando, levou uma surpresa quando viu que até Maite sairia para jantar com eles e quem sabe até irem para alguma balada depois olhando para as roupas deles. E mesmo a disposição.

– Ah você não vai! – Christian que se virou no meio a roda que estavam conversando. E os olhares dos outros só confirmou isso.

– Não estou muito animada para sair. – Dulce foi mais vaga, ainda não daria a resposta definitiva. Olhando para o hall procurando só viu eles ali de conhecidos. – E os outros não vão? – Curiosa perguntou.

– Poncho acabou de me mandar mensagem dizendo que não vai. – Christopher guardou o celular no bolso enquanto trocava olhar malicioso com Christian como se apenas eles soubessem a razão, Dulce permaneceu em seu lugar fingindo não ter percebido a cena a sua frente.

– Any saiu antes do hotel e depois nos encontra por lá, não vai mesmo Dul? – Christian olhou para a ruiva.

– Não. – Além de negar com a cabeça, ela fez careta para complementar seu falso desanimo, por mais que seus companheiros de banda já conhecesse não perceberam nada de suas intenções ou assim como ela fingiram não estranhar que ela que estava animada até a tarde agora não queira mais ir.

– Só não vou reclamar porque você saiu a semana toda conosco. E infelizmente nos vemos sempre. – Christopher deu os ombros e ajeitou o seu boné. Tonto foi o que ela disse em tom moderado, mas que todos ali presentes escutaram.

– Então ao que parece será por enquanto a minha noite com os rapazes. – Maite que estava quieta escutando tudo, disse. E abraçou os meninos por cima de seus ombros. – Aproveitem. – E sorriu mostrando sua covinha.

Todos riram brevemente até que vieram avisar que o táxi que chamaram chegou. Tanto Christian como Christopher lhe deram um beijo no rosto como despedida, apenas Maite veio e lhe abraçou e disse que amanhã eu era sairia sem desculpas. E os três foram abraçados conversando animadamente provavelmente o assunto antes da chegada de Dulce. Ela os entendia, ficavam tanto tempo dentro de um quarto de hotel para outro que quando tinham oportunidade sempre saiam, mesmo cansados. Queria sair com eles, mas não se concentraria em nada já que seu pensamento estaria voltado justamente ao que não estava presente.

Depois que o táxi foi embora, Dulce caminhou até o lado de fora e andando foi até o shopping que havia no subsolo ao lado do hotel. Foi direto para uma loja que já tinha visto mais cedo, já sabia o que queria então não demorou muito para comprar o que queria. Apenas quando estava no caixa foi abortada por um admirador que lhe pediu uma foto, a conversa foi rápida, ela agradeceu os elogios e sua presença. E voltou para o hotel, já no elevador apertou os botões e rapidamente estava em frente a porta.

Deu duas batidas e logo ela foi aberta.

Voy tratando de olvidar las heridas
me vuelven a traicionar

Ele ficou surpreso ao vê-la em sua porta, vestia apenas uma samba canção e se sentia bem a vontade. Vê-lo assim deu alivio ao saber que ele ficaria hoje no hotel então podia cumprir sua vontade.

– Posso entrar? – ela perguntou e depois dele sair do estado de surpresa que ela lhe casou lhe deu espaço sem dizer nada.

Quando entrou Dulce olhou o quarto inteiro a televisão do quarto estava no canal americano e estava passando um clipe antigo, amanhã eles gravariam matéria justamente para eles. A cama estava com lençol desarrumado, havia um livro aberto próximo ao travesseiro que estava encostado de pé na cabeceira da cama.

– Pensei que fosse sair com os outros. – Ele comentou chamando a atenção dela. Ele ainda estava próximo a porta, ela se virou e de frente para ele sentou em sua cama, dando a entender que não pretendia sair tão cedo dali.

– Não tenho vontade de sair hoje. Comprei uns DVDs com alguns filmes para assistirmos. – ela levantou a sacola.

Passada qualquer estranheza por ter ela ali presente, ele foi até ela e pegou a sacola sentou ao seu lado tirou os DVDs e ficou surpreso por ver que dos cinco filmes três era do gênero que ele mais gostava, além de ser um Tarantino a quem ele era fã.

– Esta querendo algo de mim? – ele sorriu olhando os títulos dos filmes pensando em qual eles assistiriam primeiro, já desistindo de sua leitura. Ao notar que ela ficou em silêncio levantou o olhar e viu que ela apenas o encarava.

