Capítulo 19

Lucy Heartflia

Depois de alguns dias naquele acampamento, Lucy sentiu uma enorme vontade de fugir dali. Erza estava no maior romance com Jellal, e, Lucy sentiu que só atrapalhava. Certo dia quase explodiu a cozinha de culinária. Encontrou com Natsu uma vez depois daquele primeiro dia. Parece que ele está se divertindo muito com Juvia, ou estudando demais; Lucy prefere acreditar na segunda opção.

– Ahh! Lucy! – exclamou Erza ao chegar do encontro com Jellal.

– Como foi o encontro? – perguntou, sem o animo que a ocasião merecia.

– Foi ótimo! Sabe, parece que Makarov estava querendo isso: unir casais!

– Ah, é? – disse Lucy rabiscando um caderno. – Então ele está fazendo isso errado.

Depois de alguns minutos que Erza entendeu a situação.

– Oh, não! E você e o Natsu?

– Não sei. É isso que está acontecendo: eu não sei.

– Lucy! Que isso? Quem é o companheiro de quarto dele? Quer que eu fale com ele?

– Não! Ele ficou com Juvia. Mas e dai? Ele deve está estudando demais. Ele ficou em recuperação.

***

Naquela tarde, Lucy foi ao banco em frente ao lago com piranhas. Apesar de ser perigoso, aquele lago é muito bom pra dar boas risadas. Acredite ao não, mas têm muita gente que nada nele. Em meio a uma gargalhada, Lucy ouvi uma voz a chamar seu nome.

– Quem chama meu nome em vão? – brinca. Ela já sabia que era o Gray.

– Oh, sou eu, Vossa Majestade! Me daria a honra de me sentar ao seu lado nesse banco imundo?

– Ah! Depende, meu servo. Ultimamente estou muito insuportável.

– Tudo bem, ter Vossa Majestade como companhia é ótimo.

– Então venha rir do irmão de Lisanna dando uma de homem.

– Ele é um idiota – disse Gray olhando para o cara de grande porte nadando no lago com piranhas mordendo sua bunda. – Mas até que é um cara legal.

– Ah, é! Me esqueci que agora você é amigo de Lisanna.

– Nunca! Ela é bizarra... – de repente, o olhar de Gray entristeceu.

– O que foi, cinzento? Por que essa cara? Eu te ordeno: sorria!

– Eu estou apaixonado, Lucy.

– Não tenho nenhum remédio contra isso. Vi que paixão é uma bactéria sem cura. Fique calma, você pode delirar, mas não leva a morte.

– Ah, muito obrigado pelo exame.

– Mas, fale, quem é? Só não fale que sou eu, já cansei disso.

– È a Juvia.

– Uhhh...

– Tô apaixonado pela Juvia. Eu... eu... eu amo ela.

– Gray, meu servo amigo de todas as horas, você não sabe o quanto isso é importante pra ela. Ela vai adorar!

– È mais... eu tenho vergonha. – Disse ele.

– Outra doença sem cura. – Lucy olha para o cara no lago. – Você tem que falar logo...

– Hãn? – Gray notou seu olhar distante. – Também está apaixonada?

– Ah, sim. Também estou com essa doença horrenda.

– Ora! Cadê o Natsu?

– Estudando. – Lucy não podia falar com a Juvia, seria muito dramático.

– Com certeza ele vai tirar um tempo. Não se preocupe... – Gray a abraçou. – Enquanto isso, você tem a mim.

– Cara de pau...

Ele riu.

No dia seguinte, Juvia foi lhe procurar para dizer que sabia do romance dela com seu Gray. Juvia viu a cena no banco do lago e interpretou errado. Lucy tentou falar a verdade, mas Juvia já havia ido embora.