Piratas do Caribe E o coração de Nirina escrita por Capitã Nana


Capítulo 14
Tormenta


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!

Ufa! terminei a menos de 5 min esse capitulo, me desculpem se tiver mais erros que o costume, não revisei e se não postasse agora essa semana ficaria sem capitulo novo...

Fãs de Sparrowbeck não me matem. mas esse cap. é totalmente Moirael ♥

ah e também temos algo esperado por todos.

boa leitura!



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   O Holandês Voador desapareceu junto a luz verde que o guiava para o mundo dos vivos. A mudança fora tão rápida que mal puderam notar a diferença se não fosse o vento vindos do Oeste, o nascer do sol e o Pérola Negra abandonado próximo a navio de Turner.

       – Nós voltamos! Jack, nos voltamos e temos o Pérola outra vez! – Gibbs estava eufórico.

        – Um momento! – Exclamou Barbossa – Acho que é aqui onde nos separamos. Tenho um encontro com o meu colar e odiaria se o jovem Daniel faltasse – Barbossa pegou sua pistola e apontou para o rapaz, logo seus amotinados empunharam suas espadas – Estamos de volta então não preciso mais de vocês... vivos.

        – Não posso deixar que faça isso – Will apontou sua espada para Barbossa em seguida a tripulação do Holandês entrou em modo de combate – Preciso do colar e de Daniel.

     Moira atônita tentava encontrar respostas que a princípio parecia impossíveis.

      – Sinto muito Turner mas a muito o destino não fica em minhas mãos – Retrucou Hector com um sorriso no rosto.

      – Mas...mas que diabos está acontecendo aqui ?! – Moira ficou entre Barbossa e Will.

    – Fique fora disso Menina! – Barbossa apontou sua pistola para a jovem. Nesse instante o bando de Jack se armou e Daniel entrou na frente da garota.

     – Barbossa! Prometeu não machucá-la. – Daniel mantinha sua posição encarando o pirata.

      – Bem, gostaria de dizer que nada tenho haver com isso, então se me derem licença eu vou para o meu navio – Jack planejava sair mas foi rendidos pelos homens de Hector.

      – Chega de mentiras Jack! Você é o grande arquiteto de tudo isso – Disse Elizabeth.

        – Pelos deuses oque está acontecendo?! – Moira exclamou nervosa.

      – Moira...– Daniel  fitou a garota que estava assustada com toda aquela reviravolta repentina. – Prometi ao capitão Barbossa que entregaria o colar a ele caso fôssemos ao baú de Jones resgatá-la.

      – Mas o colar nem está com você por que faria isso?!

      – Oh...ele não contou? Pelo visto não precisa ser um pirata para ser desonesto não é mesmo senhorita Brodbeck? – Jack abriu um sorriso amarelo.

       – Moira eu... – Daniel não tinha coragem de revelar a ela a verdade.

     – Pelos deuses nos não temos o dia todo! Conte logo a ela que você é a criança da profecia e que barganhou o seus poderes pela liberdade dela  – Hector não conseguia mais conter sua ansiedade para obter o poder dos mares.

         – O-o que?...

          – Moira eu... Eu estava prestes a tirar a minha vida depois que soube que você estava morta por minha culpa quando algo inexplicável aconteceu e pude ver claramente onde a senhorita estava... sei que parece loucura mas, a minha história, tudo isso se encaixa entende?... Se  não contei antes foi para não preocupá-la – Explicou Daniel.

       – Não me preocupar? O que acha que fez desde que saiu de Port Royal?! – Moira estava nervosa e magoada. Não tinha palavras naquele momento. Um filme passou em sua mente desde que a velha senhora contou a Jack e ela sobre o coração de Nirina até  os acontecimentos seguintes.

       – Você sabia de tudo o tempo todo... – Moira seguiu até Sparrow – Você mentiu para mim! Todo aquela encenação de bom homem...como pôde?!

        – Pirata amor – Jack sorriu amarelo. Ele não estava feliz com a descoberta, mas já não podia voltar atrás, afinal sabia que tudo tinha um propósito ainda maior não revelado.

    
       – Que frio é esse? – Questionou Elizabeth.

