O conversível seguia pelas ruas. Bela no banco do carona, ainda sem saber para onde ele a estava levando.
  - Estamos quase chegando – disse Castiel – Feche os olhos.
  Bela obedeceu, curiosa. O que ele iria fazer?
  O carro parou e ela ouviu a porta do motorista se abrir. Logo depois a porta dela foi aberta, e ele estendeu a mão para ajudá-la a sair do carro.
  Ela estava ouvindo uma batida, talvez de musica eletrônica, vindo de algum lugar.
  Ele a conduziu por alguns metros e a música ficou mais alta.
  - Pode abrir os olhos – ele falou.
  Bela abriu os olhos, e viu onde estava. Uma pista de dança enorme bem na sua frente, algumas mesas mais afastas e um balcão um pouco mais longe.
  - Eu ouvi o Dean comentar o quanto você gosta de boates – ele falou, sorrindo.
  Ela olhou ao redor e de volta para ele.
  - Ah, Cass – ela disse, uma lágrima escorreu pelo seu rosto, uma mistura entre a tristeza que sentia a pouco e a felicidade que sentia agora – Não precisava...
  - Eu te trouxe aqui para você não chorar – ele falou carinhosamente, enquanto secava a lágrima dela com um dedo.
  - Muito obrigado – ela falou e abraçou o ex-anjo – Bom, já que estamos aqui, podemos aproveitar e ver se arranjamos alguém pra você.
  Ela parou por um minuto, pensando em alguma coisa.
  - Alias, vamos aproveitar e te ensinar a dançar – ela falou, sorrindo.
  Castiel não teve tempo de falar mais nada, ela o puxou para o meio da pista de dança.
  Durante aquela música, ele ficou parado, observando-a e os outros ao seu redor.
  Uma nova música começou, e Bela deu um empurrão de leve no ombro dele.

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- Vamos, agora é sua vez – disse ela.
  Ele não sabia exatamente o que fazer, então começou a imitar desajeitadamente os que estavam a sua volta.
  Bela ria, e ele parou de tentar dançar.
  - Não, não para – ela falou – Você vai pegar o jeito.
  Ele voltou a se mexer de modo desajeitado, e ela dançava alegre na frente dele.
  O sorriso estava o tempo todo no rosto dela. Ele havia conseguido deixá-la mais alegre.
  Ela havia esquecido dos problemas por um instante. Apenas dançava, seguindo o ritmo.
  Por um momento, a imagem de Dean veio a sua mente, mas ela logo conseguiu se livrar dela. No entanto, quando olhou para frente, no lugar do ex-anjo, viu o Winchester.
  Certo, ele estava bem mais desajeitado, mas era ele. Ou pelo menos, o que ela via. Então ela notou que era Castiel, mas ele havia colocado a jaqueta de couro, e isso a fazia lembrar de Dean.
  Ela tentou se concentrar, mas só conseguia ver o Winchester no lugar onde o ex-anjo estava.
  Ela então notou o quanto ainda desejava o Winchester. O quanto ela queria beijá-lo novamente. Como ela queria sentir o calor de seu corpo junto ao dele.
  Sem parar de dançar, ela foi se aproximando cada vez mais dele. Castiel havia fechado os olhos e estava sentindo o ritmo da música. Seus movimentos ficaram menos atrapalhados. Ele não notou que ela se aproximava cada vez mais dele.
  Ela continuava a ver Dean onde Castiel deveria estar. Ela não conseguia resistir a mais um beijo, mais um toque nos lábios de seu amado.
  E então, com um movimento rápido, aproximou seu rosto do dele, sentiu a respiração dele em sua pele, e seus lábios se encostaram.
  Um calor percorreu seu corpo imediatamente. Castiel abriu os olhos e a mesma sensação o atingiu. Ele sentiu os lábios delicados dela, apesar da voracidade do beijo. Sentiu sua língua invadindo sua boca, sentiu o gosto daquele momento.
  A principio, queria se afastar, mas algo o mantinha ali. Logo, estava retribuindo o beijo, abraçando-a para colocá-la mais perto de si. As mãos dela foram para o cabelo dele, e seus corpos ficaram mais próximos.
  A língua de Castiel parou de recuar, e ele saboreava cada novo canto que encontrava na boca dela.
  Os dois estavam completamente entregues ao momento.
  Então Bela sentiu algo diferente. Aquele não era como os beijos de Dean. Era... Mais tímido, porem foi ganhando mais firmeza, mas mesmo assim era diferente.
  Foi quando ela notou que estava beijando Castiel. Mas não se afastou. Acariciou o rosto dele, sentindo a barba mal-feita. Ambos tomaram consciência do beijo quase ao mesmo tempo, mas não conseguiam se afastar. Ele queria tê-la em seus braços, não soltá-la mais. Ela queria continuar sentido o toque de seus lábios, e nos braços dele ela se sentia segura. Ele a abraçava fortemente, e ela se sentia protegida. Queria ficar ali para sempre.
  Mas então a musica acabou, e os dois se afastaram, como se o fim da musica houvesse quebrado o encanto entre eles.

