Cidade das Portas Celestiais escrita por heeyCarol


Capítulo 6
Propostas Invasivas


Notas iniciais do capítulo

Agora sim, um capítulo para vocês, espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/658158/chapter/6

5

— Pela quinta vez, ninguém vai ver a minha cabeça! — aquela tentativa havia sido um pouco mais eficaz; ao que parecia, eles apenas prestavam atenção em Mack quando ela gritava. Exceto Caleb. Caleb a observava o tempo todo afim de garantir que não tentaria fazer nada.

— Mackenzie, escute. É a única forma de você…

— Recuperar as memórias por completo, eu sei. — Cortou ela antes que Magnus pudesse terminar a frase, que também era repetida. Era óbvio que ela queria recuperar as lembranças de anos de vida, mas não queria que vissem os sonhos; eles, se fossem verdade, representavam um risco que os Caçadores de Sombras não hesitariam em eliminar, e ela não estava disposta a morrer pela segunda vez naquela semana. — Elas foram apagadas por algum motivo, e talvez eu não queira descobrir. Talvez ninguém deva descobrir.

Caleb a fitava com os olhos verdes assustadoramente compenetrados, e por um momento temeu que ele conseguisse descobrir o que ela escondia. Uma noite antes ela havia acordado aos gritos, ainda sentindo o peso de um corpo extremamente real em suas mãos trêmulas; ele foi o primeiro a aparecer, empunhando uma adaga, pronto para atirar.

— Foi apenas um sonho. — ele declarou, não sem delicadeza, ao observar o quarto vazio. Os cabelos dourados estavam perfeitamente arrumados, e ela se perguntou se ele sequer havia se deitado aquela noite.

— Acho que sim. — ela conseguiu responder. Engoliu em seco, temerosa. — Meu grito acordou mais alguém?

Eles não têm como saber. Para todos os efeitos eu apenas sonhei com o corpo da senhora Rosales...

— Não. Já estava acordado.— ele andou até a lareira, cuja chama bruxuleante era baixa e acolhedora. — Na verdade, acordei um pouco antes de você começar a falar.

Mackenzie o encarou, sem expressar desespero. Apenas sorriu de canto, tentando parecer calma.

— Então sou sonâmbula, é isso? Por favor, não conte meus segredos noturnos para ninguém.— ela esperava ter soado sarcástica, mas não teve certeza.

Caleb guardou a adaga na jaqueta e a olhou pensativo, tombando de leve a cabeça para a direita; naquela hora ele mais parecia um anjo das representações de igrejas góticas, todo rosto anguloso e cabelos dourados, puro e ingênuo. Mack teve de tocar de leve a parte de trás da coxa por baixo das cobertas para saber que ele não tinha nada de angelical a não ser a aparência.

Um sorriso afiado surgiu em seus lábios, provando que nem toda a sua aparência parecia ter sido retirada de um afresco, afinal.

Acho que ambos sabemos o que você fala enquanto dorme, Mackenzie.

O chalé parecia mais silencioso do que antes. Ninguém se propôs a questioná-la, mas sabia que seu argumento havia sido tão suspeito quanto ela própria. Era óbvio que não a ouviriam, para eles era nada mais que uma estranha que supostamente não lembrava das coisas, e só não a pressionavam porque sabiam que estavam envolvidos em algo além de sua obrigação, talvez até um crime. Mack tinha de usar isso a seu favor.

— Posso estar sendo poupada disso — ela os indicou com um gesto amplo — Não quero passar o resto da minha vida caçando demônios, ou sequer quero saber de criaturas mágicas, por mais interessante que isso possa parecer para vocês. Eu tenho esse direito.

— A questão é que não escolhemos ser Caçadores de Sombras. — Caleb mudou o peso para o pé da frente e deixou de se escorar do sofá cor de café. — Nós nascemos assim, e as últimas duas gerações foram geradas por mundanos que queriam ser Nephilim. Se não ser o que você é fosse uma escolha sua não teria perdido suas memórias, sequer teria perdido a Visão ou teriam mudado sua aparência.