         Uma ventania gélida surgiu de maneira repentina e em segundos grandes geleiras emergiram do mar

        – Mais essa agora – Disse Jack com uma expressão contrariada  olhando para cima.

          Daniel subiu na lateral do navio e se agarrou a uma corda impressionado com as montanhas de gelo.

       – Olhem o mar! – Gritou.

      Todo o mar estava congelando de maneira rápida. Will correu para leme na intenção de virar o Holandês a estibordo para evitar a atracagem, mas a tentativa foi em vão. Todo o mar havia se transformado em uma plataforma de gelo e com os icebergs formou-se uma prisão para ambos navios. A agitação tomou conta da tripulação e todos queriam ordens sobre o que fazerem para escapar daquele destino nada favorável.

       – Maria mãe de Deus, isso é macabro até a última raiz do cabelo... – Gibbs olhava para baixo sem conseguir acreditar em que seus olhos podiam ver.

       – Precisamos fazer alguma coisa! – Moira disse a Jack, mas quando se virou para fita-lo o pirata havia desaparecido – Maldito pirata!

     – Alguma sugestão capitão Barbossa? – Perguntou William.

      – Se tiver alguma não exite capitão Turner – retrucou Hector.

      
       – Oque acham de lutarmos? – Disse Elizabeth com tom surpreso. Após ouvirem a loira todos avistaram um exército de homens de gelo sendo criados.

        – Eles são muitos, como vamos detê-los?! – Disse Moira. Ela pegou suas espadas se preparando para o confronto.

       – Chega de conversa – Daniel pulou do navio encontrando o primeiro soldado de gelo e bravamente o enfrentou.
      
           Barbossa, Gibbs e os outros também partiram para o combate. Will estava pronto para seguir sua tripulação quando Elizabeth o interrompeu segurando em seu braço com uma expressão preocupada.

       – Está congelado mas ainda é o mar – Ele sorriu suavemente. Eles se fitaram por alguns segundos e então ele a beijou. Entendia a preocupação de sua amada mas ele era um pirata, capitão pirata e acovarda-se em seu navio por medo de uma maldição não lhe traria honra alguma.

         Enquanto isso Moira colocava em prática o que havia aprendido com Jack madrugada anterior. Era complicado pois os soldados de gelo não tinham pontos fracos então tentar perfurar gelo não fazia sentido. Não muito distante dela estava Daniel que mesmo lutando com dois soldados ainda conseguia manter sua atenção na garota. Moira havia se tornado uma garota incrível, tão forte e determinada, uma verdadeira guerreira.

          O jovem rapaz baixou a guarda e foi pego por um dos soldados que o arremessou com força contra a parede de gelo. Com o impacto Daniel sentiu uma forte dor nas costas e  estava com dificuldades para se levantar, então Elizabeth correu até ele dando cobertura para que Will o ajudasse  a se erguer.

       – Ainda convicto de que quer ser pirata? – Will perguntou ajudando Daniel a ficar de pé. O mais jovem girou sua espada arrancando a cabeça do soldado.

      – Ainda tem alguma dúvida? – Daniel respondeu e os dois riram voltando ao combate.
    
       O números de soldados de gelo só aumentavam dificultando ainda mais para os piratas e muitos marujos de ambas embarcações já haviam perdido suas vidas. Moira notou que Hector gargalhava enquanto lutava e ficou perplexa.

       – Não consigo acreditar que o senhor possa estar tão contente diante dessa situação Capitão Barbossa! – Ela cravou uma de suas espadas no tórax do soldado e em seguida o chutou.

        – A morte é a única certeza que temos senhorita. Agora só nos resta saber se será na terra ou no mar hahaha!– Respondeu Barbossa derrotando mais dois soldados.

         Era difícil compreender  o fervor que os piratas sentiam em estarem sempre com suas vidas em risco, mas talvez Daniel pudesse explicar a ela um dia já que o sorriso no rosto do rapaz mostrava o quanto aquela situação era fascinante para ele.  Moira ainda tinha muitas dúvidas sobre o segredo revelado a pouco e até chegarem a Baía  precisava de respostas. Em meio a batalha os dois se uniram, lutando em sincronia.