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  Se olharam em silencio por um segundo. Apenas o tempo entre uma música e outra, mas pareceu ser muito tempo. Bela ia falar alguma coisa, mas ele se aproximou e a beijou novamente.
  Ele se afastou e sorriu. A puxou pelo braço num movimente inesperado, e os dois saíram da boate. Ali fora, a música da boate era só uma batida fraca.
  Ele fez sinal para ela esperar, e entrou no carro. Colocou um cd e aumentou o volume, saindo do conversível e beijando-a novamente.

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  Dessa vez não havia timidez no beijo. Ambos se entregaram completamente um ao outro.
  A lua cheia e as estrelas que brilhavam no céu eram as únicas testemunhas daquele beijo.
  Eles começaram sua própria dança improvisada, Castiel se afastou por um instante e a fez girar, e logo retomaram o beijo.
  Seus pés tocaram a grama fora da estrada, e as nuvens que pareciam surgir de repente começaram uma chuva.
  Os dois ficaram completamente molhados, mas não importava. Apenas continuavam aquela dança, sem parar de se beijar quase em nenhum momento.
  Um passo errado e Castiel tropeçou, caindo na grama molhada e levando Bela com ele. Ela caiu em cima dele e os dois riram. Com os corpos mais próximos do que antes, os dois se beijaram novamente, completamente entregues ao momento. E felizes, felizes como nunca haviam se sentido antes.
  O momento parecia ter sido feito especialmente para eles. Como se até a natureza estivesse dando um pequeno empurrão no romance deles.
  Suas mãos percorreram os corpos um do outro, necessitadas.
  Bela tirou a jaqueta de Castiel, e ele tirou o casaco que ela usava por cima da blusa. Ele girou e ficou por cima dela, e ela começou a desabotoar a camisa social que ele usava.
  Ela retirou a camisa dele, e os dois rolaram de novo, ela por cima. Mais um beijo, e ele a envolveu carinhosamente em seus braços. Ela então se deixou cair para o lado, e ambos ficaram um do lado do outro, olhando para cima, sentindo a chuva em seus rostos.
  Bela se virou, ficando de frente para Castiel e acariciando carinhosamente o cabelo dele.
  - Vamos pegar um resfriado se continuarmos assim – ela falou no ouvido dele.
  - Mesmo? – ele falou se virando para ela e colocando um dos braços por cima dela – Por que eu não estou com frio – ele disse, tocando seus lábios nos dela.
  Ela sorriu e se levantou.
  - Vamos – ela disse – Vamos para outro lugar.
  Ele se levantou e a abraçou.
  - Para onde? – ele perguntou, e após pensar por um segundo, respondeu a própria pergunta – Que tal para a minha casa? – ela falou sensualmente no ouvido dela.
  Ela o beijou em sinal de concordância, e pegou seu casaco do chão. Ele pegou a jaqueta e a camisa e entraram no carro, em direção a casa de Castiel.

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