Edward

Assim que chegamos ao shopping para encontrar minha irmã, Alice. Liguei para a mesma na tentativa de saber onde ela poderia estar. Provável que esteja em alguma loja fazendo compras. Alice viva em lojas, sempre comprando alguma coisa, ela tinha essa necessidade, as vezes, quase sempre ela está com Tânia, elas meio que viraram amigas. Tânia e eu temos uma espécie de amizade com benefício, quando preciso de algo pra saciar minhas necessidades ela estar lá para isso. Quando me separei de Isabella e a mesma se foi levando meu filho, Tânia esteve lá comigo me dando apoio como uma verdadeira amiga, e acabou por ter rolos entre nós mais uma vez, mas eu não queria um relacionamento, então nos mantemos assim, quem sabe um dia eu assumo um caso sério com ela.

— Onde você está? – perguntei meio impaciente.

— Estou em uma loja de sapato que fica ao lado do playground.

— Já estou indo para aí.

— O.K. Tchau.

Interrompemos a ligação, peguei a mão de meu filho e saí caminhando em direção ao playground.  Anthony soltou minha mão e no momento seguinte ele corria no corredor do shopping. Olhei para frente e vi a silhueta de Alice, meu menino se jogou em cima dela. Era notável como Anthony gostava de minha irmã.

— Anthony. – Alice falou com a voz em um tom um pouco elevado.

— Sou eu.

— Meu Deus como você cresceu.

— Todo mundo diz isso.

— Porque é verdade, está um rapaz e afinal de contas só vejo você uma vez por ano, então me dê outro abraço. – Minha irmã o puxou para outro abraço.

— Você estava fazendo compras de novo?

— Eu só estou aproveitando, minha companheira de loja anda ocupada.

— Acho que você ia se dar bem com a Olívia.

— Quem é Olívia?

— Minha irmã. Ela tem 3 anos e adora comprar roupas e sapatos, mamãe só falta querer enlouquecer com ela, Live fica querendo levar a loja toda. – Ele falava sorrindo.

— Entendo. Eu não sei vocês, mas eu estou morta de fome. – Minha irmã falou, estava obvio que estava tentando mudar de assunto.

— Eu também estou morrendo de fome. Vamos para a praça de alimentação.  – me pronunciei e caminhei em direção ao lugar sugerido.

Os dois atrás de mim engataram um assunto de conversa babo sobre desenhos e filmes, minha irmã interagia com meu filho como se tivessem a mesma idade.

— Tia, eu ganhei de presente da mamãe um vídeo game, a gente precisa jogar juntos, joguinho de corrida, para gente apostar, eu vou muito rápido é difícil passar de mim.

— Thony eu sou péssima em jogos, eu sou sem coordenação alguma.

— É você treinar tia. A Live só pode jogar comigo alguns jogos, jogos de bebê chato.

— Sua mãe está certa, afinal sua irmã é pequena.

— Eu sei, por isso prefiro brincar com ela no parque, nós vamos no parque assim que eu voltar para casa. Ela está me esperando.

— Anthony você trata sua irmã com muita atenção, você é uma criança não tem que se preocupar com isso. – disse.

— Pai, Live fica triste quando eu venho, e ela é muito pequena pra entender.

— E por que ela não vai para casa do pai dela?

— Ela não tem pai. – ele pensou – Ele nunca apareceu, acho que ele não gosta dela, mas ela tem a mamãe e eu.  

Achei melhor não discutir sobre isso, meu filho estava ali para aproveitar as férias comigo e não queria transformar em algo desagradável, não vi a filha de Isabela mais de 2 vezes, e ela era pequena, e se parecia com a mãe. Meu lado de meu dizia que esse tratamento de Thony com a irmã é porque eu era rancoroso em relação a garota. Afinal ela foi um dos motivos de Isabella ir embora.

Estávamos voltando pra casa da minha mãe quando meu aparelho celular começou a tocar, olhei para o visor e era Josh.

— Fala Josh.

— Edward, você vai vir para o escritório hoje?

— Não, por quê?

— Eu quero conversa r com você. É urgente.

Ele parecia nervoso o que me deixou apreensivo, o que ele queria comigo assim de tão urgente.

— Não é algo que se possa deixar para amanhã? Eu estou curtindo Anthony.

— É sério Edward, envolve Bella.

— Sabe que não quero mais ouvir falar dela, não é? Aquela traidora.

— Talvez esse seu pensamento mude.

— Então desembucha agora o que é?

— Eu vou estar te esperando no escritório.

Josh desligou o aparelho antes de eu falar algo. Isso sem dúvida me irou, fechei a cara na hora e continuei caminho para a casa de minha mãe para deixar Alice e meu filho com ela. Quando entramos na residência subi direto para o quarto e tomei um banho, estava terminando de me arrumar quando alguém bate na porta e gritei um, entra.

