De repente pai escrita por Thaynara Dinucci


Capítulo 2
Capítulo 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/658351/chapter/2

Eu estava nas nuvens, tinha começado a trabalhar na Ruppert’s Buildings. Seria a secretária do presidente da empresa. Um homem lindo, o sonho de qualquer mulher. Moreno dos cabelos e olhos escuros, um corpo de dar inveja, seus músculos preenchiam todos os espaços possíveis do seu terno de três peças. Ele era fechado, só falava o essencial, mas era um ótimo patrão. Acho que me apaixonei por ele a primeira vista, foi aquela paixão que só vemos em livros onde a mocinha se apaixona pelo chefão, é, tenho certeza que cai nesse clichê.

Saio dos meus devaneios quando ouço o Sr. Ruppert entrando na minha saleta, que antecede a sua sala.

“Bom dia Srta. Carson” ele me saúda com seu habitual sorriso arrogante, e eu tenho vontade de encher a sua perfeita boca de beijos.

“Bom dia Sr. Ruppert” eu respondo corando. Bendito seja que esse homem não possa ler meus pensamentos. “Irei trazer o café pro senhor, e em seguida, os documentos para assinar. Preciso deles assinados com urgência.” Eu digo e sigo para cafeteria, sem ao menos esperar pela resposta do Alex.

É sempre a mesma coisa quando eu chego à saleta de Julia, ela está sempre concentrada em seus afazeres e quando nunca nota minha presença, ou se nota, disfarça muito bem. Está cada dia mais difícil trabalhar com ela. Ela é linda, com aqueles cabelos ruivos e olhos verdes, suas pernas são torneadas, e possui um traseiro perfeito, seus peitos então... Nem se fale. Só de pensar nela meu sangue segue todo pra região sul do meu corpo. Fico a observando por mais alguns segundos antes de cumprimentá-la. Assim que ela me responde, seu rosto cora num lindo toma de rosa, e eu tenho vontade de beijar todo seu rosto quando ela fica assim. Mexo-me desconfortavelmente, ouço vagamente quando ela diz que preciso assinar uns papeis e sigo para minha sala.

Aqui eu sou o dono do mundo. Eu comando a Ruppert’s Building, não é um trabalho fácil, temos mais de vinte escritórios espalhados por Nova York, e preciso manter todos eles funcionando a todo vapor. Dizem que sou arrogante, frio, e calculista, mas no mundo dos negócios eu tenho que ser. Se você é bonzinho demais as pessoas te apunhalam pelas costas. Hoje em dia as pessoas só querem se aproximar de você pelo que você tem e nunca pelo que você é. Com esse pensamento sigo para mais um dia de trabalho, sou interrompido algumas vezes por Julia que traz o meu café e os documentos. Cada vez que ela entra em minha sala meu coração dá um salto no meu peito. Sinto-me como um adolescente que se apaixona pela primeira vez. Calma! E quem disse que estou apaixonado? Eu apenas sinto atração pela minha secretária gostosa. Mas tenho uma regra, nunca, em hipótese alguma, misturar trabalho com prazer. Isso nuca dá certo, sempre alguém sai machucado, e eu não quero arriscar perder uma ótima funcionária.

O dia passa sem muitos problemas, quando dou por mim, já passa das cinco horas e o Sr. Ruppert ainda não deixou o escritório, então decido ir até a sua sala pra saber se posso ser liberada ou se devo ficar com ele. Saio da minha mesa, sigo até a sua porta e dou duas batidas em seguida coloco minha cabeça por uma fresta da porta e o encontro concentrado em seu computador. É uma imagem linda, sinto um súbito calor passar pelo meu corpo, e meu coração falha algumas batidas. Recupero minha postura, respiro fundo e pergunto se ele precisa de mim para mais alguma coisa ou se já posso ir embora.

“Preciso que analise comigo algumas propostas sobre abrir uma filial em San Diego, e eu não agüento mais ver tantos números na minha frente” Ele me responde depois de algum tempo, e da um de seus sorrisos maravilhosos. Se eu não soubesse que estava apaixonada por ele desde o primeiro momento, eu teria me apaixonado agora.

“Claro. Do que o senhor precisa? Vou pedir alguma coisa leve pra comermos e podemos continuar a analisar os números. Tudo bem?”

“É uma ótima proposta. Peça para entregar aqui em minha sala e comeremos juntos.” Ele fala enquanto afrouxa a gravata e abre os dois primeiros botões de sua blusa social. Eu só consigo ficar encarando aquele Deus grego na minha frente. Fico com minha boca seca e apenas aceno em concordância e saio em direção a minha saleta para fazer nosso pedido. Esse final de dia será longo.

Depois de comermos e analisarmos alguns números, Julia me mostra uns relatórios, e eu apenas fico a encarando e ouvindo o que ela fala. Ela tem uma boca perfeita, é inteligente, sabe como fazer um negócio funcionar. Por um momento eu me desligo e só consigo imaginar minha boca sobre a dela, como seria o seu gosto, como seria o seu corpo contra o meu. Respiro fundo e volto a me concentrar sobre o que ela fala, mas é em vão, não consigo manter a concentração enquanto ela voz doce entra em meus ouvidos.

“Acho que devemos parar por hoje. Já estou cansado e não consigo me concentrar em nada.” Minto descaradamente, aliás, é uma meia mentira, eu realmente estou cansado, mas não consigo me concentrar porque Julia e sua voz doce não deixam.

“Oh, claro” Ela diz enquanto passa sua língua por seus lábios, umedecendo-os.

Rapidamente Julia recolhe as pastas e segue pro arquivo pra guardá-las, e eu fico em minha mesa apenas a observando, como eu venho fazendo freqüentemente. Levanto-me e sigo para porta quando Julia vem distraída e tromba seu corpo contra o meu, sabiamente levo minhas mãos até a sua cintura e sinto seu corpo suave se moldando ao meu. Ela me olha por baixo daqueles cílios perfeitos e suspira suavemente e morde o lábio inferior em seguida.

Oh meu Deus! Oh meu Deus! O que fazer quando esses braços estão circulando minha cintura, e essa boca está a centímetros da minha? Quero implorar para que ele me beije, mas não posso. E se ele me negar? Não, não posso. E também nunca dá certo misturar trabalho com prazer. Onde já se viu? Então quando eu menos espero, Alex passa seu polegar pela minha boca, liberando meus lábios dos meus dentes e lentamente aproxima sua boca da minha e toma meus lábios num beijo urgente e apaixonado. Sua língua pede permissão pra entrar em minha boca e eu mais do que depressa dou livre acesso a ela. Eu aproveito esse beijo. Eu provo do seu beijo como se fosse um copo d’água em pleno deserto. Movo minhas mãos pelos seus cabelos e aprofundo ainda mais o beijo. Sua língua tem um gosto bom. E eu poderia muito bem me viciar nos seus beijos.

Eu não sei quando ou como, só sei que meus lábios estavam colados com o de Julia e isso parecia tão certo. Suas mãos deslizaram pelos meus cabelos e porra, como isso foi bom. Pressiono seu corpo contra o meu, se pudesse fundir meu corpo com o dela, com certeza eu já teria feito. Desço minhas mãos pelo seu quadril até sua bunda maravilhosa, puxo seu corpo pra cima do meu, ela prontamente enrola suas pernas em minha cintura e a levo para o sofá, com a certeza de que pela primeira vez na vida eu quebrei minha regra. Foda-se.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que gostem.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "De repente pai" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.