Lista: COISAS QUE A SAKURA GOSTA!!!!!

•Bolacha de banana com açúcar e canela (CONFERE)
•Torta de Morango (CONFERE)
•Lichias (CONFERE)
•Balas de Uva (CONFERE)
•Bolo de maracujá (FALTANDO)
•Melancia (CONFERE)
•Bolo de cenoura (FALTANDO)
•Geleia de amora (CONFERE)
•Sorvete de abacaxi ao vinho (CONFERE)
•Omelete com presunto e queijo (CONFERE)

-Itachi! - eu gritei esperando meu irmão vir da sala de estar.
-O quê que é agora?! - ele perguntou com a face brava assim que chegou na cozinha.
-Você não pode ir lá na doceria comprar os bolos que faltam? - eu disse tentando ser o mais gentil... possível. Não que tenha dado certo.
-Vai Você! - ele disse se exaltando. - Me fez ir de um lado para o outro a manhã inteira! Vai se ferrar Sasuke! Sou seu irmão, não seu escravo.

Itachi pegou as chaves do seu carro e saiu, me deixando lá sozinho.

Sim, eu tinha feito ele ir de um lado para o outro a manhã inteira.
Sim, tem um motivo.

Hoje, fazem exatos 5 anos que eu pedi a Sakura em namoro.
Como ela ainda está desacordada, e nós tinhamos planejado uma viagem de comemoração, eu cancelei. Comecei a juntar várias coisas que a Sakura gosta de comer e vou levá-los para o hospital.

Uma coisa que a Sakura gostava realmente de fazer no nosso aniversário de namoro, era se intupir com balas de uva.
Mas isso era uma coisa que ela fazia na verdade todo dia.

Teve uma vez que ela acordou no meio da noite e me fez procurar uma loja de conveniência 24h, com uma bala específica que no final das contas só tinha em outro município. Mas a razão dela, simples:

-Sakura são 3 horas da manhã - tentei argumentar.
-Quem se importa? - ela perguntou e logo completou. - Eu não me importo e você não se importa.
-Não da pra deixar pra amanhã? - eu tinha perguntado sonolento, tentando voltar a dormir.
-Eu sinto que minha garganta vai se desintegrar. - ela disse levando as duas mãos ao pescoço, fazendo sua famosa cena de drama de cada dia, no caso madrugada. - Você vai sofrer as consequências - esse foi o argumento vencedor.

Alguns minutos depois, nós dois estávamos na estrada procurando as malditas balas de uva anti-desintegração-de-garganta.

Quando nós voltamos para casa naquele dia, antes de irmos dormir, depois que Sakura chupou todos os 3 pacotes de bala, eu perguntei para ela se ela estava grávida, e se aquilo era desejo de grávida.
Ela não foi bem delicada com a sua resposta: " Deixa de ser idiota! Eu só queria bala de uva! Você vai ver quem vai ficar grávida se você não calar a boca."
Não era bem uma rotina, mas às vezes a Sakura acordava querendo bala de uva. Se eu estivesse com sorte, ela comia uma que já tinha, se não, lá ia o Sasuke de novo.
Mas aquilo me rendeu boas lembranças.

Teve uma vez que eu acordei com a Sakura gritando, o que para mim não é tão espantoso assim, é até um pouco normal.
Eu acordei alarmado.

-BA-RA-TAHHHH!!!!! - escutei Sakura gritar da cozinha e levantei num salto indo de encontro a ela.
Quando eu cheguei eu comecei a gritar junto, não pelo mesmo motivo, mas sim porque Sakura correu em minha direção e pisoteou os meus pés.
-AHHHHHHHH!! - eu gritei de dor.
-MATA, SASUKE! - ela nem sequer se preocupou em pedir desculpas ou perguntar se eu ainda tinha os meus pés, ela simplesmente gritou "mata, Sasuke!" Até que eu tivesse pisado na maldita barata.
-Mas por que RAIOS você veio para a cozinha?! - eu perguntei depois que ela se acalmou.
-Simples. Eu precisava comer uma bala de uva, e é o que eu vou fazer agora.

Realmente não sei como a garganta dela acordou no dia seguinte da mesma forma de antes, nem um pouco rouca com todos os gritos. Mas posso garantir que os meus tímpanos não eram mais os mesmos.