       – Ainda está magoada ? – Daniel exclamou segurando um dos braços de Moira enquanto ela golpeava seu adversário. Em seguida ele a girou para o outro lado e ela se abaixou dando espaço para ele investir contra outro soldado.

       – Precisamos quebrar esse maldito gelo! – Gibbs comenta ao despedaçar  um dos braços do soldado.

    
         – O que é... – Daniel com  a espada cruzadas media forças com seu rival – O que é preciso para derretermos gelo?!  – Ele conseguiu empurrar o inimigo e parti-lo, logo voltou sua atenção a garota em combate – Senhorita ainda aguardo sua resposta.

        – Mas que momento inoportuno para isso Daniel! – Reclamou Moira.

        – Calor? – Ragette respondeu

            – Sim! Mas para ter o calor necessário precisamos de?! – Daniel rebate a investida do oponente. – Talvez não haja um outro momento!

       Moira fitou o rapaz e entreabriu os lábios para dizer algo mas foi interrompida por mais um soldado.

       – Fogo...Brilhante garoto! – Gibbs elogiou – Vamos homens! O Pérola está cheio de barris de pólvora.

        Daniel, Gibbs, Ragette e mais alguns marujos correram em direção ao navio de velas negras enquanto Moira e os outros ainda mantinham-se  na batalha. Ao subirem a bordo se depararam com Jack sentado sobre uma catapulta improvisada por ele.

        – Fiquei imaginando quanto tempo levariam para aparecer –  Sparrow  sorriu.

       – Jack! – Gibbs disse eufórico.

         – Tragam todos os barris de pólvora para cima! –  Jack ordenou. Daniel e Sparrow se encararam por alguns instantes – Chô... – O pirata abanou as mãos no ar . O rapaz apenas revirou os olhos e foi de encontro aos outros – Darei uma festa magnifica no meu navio e você não está convidado – Disse Jack sozinho em devaneio.

       Logo a frente a situação se agravava na batalha. Todos já estavam exaustos e os soldados de gelo não paravam de aparecer.

         – Não vamos aguentar por muito tempo! – Disse Elizabeth limpando o canto da boca que escorria sangue.

        O adversário de Moira a golpeou e ela caiu, mas antes que ele investisse um novo golpe  Barbossa apareceu e aniquilou o soldado rapidamente.

        – O-obrigada capitão Barbossa...

        – Levante senhorita! A morte é um dia que vale a pena viver Haha!  

       Moira abriu um pequeno sorriso e levantou pronta para continuar quando um barril caiu próximo a ela. Em seguida vários barris era aremeçados contra a plataforma de gelo e seus soldados.

     – Homens atirem nos barris! – Ordenou Hector que prontamente entendeu o plano. Ele mirou no barril próximo a Moira e ela correu para não se ferir na explosão.

        Os piratas começavam a atira nos barris de pólvora causando explosões. Destruindo de vez os soldados e causando rachaduras no gelo. Algumas partes se desprendiam e a água do mar já podia ser vista.

        – Foi um bom plano mas ainda estamos presos! – Moira comentou derrotando um dos poucos sobreviventes.  Ela olhou para cima fitando as geleiras e assim tendo uma ideia.

     – Will os canhões! – Ela gritou – Temos que destruir os icebergs!

      
        Will maneou a cabeça em concordância e rapidamente rumou para o Holandês.

       – Preparem os canhões! 

        – Preparem os canhões! – Gritou Elizabeth.

           Todos estavam indo para suas respectivas embarcações pois o peso das pedras de gelo iria quebrar a plataforma e causar ondas muito fortes. Quando Moira tentou seguir os marujos sua perna ficou presa em uma das brechas feitas pelos barris de pólvora. Ela tentava puxar seu pé mas era em vão.

    "Fogo!"

    "Fogo!"

     "Fogo!"

    O Holandês Voador abriu fogo contra as paredes de gelos e nesse instante Daniel avistou Moira desesperada tentando se safar do gelo.

       – Moira! – O jovem desceu do navio rapidamente.

        – Não faça isso menino! –  Barbossa o advertiu mas foi ignorado.

        Daniel correu o mais rápido que pôde, pulando entre os pedaços de gelo até chegar onde a garota estava.