— Porque para vocês as pessoas devem lembrar o que abandonaram e o erro que cometeram. — recitou, não podendo conter uma pitada de escárnio. — Mas isso pode ter sido uma escolha minha. Eu posso ter escolhido esquecer.

As vezes tinha de se lembrar que o que falava era mentira. Aquela era uma teoria plausível, boa o suficiente para convencer a eles; mas ela não faria aquilo, jamais seria covarde a ponto de apagar suas memórias de uma vida inteira, simplesmente porque não deveriam ser apenas suas para fazer isso.

Miccaela abriu a boca para falar algo, mas um som de vácuo irrompeu pelas janelas, que se escancararam com o vento.

— Caleb, precisamos tirar ela daqui. — a garota mostrou o pequeno aparelho negro, que antes Mack tinha pensado ser um celular. Ao que parecia, aquilo era uma espécie de sensor...e não parava de apitar.

— Eu vou lá para fora, encontro vocês em Los Angeles.

— Não vo...— garras de trinta centímetros irromperam pelas janelas e atiraram estilhaços para todas as direções possíveis. Os arranhões em seu braço fizeram com que qualquer protesto morresse em sua garganta, e não disse uma única palavra depois daquilo.

Caleb praticamente voou de encontro a entrada, a espada apenas um flash prateado que se movia em todas as direções, aparando as garras que agora perfuravam a madeira como se fosse papelão molhado. Um berro excruciante veio do lado de fora, e Mack apenas teve tempo de rolar para o lado quando o demônio arrebentou a entrada, a frente do chalé agora reduzida a perigosos dentes de madeira. Algo frio começou a se esgueirar por suas pernas, e teve apenas meio segundo para engatinhar para longe do alcance da fumaça negra que espiralava por sua panturrilha antes que Miccaela a puxasse para longe dali.

— Espero que Emma esteja de bom humor, porque vai precisar de paciência pra ouvir tudo. — ela tentou dar um sorriso para Mack, mas ela não teve como retribuir.

Uma tábua zuniu sobre suas cabeças.

— Fique calma e segure firme na minha mão. Aconteça o que acontecer não. Solte.

Assentiu, sem ter outra resposta. Magnus havia feito a criatura queimar, mas a fumaça negra começava a envolvê-lo, o feiticeiro tossia.

— Ele está sufocando! — Mack murmurou em vão. Quando se deu conta Miccaela a arrastou para trás do balcão, de onde Caleb acabava de saltar. O portal estava desenhado na divisão entre a cozinha e o que agora eram destroços da frente do chalé.

Tudo o que ela sentiu antes de passar foi uma brisa...e medo.

ξ

— Vocês não deveriam estar aqui. — foi tudo o que Emma conseguiu dizer — O Inquisidor proibiu que qualquer um entrasse ou saísse daqui.

— Garanto que é importante! — Elisabeth Silverblood respondeu. Tinha o mesmo sotaque britânico de Jem, e o mesmo olhar ansioso que a maioria dos novos Nephilim tinham, o olhar de quem não se importava em correr riscos. Emma torceu para que aquele olhar, por mais irritante que fosse, durasse bastante, pois ele sumia assim que se presenciava a morte de um ente querido. Se pegou perguntando por quanto tempo conseguiu sustentá-lo após a morte dos pais.

— Temos assuntos importantes também. Estamos investigando a morte daquela bruxa em Nova Iorque, caso contrário continuaremos presos aqui. Não podemos correr o risco de sermos afastados da Clave e de nossas famílias se nos envolvermos nisso. — respondeu. Já estavam fazendo investigações paralelas a Clave, e aquilo com certeza não terminaria bem. E não se tratava apenas dela; prometeu a Jules que conseguiriam sair em breve — Não posso ajudá-los, por mais que queira.

