Efeito Cinderela escrita por Connor Hawke


Capítulo 14
Um Fantasma da Guerra


Notas iniciais do capítulo

Olá! Novo capítulo de Efeito Cinderela.

Antes de mais nada eu gostaria de falar sobre a mudança no cast desse personagem que aparece aqui. Originalmente seria o Ken Watanabe, mas mudei pro Hiroyuki Sanada, que esteve junto com o Ken em O Último Samurai, e ai consegui esse gif que está ai em baixo, então mudei o cast. Eu me inspirei um pouco no filme de O Último Samurai pra criar esse personagem que é OC, e o background dele que é inspirado em um lendário samurai do Japão Feudal bastante famoso, o Miyamoto Musashi, e também no deus samurai, Hachiman, que protege o Japão desde a época da guerra. Descobri que ele é bem similar ao Ares da mitologia grega já que muitos o chamam de "Deus da Guerra", e Ares tinha esse mesmo título. Eu gostaria de deixar bem claro que a trama desse capítulo veio da minha cabeça, assim como o conceito para a trama de Efeito Cinderela. É "piração" minha.

As fontes consultadas estão nas notas finais deste capítulo.^^

Boa leitura!

PS: A partir daqui farei capítulos abordando outros deuses, não só da mitologia grega. E a mudança do Cast do personagem desse capítulo não afeta a trama. É apenas "visual", pois eu me basiei no Ken Watanabe, mas pra visualizar melhor tive que mudar o cast.



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Takezo

 

Japão

Acima do monte Fuji, em algum lugar nas nuvens, a deusa do sol, Amaterasu, vestindo um quimono vermelho com seus longos cabelos pretos esvoaçando, e seus olhos castanho - avermelhados, olhava para um guerreiro de cabelos pretos, olhos castanhos e barba por fazer, vestindo um quimono preto, uma calça marrom escuro (Hakama), meia branca com tamancos japoneses (Gueta), e duas espadas embainhadas na cintura, que olhava do alto o povo japonês.

O guerreiro fora tomado por uma forte nostalgia. Ele começara a lembrar de seus últimos dias antes de deixar o mundo dos vivos.

Esse guerreiro costumava ser conhecido na Terra como Miyamoto Musashi, um esplêndido espadachim que lutava com duas espadas. Em Maio de 1645 ele viera a falecer. Seu espírito deixara o corpo. Comovida pela bravura daquele hábil guerreiro, a deusa do sol, Amaterasu, lhe concedera um lugar ao seu lado no Paraíso. Ela então resolvera escolher um novo nome para ele, tendo transformado em um deus como ela. Ela o chamou de Hachiman. Vez ou outra se confundia e acabava chamando-o pelo nome de infância do mesmo, Takezo.

— Então, o que você está olhando, Hachiman? — Amaterasu quis saber.

Hachiman voltou o olhar para jovem e pura deusa que o acolhera após sua morte.

— Eu estou olhando o mundo dos humanos...— Hachiman respondeu — De certa forma eu sinto saudade de estar na Terra.

— Entendo. Mas agora você é um espírito livre — Amaterasu o lembrou.

— Sim. Isso é verdade — Hachiman atestou.

— Você é um espírito livre, porque ainda se apega ao mundo material, cheio de desejos impuros, como ganância, e outros tantos? — Amaterasu estava curiosa em ver como o guerreiro a responderia.

— Verdade. Eu acho que minha alma ainda é humana, embora eu já não seja mais humano — Hachiman devolveu.

— Entendo.

Então Amaterasu se lembrou de algo.

— Eu tenho observado o mundo dos humanos. Parece que no ocidente um mau aflige a humanidade — Amaterasu comentou.

— Entendo. E o que você sugere? — Hachiman quis saber.

— Bem, se você é tão apegado ao mundo dos humanos...eu vou te fazer uma proposta.

Hachiman ficou interessado na proposta que Amaterasu faria.

— Que proposta? — Hachiman quis saber.

— Você vai pra Terra disfarçado de andarilho, para peregrinar pelo mundo dos humanos. Se notar que um humano precisa de ajuda, você é livre para ajudá-lo no que precisar. Quando concluir a sua missão, eu te darei a redenção. Você renascerá — Amaterasu revelou.

— Hmm...parece tentadora a proposta. Mas eu não concordo com uma coisa — Hachiman interveio.

— O quê, Hachiman?

— Eu não quero renascer. Agora que sou um deus, eu quero ficar com você, Amaterasu...— Hachiman declarou.

— Mas, você não ama o mundo dos humanos? — Amaterasu contestou.