      – Meu pé está preso!

      – Eu vou te tirar daí! – Ele socou com toda força a parte do gelo  que a prendia enquanto ela puxava sua pena.

       Parte dos icebergs começou a cair destruindo a plataforma de gelo e agitando o mar.

        – Temos que salvá-los! –  Elizabeth gritava nervosa abordo o Holandês. A força das águas balançavam os navios com intensidade e uma grande onda se formou.

       – Segurem-se! – Exclamou Gibbs.

        – Daniel... – Ela olhou para o rapaz já com lágrimas nos olhos – Vai!... ainda da tempo de se salvar.

        – Eu nunca mais irei te abandonar novamente... – Ele a fitou nos olhos e a expressão triste de Moira foi o alicerce para motivar o rapaz a mais uma tentativa. Como um milagre conseguiram se livrar do gelo e rapidamente ela se levantou e ele segurou sua mão dando partida contra a onda.

       Os navios estavam livres do mar congelado mas o balanço intenso das águas os afastaram alguns metros do gelo. Will e Jack tomavam a frente do leme para equilibrar as embarcações e salvar o casal de amigos.

        O ar em seus pulmões chegavam com dificuldade pois estavam exaustos da batalha mas não podiam descansar, a  onda vinha em alta velocidade estourando todo chão de gelo restante. Em um breve pensamento Moira admitiu que Daniel estava certo quando disse que talvez não houvesse outro momento. Ela não sabia nadar, nem tão pouco se iriam sobreviver ao impacto da onda mas estava feliz, havia visto Daniel uma última vez. Por fim ambos eram complementares pois não havia mais um culpado, estavam ali igualmente, um lutando um pelo bem estar do outro. Essa ligação ninguém jamais poderia retirar deles.

           – Eu ainda confio em você... – Moira disse quase em um fio de voz pelo cansaço. Daniel fitou a garota aliviado.

           Então o rapaz notou que não adiantava correr pois a onda estava muito próxima e o Pérola e o Holandês longe. Ela olhou para traz e segurou a mão dele com mais força.

       – Joguem a corda! – Exclamou Jack a seus subordinados quando notou que eles estavam próximo ao fim da linha.

     Moira e Daniel pularam da plataforma no exato momento em que ela se destruiu por completo e a imensa onda  quebrasse sobre o Pérola Negra. O peso da água danificou parte do navio que por pouco não naufragou.

  " Moira estava no jardim de sua casa apreciando um ninho de passarinho em uma das árvores frutíferas do local.

      – Venha senhorita Brodbeck, temos que terminar de construir o castelo! – Um garoto de aproximadamente oito anos se aproximou correndo até a menina que ainda mantinha sua visão para o alto da árvore. – O que está olhando ?

       – Acho que a  mamãe pássaro falou comigo Daniel...

       – Não seja tola senhorita, pássaros não falam apenas cantam – O garoto retrucou fazendo uma careta. A menina então fitou o outro.
       
        – Mas eu ouvi, não diga que minto! – Moira fez um leve bico e Daniel riu

         – Pode ter sido alguém nos arredores.

          – Não tem ninguém conosco além  da mamãe passarinho! – Moira mostrou está aborrecida com a insistência do outro.

       – Tudo bem,  mas se isso é verdade o que a ave disse? – Daniel perguntou ainda sem acreditar na amiga.

        – Ela cantou... – Moira pausou por uns instantes tentando recordar a canção – "No horizonte posso ver, o futuro a me esperar, pelas águas navegarei, pois sou fruto da terra e do mar...” Isso! Era isso.

       – Hm...não sei não, certa vez papai me contou que espíritos de crianças que morreram no mar as vezes tentam se comunicar com crianças vivas – Retrucou o pequeno garoto. Em seguida ele notou a menina abraçar a si mesma como se estivesse realmente com medo. Então preocupado sorriu pegando um galho qualquer pelo gramado e apontando para ela – Não tema o Capitão Connor vai salvar a donzela dos fantasmas da ilha assombrada de Port Royal!

        As crianças adoravam criar histórias fantasiosas para brincarem. Cada dia era uma aventura diferente e naquele  instante o menino criara mais uma para confortar a garota de olhos bem azuis como os oceanos.