Imagino o quanto você quer nos ajudar. — James Silverblood revirou os olhos. Ele não tinha um semblante feio, mas era comum o suficiente para que Emma pudesse socá-lo sem culpa. São apenas jovens, disse para si mesma em busca de calma, mas ela não vinha. — Mas não é de você que precisamos, e sim da bruxa que vive com vocês, aquela que também é Caçadora de Sombras.

Tessa — corrigiu.

— Essa mesmo. É verdade que ela é filha de um warlock com uma Caçadora de Sombras? Porque isso seria particularmente bizarro.

— Sim, eu sou. — Tessa respondeu aflorando das sombras para a luz cálida do sol poente, que agora formava pequenas poças no chão de madeira escura — E não vejo porque ajudaria alguém tão insolente quanto você. Onde estão os antigos valores sob os quais os britânicos crescem? Discrição é uma delas, se estou certa.

Um rubor aflorou nas bochechas pálidas de James, e sua irmã imediatamente pediu desculpas, claramente nervosa.

— Creio que a situação deva ser tratada em particular — prosseguiu a garota, olhando em volta para se certificar de que mais ninguém sairia das sombras. Com certeza aquilo era novo para ela.

— O que tem de falar pode ser falado na frente de todos, somos uma família aqui. — e quando Tessa falou aquilo Emma não pôde deixar de notar a semelhança entre eles, nos olhos cor de chumbo e na expressão terna e suave que tinham. Eram de uma família convocada depois da última Guerra Mortal, seria impossível terem algum parentesco, por mais que a beleza singular fosse compartilhada entre eles.

A garota suspirou, derrotada.

— A mundana de Nova Iorque não era, bem, uma mundana. Achamos que possa ser uma Caçadora de Sombras, mas apagaram sua mente, suas marcas e sua Visão.

— Afinal porque estão com ela se sequer têm provas de que possa ser? — Jem entrou na sala com uma expressão calma no rosto. O único que faltava era Jules, mas Emma sabia que ele tinha coisas mais importantes para fazer do que espiar por detrás da porta, afinal, ela sempre lhe contava tudo.

Quase tudo, murmurou em sua consciência, um pesar de anos repentinamente sufocando-a.

— Quero dizer — continuou Jem — se estivessem realmente procurando uma Caçadora de Sombras, o certo seria procurar por alguém que dê sinais de que é, e você descreveu uma mundana perfeitamente normal.

— Nós...— ela hesitou. Emma sabia detectar uma mentira facilmente, e sabia que ela omitia algo.— ...encontramos ela, quando procurávamos por informações na casa da bruxa. Nossos sensores apitaram repentinamente e achávamos que ela teve contato com algum demônio, quem sabe estivesse envolvida com o crime...mas ela se provou ágil — Elisabeth fez uma carranca ao dizer a palavra. — como se tivesse recebido treinamento, embora tenha uma técnica um tanto rudimentar.

— A levamos para um interrogatório com o auxílio de Magnus Bane — continuou o irmão — caso houvesse alguma magia demoníaca nela, e, no final, a garota estava camuflada.

— E se considerarmos que mudaram sua aparência e apagaram suas memórias, o que ela sabe já foi de grande suspeita. Ainda por cima, suas lembranças voltam aos poucos, e suspeitamos que ela saiba de algo importante, talvez esteja envolvida com os últimos desaparecimentos e até mesmo algumas mortes encomendadas. — Emma torceu para não ter parecido interessada demais, mas não pôde evitar se inclinar um pouco mais para a frente, atentando-se ao que a garota dizia — E precisamos da bru… Senhora Tessa, para que possamos ver a mente dela. Os poderes de Magnus Bane não são suficientes sozinhos.