— Filho, vamos conversar.

— Mãe, estou de saída.

— Filho, cansei de ser paciente, você esta cada vez mais longe da sua felicidade.

— Eu sou feliz, tenho meu filho e isso basta.

— Você precisa ver a foto de Olívia, e tudo isso vai mudar.

Me virei para olhar em seu rosto e falei em um tom alterado.

— Não vai mudar. Quer dizer só vai fazer eu ter mais raiva dessa garota, a garota que é feita de uma traição.

— Não diz isso.

— Eu não tenho tempo para isso, que Olívia e Isabella se lasquem.

Sai do quarto antes que minha mãe tomasse alguma iniciativa de fala algo, eu sei que não tiha o direito de falar assim com ela, mas eu estava irritado, quando me acalmasse iria pedir desculpas, mas isso não significava que iriamos ter aquela conversa de novo.

Eu não o que porra deu em todo mundo de querer falar de Isabella ou da garota, eu estava no meu limite, eu não sou obrigado a ouvir o que quer que seja relacionado a uma das duas. E isso estava me deixando no limite, e Josh é próximo a levar uma parada, estou de saco cheio.

Cheguei à empresa o mais rápido que pude, queria terminar logo esse assunto, passei por minha secretária, Julie e a mesma falou que Josh estava a minha espera.  Pude ouvir a voz dele dentro de minha sala, sem dúvida ele estava falando com alguém.

— Eu vou falar, estou farto disso... foda-se seu ele vai se afastar, cansei disso, agora minha felicidade vai ser Edward sabendo de tudo. – ouvi a voz de meu amigo.

Entrei em minha sala – Saber de tudo que?

— Vou desligar. – e foi exatamente o que ele fez. – Edward.

— Seja breve. Não tenho a vida toda

— Eu sei que depois disso você vai me odiar, mas eu cansei, cansei de te ver esse Edward, e isso tudo também é culpa minha.

— Vamos fala. – eu já estava começando a ficar nervoso.

— Eu tenho uma parcela de culpa no seu termino com a Bella.

— Não Josh, você abriu meus olhos com aquelas fotos, e na primeira oportunidade eu vou esfregar na cara de Isabella, quando quis me empurrar uma criança que não é minha.

— Não, não Edward. Você não sabe nada por trás de tudo aquilo... ai meu Deus eu estou perdendo a coragem.

— Vai dizer que as imagens é PhotoShop, ela é bem realista.

— Edward a Bella é tão inocente quanto você nessa história. As fotos são reais.

Eu lembro perfeitamente das fotos, eu sei, porque ainda as guardo, Isabella está sentada em uma mesa com um homem que aparentava ter 26 anos, ela sorria, o homem sobre a mesa pegou a mãe dela, e ela pareceu não se importar. A imagem seguinte já era os dois em pé e Isabella estava de costa e eles se beijavam, aparentava ser um selinho, como se fosse de despedida.

— Eu sei que são reais, muito reais.

— Edward não se engane quando dizem que uma foto vale mais que mil palavras...

— Josh onde você está querendo chegar?

— Vamos lá Edward. Essas fotos foram todas armadas, armadas por Tânia e eu ajudei.

— O Quê?- perguntei em um grito

— O homem da foto é George, a Bella realmente o conhece, eles estudaram juntos no colegial, ele fez aulas de teatro, Tânia ofereceu uma grana para ele fazer aquilo, foi eu que realmente que tirou as fotos, ela me convenceu fazer aquilo, ela se insinuou para mim e eu acabei caindo, Tânia sabia que você não perdoaria a Bella, ela se fez de boa moça simplesmente para que você achasse que ela é boa e você também caiu no papo dela de boa pessoa.

— Eu... eu naão posso acreditar nisso. – eu não sabia que pensar. – Ela sorrir Joseph.

— Só foi preciso o momento certo. Quando George pega na mão dela ele estava fazendo Bella sorrir, mas ela tirou a mão da mesa logo depois do contato das mãos, e o beijo por que você acha que ele está de costa? É para parecer mais real, Bella não retribuiu, ela bateu nele, fez o nariz dele sair uma garapa de sangue.

Eu estava olhando pra ele, como ele teve coragem de fazer isso, eu era seu amigo, ele sabia como eu era feliz com Isabella, sabia como eu a amava, ele me fez acusar ela por uma armação sem cabimento, esse filho da puta simplesmente trocou nossa amizade por uma trepa com a Tânia, meu sangue começou a ferver em minhas veias.

— Eu sinto muito, eu não aguentava mais viver com isso.