– Quero. Ficar com você. – só então ela sorriu com a certeza de que ele estava tentando decifra-la. Ainda mais deixou no ar o duplo sentido que queria. – Qual nós vamos ver?

– Porque Tarantino? Você geralmente torce o nariz para a assistir. – Ele perguntou ainda tentando entender a sua resposta anterior.

– Você gosta. – ela deu os ombros – além do mais depois de assistir, sempre me arranca algum sutil elogio.

Ele sorriu por que era verdade, se levantou até o aparelho para colocar o CD, Tarantino era o cara no qual ele sempre queria assistir a seus filmes seja lá roteiro ou direção, mas ela sempre tinha pé atrás no final das contas ele funcionava como uma troca, ela assistia com ele Tarantino e ele via Woody Allen já que se encaixava melhor no gosto dela.

Colocou Sin City, a cidade do pecado porque se sentiu no privilégio de escolher sem-lhe perguntar já que ela veio até seu quarto sem-mais nem menos. Nesses momentos já sabiam o que fazer, ele tinha dado play e aumentando o volume da televisão deu a volta por onde estava antes sentado, colocou seu livro na cômoda pequena que havia ao lado da cama e viu que ela tirou os sapatos e agora puxava o lençol para deitar ao seu lado.

Ele lhe arrumou o seu travesseiro antes dela se encostar e se voltou para o seu lugar. E tentou, se esforçou de verdade se concentrar nos primeiros dez minutos de filme, ainda mais quando já tinha se passado vinte minutos, só que desistiu porque sabia que toda a atenção dela estava voltada para ele. Mesmo que ela olhasse pra frente, se perguntasse algo do filme, ela não saberia responder, provavelmente nem ele para se falar com sinceridade.

Virou a cabeça para encará-la e ao mesmo tempo ela fez o mesmo, com um olhar estranhamente misterioso. E naquele instante ele sabia que estava perdido e totalmente afetado por ela, como atiçava sua curiosidade virou metade do corpo para a direção dela e numa sintonia perfeita ela fez o mesmo ao mesmo tempo. Tudo em silêncio a não ser pelo filme que ambos não ligavam mais. Eles tinham além de sintonia uma química que não tinham palavras para explicar, algo como ele sabia que ela não estava assistindo o filme ou quando ela sabia o instante que ele a encararia.

– O que você veio fazer aqui Dulce? – Ele perguntou prevendo o que viria a seguir.

Sem dizer nada ela se esticou e lhe deu um beijo nos lábios e suspirou porque queria mais por isso se aproximou e levou uma de suas mãos até a parte do pescoço dele descoberta e foi até sua nuca para puxar seu cabelo. Ela queria mais. E se iniciou um beijo quente que durou alguns minutos, mas que não diminuiu em nada o desejo de ambos. Ele puxou o corpo dela para ficar mais próximo a ele que assim que entendeu o recado deitou-se sobre o corpo dele partindo o beijo e o encarando desceu a mão por seu peitoral até que ela sumiu entre-eles e entrando em sua samba canção.

Deixou de tocá-la no mesmo instante para agarrar o que quer que fosse para descontar do que sentia, no caso o lençol abaixo dele. Fechou os olhos ao sentir que ela voltou a se abaixar para beijar o seu pescoço e depois soltou um gemido baixo conforme ela foi se arrastando para baixo enquanto ainda distribuía beijos.

Sentia que já não podia suportar mais ela se afastou dele, que logo se sentou assim ela o encarou nos olhos para tirar a grande blusa que vestia, parecia de um tamanho maior que o habitual dela. O olhar que ele lhe lançou ao ver que não usava sutiã, a fez transbordar de expectativa, ele se levantou e tirou todas as peças os atrapalhariam. O beijo que ele lhe deu dessa vez foi mais quente que o outro que compartilharam, e lhe deitou na cama novamente e ela o tocava onde lhe dava vontade, sem medir sua força porque adicionado a tudo, sentia ciúme.

Então tinha que testar o efeito que tinha sobre ele, por mais egoísta que parecesse, não era tão fácil para ela também, na maior parte do tempo ficava confusa com o que sentia. Por que quando se decidia por algo. Sempre pensava no que podia estar perdendo. Se saia com alguém, pensava que perderia ele para outra. Perderia o que tinham. Isso.

