Insane World escrita por Isa


Capítulo 2
Capítulo 2




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NARRADO POR SONYA MILLER
** - Nada demais - deu de ombros -Eu só queria avisar que temos platéia - avisou apontado para onde eu e meu pai estávamos escondidos.**

Quando Noah disse isso, eu rapidamente tirei a minha arma do cinto e a apontei para onde ele tinha indicado.
– Quem são vocês - disse Thomas com a arma apontada para um menino e um- homem.
– Calma nós não vamos machucar vocês - disse o homem colocando a arma no chão sendo acompanhado pelo menino, que parecia estar muito contrariado por estar largando sua arma.
– Não é isso que meu amigo amigo perguntou - disse Noah para meu espanto, quem ele estava tentando bancar? A criança valente? Bom, isso não iria colar, com aquela carinha de anjo ele não conseguia meter medo nem em uma joaninha.
– Meu nome é Rick e esse é meu filho Carl - disse o homem parecendo achar graça da atitude inesperada do meu irmão - Nós não vamos machucar ninguém, nossas armas estão no chão, vocês podem abaixar a de vocês para que possamos ter uma conversa civilizada?
Eu estava prestes a abaixar a minha quando Thom colocou a mão na minha frente e disse:
– Acho que conversa civilizada é a última coisa que vamos ter hoje.
– Thomas cala a boca - disse entredentes - Moço, desculpa aí , ele a TPM atacou mais cedo hoje e agora ele está cheio de frescuras. Meninos abaixem as armas - mandei com a minha já no chão.
– Vocês tem um grupo? - Rick nos perguntou, cara eu já me simpatizei com ele.
– Não - Noah falou dando os ombros - Estamos sozinhos faz uns 3 meses.
Rick parou refletindo sobre alguma coisa, Carl parecendo perceber sobre o que se tratava o interrompeu
– Pai não, digo nós nem sabemos quem são eles. Não podemos levar qualquer um!
Nessa hora eu tive vontade de atirar na cabeça dele, digo eu não sou qualquer uma! Eu sou a pessoa mais divosa que sobrou na Terra.
– Não cabe a você decidir sobre isso - CHUPA OTÁRIO - Vocês não querem se juntar ao nosso grupo não? Nós temos um bom abrigo, comida e um bom estoque de armas.
– Não sei não...
– Vamos Sonya por favoooorrrr - implorou Noah para mim.
– OK - falei me dando por vencida.
– Ótimo, peguem suas coisas e entrem na caminhonete.

[...]
– Já chegamos? - perguntou Noah pela centésima vez, infelizmente ele consegui se livrar da meia que eu enfiei em sua boca.
– Não - disse Carl impaciente. Novamente tive vontade de mata-lo, só EU podia ser grossa com ele.
Se passando uns 15 minutos eu começo a ter uma visão do abrigo. Aquilo parecia uma prisão, pera, parecia não, era.
Eu comecei a ficar nervosa ser.
Imediatamente eu fiquei nervosa, será que eles descobriram meu tráfico de toddynho da época da escola?
– Esse é o abrigo? - perguntei dando ênfase no "esse".
– Não, pô, estamos indo pra lá de sacanagem - respondeu Carl irônico. Porra, cadê meu taco de baseball quando eu preciso dele?
– Carl... - tio Rick o repreendeu, já falei como eu gostei dele? Ele não merecia um idiota como filho - Pronto, chegamos! - avisou assim que uma mulher de cabelos curtos, um pouco abaixo dos ombros, abriu o portão.
A caminhonete de Rick estacionou do lado de uma moto, muito maneira, e logo todos nós descemos do carro.
– Ei Rick, o Hershel pediu para eu perguntar se você conseguiram pegar os remédios - falou um cara coreano.
– Sim, nós pegamos
– Quem são eles? - perguntou a moça que abriu o portão para gente.
– Eles são novos, nós os resgatamos - Carl disse. Oi? Aonde que eles nós resgataram? Virei uma princesinha indefesa? - Nós ainda não perguntamos os nomes deles - falou dando os ombros.
– Eu sou o Thomas, essa é a Sonya e esse é seu irmão Noah - falou Thom antes que eu xingasse o menino que estava à minha frente.
– Prazer, eu sou Glenn e essa é a minha esposa Maggie - falou dando um sorriso simpático e nos cumprimentando com um aperto de mãos.
- Venham, eu vou mostrar aonde vocês vão dormir - falou Maggie sorrindo, esse povo só sabe sorrir? Tipo, nós estamos num apocalipse, não há motivos para sorrir.
Nós entramos no Bloco C, era enorme com várias celas espalhadas uma do lado da outra. Maneiro, eu sempre quis saber como era dormir na cela de uma prisão, na verdade eu nunca parei para pensar nisso, mas deve ser por falta de tempo. Enfim:
– Meninos, vocês se importam de ficar na mesma cela? - perguntando abrindo a porta do dormitório.
Eles se entreolharam e gritaram juntos:
– EU FICO EM CIMA!
E correram em direção a beliche, só que Thomas era muito mais alto que Noah e bastou um impulso para que conseguisse ficar em cima.
Nós deixamos os dois discutindo sozinhos e fomos a procura do meu "quarto".
– E você fica aqui - disse Maggie apontando para uma cela igual às demais.
– OK, obrigada - agradeço
– De nada.
[...]
Acabo de arrumar as minhas coisas ( que eram poucas ) quando escuto uma voz atrás de mim.
– Olá vizinha - diz a voz atrás de mim.