Eu escutei meu celular tocar da sala, fui ver quem era, era o Itachi.
Francamente estou sem vontade alguma de atender. Deixei tocar até cair na caixa postal, mas logo que caiu na caixa postal eu comecei a escutar repetidas vezes o alerta de mensagens.
Ignorei todas e voltei para a cozinha.
Depois de arrumar mais algumas coisas, eu fui na doceria perto da minha casa e comprei o que faltava.
Quando passei pela porta escutei meu celular alertando mensagens e várias ligações perdidas, enquanto o telefone fixo tocava feito um louco.
Eu ignorei todos os sons até que escutei a buzina do carro do meu amigo, eu havia pedido ajuda para levar todas aquelas comidas para o hospital. Ajudei ele a colocar tudo no carro e peguei o meu carro, antes de ir ao hospital passei na floricultura e comprei um buquê de lírios amarelos.
Meu celular permanecia tocando incansavelmente no meu bolso, quando eu parei o carro no estacionamento e tirei o celular do bolso, no mesmo momento eu vi uma mensagem do meu irmão "S-A-K-U-R-A!". No mesmo instante eu me desesperei, sai do carro o mais rápido que consegui, corri até o elevador impaciente, eu teria subido pela escada, porém ela estava em um andar que realmente o que compensava era o elevador. Assim que ele se abriu eu saí em desparada para o quarto da Sakura onde tinham várias pessoas cercando a porta, desde enfermeiras e médicos até amigos e parentes.
Abri caminho de uma forma nada educada, empurrando as pessoas que aparentemente esperavam impacientes por alguma notícia, quando eu passei pela multidão, me deparei com a porta fechada, quando consegui abri-la eu senti um, misto de medo e de felicidade.
Não tinham pessoas gritando diagnósticos, nem procedimentos, tinha um médico impedindo minha visão. Todos os olhares se voltaram para mim: minha mãe, meu irmão, os pais de Sakura.
Até que eu percebi um olhar curioso e brilhante que me chamou muito a atenção.

Sakura estava me encarando de forma interrogativa.
No mesmo instante me arrependi de não ter atendido o telefone no primeiro toque.
Foi nesse minuto que eu percebi todas as comidas que eu tinha mandado, já estavam no quarto.

A felicidade me invadiu e eu esqueci todo o resto.

-Sasuke... - meu irmão começou a falar alguma coisa, mas Sakura o interrompeu.
-Ah! Então foi você que mandou todas essas comidas? - ela disse com o brilho nos olhos tão familiar para mim.
-É... - eu fiquei parado igual um bobão e tudo que eu disse foi "é".
-Parece delicioso, mas o médico disse que talvez eu não possa comer hoje. Acredite, seu eu pudesse talvez essa comida toda nem estivesse mais aqui! - ela disse rindo, e eu tenho certeza que abri o maior sorriso da minha vida.
-Você... acordou... Você... está acordada! - eu disse feliz e muito aliviado, finalmente tudo iria voltar ao normal.
-É eu acordei! É... - ela parecia pensar em algum nome.
-Sasuke. - meu irmão disse para ela, ele me olhou preocupado, e eu fiquei realmente muito confuso.
-Isso! - Sakura concordou.
-Espera aí... Você não... Lembrava meu nome? - eu perguntei rezando para que a resposta fosse que ela havia se confundido, se atrapalhado com alguma coisa.
-É... Me desculpa, mas de você eu não lembro.

Aquilo simplesmente me fez perder o chão, mas por nenhum segundo eu pensei que fosse uma brincadeira. Aquilo era de verdade, eu tinha certeza de que não era um dos muitos sonhos ou pesadelos em que eu fantasiava o momento em que ela acordava.
Ela acordou, e não se lembra de mim.

-Mas... por quê? - eu perguntei confuso, e muito, mas muito triste.
-A última lembrança da Sakura de antes do aciedente é de cerca de10 anos atrás. - disse a mãe dela, me olhando de uma forma estranha.
-Qual é, Sakura? - eu perguntei diretamente para ela.
-Bom... É do dia em que eu fui com a minha mãe ao shopping acertar algumas coisas, depois peguei meu certificado da faculdade, que demorou muito para sair. Depois eu fui passear no parque. - ela disse listando as coisas com tranquilidade, à cada ação que ela citava eu me desesperava mais.
-Quando nós nos conhecemos Sakura? - eu perguntei utilizando minha última esperança, Sakura se lembrava da hora exata em que ela tropeçou na minha mala.
-Sei lá. Mas tenho certeza que foi BEEM depois do dia em que peguei o meu certificado.

Tive vontade de partir alguma coisa ao meio.
E também...
Senti meu coração se partir.