– Preciso de você comigo! – Ele disse e ela imediatamente olhou em seus olhos, sem deixar de se mover. Tomou o rosto dela com uma das mãos e repetiu. – Preciso de você. Ela entendeu perfeitamente que ele sentiu que ela deixou de se entregar completamente, a conhecia mais do que ela admitia. E quando ele abraçou a cintura com o outro braço e ela lhe beijou brevemente para depois suspirar, os dois estavam entregues ao que mais precisavam no momento. Tato.

O filme estava quase no final, ainda que não tivesse assistido Dulce conseguia sentir isso pelas poucas cenas que viu, só para ter o que focar o olhar. O que não durou muito tempo já que ela voltou a olhar para ele que estava em pé próximo a janela fumando completamente nu. Há poucos instantes atrás ele apertava o seu corpo e desabafa sua cabeça suada em seu pescoço buscando ar.

– Ás vezes eu penso que a melhor maneira de lidar quando você esta assim é me entregar. Geralmente não me arrependo, entretanto é inevitável pensar que uma hora as feridas vão se abrir e nos traímos. – Foi o primeiro comentário dele depois de tudo.

– Como assim? – Ela ainda estava se lembrando dele há pouco tempo atrás.

– Não que tenhamos dito com palavras, mas combinamos que daríamos um tempo. Que sairíamos com outros. – ele tragou o cigarro e quando voltou a falar ela sentiu ciúme também voltar. – Outras. – a encarou.

– Se arrepende? – Ela o questionou, incomodada com as palavras, preferia o tato.

Após negar com a cabeça com um sorriso tinha o cigarro entre a boca e se encostou na parede a observando curioso. Depois de tragar mais uma vez e soltar a fumaça que estava dentro de si.

– Quero dizer que somos flores, amores, dores, feridas. Uma hora elas se abrem.

– Se acha que elas vão se abrir agora, esta enganado. Não quero brigar, questionar, chorar. Apenas queria estar com você porque senti sua falta. – Ela cruzou as pernas e abraçou-as ainda nua e ele acompanhou o movimento com o olhar.

– Pensei que estivesse saindo com...

– Estou. – ela o cortou, se lembrando que Felipe tinha planos de viajar para vê-la, mas ela lhe mandou mensagem falando que tinha muito trabalho. E estava aqui com Poncho, chegava a ser irônico.

Ele avaliou a resposta assim como a postura e a expressão dela, estava chegando no ponto certo. Porque não esquecia quando de repente ela ficou distante enquanto estavam juntos.

– Eu também estou saindo com alguém. – Dulce não conseguiu, simplesmente se controlar, não fez o menos esforço. Ele chegou no ponto certo ao ver que ela fechou a cara imediatamente diante de suas palavras e logo desviou o olhar para depois olhar para ele de novo ainda que não seus olhos.

– Quem é ela?

– Ana.

– A garota que você saiu da outra vez que estivemos aqui? – Seu tom tinha além de ciúme, tinha descrença. – Não pensei que tivesse durado.

Ele apagou o cigarro no cinzeiro e caminhou até a cama para ficar do lado dela deitado, seria melhor ver de perto tudo.

– Nós saímos uma vez só, te contei até. Trocamos número de telefone e conversamos desde então tentei marcar de sair com ela de novo, só que ela esta ocupada com a universidade e então não aconteceu. Por mais estranho que parece, ainda que estamos na mesma cidade não podemos nos ver. – ele riu brevemente muito mais por si do que pela história ser engraçada. – Nos falamos por telefone, ontem eu liguei e fiquei horas conversando com ela.

– Não tenho muito o que dizer. Nem sei se devo. – Dulce disse agora olhando para televisão e vendo os créditos do filme subirem, estava com o ciúme a flor da pele. Mesmo sem direito de nada e sabia que ele se deu conta disso pela forma que ele lhe encarava.

– Não preciso que me diga nada. Só estou comentando com você.

– Esta apaixonado? – Perguntou agora que sabia quem era a garota que ele estava dando atenção nos últimos dias.

– Não. – Poncho usou um tom arrastado ao pensar no assunto. – Gosto dela, acho que poderia me apaixonar se não fosse as circunstâncias. Além do mais ela também não esta apaixonada, sabe que é enrascada, terminou o relacionamento faz um ano e ainda pensa no ex por que ele estuda com ela. Sabe como é isso, não é?

Dulce não sabe se foi o tom que ele usou ao insinuar algo ou se foi por ele estar sorrindo ou pela situação na qual estavam. Mas, ela compartilhou o riso dele. Ela se encostou na cabeceira da cama e depois deitou assim como ele, encarando o teto.