Tessa e Jem se entreolharam, e ela não fez o mesmo simplesmente porque brincava de juntar as peças daquele quebra-cabeça em sua mente. Magnus Bane era simplesmente o feiticeiro mais poderoso que conheciam, e ele não conseguir fazer algo significava que estava terrivelmente errado… ou que outra pessoa entenderia aquilo melhor que ele; Emma a olhou no mesmo momento em que Tessa se pronunciou, a curiosidade completamente renovada:

— Eu vou o mais rápido possível!

— Não será necessário, podemos trazê-la aqui, contanto que possam manter isto em sigilo.— pediu o jovem Caçador de Sombras.— Não queremos ter nossos nomes envolvidos no que quer que tenham feito.

— Não há com o que se preocupar, senhor Silverblood — Jem andou em sua direção a passos lentos, parando em frente ao garoto com seu sorriso afetado; a irmã agarrou o pulso dele em um gesto protetor, recebendo parte da raiva contida — Embora tenha sido insolente comigo e com minha família, não contaremos, assim como precisaremos em breve de um favor de vocês e não falarão nada. — ele lançou um olhar breve para Emma. — Somos todos criminosos aos olhos da Clave agora.

ξ

Micca puxou Mackenzie do asfalto segundos antes das rodas atropelarem sua cabeça e seu novo rostinho angelical se reduzir a uma poça de sangue sobre o chão quente e áspero.

— Obrigada… — a garota disse ofegante, fitando o ponto onde as rodas de um antigo Crown Vic passavam agora. Seu olhar estava tão distante que por um momento achou que ela estivesse em choque; mas depois se virou, com o semblante sério novamente. — Acha que eles vão ficar bem?

Micca começava a compreender porque a camuflaram com uma aparência tão simples e comum: porque a dela era simplesmente o oposto disso. Miccaela era bonita, tinha um corpo escultural e curvas bem definidas, algo nos padrões mundanos de beleza, e Mackenzie também as tinha, de um modo inexplicavelmente mais delicado, com a aparência tão doce e bela que impediam que qualquer um conseguisse ver qualquer mal que pudesse ter; a personificação da pureza… com exceção dos olhos, que pareciam desafiar a todos com um ar feroz praticamente sobre-humano. Olhando-a assim era óbvio o motivo pelo qual Caleb se culpava mais ainda por ter falhado – embora ele não assumisse – ,porque ninguém em sã consciência a atacaria ou tentaria machucá-la, muito menos duvidaria que a garota conseguiria fazê-lo contra os outros.

— Caleb? — Micca sorriu — Tenho certeza que sim. Eu saberia se alguma coisa acontecesse com ele, não que eu tenha que me preocupar com a minha marca o tempo todo. — ela instintivamente levou os dedos por trás do ombro, apalpando por cima do couro do uniforme.

— Mas eram muitos, e Magnus…

— É imortal. — completou — Já foi atacado de formas piores, e até sequestrado para um reino demoníaco por Jonathan Morgenstern, e todas as vezes ele escapou, a maioria ileso. Eles são poderosos, Magnus e Caleb, e sei que provavelmente já estarão no Instituto quando chegarmos. — Micca avaliou seu olhar, apreensivo, ansioso.

— Por que se preocupa com eles? Não são nada pra você.

Mackenzie a olhou como se fosse alguma louca.

— Querer saber se estão bem não quer dizer que me importo.

— Na verdade, quer dizer exatamente isso.

— Apenas… — suspirou, fechando os olhos com força. Quando os abriu, pareceram impenetráveis — não quero que mais alguém morra por minha causa. Minha lista de mortes é longa, e nem sequer foram propositais.

— Mas quase matamos você, deveria querer que ao menos levássemos uma surra.

A outra desviou o olhar, fitando os pés descalços sobre a areia. Assim que chegasse ao Instituto poderiam pedir algumas roupas emprestadas para ela vestir, algo que não a fizesse parecer uma mendiga.

— E quero. — murmurou, mas soara mais como uma pergunta do que uma afirmação concreta.