       – Daniel isso é sério! – implicou a menina.
    
       –  E quem disse que estou brincando? – Ele sorriu – Somos amigos não somos? Então eu vou proteger você, não é isso que os amigos fazem?

       Moira sorriu agradecida por Daniel ser seu melhor amigo e sempre está ao seu lado.

         – Mas se você partir de Port Royal e os fantasmas ficarem sabendo voltarei a ficar em perigo.

         – Tem razão... Espera tive uma ideia – Daniel estendeu a mão fechada para ela com apenas o dedo mindinho estirado. Moira olhou sem entender exatamente oque o pequeno planejava – Vamos fazer um pacto de honra,  nesse momento prometemos nunca abandonar um ao outro e nada irá nos separar, nem mesmo o horizonte – Daniel concluiu com um sorriso confiante.

     – Feito! – Moira entrelaçou seu dedo mindinho ao do menino com um sorriso radiante – E então capitão? Qual é a primeira ordem para proteger a princesa da Inglaterra, Moira Brodbeck  ?

       –  Atenção homens vamos escoltar a princesa até o palácio real! – Ele disse erguendo sua "espada" e logo correu ao lado de Moira pelo jardim sorridentes"

         Unidos por um abraço Moira e Daniel afundavam no mar. Era como se o tempo parasse ou tudo acontecesse de maneira lenta, envolvidos por uma energia incomum que os mantinham anestesiados e longe da realidade. Daniel  abriu os olhos e contemplou aquele grande momento. Cavalos marinhos, peixes e várias outras espécies do mar eram vistas ao redor deles. O jovem não sabia se estavam mortos ou se tudo aquilo era apenas sua imaginação. Nem se sonhasse com maravilhas por trinta dias e trinta noites dariam a beleza daquele momento. Sentiu o corpo de Moira ganhar uma pequena distância do dele e então ele voltou sua atenção para ela. Moira também estava de olhos abertos e o azul de seus olhos estavam ainda mais vivos e impactantes, os cabelos flutuavam na água como se dançassem ao som da mais bela canção. A imagem mais bonita e surreal que Daniel já vira. Moira parecia um anjo criado pelos Deuses iluminados.

      O momento de transe foi desfeito quando a força da água voltou ao normal e Daniel presenciou mais um evento  inesperado.

       – – –

      Impacientes a tripulação  fitava o mar. Após Elizabeth retornar ao Pérola,  o Holandês submergiu as águas para procurar Moira e Daniel que não haviam retornado a superfície após o fim da tormenta.

      Jack parecia mais ansioso que os outros pois andava por todo navio brigando e dando ordens incoerentes a seus subordinados.

    – Senhor Pintel! Oque o senhor me diz sobre esse cabo de amura?– Jack apontou para a amarra que estava em excelente estado. Continuou caminhando em passos largos. – Mestre Gibbs! Quero que me dê conta de suas ações agora! papagaio do Cotton... – Jack ficou pensativo por instante – voe!

      – Jack ? – Elizabeth estava atrás do capitão tentando chamar sua atenção a alguns instantes atrás mas propositalmente estava sendo ignorada. Então vencido o pirata virou para fitar a mulher e franziu o celho em seguida.

      – Elizabeth essa roupa não lhe faz jus, ainda prefiro o vestido que lhe emprestei ou nada – Jack observou os novo trage da mulher que agora usava roupas masculinas que eram mais apropriadas para a batalha do que o vestido bordô.

       – Acha que Calipso condenaria o próprio filho? – Ela perguntou ignorando a indagação anterior vinda do pirata.

      – Tudo que sei senhora Turner é que estou cansado de ver meu navio em pedaços sem obtermos nenhum lucro, e por falar nisso – Jack se aproximou mais da jovem para que ninguém mais ouvisse – O que o seu amado capitão sem coração quer tanto com a tia Dalma...Calipso?

       – Essa informação é valiosa demais  para chegar ao seu conhecimento Jack, não podemos errar... – Elizabeth finalizou dando as costas para Sparrow e seguindo pelo convés.