– Estou com ciúme de você. – revelou com palavras o que ele já imaginava.

– Eu sei. Também fiquei quando saiu com Felipe a primeira vez. – Ela virou a cabeça e o encarou porque isso ela não sabia. – Ele me parece um cara legal.

– Você disfarça bem. – ela apertou os olhos se lembrando de quando conversaram sobre o encontro dela.

– Sim, aprendi uns truques. – deu um sorriso torto virando-se de lado e lembrando que se manteve afastado, essa foi uma de suas estratégias para não ser flagrado com esse sentimento por ela.

Ela o abraçou e ficou vagando com a mão pelas costas dele, o olhando.

– O que você quer dizer quando disse que tem a sua maneira de lidar quando estou assim? – perguntou ela sem deixar sua mão parar de se mover.

– Decidida. Você não mede esforços para encontrar ou ter o que quer. Fica mais sedutora que o normal. Mais atraente. De alguma forma, quando vi você parada na minha porta, imaginei que terminaríamos como estamos agora. Porque você faz o que quer e na maioria das vezes gosto quando esta assim. – fechou os olhos ao sentir que a mal dela subiu até seu cabelo.

– E quando é que não gosta?

– Quando esta assim, esta antes de tudo pensando em si mesma. Algumas vezes você não vê que eu tenho que lidar com esse fato, ainda que diferente de você. Também sinto.

– Não sei se isso é bom? E nem se devo pedir desculpa se não me sinto arrependida.

– Só o faça quando sentir que deve.

– Por mais que eu tenha errado, todas as vezes que me entreguei e quis ter você não sinto que traí. – ela fez um comentário que o fez abrir os olhos. – Isso é ridículo. – Ela sorriu negando com a cabeça como se ele soubesse que na sua mente estava uma confusão danada.

– Sente que traiu Felipe?

– Não temos nada tão sério. Saímos algumas vezes, mas você sabe do que quero dizer. Ou de quem. – Ele permaneceu quieto e agora ela mexia em sua orelha. – Talvez depois eu encare isso como má decisão, quero dizer, eu simplesmente decido vir aqui e quero ficar com você de alguma maneira sabendo que esta saindo com outra, mas não me arrependo. Posso dizer que nunca trai meus sentimentos... Ou desejos. – Ela acrescentou e fez uma cara maliciosa.

Ele sorriu e se esticou para lhe dar um beijo pensando no que ele tem a ganhar quando ela toma essas más decisões, no quando fica decidida, entregada, sem pudores. Apenas faz o que quer, sem pensar em consequências, na maioria das vezes geralmente é o que ele também quer.

– Talvez eu devesse ir embora. – Ela disse depois de um tempo ainda acariciando ele, agora o rosto onde começava a nascer à barba. – Não tenho vontade de ver filmes e quem sabe ainda dá tempo de encontrar os meninos para ir a balada de hoje. – Ela se afastou o encarando e depois saiu da cama ao ver que suas roupas estavam do outro lado do quarto.

Ele sorriu, ela ainda estava decidida a fazer o que queria e mesmo assim ele ainda estava entregado. Ela terminou de fechar o botão do short jeans e procurou apalpou os bolsos atrás de seus objetos tirou o cartão de crédito, do hotel e seu celular.

– Dulce? – a chamou vendo que ela tinha menção de sair do quarto sem-nem olhar mais para ele. E então caminhou até próximo da onde ele estava e lhe deu um beijo rápido. Quando se afastou ele lhe puxou o braço. – Nunca vá embora sem dizer... Te quero. – ele sorriu porque essa era uma frase dela.

– Te quero! – Sorrindo disse para ele. Voltou a caminhar em direção a porta do quarto e ele falou novamente.

– Guarda uma dança para mim?

Ela se virou próxima da porta e ele estava incrivelmente lindo. Tinha que admitir ainda que não falasse se não alargaria o sorriso que ele tinha exibido na boca. Agora tinha mãos atrás da cabeça e tentava não olhar para baixo, mas era inevitável.

– Como?

– Bom, nem eu estou a fim de ver filmes e ficar aqui. Se dançar uma música comigo, te acompanho agora.

Ela apenas sorriu porque não guardaria uma canção, mas à noite se ele quisesse. Ela abriu a porta do quarto e olhou para ele para dizer já ansiosa pela noite que estava por vir.

– Nos vemos daqui a pouco lá em baixo.

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Notas finais do capítulo

Oia!



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