POV’S Frederick

Oh, meus Deus, será que descobriram os animatronics? É provável, já que Ana saiu do esconderijo...

Estamos fritos!

Respirando fundo, eu abri a porta da Oficina. A boca de Lucy se escancarou, juntamente com a de Diana.

Os animatronics pararam de fazer o que quer que estivessem fazendo, olhando para mim, Ana, Anne e minha família. Michael, Anne e minha doce Vaneloppe não pareciam surpresos.

Diana apontou, incrédula, para os androides.

–Eles...estão...eles...mexendo...o quê?-gaguejava Diana, confusa.

Freddy deu um passo à frente.

–Há uma explicação...-afirmou o urso- e é bem...complicada...sentem-se e se preparem...

–Querem uma pizza?-sugeriu Chica.

–Ou um bolo?-acrescentou Wolff.

–Um chazinho?-adicionou Bolt-de maracujá, camomila, erva-doce...

–Queremos uma explicação-cortou Michael.

Então, eu comecei a explicar resumidamente da minha descoberta sobre os animatronics estarem...vivos (ou o quão vivo máquinas podem ser); narrei desde o dia da descoberta até agora, relatando do banho de piscina e tudo o mais.

No final, Diana parecia encantada. Michael tinha um brilho de cientista no olhar. Lucy parecia triste em saber que não haveria casamento. Anne parecia achar tudo plausível, e mencionou ter conhecido um tal de “Springtrap”, e Michael confirmou tudo. Diana perguntava e falava com todo mundo. Lucy ainda estava triste por não ter casamento. Michael e Anne, junto com Vaneloppe, analisavam cada um dos androides. E Lucy continuava desolado por não ter casamento.

–Bem, pessoal, é melhor irmos de uma vez-avisei- Fazzbear e Víncent nos aguardam...

No momento em que mencionei o nome “Víncent”, os animatronics fizeram caras estranhas, caretas, como se não gostassem do nome.

–E agora, temos um casamento de fachada para realizarmos!-reclamou Anne- o meu casamento!
Lucy se animou um pouco mais.

–Casamento?-exclamou minha esposa, esperançosa.

–Mãe, é de fachada!-repetiu Michael, na defensiva, um pouco vermelho.

–Tem certeza, filho?-perguntou Lucy, fazendo beicinho- eu vi as malas da Anne ali, perto do elevador...tem certeza de que não vão morar juntos?

Michael ficou vermelho e escondeu o rosto nas mãos. Anne ficou meio...rígida.

–Não, mãe, não vamos nos casar...-repetiu meu filho, irritado.

–Mas Ursinho, e as roupas?-perguntou Lucy.

Michael suspirou pesadamente, parecendo irritado.

–É uma longa história...-começou ele- basicamente, descobri que a mãe da Anne agredia a filha...

Lucy soltou uma exclamação de horror, cobrindo a boca com as mãos. Vaneloppe engasgou, espantada. Diana tinha um olhar de solidariedade. Eu fechei os punhos, irritado. Anne baixou o olhar, envergonhada. Michael passo o braço ao redor dos ombros de Anne e a puxou para mais perto.

Então, algo estranho aconteceu.

Começou com o pequeno Ballon Boy, que puxou Anne pela blusa com delicadeza. Ela olhou para ele, confusa, então, o menino dos balões a abraçou com força. Todos ficamos surpresos com o gesto.

Logo, outros animatronics, como Bolt, Lively, Tiger, Wolff e Ruby, se juntaram ao abraço. Em seguida, mais e mais animatronics se juntavam, formando um montinho ao redor de Anne. Todos murmuravam palavras compreensivas e carinhosas.

–Nós sentimos muito...-dizia Bolt.

–Yarr, moça, isso nunca mais vai acontecer!-assegurava Foxy- juro pelo meu gancho!
Até Endo, o animatronic quadrado chiador que ficava conectado a Mangle, esfregou seu rostinho gelado e duro contra a bochecha de Anne.

Era algo...

...Surpreendente...

Mike Schmidit assobiou.

–Eu não esperava por isso...-comentou ele, impressionado.

–Talvez máquinas realmente tenham sentimentos...-observou Vaneloppe- vejam, parecem até uma...

–Família...-completei, com um sorriso no rosto, uma sensação de calor tomando conta do meu peito.

–Mas como?-perguntava Diana.

–Se tem alguém que pode nos ajudar, é ela...-afirmei, me lembrando de uma certa pessoa.

–Você está falando dá...-Lucy não completou sua sentença.

–Dá prima Louise?-completei- sim, ela mesmo. Afinal, quem melhor para explicar robôs do que uma das mentes mais brilhantes da sociedade atual?