        Assim que a conversa foi encerrada o Holandês Voador emergiu novamente. Um alvoroço se deu início no Pérola Negra e Barbossa virou o navio a bombordo para parear as embarcações. Alguns marujos colocaram a prancha conectado os dois navios e Jack junto a Gibbs, Elizabeth e Barbossa seguiram até o outro lado.

       Moira estava desacordada enquanto  mais a frente Daniel tossia bastante por conta da quantidade de água que engoliu involuntariamente.

         – Pelos Deuses do céu e do mar, Eles sobreviveram! – Diz Gibbs indo até Daniel.

    Elizabeth colocou a cabeça de Moira em suas pernas enquanto tentava acordar a garota pálida. Jack fitou a jovem e seus lábios se curvaram em um pequeno sorriso sendo notado pela loira. Moira lentamente recobrava a consciência.

      Daniel se levantou ainda zonzo mas totalmente lúcido a respeito dos acontecimentos enquanto estava afundado no mar.

      – Moira?...estão todos bem? – Ele pergunta tentando manter o equilíbrio.

      – Temos o Pérola, o Holandês, a tripulação, você e Brodbeck estão de volta...eu diria que fomos bem sucedido até agora – Jack caminhava sorridente em passos desajeitados até o garoto.

     – E então, não vai nos dizer como escaparam?...ajuda da mamãe eu suponho? – Indagou Barbossa com um sorriso interesseiro.

      – Parece que ser um semi-deus finalmente me foi útil – Daniel respondeu saindo de onde estava. Barbossa o irritava imensamente com sua obsessão ridícula.  A resposta dele fez Jack semicerrar os olhos, porém permaneceu reservado e pensativo. 

      – Moira que bom que acordou, como se sente?

      – Minha cabeça dói... mas fora isso estou bem, obrigada Elizabeth – Moira ficou de pé com a mão na cabeça. Avistou Daniel se aproximando – Você está bem? – Ela o abraçou forte e foi correspondida de imediato.

      – Sim, estou... – A garota não notou mas Daniel estava um tanto assustado. Delicadamente partiu o contato fitando o rosto da jovem como se procurasse a imagem que apreciou minutos antes – Você se lembra do que aconteceu quando pulamos no mar?

      – Não...está tudo em branco...por que? – Moira estava se sentindo fraca e esforçava-se ao máximo para não demonstrar, mas nem se quer se deu conta quando novamente estava nos braços de Daniel.

       – Moira! – Ele a segurou e logo teve ajuda de outros marujos. Inconsciente a jovem foi levada para a cabine do capitão para maiores cuidados.

       – – –

      Mais tarde Daniel adentrou a cabine onde Elizabeth estava com Moira ainda adormecida. Ele caminhou até a cama e se abaixou fitando a garota.

        – Ela vai ficar bem, só precisa descansar...

         – Espero que esteja certa... – Daniel pegou uma das mãos de Moira e a segurou.

         Elizabeth então decidiu deixar os dois a sós, imaginava o quanto era doloroso para Daniel ver a garota naquele estado e a loira ainda desconfiava que esse sentimento ia muito além de uma grande amizade. Fora assim com ela e Will, então ver Moira e Daniel tão próximos era como voltar ao passado e vê-la com Will em sua primeira aventura juntos, afinal Elizabeth jamais imaginou que um dia Will se tornaria a razão de sua vida.

     
       – Não se preocupe Moira, não permitirei que ninguém a machuque. Ainda sou o capitão Connor... – os lábios do rapaz curvaram-se minimamente ao se lembrar de sua infância com ela – e irei protege-la mesmo que isso custe a minha vida...não importa se a princesa da Inglaterra cedeu seu posto para uma Deusa...


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Notas finais do capítulo

Chegamos ao fim de mais um cap.

Será que ainda tinha alguém na dúvida a respeito de quem era o verdadeiro herdeiro do coração de Nirina? kkkkk

fanfic chegando na reta final. Se tudo correr como o planejado no próximo capitulo o Holandes e o Pérola finalmente chegarão a Baia das Lamentações.
Ah! e lá terá uma surpresa nada agradavel para Moira e Jack kkkk

Eai já imaginam oque seja? espero ansiosamente pela resposta de voces

Até +

bjkas