— Eu acho que você me lembrou que eu sou livre e não preciso mais me apegar a desejos tão impuros. Mas...eu vou aceitar a sua proposta — Hachiman retrucou.

— Bem, eu pensarei em algo...— Amaterasu refletiu — Agora vá, Hachiman!

— Sim!

[...]

Café Eros

Um homem vestindo um agasalho preto, uma camiseta preta suja e com alguns rasgos, uma bermuda da mesma cor, e sandálias de dedos já gastos andava pela calçada do café.

O homem vê o Banner do café e resolve entrar. Ao entrar no café, ele é atendido por Eros.

— Posso ajudá-lo, senhor? — Eros quis saber.

— Por favor, eu não como há dias. Teria um pouco de comida? — O homem pediu — Qualquer coisa serve.

— Bem, eu verei o que temos — Eros refletiu sobre aquilo — Venha se sentar aqui um pouco.

— Obrigado, jovem rapaz — O homem agradeceu.

Eros levou o homem até uma mesa vaga. Naquele dia não havia tido clientes.

— Sente-se aqui — Eros sugeriu.

— Obrigado.

O homem se sentou na mesa do café e Danielle que vira aquela cena, resolveu ir até lá ver do que se tratava.

Danielle foi até a mesa e encontrou Eros.

— Eros, o que está havendo? Quem é esse homem? — Danielle inquiriu.

— Ele disse que está faminto. Então, eu pensei em dar um pouco de pão a ele — Eros explanou.

— Entendo — Danielle voltou sua atenção para o homem.

— Senhor, como se chama? — Danielle quis saber.

— Ah! Desculpa. O meu nome é Takezo — O homem revelou.

— Takezo? — Danielle ficou confusa.

— Isso mesmo. Eu sou um viajante sem rumo. Eu fico vagando pelas ruas, sempre mudando de lugar. Eu não tenho um endereço fixo, não tenho um lar, não tenho família...eu estou sozinho, senhora — Takezo revelou.

— Mãe, você sempre diz ajuda os desejos dos corações das pessoas. Vamos ajudar esse homem dando um pouco de comida, já que temos muito — Eros propos.

— Sim, prepare um pouco de café para ele e pegue um pouco de pão — Danielle pediu.

— Sim, mãe.

[...]

Algum tempo depois, Eros voltou com a bandeja de metal contendo uma xícara de café e um prato de porcelana branca com um croissant.

Eros serviu o homem. Ele colocou a xícara de café na mesa dele e depois o prato com o croissant. O croissant era amanteigado e recheado com queijo e presunto.

Então, Eros segurou a bandeja de metal nas mãos.

— Aqui está, senhor — Eros disse com um sorriso no rosto.

— Obrigado — Takezo agradeceu.

Takezo colocou as mãos em pose de oração e disse um "Itadakimasu" antes de começar a comer.

Danielle não entendeu o costume daquele homem, mas respeitou.

Então, Takezo começou a comer vorazmente a comida como um chão faminto e bebeu um pouco do café pra ajudar a descer a comida.

Depois de mandar o primeiro pedaço do pão goela abaixo, Takezo elogiou a comida.

— Está deliciosa essa comida. Obrigado — Takezo comentou.

— De nada, Takezo — Danielle replicou com um sorriso.

Takezo continuou a comer o pão e a beber o café, até que...se lembrou de algo.

— Esqueci de uma coisa. Eu estou numa missão — Takezo revelou.

— Numa missão? E que missão é essa? — Danielle inquiriu.

— Soube que um mau assola esse mundo. Eu vim para protegê-lo — Takezo explicou.

— Eu acho que ele está falando do...você sabe — Eros se referiu a Cronos— O senhor do tempo. Aquele que não pode ser nomeado.

— Ah sim! Ele! — Danielle lembrou — Eu entendo, mas...quem você realmente é.

Takezo então se levantou da mesa, segurou na camiseta que usava fazendo dobras e lançou suas roupas para o alto, revelando as roupas que estavam embaixo.

Takezo vestia o seu quimono preto, calça marrom escura, com meias brancas e as sandálias de madeira japonesas nos pés, e na cintura carregava suas duas espadas. Ele desembainhou as 2 espadas e as empunhou.

— Hachiman, autorizado pela providência divina, se apresentando — Hachiman bradou.

Danielle se espantou com a apresentação daquele homem.

— O seu nome é Takezo ou Hachiman? — Danielle ficou confusa.

Hachiman embainhou suas espadas.

— Meu atual nome é Hachiman. Takezo é meu nome de infância. Mas, no passado eu fui um famoso espadachim, Miyamoto Musashi — Hachiman revelou.