Viro a minha 360° quando eu reconheço a voz, e não é que acertei? Na minha frente se encontrava o capeta em forma de gente. Carl estava parado encostado em uma das grades com seu chapéu de xerife, qual é a necessidade desse chapéu? Ele deve se achar a última Coca-Cola do deserto né?
– Vizinha? - pergunto sem entender.
– É sabe? Vizinha é quando a gente mora perto de alguém, e esse alguém, então, pode te chamar de vizinha. E como eu moro do lado da sua cela, eu posso te chamar de vizinha.
– Eu sei o que é uma vizinha! - falo irritada.
– Então, por que perguntou? - pergunta me olhando como se eu fosse louca.
– Deixa pra lá - falo revirando os olhos.
– Então tá, eu tenho que ir. Diferente de você eu sou útil aqui - fala zombando da minha cara - Tchau! - fala indo embora.
Argh! Como eu odeio esse garoto! Eu sei que parece besteira essa birra que eu tenho por ele. Mas a primeira impressão é a que fica, e quando nos conhecemos ele só soube ser grosso e mal educado. Então, sim, eu já odeio
Saio a procura de Thomas e Noah. Enquanto caminho pela prisão noto vários olhares estranhos para cima de mim, nem liguei, acho que isso se deve ao fato de eu ser nova aqui.
– GLENN! - gritei chamando atenção do rapaz coreano que nos cumprimentou mais cedo.
– Oi, Sonya certo?
– Certo - falei feliz por ele ter lembrado do meu nome - Você viu o Thomas ou o Noah?
– O Noah está com a Carol e as outras crianças na biblioteca, e o Thomas eu acho que está na cerca ajudando os outros, se você quiser pode ajudar lá também - fala
Sorri para ele e fui saltitando em direção das cercas. Quando chego lá avisto Thomas enfiando um bagulho, que parecia um bastão com a ponta pontuda, nas cabeças dos zumbis.
– Posso ajudar? - pergunto sendo prestativa.
– Claro - disse me dando o bastão - Segura isso aí que eu preciso mijar - fala saindo correndo.
– QUE NOJO! - gritei para ele, só que ele estava longe demais e não me ouviu. Dei de ombros e comecei a espetar a cabeça dos zumbis. Ei, isso até que é divertindo.
Continuei espetando cabeças por mais meia hora até que fiquei cansada. Entreguei meu bastão para um garoto, que era até gato, e fui na biblioteca à procura de Noah.
Cheguei lá e vi uma cena que eu até conspaz.raria maneira se não fosse bizarra. A cena que eu vi foi a seguinte: uma mulher de cabelos grisalhos ensinado um bando de crianças à usar facas. Tem coisa mais foda que isso? Provavelmente.
– O que você está fazendo? - perguntei já sabendo a resposta.
A mulher olhou para mim assustada, assim como as crianças, e Noah.
– E-eu - ela começou a falar/gaguejar, mas eu a interrompi.
– Relaxa - falei tentando prender o riso - Eu não vou contar para ninguém, eu até achei maneira a ideia.
– Sério? - perguntou surpresa.
– Claro, você está ensinado crianças a se defenderem sozinhas. Você tem meu apoio.
– Obrigada - me agradeceu parecendo aliviada.
– De nada, ei Noah! - o chamei - Tome cuidado - falei preocupada.
– Vou ficar bem - falou sorrindo.
Saí da biblioteca me sentindo, pela primeira vez depois que essa merda começou, tranquila. Eu acho que nós finalmente vamos ter paz.


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