O mais seguro a fazer era andar por ruas cheias de pessoas, onde dificilmente poderiam ser encontradas ou atacadas. Mackenzie olhava as vitrines de vez em quando, com o olhar tão distante que fazia Micca se perguntar se sequer prestava atenção, o que a obrigou a ficar duas vezes mais atenta a qualquer coisa suspeita.

— Caleb por acaso comentou sobre algo com você? Alguma suspeita sobre mim?

Micca foi pega de surpresa.

— Bem, não… ele costuma contar as suspeitas, mas só quando tem certeza. Ele não gosta de erros. — Não deveria estar conversando sobre aquilo, mas Micca tinha quase certeza de que poderia confiar nela.

— Nossa, ele parece ser tão legal…

Sabia que havia sido sarcasmo, mas mesmo assim confirmou.

— Você não o conhece como conheço. Ele é legal, mas ultimamente não tem tempo para ser; tem uma obsessão em provar para os outros suas capacidades que…

— Acho que minha coxa pode provar as capacidades dele.

Micca tentou ignorar o segundo sentido que a outra provavelmente não notou e negou com a cabeça.

— Ele é um caso especial. Caleb é considerado o melhor dentre os Nephilim, mas algumas das habilidades dele… acham que ele tem uma vantagem comparado aos outros.

— E tem?

Era a primeira vez que perguntavam aquilo diretamente para ela, e não soube o que responder. Caleb tinha o sangue a seu favor, sim, mas não havia como saber até que ponto isso o ajudava. Micca mordiscava os lábios em busca de uma resposta, até se dar conta de que não precisava de uma.

— Não precisamos saber de Caleb — disse por fim — precisamos saber de você, e quanto mais cedo chegarmos ao Instituto, melhor. Vai gostar deles, e se Tessa conseguir ajudar Magnus, vai se lembrar da sua vida e o que quer que tenham tentado apagar, e poderemos finalmente levar isso à Clave.

Até ela sabia que as expectativas eram altas demais, mas não tinham outra escolha, e, sinceramente, torcia para que desse certo. Não gostaria de estar na sala para assistir quando Mackenzie começasse a implorar para que parassem de escavar seus pensamentos, o que aconteceria caso tivessem de recorrer aos Irmãos do Silêncio.

Micca foi à Cidade dos Ossos uma vez, quando era bem pequena, para apoiar Caleb – de longe, apenas com o olhar. Todos já sabiam que eles eram parabatai antes mesmo de se tornarem, e sua insistência fez com que pudesse ir junto com os tios. Queriam saber como ele pensava e os símbolos que poderia criar, e até se poderia falar a língua morta dos anjos, o que era tolice, na sua opinião; ninguém era capaz de aprender uma língua que nunca lhe foi ensinada, e o sangue de Caleb não poderia inserir conhecimento antigo nele. Mas mesmo assim assistiu, a curiosidade sobrepujando as dúvidas. O grito do primo ainda voltava aos seus pensamentos de vez em quando, muito parecido com o dia em que o pai sentiu sua Marca desbotar. O grito pode ser o mesmo, mas a dor é diferente.

Mackenzie conseguiria superar aquela dor mais física do que emocional, ao menos, esperava que sim.

O silêncio fez Micca se virar.

— Mackenzie? — chamou, mas no meio da multidão era inútil, e mesmo ela sendo particularmente alta, não conseguia enxergar os cabelos claros.

A garota não era ingênua como parecia. Micca era, e esmurrar o muro da loja ao seu lado apenas a fez se sentir mais idiota por ter perdido ela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Desculpe novamente pela demora, mas torço para que a espera tenha valido a pena. Por favor, se tiverem um tempinho comentem o que acharam! A opinião de vocês é estimulante e muito, muuuuuito importante pra mim! Até o próximo capítulo!
XOXO



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cidade das Portas Celestiais" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.