Na mesma hora eu me exaltei e partir pra cima dele e lhe dei um murro, Joseph caiu no chão e o peguei pelo colarinho e lhe referi outro soco, meu estado era transtornado e o chutei no meio de suas costas.

— SENTE MUITO, FILHO DA PUTA, VOCÊ ACABOU COM MINHA VIDA, VOCÊ TIROU MEU FILHO DE MIM, TIROU A MULHER QUE EU AMO, VOCÊ TROCOU NOSSA AMIZADE POR UMA TREPA SEU CRETINO, EU VOU TE MATAR FILHO DA PUTA. – continuei lhe esmurrando e chutando aquele desgraçado.

Senti alguém me segurando e me puxando pra longe dele.

— Edward, pelo amor, o que está havendo aqui, que confusão é essa? – reconheci a voz de meu pai.

— Conta seu bastardo, vamos? – Josh baixou a cabeça. –É melhor tirar esse desgraçado da minha frente se não eu mato.

Os seguranças saíram ajudando ele a andar. – EU TENHO NOJO DE VOCÊ JOSEPH.

— Meu filho me conta o que aconteceu? – Meu pai estava nervoso.

— Agora não dá pai, e quero a demissão dele pra amanhã, não quero ver a cara desse cretino.

Saí de minha sala e caminhei a passos largos em direção a meu carro, entrei saí fazendo barulho com as rodas, nos primeiros 2min eu não sabia para onde ir, foi então que me lembrei das fotos, e fui para minha casa, a casa que eu dividia com Bella, não demorou 10 minutos e eu estava adentrando pela porta sem me preocupar se devia fechar ou não, rumei em direção ao meu escritório como uma bala e fui direto à estante onde tinha certeza onde as malditas fotos se encontravam, nem me deu ao trabalho de abrir o envelope, peguei minha lata de lixo, de dentro do escritório e joguei o papel dentro, coloquei bastante álcool e com o fósforo de dentro da gaveta eu acendi e joguei dentro da lata, o fogo brilhava dentro da estrutura de alumínio, meus olhos se encheram de lágrimas. Quatro anos separados por causa de uma mentira, agora eu realmente sou o culpado, apesar de aqueles filhos da puta tem porcentagem de culpa no meu termino, eu também tinha, afinal eu não acreditei nela, eu preferi acreditar em uma mentira. Olhei para a lata e o fogo já tinha consumido tudo, agora toda aquela merda não passava de cinzas. Foi então que algo estalou em minha cabeça. Bella. Término. Grávida. Olívia. Minha Filha.

Lágrimas grossas desceram de meu olho e um aperto fundiu meu coração

— AHHHHHHHHH SEU DESGRAÇADO. – chutei a lado e as cinzas de papel se espalharam pelo chão. – VOCÊ É UM IMBECIL MESMO EDWARD. – peguei um jorro e joguei na parede.

Eu podia derrubar a casa, mas minha raiva não passaria. Raiva daqueles bastardos e de mim, principalmente de mim.

— Minha filha. Não acredito. – me ajoelhei no chão e sussurrei – Me desculpa, desculpa, desculpa.

Levantei, fechei a porta da frente de casa e me dirigir até meu carro, dei partida e caminhei rumo a  casa de minha mãe, eu estava em prantos e culpa me consumia, eu precisava ver Olívia, eu necessitava. Lembrei exatamente quem tinha uma foto dela. Anthony, meu filho. Entrei a residência praticamente correndo.

—Anthony... Anthony.

— Pai? O que foi? – meu filho estava aparentando preocupação, via em seus olhos.

— Cadê Anthony?

— O que Pai? – o meu tom de voz o assustou.

— A foto, a foto de sua irmã.

— Tá.. tá..

— Responde – quase gritei.

— Tá com a vovó. – Thony começou a chorar

Eu corri para o andar de cima e bati na porta Três vezes seguida e entrei, minha mãe estava mexendo em seu notebook e não deu tempo de lemvantar e abrir a porta já que invadi seu quarto.

— Mãe cadê a foto de Olivia?

Minha mãe parecia não prestar atenção.

— Você está chorando?

— Mão por favor, mostra a foto.

Esme levantou não tão apressada, e abriu a primeira gaveta e me entregou a foto. Quando olhei a gatinha, a minha garotinha, minhas pernas fraquejaram e me ajoelhei.

— Eu sou burro, burro. – batia em minha cabeça.

— Edward...

— Mãe, Olívia, minha filha, eu sei, meu Deus, como sou idiota.

Meu corpo tremia a cada soluço que dava, e não cansava de olha para foto, sabendo que sangue do meu sangue estava do outro com a mãe, minha Bella.