— Eu ainda estou confusa...o que você é? — Danielle inquiriu — Um samurai?

— Eu já fui um samurai. Eu sou o deus protetor do Japão, mas...quando o mau se impõe na terra, em qualquer lugar, eu me mudo para esse lugar para protegê-lo. Eu sou o "Deus dos Oito Estandartes", mas alguns me chamam de "Deus da guerra" — Hachiman explanou.

— Deus da guerra? Então você é meu falecido pai? — Eros questionou aquela informação.

— Pai? Eu não tenho filhos — Hachiman contestou.

— Meu falecido marido também era conhecido como "Deus da guerra" — Danielle explanou.

— Hmm...E qual era o nome dele? — Hachiman ficou curioso.

— Bryce Holt — Danielle respondeu.

— Entendo. Eu os ajudarei a lutar contra esse mau — Hachiman retrucou.

— Acho que é melhor revelar o nome daquele que não pode ser nomeado, ou ele vai querer matar o meu pai — Eros alertou.

— Cronos, mas nesse mundo ele é conhecido como Criss Peters. Ele é irmão do meu pai, Jules — Danielle revelou.

Hachiman parou pra pensar sobre aquilo.

— Cronos. Entendi. Então eu deterei esse Cronos! — Hachiman bradou.

— Como? Ele é muito poderoso — Danielle atestou.

— Amaterasu me dará forças para combatê-lo — Hachiman argumentou.

— Hmm...— Danielle parecia duvidar de Hachiman.

— Mas, até o dia da batalha, eu ficarei por aqui — Hachiman se decidiu.

— Está bem — Danielle suspirou.

[...]

Na noite anterior...

Kyndel e Terry haviam ido para o apartamento de Kyndel após saírem do café de Danielle para ter um tempo juntos.

Kyndel e Terry foram para o quarto se beijando e começaram a se despir enquanto se mantinham nos beijos.

As peças de roupa foram caindo pelo chão do quarto, até que Kyndel e Terry ficaram apenas de roupa de baixo. Eles foram para a cama ainda aos beijos.

Kyndel se jogou na cama e Terry ficou sobre ela a beijando. Então ele beijou o pescoço dela, depois beijou o peito dela, e foi para o abdômen, enchendo-o de beijos.

Os beijos de Terry faziam Kyndel gargalhar.

Terry parou e fitou Kyndel.

— O que foi? — Terry ficou curioso.

— Você está me fazendo cócegas — Kyndel disse com um sorriso no rosto.

—Sério? Você sente cócegas no abdômen? — Terry inquiriu.

— Sim, Terry — Kyndel atestou.

— Então eu vou fazer mais cócegas — Terry provocou.

— Não, Terry — Kyndel exclamou — Não faça isso.

— Eu sou o Mestre das cócegas — Terry se gabou.

— Não! — Kyndel avisou.

— Prepare-se! Pois o mestre das cócegas está chegando — Terry bradou com um tom de brincalhão.

— Não, Terry! Eu estou te avisando! Para!

— Parar? Eu nem comecei! — Terry contestou.

Terry prosseguiu com as cócegas e fez mais cócegas no abdômen de Kyndel, depois partiu para o pé, fazendo cócegas na sola dos pés de Kyndel, o que arrancou mais gargalhadas dela.

[...]

Após algum tempo, Terry resolveu fazer amor com Kyndel. Ele a beijou na boca e Kyndel o envolveu em seus braços enquanto retribuia os beijos dele.

Depois, eles afastaram seus rostos um do outro e ficaram se olhando.

— Eu acho que eu me apaixonei por você, Terry — Kyndel se declarou. O coração dela palpitava intensamente enquanto ela o fitava.

— Eu também, Kyndel. Você é engraçada, bonita, inteligente... — Terry devolveu.

— E o que mais? — Kyndel quis saber.

— Eu não sei...você tem esse brilho especial...


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Notas finais do capítulo

Sobre Miyamoto Musashi: http://musashi-miyamoto.com/musashi-miyamoto-early-life.html (Em Inglês)

http://www.bushido-online.com.br/musashi (Em Português)

http://www.samurai-archives.com/musashi.html (Em inglês)

Sobre Hachiman: http://estudodosamurai.blogspot.com.br/2013/07/hachiman-kami-dos-samurais.html

"Autorizado pela providência" = No Japão feudal, antes de um samurai entrar em combate com o adversário, era necessário pedir uma "autorização" aos deuses, para que a luta fosse justa e limpa, e não algo banal, e isso faz parte do código de conduta dos samurais, conhecido como "Bushido".

Espero que tenham gostado^^

Até o próximo capítulo!



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